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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

LUIS BANDEIRA DE MELO

 

                              Professor e Poeta


Jucey Santana
Luis Gonzaga Bandeira de Melo, itapecuruense, filho de Boaventura Catão  Bandeira de Melo e Benedita Francisca Bandeira de Melo, nasceu em 14 de fevereiro de 1915, no Engenho Laranjeira, propriedade dos Bandeira de Melo, atualmente assentamento “Conceição Rosa”,  e  faleceu em 6 de setembro de 1986. 

Estudou no Instituto Rio Branco,  fundado pelo professor Newton Neves, em 1926. Nos anos 40 chegou a ser professor do Instituto, quando o mesmo era dirigido pelo professor João Rodrigues.  Inteligente e dinâmico,  estudou   Noções de Direito, em São Luís, tornando-se excelente  advogado provisionado, atuante nas lides em defesa dos  conterrâneos, tendo se inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil –OAB   Seção do Maranhão,  em 4 de julho de 1970,  com o nº 96 da Ordem, com autorização para exercer a advocacia  nas comarcas de Itapecuru Mirim e Vitória do Mearim e seus respectivos termos. 

            Foi prefeito da cidade de Itapecuru Mirim em 1951, por um período de dois meses e meio quando renunciou porque a  cidade estava passando por um período conturbado na política. (Vr. João Rodrigues).   Nomeado em 1956 ao cargo de  coletor  da Exatoria Estadual da cidade de Cantanhede, onde também foi professor e criou a festa da Cruz, ao molde da festa de Itapecuru Mirim.  Segundo Abraão Teixeira no livro Cantanhede, sua gente e sua história (2002), Luis  Bandeira “realizava a festa da Santa Cruz, na Rua da Cruz, com inicio a 24 de agosto,  e em 1º  de setembro acontecia o encerramento do festejo”.  

Luis Bandeira teve uma importante atuação política e social em Itapecuru Mirim. Foi secretário de Educação de Itapecuru Mirim em 1979, diretor da Escola Mariana Luz, criou a bandeira municipal em 1978, foi co-autor do Hino de Itapecuru Mirim  (Vr. Sebastião Pinto).
Luis Bandeira foi incansável estudioso do Espiritismo, sendo muito influenciado pelo amigo e seguidor da doutrina, Juvenal Nascimento. As reuniões dos seguidores da doutrina de cunho filosófico-religioso eram realizadas nas casas dos médiuns ou simpatizantes. Em 27 de junho de 1976 foi inaugurada a sede própria do Centro Espírita Amor e Caridade, sendo Luis Bandeira presidente. Os outros membros da diretoria foram os seguintes: Sixto Amorim de Sousa, Graciete Cassas e Silva, Maria de Nazaré Coelho, José do Carmo Nogueira e João da Cruz Silveira. Na ocasião foi lançado o livro “Rosália” de autoria de Luis Bandeira, em homenagem  a professora e poetisa Rosália, tia do autor. Sobre o livro, o trovador Juvenal Nascimento assim se manifesta: 

Aglomerado de ensinamentos que vamos encontrar, ao explorar o lastro de intuições aqui registradas e os florescentes esclarecimentos postos a serviço do ser humano, no campo da espiritualide. (...)  mensagem humana e espiritual que meu amigo Luis Gonzaga Bandeira de Melo nos transmite através de seu romance; 

Luis Bandeira foi poeta, escritor,  compositor, cronista e orador fluente. Escreveu várias peças teatrais e inúmeros poemas, tais como: Ser Espírita, Até Breve, Adivinhação, A Humildade, Homenagem as Mães,  Ser Pai, A Criação, e Acusação e Remorso.

Elaborou uma apostilha sobre a História de Itapecuru Mirim, que era aplicada  nas escolas. Também foi colaborador do  jornal Trabalhista,  de João Rodrigues,  nos anos 40. Era  um apaixonado pela sua terra natal.

Casou-se com  Maria José Bezerra, com quem teve 5 filhos. Ficando viúvo, contraiu segundas  núpcias com a senhora Maria Ferreira Bandeira de Melo, com a qual  veio a ter   mais nove filhos, perfazendo um total de 14.

O ilustre itapecuruense teve seu mérito reconhecido, sendo patrono da Cadeira  14 da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA 

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