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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

BIDICA, BILUCA E OS MENINOS TRAVESSOS COMEDORES DE BOLO



– Corre mamãe, que os meninos estão beliscando os bolos!!! – gritaram Bidica e Biluca. Quando Tinoca apareceu na porta da cozinha, os daniscos já haviam desaparecido pelo fundo do quintal dela.
Tinoca era uma exímia fazedora de bolos em Cantanhede. Toda sexta-feira à tarde, ela fazia bolos de massa para Bidica e Biluca venderem no sábado, bem cedinho. Os bolos eram deixados para esfriar numa cozinha que ficava no quintal, separada do resto da casa.
            Naquela tarde, Tinoca fez os bolos e foi descansar um pouco dentro de casa quando alguns garotos travessos apareceram e começaram a beliscar os bolos, parecia um bando de pipiras comendo mamão. Mas, deixa que Bidica e Biluca ouviram o barulho deles no quintal e chamaram Tinoca. Elas foram ver os bolos e os encontraram todos beliscados.     
– Mamãe, nós sabemos quem são eles! – disseram as meninas.
 – Então, minhas filhas, vamos já na casa deles conversar os seus pais e pedir que me paguem o prejuízo! – falou Tinoca.
E assim, saíram as três com os bolos beliscados de casa em casa dos meninos daniscos. Tinoca contava o acontecido e os pais sensibilizados com a situação dela, que dependia da venda dos bolos para ajudar no sustento da casa lhe perguntavam:
– Dona Tinoca, quanto é que lhe devo pelo bolo? – ela respondia e eles prontamente pagavam. Alguns dos moleques reclamavam, dizendo que não haviam comido um bolo inteiro, só uma bilasquinha.
Desse modo, com a compreensão dos pais dos garotos, ela conseguiu se livrar do prejuízo. E a partir daquele dia, aqueles travessos nunca mais apareceram para beliscar bolo no quintal de Tinoca, mas por precaução, Bidica e Biluca ficavam sempre vigiando.  
   

7 comentários:

  1. Parabéns ao João Carlos Pimentel, pelo criativo conto. Um abraço: Benedita Azevedo

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  2. ...essas leituras sempre me levam à reflexões dos tempos de infância, quando as "travessuras" eram apenas brincadeiras dos "curumins"...! Parabéns JC

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  3. Muito bom mano; gosto de todos os seus contos, mas, esse em especial por se tratar de minha avó Tinoca, com quem morei por alguns anos.

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