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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A OUTRA FACE DO NATAL





Moaciene Lima

Pai,  hoje é natal,
Dizem que é um dia
Diferente.

Aqui em casa nada mudou,
Estou com fome,
E não ganhei...
Nenhum presente.

Pai,
Ainda estou esperando
O papai Noel que não vem,
Meu irmãozinho já está chorando
Acho que vou chorar também.

Pai,
Vai à casa do vizinho
Pede pra ele um carrinho
Um carrinho velho usado
Para ver se meu maninho
Contenta-se um pouquinho
E fica logo calado.

Pai,
Só por que somos pobres
Deus não olha pra gente
Eu queria tanto, tanto,
De ele receber um presente.

Já não quero mais brinquedo
Quero contar um segredo
Que tenho no peito guardado,
Quero que ele acabe com a pobreza
Com a ganância da riqueza
Que gera o menor abandonado.

Deus faça uma festa no céu
E leve o papai Noel,
Uma festança animada,
Deus,  peço-te de coração
Leve bastante pão
Pra matar a fome da garotada.

         O poema foi declamado por ocasião das comemorações do aniversário de 70 anos do SESC Itapecuru Mirim. Faz parte da obra  Inspirações Poéticas, de autoria de imortal Moaciene Lima que será lançada em 10 de dezembro, as 19 horas no Auditório da Regional da Saúde em Itapecuru Mirim –MA.


IV SEMANA MUNICIPAL DA CULTURA ITAPECURU MIRIM – MA




    

06 A 10 de DEZEMBRO

A Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (AICLA) em parceria com a Prefeitura Municipal de Itapecuru-Mirim, promovem a:

IV SEMANA MUNICIPAL DA CULTURA 2016

A semana tem como objetivo promover a interação entre a cultura literária dos autores de Itapecuru-Mirim - MA e a relação da  literatura com outras linguagens artísticas: Arte Visual, Musica, Dança, Teatro e Cinema somando com a riqueza das expressões da cultura afro - brasileira.

        A semana propiciara ao publico itapecuruense a
oportunidade de conhecer de perto muitos talentos da terra, com vasta programação.

O evento será aberto a todos, gratuitamente, no período de 06 a 10 de Dezembro com intensas atividades culturais e momento de homenagens.

PROGRAMAÇÃO:

06 DE DEZEMBRO DE 2016 (TERÇA-FEIRA)

A partir das 18h show musical na praça Gomes de Sousa com:
- Muleke samba com Renato Santos;
- Musicalizando- Projeto Instrumental com os Músicos Gil e Francisco;
- Banda Cosme Black;
- Silas Gomes e seus Alunos;
- Show de Reggae com Jamaica do Centrinho;
- Exposição de pinturas de alunos da Casa da Cultura;
- Exposição de Artesanato dos Recuperandos da APAC;
- Exposição de Artesanato da Associação de Artesãos de Itapecuru-Mirim;
        
07 DE DEZEMBRO DE 2016 (QUARTA-FEIRA)

Aniversario da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (AICLA);
A partir das 18h na área de vivência do IFMA Campus Itapecuru - Mirim;
- Homenagem a João Batista patrono da cadeira 10 da AICLA;
- Vídeo de João Batista em Arquivo confidencial;
- Apresentação de leitura dramática da peça Nossa Velha Canção, com Inaldo Lisboa e membros da antiga geração do TEIT;
- Lançamento do Livro JOÃO BATISTA: Um homem Itapecuruense e sua múltipla Historia;
- Performance de poemas com o grupo CIA & ARTI

08 DE DEZEMBRO DE 2016 (QUINTA-FEIRA)

A partir das 18h show musical na Praça Gomes de Sousa
- Apresentação de Capoeira - alunos de Adriano Capoeira
- Banda Cosme Black;
- Silas Gomes;
- Show de Calouros;
- Banda Alternativa - Junior Lopes;
- Maria Sampaio;
- JP e Banda;
- Ritos Sombrio  (Rock) - Iuri Gustavo;
- Exposição de pinturas de alunos da Casa da Cultura;
- Exposição de artesanato dos recuperando da APAC;
- Exposição de artesanato da associação dos artesãos de Itapecuru

09 DE DEZEMBRO DE 2016  ( SEXTA FEIRA)

A partir das 19h no Plenário da Câmara Municipal.
- Solenidade de posse d os poetas  Edvan Caldas e Romeu Bandeira de Melo como membros da AICLA;
- Vídeo Teatro da Chegada do Trem de Passageiro na Estação de Itapecuru-Mirim de autoria Josemar Lima;

10 DE DEZEMBRO DE 2016 (SABADO)

9h Missa em Ação de Graças na Paróquia Nossa Senhora das Dores;
A partir das 18h no Auditório da Regional da Saúde – IPEM:
- Comemoração ao aniversário de Mariana luz;
- Recital de Obras da Poetisa;
- Lançamento do livro INSPIRAÇÕES POÉTICAS: Autores, Maria Sampaio, Geraldo Lopes,  Nonato Lopes e Moaciene Lima ;
- exposição de fotos de ‘’Casarões e Casario’’ de itapecuru-Mirim;
- Exposição dos Livros infantis de Assenção Pessoa;
- Show de Silas Gomes e Banda Alternativa - Junior Lopes


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

EXALTAÇÃO A ITAPECURU




      

Por: João Batista Pereira Santos

Exalto-te, cidade de meu coração,
Panteon de grandes vultos imortais
De estandarte e vitória na mão
Tu serás lembrada em cantos magistrais.

Enalteço-te e enamoro-te sempre que posso
Tuas ruas, praças e egrégios pitorescos pontos,
Em pacatez, lépido, rumo ao progresso eu gosto
Desse lendário e invejável encanto.

Sedento em tua morada,  orgulhoso sou sim
Crescemos, envaidecemos... Somos sempre assim
Ontem. Hoje. Amanhã... Serás sempre tu.

Das idas e voltas que eu fizer
Da vida à morte, se Deus quiser,
Ainda me sobrarão forças para gritar:
Viva minha Itapecuru!  





                Do livro  JOÃO BATISTA: um homem itapecuruense e sua múltipla história, que será lançado no Aniversário da Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes, dia 7 de dezembro, na área de vivencia do Campus IFMA. Trata-se de uma homenagem póstuma  organizada por Jucey Santana e Inaldo Lisboa

sábado, 26 de novembro de 2016

A FEIRA DO LIVRO NA GESTÃO DE TADEU PALÁCIO



Por: Benedito Buzar

A Feira do Livro, criada na gestão do prefeito Tadeu Palácio, foi o evento mais marcante de sua administração e realizada com êxito no segundo semestre de 2006 e repetida com o mesmo empenho em 2007 e 2008.

Nos três anos da gestão de Tadeu, o palco da Feira foi a Praça Maria Aragão, onde tudo funcionou maravilhosamente, graças a uma coordenação que organizou e executou caprichosamente o evento, fazendo-o ganhar repercussão dentre e fora do Maranhão.
Os convidados – escritores nacionais de vulto e os estaduais de reconhecido valor- se encarregaram de mobilizar as atenções da sociedade maranhense, que marcou presença nas palestras, conferências, mesas redondas, noites de autógrafos e lançamentos de livros.

Pela abrangência e localização da Praça Maria Aragão, o público se movimentou com facilidade, os veículos puderam estacionar à vontade, sempre protegidos por um eficiente esquema de segurança, garantindo assim a presença de um grande número de pessoas, inclusive do prefeito Tadeu, que, às noites, ali, dava expediente e acompanhava o desenrolar da programação.

O êxito da Feira do Livro, nos anos de 2006, 2007 e 2008, repercutiu local e nacionalmente, tornando-a uma iniciativa irreversível no calendário cultural da cidade, fato que levou o substituto de Tadeu, João Castelo, a assumir o compromisso público de promovê-la no seu mandato.

                       A FEIRA DO LIVRO NO MANDATO DE CASTELO

O novo prefeito da cidade, tomando por base o notável feito da administração de Tadeu, disse que daria prioridade ao evento para fazê-lo igual ou melhor do que o anterior, razão pela qual criou um grupo de trabalho especialmente para cuidar do assunto.

A coordenação, nomeada pelo novo gestor da Capital, se teve o discernimento de manter a Feira na Praça Maria Aragão, pois circulava a notícia de possível transferência para outra área da cidade, não a teve para assegurar recursos no orçamento do município, fato que quase compromete a montagem dos stands, o pagamento de cachês aos escritores e outras atividades inerentes à promoção cultural.

Mesmo com as dificuldades operacionais e os problemas financeiros, aos trancos e barrancos, o evento aconteceu no mandato de Castelo, mas aquém da gestão de Tadeu Palácio, especialmente pela ocorrência de imperdoáveis falhas e reiteradas improvisações.
Lembro que no último ano, por coincidir com o processo da sucessão à prefeitura, a Feira por pouco não caiu no poço.

A FEIRA DO LIVRO NA ERA EDIVALDO
Antes de assumir o comando da prefeitura de São Luis, Edivaldo Holanda Júnior, manifestou apoio irrestrito à Feira do Livro, por considerá-la imprescindível à cultura da cidade.
Mas ao tomar posse no cargo, não se empenhou para dar à Fundação Municipal da Cultura condições operacionais e orçamentárias para o evento chegar a bom termo.

Como primeiro impasse, um espaço adequado para instalação da Feira, já que a Praça Maria Aragão estava literalmente interditada. Depois de buscas pela cidade,  a Praia Grande aparece como solução, mesmo com os problemas nela encontrados, a exemplo, da precariedade de ambientes propícios às conferências e mesas redondas, realizadas em prédios distantes um do outro.

Como se isso não bastasse, eclode o veto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, através da superintendente, Kátia Bogéa, não permitindo a montagem dos stands na Rua Portugal, para não afetar o cenário do centro histórico.

Depois de controvérsias e desencontros entre as partes, as arestas são parcialmente removidas, a Feira consegue sinal verde para instalar-se, àquela altura dos acontecimentos, sob o pessimismo de livreiros, escritores e do público.

No ano seguinte, em 2014, para evitar problemas do ano passado, a Fundação Municipal de Cultura descarta sumariamente a Praia Grande para palco da VIII Feira do Livro e acerta com a Fundação da Memória Republicana a cessão das instalações do Convento das Mercês.

Imaginava-se que naquele espaço, o evento se reencontrasse com as suas origens. Ledo engano. Do primeiro ao último dia, notou-se a ausência de público, sob alegação da insegurança no bairro do Desterro e do precário estacionamento. Nem com o reforço da mídia, o evento melhorou.

Esses dois fatores assustaram a população, que, sem a sua presença, fez o evento perder força, cair no marasmo, e comprometer a comercialização e lançamento de livros, as palestras dos escritores e as mesas redondas, algumas até canceladas.

Para não repetir o quadro de frustração de 2014, a coordenação da Feira de 2015 pensava descobrir outro espaço, de modo a reabilitá-la e dar-lhe a credibilidade de outrora.
Embalde. À falta de alternativa, a Praia Grande é mais uma vez escolhida para cenário do evento, que se auspiciava mais revigorado pela ajuda financeira do governador Flávio Dino, mas, por ser limitada, não conseguiu levantá-la e fazê-la renascer das cinzas.

Resultado: novamente o evento deixa a desejar e as esperanças se projetam para 2016, que, por ser um ano eleitoral, com o prefeito Edivaldo candidato à reeleição, a X Feira do Livro transformar-se-ia numa vitrine, capaz de catalisar votos para mantê-lo no cargo.

Quem sonhou com isso, caiu da cama, pois à medida que se aproximava a realização da Feira, a vulnerabilidade financeira da prefeitura era patente e mostrava-se impotente para bancá-la, fato que a mídia diariamente explorava e cobrava, mas sem resposta.

Por conta desse transtorno financeiro e da irresponsabilidade das autoridades municipais, a Feira engessou-se. Quando tudo levava a crer que nada aconteceria para alavancá-la, uma empresa comercial de São Luis, como patrocinadora de última hora, aparece no horizonte da incredulidade, estende a mão à prefeitura e evita um vexame maior.

Com aquela receita inesperada, mas o suficiente para a Feira não ser vergonhosamente sustada, foi montada às pressas, mas sofrendo corte na sua estrutura física, na duração do evento – de dez para seis dias – e na redução e participação de livreiros e escritores. Não à toa,  o evento deste ano foi considerado o mais fraco dos dez anos de vida da Feira.
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RECEITA PARA A FEIRA NÃO TER UM TRISTE FIM.

Para não se dizer que só  critiquei, apresento esta singela sugestão para tentar reerguer a Feira do Livro: em vez de anual, transformá-la em bienal, como nas principais cidades brasileiras.

Rio de Janeiro e São Paulo, os dois maiores mercados editoriais do país, com dezenas de livrarias e milhões de leitores, não se dão ao luxo de fazer Feiras anuais. São realizadas de dois em dois anos, tempo suficiente para avaliações e planejamentos.

Comenta-se que a Feira de São Luis é anual por causa da lei que a criou.  Pura falácia. Alterar uma lei ordinária (no bom sentido da palavra) é algo fácil e sem trauma. Se o prefeito e os vereadores quiserem ela muda rapidamente.

UM ELOGIO MERECIDO.

Não posso terminar esta coluna sem esquecer o trabalho insano de Rita de Oliveira, coordenadora do evento. Trata-se de uma mulher de fibra e de coragem que em momento desistiu ou deu demonstração de vencida. Lutou desesperadamente e ultrapassou as vicissitudes que se antepunham à realização da X Feira do Livro. Palmas, pois, para Rita de Oliveira, pela obstinação e força de vontade.