* Roberto Franklin
Carla tinha 39 anos era filha única de uma família
de classe média alta, era uma bem sucedida executiva, na área sentimental não
havia colhido muitos frutos, era uma bela mulher, e super inteligente, ganhava
bem e nunca sentiu a carência financeira, o mesmo não poderia ser dito com a
vida sentimental. Carla foi casada com um também executivo casamento um pouco
arranjado que não a tratava muito bem, não sabemos dizer se o relacionamento
era por dinheiro ou por posição social, o certo era que a infeliz mulher nunca
teve um casamento feliz como todos desejamos, era uma vida triste não havia
carinho, cordialidade, filhos nem pensar todas as vezes que a pobre falava logo
vinha uma discussão a respeito, o esposo Cláudio não aceitava filhos só pensava
em progredi e um dia quem sabe assumir uma das diretoria da empresa.
A vida social somente em aniversários da família e
festas das empesas sair com amigos e amigas nem pensar, era uma vida realmente
muito difícil que com os anos se tornava ainda pior. Até que um dia não
aguentando mais sua carência de esposa a falta de diálogo depois de pouca
conversa decidiram se separar, Carla logo aceitou sem questionamento sua vida
com ou sem aquele marido ficaria na mesa. Após a separação ela prometera a si
própria que homem nunca mais que casamento nunca mais preferia a solidão das
noite que a solidão dos dias com uma pessoa ao lado. E assim foi feito,
passaram-se uns dois anos até que um belo dia, um amiga de muitos tempo
convidou para umas férias, afirmando que nem de trabalho viviam as mulheres,
ela propôs uma viagem a Salvador, Bahia que fervia no mês de fevereiro em pleno
carnaval, depois de muitas conversas a amiga acabou por convencê-la logicamente
com o apoio dos pais , que sempre afirmavam que ela não poderia viver somente
de trabalho que teria que viajar conhecer o mundo e outras pessoas e até quem
sabe encontrar sua cara metade ou seu cara inteira. Viagem acertada tudo
reservado passagem comprada, foram com destino certo ao futuro incerto.
Salvador estava em festa, o aeroporto lotado muito
chegando para o carnaval, cambistas a solta vendendo abadá para os trios,
muitos acima e muito do valor outros falsos, tudo bem tudo é carnaval, tudo é
Brasil. Pegaram um táxi com destino a um big hotel, ficava bem perto do
corredor dos trios, se a nossa amiga que a muito tempo estava enferrujada
estivesse com sono ou indisposta seria fácil voltar.
Descanso merecido uma bela refeição e tudo se
dirigia para a primeira noite, abadá vestido aquele frio na barriga, a
expectativa e lá vamos. Ao chegarem, imagina o olhar e o pensamento de quem
passou uma vida em casa com um marido que nem mesmo falava, ao ver aquela
multidão aquele monte de pessoas de todos os tipos e de todas os lugares.
Começou a partida o trio elétrico a tocar suas músicas a multidão eletrizada, e
de repente acredite algo chamou a atenção de Carla, um baiano de seus 25 anos
moreno, todo sarado alto, cabelo aparado bem baixo etc, os olhares se cruzaram,
o baiano que não é besta imediatamente lançou o anzol, e como se dizia lá na
minha rua, dali papo. O tempo foi passando o suor foi descendo às vezes um
abraço protetor no meio da multidão, aquela pegada ela com pensamentos
atrasados o que fazer, meu Deus o que eu faço, vendo isso a amiga que já se
encontrava com um outro folião, olhando as incertezas da Carla, tratou de
comprar uma cerveja bem gelada a pretexto de matar o calor, ela relutou porém a
pegar a lata bem gelada imediatamente baixou aquela vontade e, seja o que Deus
quiser.
Assim foi descendo uma, duas, três latinhas a pobre
que tinha esquecido o prazer e os efeitos da cerveja foi se entregando, o nosso
lorde ao vê que ela estava a um passo do paraíso investiu e como falei dali
papo, de repente o nosso amigo naquele empurra, empurra se aproximou mais e
como um felino deu o golpe que faltava, sabe aquele abraço em que o corpo todo
se encaixa, e o beijo aquele que ela nunca havia dado e nem recebido o perfume
de um homem que a muito ele havia esquecido, foi a gota d’ água, daí pra frente
não teve mais teto nem chão. Era o que ela queria e necessitava de um cara de
boa pegada, assim foi ate o fim do dia, acabado os três dias, ela não resistiu
e assim no final do cortejo do trio, ela o convidou para tomar um café no
hotel, imediatamente aceito, e assim foram. Após o café a Carla mais que
inibida e sabendo que seria o último dia em Salvador e que seria difícil ver
novamente aquele baiano que a mostrou tudo que a vida a dois poderia lhe
presentear, o convidou para subir, o que vocês acham que ele falou, lógico que
aceitou de imediato. Pegaram o elevador e ao chegar na porta do apartamento o
cara a pegou no colo e pacientemente a levou até a cama, meus amigos os
pensamentos as comparações entre o ex e o atual a deixaram mais ainda excitada,
bem não precisamos mais entrar em detalhes, sei somente que ela foi envolvida
em prazeres que nem ela sabia o que era.
Acabou o dia após acordarem depois de uma manhã,
tarde e início da noite maravilhoso, ela se dirigiu ao banheiro tomou um banho
e veio a decisão eu quero esse menino para mim, nem que eu tenha que o bancar
as escondida porém não posso deixar de ter uma pessoa que me fez viver em um
dia o que eu nunca teria vivido em meus anos de vida. Ela o chamou para uma
conversa, explicou os detalhes, moradia, carro etc. Tudo acertado a passagem
foi enviada e o príncipe chegou se instalou no apartamento recebeu uma chave e
para que a sua felicidade nunca terminasse foi presenteado com um cartão de
crédito para despesas.
Um detalhe somente foi exigido, ele teria de manter
a discrição, nunca em publico somente ate pela maneira da tradição da família,
já pensou os pais se soubessem , minha filha querida sustentando um marmanjo.
Só meus amigos o marmanjo fez com que a Carla mudasse, agora ela vivia sorrindo,
nos dias combinado olhava todas as horas para o relógio e seu pensamento era
somente que estava na hora de ter nos seu braços aquele baiano que fez dela
viver plenamente a vida.
A carência faz destas coisas!
* Roberto
Franklin Falcão da Costa, cirurgião dentista, escritor e
poeta, membro efetivo da Academia Ludovicense de Letras – ALL, membro da AMCL e
Acadêmico correspondente da ALTA.
As aventuras textuais do confrade Roberto Franklin são sempre encantadoras!
ResponderExcluirObrigado pela leitura amigo.
ExcluirObrigado confrade!
ExcluirUm belo texto!
ResponderExcluirObrigado confreira!
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