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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Construtores de nossa história ELISA SILVA SANTANA

  


MAURO REGO (*)

            Uma das pessoas que muito contribuíram para o aprimoramento de nossa cidadania, atuando em várias instituições e em várias atividades, foi a Professora Elisa (Ferreira da) Silva Santana, nascida em 11 de novembro de 1928, filha de Juventina Ferreira da Silva e Silvino Virgílio de Oliveira. É uma das professoras mais antigas de nosso município, nomeada em 1946 para a Escola Getúlio Vargas, após ser aprovada em concurso público, juntamente com a Professora Maria Monção Rodrigues.

            Fazia parte do grupo de cantoras da Igreja Católica, antes da chegada do Padre Chiquinho a esta cidade, ao lado de Luísa Machado, Maria José Gama Sanches e Maria José Freire. Após a demolição da Igreja que foi reconstruída em 1919, pelo Monsenhor Dourado, fez parte dos grupos teatrais que angariavam recursos para a construção da Igreja do Padre Chiquinho, junto a Maria José Freire, Mariinha Machado, Sinhá Graça, Maria José Lopes, entre outros, participando de encenações de algumas peças escritas pela poetisa Itapecuruense Mariana Luz, entre as quais “Quem Tudo Quer Tudo Perde” e “Miss Semana”, trazidas por Flávio Cordeiro Mendes durante o largo período em que exerceu aqui o cargo de Coletor Estadual. Mais tarde, já em companhia de Raimundo Nina Rodrigues Júnior, Mary Rodrigues, Teresinha de Jesus Rodrigues, Teresinha Moreira, Mauro Rego, Benedito Rodrigues de Oliveira e outros, participou da peça “Remorso”, do bacabalense Coroacy Fontes. 

            Licenciada em Geografia pela Universidade Federal do Maranhão, lecionou no Liceu Maranhense, em São Luís, na U. I. Nina Rodrigues, Colégio Arthur Azevedo e Escola Paroquial de Anajatuba.  Foi uma das que mais contribuíram para a implantação do Ensino Superior em nossa cidade, graças à sua experiência como Orientadora Acadêmica da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) em 2006. Com a colaboração das Professoras Eliane Oliveira Freire e Eliane Frazão, foi uma das responsáveis pela implantação do Programa de Qualificação de Docentes (PQD) da UEMA que aqui estabeleceu os cursos de Licenciatura em Letras e História.

            Na Administração Pública foi Secretária da Prefeitura e da Câmara Municipal em várias administrações exercendo também o cargo de Secretária Municipal de Educação, Cultura, Desportos e Lazer, nos governos de Ademir Duarte da Cruz e Pedro Lopes Aragão. 

            É membro efetivo da Academia Anajatubense de Letras, Ciências e Artes (ALCA), sendo fundadora da Cadeira n° 18, patronímica de Vitor de Jesus Lobato, do qual foi amiga pessoal. Exerceu várias funções administrativas na ALCA e lutou muito para que a instituição tivesse uma sede, o que ainda não foi concretizado.

            Abrimos uma coletânea de crônicas sobre os construtores de nossa História moderna, prestando a primeira homenagem a uma das mais expressivas lutadoras em prol da Educação em Anajatuba, enquanto lutaremos pela concretização de outros de seus sonhos, entre os quais a criação da Comenda Padre Chiquinho, por ela idealizada, que se tornaria a mais importante honraria concedida pelo nosso Município, cuja instituição ainda não foi materializada. 

Dona Elisa está enfrentado problemas de saúde que ela encara com a galhardia possível aos seus 91 anos de idade. Como seu admirador e amigo, honra-me fazer esse registro numa moção de reconhecimento ao seu trabalho. 


(Mauro Rêgo é escritor, membro da Academia Anajatubense
de Letras, Ciências e Artes (ALCA) e da Academia Itapecuruense
                          de Ciências Letras e Artes (AICLA)







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