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domingo, 13 de janeiro de 2019

HINO BISSECULAR ITAPECURUENSE



Saulo Barreto

Glórias, Glórias à cidade criada pelo Rei,
 Nascida em meios às pedras pequeninas.
Com imponente e inesquecível memória,
Teus concidadãos dirão: “Te honrarei!”

Sobreviestes à Colônia, ao Império e à República,
Urbe tão antiga; tão provecta como o Brasil.
Impulsionada pela criação do gado e do engenho,
Fazem, pois, da tua História, um torrão pênsil.

Terra de Viriato Correa, dos “Buzar” e Mariana Luz...
Não bastasse a tríade patente de briosos retros mencionados.
Ainda contamos com Gomes Sousa, Henriques Leal, Jucey Santana...
João Lisboa, Zumira Fonseca... nomes que à imortalidade, fazem jus.

Cantão de Quilombos, teu solo é encharcado e abluído com sangue negro,
Foi palco de batalhas sanguinolentas travadas pelos revoltosos balaios.
Guerra essa que culminou na execução do seu líder maior: Cosme Bento,
Entretanto, tua resistência africana se traduz na valente Santa Rosa dos Pretos.

Parabéns, pois, Itapecuru-Mirim do Estado do Maranhão!
És cidade de muita nostalgia, Letras, Artes, futuro e Ação,
Hoje na passagem da tua ducentenária lisonjeira,
Peço vênia para fazer minhas as palavras do teu hino:
“Seja de glória tua existência inteira.”






Do Púcaro Literário II, 200 anos de Itapecuru Mirim (2018) pag. 86.
Saulo Barreto Lima Fernandes,  escritor, advogado e graduado em Ciências Sociais é autor de 10 obras entre as quais:  O Príncipe do Norte: a Saga de Chagas Barreto e o livro de contos existencialistas,  Discursos Mudos.





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