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terça-feira, 8 de setembro de 2015

MULHERES TAMBÉM TOCAVAM?

MUSICISTAS DE ITAPECURU MIRIM

Por: Jucey Santana
Itapecuru Mirim sempre foi celeiro de intelectuais, como mostra a nossa história. No campo musical, o município deu a mundo centenas de músicos e instrumentistas alguns com renomes nacionais como Nonato e seu Conjunto, Sebastião Pinto, Nonato Buzar e outros, porém não só de homens foi feita nossa história musical. Muitas mulheres itapecuruenses também se destacaram como musicistas, valorosas que precisamos resgatar.

         Tivemos noticia que uma Itapecuruense, filha do ilustre professor e lexicólogo, Pedro Nunes Leal, fundador da renomada escola, “Instituto de Humanidades” em São Luís, (patrono da cadeira 33, da Academia Maranhense de Letras), seguiu os passos do pai na inteligência, se tornando grande musicista. Em 1875, aos vinte anos de idade Zenóbia Cezaltina de Carvalho Leal requereu prestar exames no Real Conservatório de Lisboa, perante grande número de examinadores obtendo grau máximo em todas as cadeiras, recebendo distinção honrosa do Rei   Dom Fernando II. (Diário do Maranhão, 20.12.1875)

         Duas outras itapecuruenses se destacaram: Genésia Maria Santos e Blandina Eloe Santos, filhas do também músico conterrâneo, Antônio Marcelino dos Santos. A família mudou-se para São Luís no final do século dezenove e as irmãs além colarem grau como normalistas se formaram em música na renomada Escola de Música do mestre Antônio Rayol, na capital.
A professora e poetisa, Blandina tocava piano e Harmônio, fazia parte da orquestra dos irmãos Parga e da orquestra do conhecido músico Adelman Correia, participando de Festivais e Concertos em São Luís e em outros Estados. (jornal do Pará, 26.1.1908).
A poetisa Mariana Luz como musicista, tocava e ensinava flauta e harmônio. Era também cantora, compositora e mestra do coro da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores além de teatróloga e professora.
A professora Zulmira Fonseca, cantava, tocava e ensinava piano. Ela também fazia parte do grupo teatral de Mariana Luz.

Rosinalda de Maria Carvalho, desde criança já se envolvia com grupos musicais, cantando nas missas da paróquia. A partir de 14 anos, participava de grupos em encenações de peças teatrais, sempre desempenhando papel de musicista ou cantora.  Já com muito envolvimento com a igreja, seguiu a vida religiosa. O seu primeiro violão foi presente da sua superiora irmã Lisabeta Savalle. Ela abraçou a sua vocação religiosa, sem se desvincular do seu dom musical, evangelizando através da música. Até agora já contabiliza oito CDs gravados. Esta é a nossa Irmã Teresa.

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