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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

MEIO SÉCULO DE FORMATURA




        

Por Benedito Buzar
 
No dia 22 de dezembro de 1966, há 50 anos, em solenidade realizada no auditório da Associação Comercial do Maranhão, eu colava grau em Ciências Jurídicas e Sociais, pela antiga Faculdade de Direito de São Luis, estabelecida e funcionando na Rua do Sol, onde ingressei em 1962, época em que existiam apenas as Faculdades de Direito, Farmácia e Odontologia, mantidas pelo Governo Federal, a Escola de Enfermagem São Francisco de Assis, a Faculdade de Serviço Social e a Faculdade de Ciências Médicas, integrantes da SOMACS ,– Sociedade Maranhense de Curso Superior, criada por Dom José de Medeiros Delgado, que originou mais tarde a Fundação Universidade do Maranhão até transformar-se em 1967 em Universidade Federal do Maranhão.

Em 1962, com 22 anos, obtive duas brilhantes vitórias. A primeira, resultado do exame vestibular ao curso de Direito, com provas escrita e oral, sendo sabatinado pelos temidos professores Fernando Perdigão e Pedro Neiva de Santana. A segunda, decorrente do teste das urnas, eleito deputado estadual à Assembleia Legislativa, pelo Partido Social Progressista.

Da turma que colocou grau junto comigo, lembro de Ana Maria Jorge, Antônio Carlos Neves, Eulina Maranhão, Ilná Vasconcelos, Jorge Gonzalez, José de Arimatea Fonseca, Caldas Góis, José Francisco Lobato, Guilherme Fecury, José Orlando Lima, Maria de Jesus Sousa, Maria de Jesus Nogueira, Murilo Messeder, Nelson Reis, Petrônio Sá, Reinaldo Carneiro, Sidney Ramos, Walter Castro, Wilmar Sá e Yolanda Neves.

Alguns, como Antônio Carlos Neves, José de Arimatea Fonseca, Guilherme Fecury, José Orlando, Petrônio Sá e Sidney Ramos já partiram para a eternidade; outros, contudo, não sei o que fazem e por onde andam. Dos que exercem a profissão de advogado, restam José Francisco Lobato e José Caldas Góis, este, chegou à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, no Maranhão.

De minha parte, confesso o arrependimento de não ter militado na advocacia, mas conforto-me e orgulho-me de ostentar na minha biografia o título de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Quem sabe se tivesse optado pela profissão, não seria hoje um desembargador ou um promotor aposentado.

Se não cheguei a ser um profissional da advocacia, não foi por deficiência do curso ou incompetência dos professores da Faculdade de Direito. Nada disso. O curso, além de bem estruturado e com disciplinas ajustadas à realidade jurídica brasileira, era ministrado por um elenco de mestres em sua grande maioria preparados e capazes intelectualmente de atuar na docência de grau superior.

Não posso esquecer e até hoje guardo na memória o nome de professores daquela magnífica Congregação, que ajudaram, pela sua grandeza moral e intelectual, a iluminar o meu caminho e de outros bacharéis, com ensinamentos que nortearam as nossas vidas para o Direito se impor como Ciência.

Para homenageá-los, com respeito e admiração, os nominarei individualmente: Fernando Perdigão, Pedro Neiva de Santana, Antenor Bogéa, Doroteu Soares Ribeiro, Mário Santos, Domingos Vieira Filho, José Joaquim da Serra Costa, José Maria Ramos Martins, Clodoaldo Cardoso, Tácito Caldas, Orlando Leite, Wady Sauaia e Helena Caldas.

Coincidentemente, em 1966, Maria Célia, minha irmã, também colou grau pela Faculdade de Ciências Médicas do Maranhão. Quem conheceu o meu pai, Abdala Buzar, sabe que ele era um tremendo festeiro. Para comemorar aquela dupla formatura familiar, ele promoveu uma festa de arromba em Itapecuru, no dia 25 de dezembro de 1966.

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