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domingo, 27 de janeiro de 2019

RAIMUNDO PÚBLIO BANDEIRA DE MELO


          

Ju                                     DESEMBARGADOR    ITAPECURUENSE
  J

Publio Bandeira de Melo
O Desembargador Raimundo Públio Bandeira de Mello nasceu em Itapecuru-Mirim, em 21 de janeiro de 1888. Foi advogado, magistrado, político, professor e presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Fez os primeiros estudos em Itapecuru-Mirim. Em São Luís estudou  no Liceu Maranhense, e no Rio de Janeiro estudou no renomado Colégio Pedro II.   Bacharelou-se em Direito pela Faculdade do Recife em 1912.

 Ao retornar à São Luís, foi nomeado  Chefe de Polícia, depois promotor público.  Na condição de magistrado, em 1918,  serviu como juiz de Direito em Caxias e Flores (atual Timon), à  partir de 1919 ficou a disposição do Tribunal de  Justiça em São Luís tendo sido titular como juiz de direito na Capital.

Foi figura ativa na Revolução de 1930, no Maranhão. Após a vitória do movimento foi nomeado desembargador em 28 de fevereiro de 1931.

Integrou a primeira turma de desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral, de acordo com a legislação revolucionária do ditador Getúlio Vargas, e chegou a presidente do Tribunal Regional de Justiça e Tribunal Eleitoral. (Combate,18.1.1936).

Foi Vice-Presidente da Corte de Apelação, chegando a ser Presidente daquele Tribunal de 1938 a 1941. Voltou a presidir a Casa em 1945, na transição entre a ditadura que findava e a reconstitucionalização do País. Foi também Secretário de Justiça e Segurança.

Como procurador-geral do Estado, revelou-se um grande jurista pelo invejável conhecimento de doutrina e jurisprudência no campo do Direito, figurando como professor catedrático de Direito Internacional na Faculdade de Direito do Maranhão.

Como político e exerceu dois mandatos de senador pelo Maranhão, de 1955 a 1959.  Foi senador suplente de Assis Chateaubriand (Francisco de Assis Bandeira de Mello) pelo Estado da Paraíba, chegando a substituí-lo no Senado Federal, por 81 dias, durante uma licença de Chateaubriand.

            Foi secretário de Interior, Justiça e Segurança do Estado do Maranhão. (Combate, 17.4.1951), e fez parte da Diretoria de Santa Casa da Misericórdia de 1951/1954. Exerceu ainda a função de redator do jornal O Imparcial redigindo brilhantes artigos sobre política e Direito Internacional.

             Públio de Mello era filho do negociante e político itapecuruense Catão Clímaco Bandeira de Melo e da ex-escrava Tereza de Jesus Moreira, que pertencia ao comerciante Manoel Caetano, mais conhecido por Manoel Cobra. O português o criou e educou. Foi casado com Maria de Lourdes Silva Bandeira de Melo, com quem teve 6 filhos. O seu primeiro filho foi batizado com o nome de Manoel Caetano em homenagem ao seu benfeitor (V. Manoel Cobra).

Manoel Caetano  (1918-2006), fazendo jus à inteligência da tradicional família  itapecuruense  Bandeira de Mello,  foi advogado, escritor, poeta e ensaísta, tendo sido ocupante da cadeira número 11 da Academia Maranhense de Letras, patroneada por outro  itapecuruense, João Francisco Lisboa.

Públio de Melo em Itapecuru Mirim

Apaixonado pela sua cidade natal, o jovem Públio Bandeira de Melo estava presente nos eventos culturais e políticos  do município com atuação e compromisso. Foi um dos fundadores da Sociedade Musical Beneficente de Amigos, em 1908, que contratou o maestro Sebastião Pinto, autor do Hino de Itapecuru, criador e regente  da Banda Despertadora.

Assíduo participante das serenatas e  saraus literários  durante suas férias com os talentosos músicos e poetas itapecuruenses como Joaquim Araújo, Djalma Bandeira, Dominho Sitaro e outros.

Quando ocorreu a queda da igreja de Nossa Senhora do Rosário com a enchente de 1924, Públio foi um dos maiores colaboradores  da sua reconstrução, juntamente com as professora Mariana Luze Zulmira Fonseca, Henrique Frazão, o cientista Salomão Fiquene, o imortal da AML  Ribamar Pereira, e o promotor Mata Roma, colocando sua residência sito à Rua da Cruz, nº 34 na capital  à disposição para a coleta de doações.  Foram realizados vários bailes beneficentes, leilões, festivais e peças teatrais.

Em abril de 1928 Públio de Melo e outros intelectuais itapecuruenses, organizaram um Festival Artístico no Teatro Artur Azevedo com grande repercussão jornalística em beneficio da igreja.

             Raimundo Públio Bandeira de Melo morreu como desembargador aposentado em 1966, deixando uma tradição de cultura em todos os campos por onde passou. É patrono de uma cadeira da Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes e do Fórum de Itapecuru Mirim. 

     Do livro Itapecuruenses Notáveis (2016), de autoria de Jucey Santana

sábado, 26 de janeiro de 2019

ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS DE ITAPECURU MIRIM




                              Mês de Janeiro

Dia 1º (1925) – Inauguração do serviço de bonde com tração animal para o transporte de passageiros e cargas, da beira-rio à estação ferroviária;
Dia 1º (1949) – O prefeito Miguel Fiquene inaugura o busto de Gomes de Sousa na praça do mesmo nome, assinado pelo festejado artista Mauro Lima;
Dia 1º (1997) – São empossados nos cargos de prefeito e vice, Miguel Lauande Fonseca e Lande Coroba;
Dia 1º (2001) – Reeleito para o cargo de prefeito, Miguel Lauande Fonseca toma posse juntamente com o vice, João do Trecho;
Dia 1º (2005) – Posse do prefeito Júnior Marreca e da vice-prefeita Maria Lúcia Cavalcante;
Dia 2 (1961) – O vereador Abdala Buzar renuncia ao mandato à Câmara Municipal para assumir o cargo de prefeito;
Dia 3 (1957) – Nascimento do médico Tarcísio Mota Coelho;
Dia 4 (1892) – Nomeação dos membros da Intendência Municipal de Itapecuru Mirim;
Dia 4 (2003) – Católicos da Paróquia de Nossa Senhora das Dores comemoram o cinquentenário da ordenação do padre Benedito Chaves Lima;
Dia 6 (1946) – Raimundo Nonato Coelho Nahuz (Zuzu Nahuz), assume a direção do jornal O Combate;
Dia 6 (1951) – Chegada do padre José Albino Campos em Itapecuru Mirim;
Dia 8 (1800) – O presidente da Província, Dom Diogo de Sousa, autoriza José Félix Pereira de Burgos (futuro Barão de Itapecuru), a estudar em Coimbra;
Dia 8 (1965) – Falecimento Raimundo Nonato Coelho Nahuz (Zuzu Nahuz);
Dia 9 (2010) – Falecimento do jornalista e professor da Universidade Federal do Maranhão, Raimundo Nonato Coelho Neto, aos 55 anos de idade;
Dia 12 (1800) – Nascimento de Joaquim Vieira da Silva, na Fazenda Conceição;
Dia 12 (1945) – Nasce Maria das Mercedes Sampaio, poeta e folclorista;
Dia 13 (2012) – Posse solene dos novos membros da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, Leomar Amorim e Benedita da Silva Azevedo;
Dia 14 (1896) – Nasce Newton  Neves, professor, musicista e escritor;
Dia 15 (1805) – Carta do Bispo do Maranhão, D. Luís Brito Homem, para o príncipe regente D. João, sobre a restauração da Paróquia de Itapecuru Mirim;
Dia 15 (2004) – Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro apresentam o resultado de quatro décadas de estudos sobre a descoberta de um dinossauro às margens do rio Itapecuru;
Dia 16 (1948) – Miguel Fiquene assume o cargo de prefeito;
Dia 17 (1891) – Foram nomeados Raimundo Alves Pereira e Durval César Bezerra, membros do Conselho da Intendência Municipal de Itapecuru Mirim;
Dia 17 (1948) – Posse dos vereadores eleitos em 25 de dezembro de 1947. Primeira eleição depois da ditadura Vargas;
Dia 20 (1876) – Nascimento do capitão da guarda nacional, Sebastião Augusto Pinto da Costa. Foi o autor da primeira versão do hino de Itapecuru Mirim;
Dia 20 (2006) – Tarcísio Mota Coelho recebeu o título de doutorado em obstetrícia;
 Dia 21 (1888) – Nascimento de Raimundo Públio Bandeira de Melo.
Dia 21 (1961) – Temporal derruba a cúpula da torre da Igreja de Nossa Senhora das Dores;
Dia 23 (1884) – Nascimento de Manuel Viriato Correa, jornalista, contista, romancista, teatrólogo e autor de crônicas e histórias infantis;
Dia 23 (1890) – O governador do Maranhão nomeia Antônio Públio César Coelho presidente do Conselho de Intendência Municipal de Itapecuru Mirim, que ficou poucos dias à frente do Conselho; Obs: Este foi o mais longevo presidente da Câmara Municipal de Itapecuru Mirim: 1898/1912 e 1916/1917;
Dia 24 (1963) – O deputado Benedito Buzar realiza um evento comemorativo pela sua eleição;
Dia 24 (1970) – Falecimento de José Albino Campos Filho, pároco de Itapecuru Mirim de 1951 a 1970;
Dia 25 (1648) – Consulta do Conselho Ultramarino ao rei D. João IV acerca da mudança de sede do governo de São Luís para Itapecuru Mirim;
Dia 25 (1925) – Nascimento de Antônio Rodrigues Sobrinho (Bispo Rodrigues), político, agricultor e sindicalista;
Dia 25 (1993) – O vice-governador José de Ribamar Fiquene lança a pedra fundamental do Centro de Atenção Integral à Criança – CAIC;
Dia 26 (1890) – Faleceu Fábio Carvalho Reis, político e jornalista. Fundou em 1847 o primeiro jornal diário do Maranhão, O Progresso;
Dia 26 (1935) – Circula o primeiro número do jornal A Gazeta, do jornalista João Rodrigues;
Dia 26 (1990) – Nasce o jornalista e escritor Brenno Bezerra  Pedrosa;
Dia 27 (1951) – Eleita a nova mesa diretora da Câmara Municipal;
Dia 29 (1778) – José Gonçalves da Silva, fundador da Vila de Itapecuru, obteve a confirmação da sua primeira sesmaria, em Guimarães;
Dia 31 (1958) – Inauguração da Rodovia MA-23, entre Itapecuru Mirim e Vargem Grande;
Dia 31 (1996) – Faleceu o ex-prefeito José Carlos Rodrigues, vítima de suicídio.
 Do livro, Sinópse da História de Itapecuru Mirim (2018), pag. 128,  de autoria de Jucey Santana

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

VOU EMBORA PRA ITAPECURU


Capa do Livro Sinopse da História de Itapecuru Mirim

  

         Parodiando Manoel Bandeira ouso cantar:



Jucey Santana

Vou embora pra Itapecuru
Lá sou amiga dos reis
Inaldo,  Buzar, Tarcísio
Pimentel, Meireles e Tiago
Willame, Josemar e Gonçalo
Sem esquecer as rainhas
Assenção, Mirella e as Teresas
Maria Sampaio, outras Marias
Vou embora pra Itapecuru.

Vou-me embora pra Itapecuru,
T
erra amada onde nasci
Lá tenho muitos parentes
Amores que nunca esqueci
 Mariana, Gomes de Souza e Zuzu
E tantos outros expoentes
Vou-me embora, vou sem medo
Vou pra Itapecuru

É lá que é meu lugar
Lá estão minhas lembranças
Da época da minha infância
Dos banhos no Luís Antonio
Dos folguedos na poeira
Nas  noites de lua cheia
Acenderei a fogueira
Na noite de São João
Para fazer simpatias
E o futuro adivinhar.
É lá...  que eu quero ficar.

Com amor puro e fecundo
Nas festas da padroeira
O padre Albino, um pai.
Irei  à missa  aos domingos
Cedinho a serenar
Pra cumprir a obrigação
E receber o perdão
Das peraltices do mundo.

Vou pra Itapecuru
Lá terei a Ana Júlia
Pronta para me salvar
Da tirana correnteza
Pularei  cercas pra colher frutas
Assarei castanha de caju
Debaixo daquela mangueira
Banharei na grota fria
Sonharei que sou mãe d’água
Para proteger a nascente
Ouvirei histórias de fantasmas
E grandes sucurijus
Pra embalar os meus sonhos
Vou embora pra minha terra
Vou para Itapecuru

Em Itapecuru terei
Muito arroz do Tingidor
Farinha do Morro do Burro
Macaxeira  do roçado
Visagens lá no Cigano
O cemitério assombrado
Meu querido Paulo Mina
Contenda e Quebra Coco
Cova e a Vaca Branca
Vinagre e Buragi
O histórico Kelru
E a sua antiga fábrica
De quebrar o babaçu
Lá não terei tristeza
Vou embora, vou embora
Pra minha Itapecuru

Muitas pedras no caminho
Não atrasam meu andar
Vou saltando uma a uma
Para poder  lá chegar
Elas cobrirão o meu púcaro
Onde dormirei, enfim
Quero ir logo, minha gente
PRA ITAPECURU MIRIM.

Do livro Sinopse da História de ITAPECURU MIRIM (2018), pag. 15, de autoria de Jucey Santana.