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domingo, 13 de janeiro de 2019

AMO AMAR O AMOR


Clores Holanda

Amar, amar e amar feito as ondas do mar que vão para lá e para cá.
Não importa se você vai se afogar. Mergulhe profundo e deixa-as passar.
Nesse vai e vem da força que a onda tem dê braçadas rumo ao além.
E se acaso o amor naufragar? Pode ter certeza no oceano ele vai se salvar.
Amor amar o amor. No seu peto transborda espumas de paz interior.

Se amar é sinônimo de sofrer quero me afogar na ilusão de um mar sem chão.
Nadando, nadando, não quero transformar o amor em paixão motivo de traição.
Atraídos pelo engodo o homem dilacera o peixe sem dó e sem compaixão.
Manchando o mar de vermelho pelo seu desamor causando tamanha dor.
Amo amar o amor. Por amor a nós Jesus Cristo nos salvou.

Qual a definição do amor? Será o tremor do corpo molhado sem o cobertor?
É o côncavo e o convexo de dois seres num êxtase momentâneo de felicidade?
Amor é fervor, é louvor, é ardor, é calor, é emoção, é uma mistura de paixão.
Amar, amar, além do mar na âncora do paraíso de um sonho sem acordar.
Amo amar o amor. Preciso adormecer e acordar em teus braços meu melhor cobertor.

Vivo numa Ilha onde canta o sabiá. Tem o Largo dos Amores que em nenhum lugar há.
Por tanto amar fiquei só. Ganhei o mar na Ilha do Amor de encontros e desencontros.
Na minha solidão encontro o passado  de um presente bem vivo de amores perdidos.
Construí castelos de amor na beira da praia destruídos pela onda traiçoeira do mar.
Amo amar o amor. Sou do signo de peixes. Sonho com o verdadeiro amor.





Do Púcaro Literário II, Itapecuru Mirim, 200 anos (2018) pag. 42. Clores Holanda Silva,  poeta, sócia Efetiva do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e  da Academia Ludovicense de Letras.

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