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terça-feira, 22 de setembro de 2015

IGARAPÉ DO LUÍS ANTONIO



Por: Jucey Santana                                                                Fotos de Tiago Oliveira
Algumas pessoas me pediram informações de Luís Antônio. Quem foi ele? Existe uma Rua Luís Antônio, até um mini bairro identificado com esse nome, e aí a interrogação.
E aí me veio as lembranças de infância no Caminho Grande, o antigo Caminho da Boiada.  Gostava dos banhos nos diversos riachos das redondezas. Eram comuns as escapadas com meus irmãos José Domingos e Jurandir, para os banhos nas cheias do riacho “Luís Antônio”, (hoje apenas uma galeria) e depois sofrer as medidas coercitivas de praxe, acompanhadas dos resfriados e ter que enfrentar chás e lambedores, além das famosas frieiras adquiridas nos percursos dos banhos, trânsitos livres de porcos e consequentemente as suas fezes, focos das transmissões das micoses, causadoras de grandes desconfortos à noite. Ter que perder aulas porque não conseguia calçar sapatos e escutar a todo o momento o blá, blá, blá da mãe. Não te disse???

O porquê do nome Luís Antônio no igarapé era interessante. A sua história me atraia pela riqueza do imaginário popular. Contavam que o riacho era guardado por mãe d’água e entidades do além, por ter um “tesouro” enterrado em suas margens. Um caboclo muito querido, do lugarejo Pau Nascido chamado Luís Antônio foi encontrado morto no seu leito, na década de 30. Tempos depois ocorre outro óbito nas mesmas circunstancias, desta vez do popular Manduca Cesteiro, dando asas à imaginação dos habitantes, que diziam que os “donos” do lugar se sentiam incomodados e estavam punindo os seus invasores. Todos conheciam a história.

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