O jornalista, poeta e
cronista Raimundo Nonato Cardoso filho de Othon de Carvalho Cardoso e Maria
Madalena Cardoso nasceu em Itapecuru
Mirim em 17 de fevereiro de 1921. Foi aluno da professora Mariana Luz e Zulmira
Sanches Fonseca. Mudou-se para São Luís
e depois para o Rio de Janeiro, ainda muito moço para complementação dos
estudos.
Com a conclusão do
curso de Técnico em Comunicação, foi nomeado para o INPS via concurso. Na
Capital Federal foi redator dos jornais, O
Dia e A Notícia. Transferido para
São Luís em meados dos anos 40 do século passado passou a atuar como jornalista
nos seguintes matutinos: O Combate, O Imparcial, O Globo e no Correio
do Nordeste, do conterrâneo Zuzu
Nahuz.
Como poeta fazia parte
do Centro Cultural Gonçalves Dias, entidade que abrigava grandes vultos maranhenses de projeção literária e em 1º de setembro de 1976 ingressou nos
quadros do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão na categoria de Membro
Correspondente.
Foi casado com a
Senhora Zenóbia Djanira Serejo Cardoso com quem teve os seguintes filhos:
Humberto, Marcelo, Bernardo e Maria de Fátima.
O jornalista Benedito
Bogea Buzar, que chegou a conhecer o conterrâneo Raimundo Cardoso, confirmou
a inteligência e a relevante atuação do
jornalista ao tempo que lamentou que
toda sua produção literária foi perdida.
Instantâneo
Raimundo
Cardoso
Constrói o teu milagre! Em cada grito
Que tu deres, na vida, contrafeito,
mostra aos homens um traço do infinito,
um retalho do Céu que tens no peito:
− Ri ... Sofre ou te comove, mas,
aflito,
Ri que o riso encobre o teu defeito,
Pois, se a Bíblia te encanta, em seu
escrito,
Esse riso é a Bíblia, é seu afeito!...
E milagre se opera! Se és mendigo
E na angustia moral do teu estado,
Os homens passam, mas te negam trigo,
ri, que ao rir assim dás impressão
De que tu é que vives procurando
Do livro Itapecuruenses Notáveis (2016), pag. 234 de autoria de Jucey Santana