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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

VISITA À APAC DE ITAPECURU MIRIM

  

Por: Ana Teresa Muniz, Clara Raquel Amorim, Hilana Campelo, Jainne Magalhães, Juliana Sousa e Rayanne Amorim 

Na visita à APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados)   é possível encontrar humanidade em todos os cantos. É uma proposta, sobretudo, humanitária. Um método que vem proporcionar um sistema de regime com dignidade e que prioriza a recuperação e ressocialização dos apenados que ali se encontram, visando assim, não só promover a justiça, mas buscar proteger a sociedade também. Sendo utilizado em um vasto território nacional e internacional, operando como entidade auxiliar do Poder Judiciário e Executivo, que vem tendo cada vez mais resultados positivos em relação a reincidência, que é de 8,2%, enquanto no sistema carcerário é de 85%. 

O 6° período do Curso de Letras da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) – CAMPUS ITAPECURU, sob a orientação do Professor Esp. Tiago Oliveira, promoveu uma ação na manhã de 08/10/16 na APAC, doando 42 kg de alimentos não perecíveis e 6 livros (Vida e Obra de Mariana Luz de Jucey Santana, Recordações e Itapecuru: Sua Gente, Sua Missão de Assenção Pessoa, Tudo Azul no Planeta Itapecuru e Nicéas Drummont: O Gavião Vadio de Inaldo Lisboa e por fim, a Bíblia Sagrada), haja visto que já possuem uma biblioteca, organizada e mantida por membros da AICLA (Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes)  para incentivo da leitura e aprendizado, para inclusão no projeto “Leitura para Remição da Pena”.  

O mais gratificante da visita é poder fazer parte da comunidade, se sentir e ver nos olhos de cada voluntário ali presente a sensação de ser uma pessoa melhor e acreditar que as pessoas são sim recuperáveis. A APAC é uma organização sem fins lucrativos, que possui sua filosofia própria: “Matar o Criminoso e Salvar o Homem”, sem dúvidas faz parte de uma construção social, cada vez mais reforçada pela vertente dos Direitos Humanos, que promove a paz. 

Além de tudo, é importante ressaltar a disciplina ali presente, onde os recuperandos trabalham no seu próprio sistema de administração, possuindo um conselho, basicamente formado pelos mesmos, caracterizando assim o incentivo a ordem, o trabalho e a organização. É notório também, a grande força que a religiosidade e a figura de Deus sempre ali presente os proporciona. 

Dentro da APAC, os recuperandos possuem acesso a assistência jurídica, à saúde, a família, a uma boa alimentação, individualização da pena, desenvolver suas próprias atividades (tais como foram vistas: artesanato, hortas, criadouro de peixes), ou seja, socorrendo suas necessidades e valorizando sua existência, e possibilitando o pagamento da pena, mas com dignidade e respeito, visando a sua inserção futura na sociedade como homem  “novo”.

Segundo o professor  Tiago de Oliveira: − É certo afirmar que cada aluno do 6° período saiu da APAC desnudo de preconceitos e com uma nova visão sobre a sociedade. Fomos todos recebidos de braços abertos pelos voluntários. Um agradecimento especial à D. Célia e D. Tereza Muniz

            As autoras do texto são estudantes do 6º período do curso de Letras da UEMA (Campus Itapecuru Mirim)
           


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