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sábado, 7 de novembro de 2015

VIRA-LATA


 
Por: Nato Lopes

Nestas noites nostálgicas de lua.
Eu caminhado só – de madrugada
Encontro sempre um cão de rua em rua
A virar lata em tão bela jogada

Assim tão só – na dura vida a sua
Não falta quem lhe atire uma pedrada
E o pobre cão humilde continua
Até que prega olho na calçada

Ao vê-lo assim em cruento abandono
Tão desprezado sem ninguém nem dono
Sinto afeto pelo cão vagabundo

Porque também vivo desde menino
Recebendo as pedradas do destino
Ao virar a grande lata do mundo

                          Texto do livro inédito, Inspirações de Poetas itapecuruenses”.

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