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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

35 ANOS DA UEMA




       

Benedito Buzar

Recebo do reitor da Universidade Estadual do Maranhão, Gustavo Pereira da Costa, a comunicação de ser um dos homenageados com a Medalha Gomes de Sousa do Mérito Universitário, conferida pelo Conselho Universitário, nas comemorações dos 35 anos de fundação da Instituição.

Dias depois, outro comunicado do mesmo reitor, dando conta da minha indicação para falar em nome dos homenageados, na solenidade comemorativa da significativa efeméride, a 2 de agosto de 2017.

A honra de ser duplamente distinguido proporcionou-me alegria e felicidade, pois através da retórica teria a oportunidade de evocar e lembrar a trajetória da Instituição, que ao longo de 35 anos cumpriu o objetivo de fomentar o saber e de formar profissionais dos mais diversos campos do conhecimento humano e científico.

Para cumprir a incumbência a mim foi delegada, fiz um recuo no tempo e trouxe a lume, ainda que de forma sumária, a gloriosa história da Universidade Estadual do Maranhão, desde os seus primórdios, da qual participei como docente e com atuação, modéstia a parte, exemplar.
Sustentado na minha bem conservada memória de jornalista e de pesquisador, sempre pronta a me ajudar nesses momentos, transmiti preciosas informações sobre iniciativas e atos praticados por autoridades governamentais, que resultaram, depois de um processo de maturação, na fundação da Universidade Estadual do Maranhão.
Na condição de testemunha viva daquele processo histórico, afirmei que tudo começou nos meados da década de 1960, no governo José Sarney, que levado por circunstâncias conjunturais, decide criar as Faculdades de Engenharia, Administração e Agronomia, em São Luís, e a Escola Superior de Educação, em Caxias, para a preparação de quadros técnicos que o Maranhão carecia, com vistas a modernizar suas estruturas administrativas e promover o desenvolvimento econômico e social.

O sucessor de Sarney, professor Pedro Neiva, empenhado  na consolidação desse projeto educacional, cria as Faculdade de Veterinária, em São Luís,  e de Educação, em Imperatriz, que, aglutinadas em torno das existentes, formaram uma autarquia denominada Federação das Escolas Superiores do Maranhão.

Como substituto de Pedro Neiva, o governador Nunes Freire, também deu o seu contributo, levando as Faculdades instaladas em São Luís, que funcionavam isoladamente, para um campus próprio, com o nome de Cidade Universitária Paulo VI, onde alunos, professores e servidores comungaram vivências e trocaram experiências necessárias à formação do espírito universitário.

Para coroamento de tudo isso, o governador João Castelo, sucessor de Nunes Freire, realiza o sonho maior de todos nós: o envio à Assembleia Legislativa de um projeto de lei, criando a Universidade Estadual do Maranhão, sancionado pelo mesmo em 30 de dezembro de 1981.

Ao longo dessa árdua caminhada de  vitoriosas conquistas e exitosas iniciativas, no campo acadêmico, técnico e científico, mas, também, de tempos difíceis e de lutas adversas, a Instituição só não chegou a desativar o ensino, a pesquisa e a extensão, porque os corpos docente, discente e administrativo se levantaram e reagiram contra o impensado gesto de alguns gestores que criaram dezenas de cursos de graduação, muitos dos quais dispensáveis, mas, com o fito exclusivo de atender interesses eleitoreiros.
Felizmente, aquela maldita fase passou e se perdeu na poeira do tempo, graças aos compromissados assumidos pelos professores José Augusto Oliveira e Gustavo Pereira da Costa, o anterior e o atual reitor, que á frente da UEMA souberam com competência, seriedade e honestidade, darem a volta por cima, respaldados na máxima do grande escritor paraibano, José Américo, ao dizer que “voltar é renascer e no caminho da volta ninguém se perde.

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