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terça-feira, 16 de junho de 2020

O HOMEM DE LATA



* Paulo José de Oliveira

          E você meu amigo galvanizado, quer um coração. Você não sabe o quão sortudo é por não ter um. Corações nunca serão práticos enquanto não forem feitos para não se partirem..."- O Mágico de Oz.
E o homem de lata que se sentia vazio por não ter um coração, achou que para ser feliz precisava de um. Não sabia ele que o coração tem tantas variáveis que poderia fazê-lo pior do que sem ter um.
Tem muita gente que acha que amar é a melhor coisa do mundo e desconsidera tudo que engloba esse ato, se não for a pessoa certa, não adianta o tanto que você tente consertar os erros, não vai dar certo e cada vez mais o coração vai apertando, se encolhendo de tanto se machucar até que você sinta apenas um vazio. E é nesse momento que você deixa de sentir amor e começa a sentir apego, um dos piores sentimentos de todos, porque já não é algo sincero e profundo, mas sim algo raso e fútil, está apenas pelos bônus e não considerando o ônus.
É foda como o coração age, ele ferra uns, acerta com outros e não dá satisfação nenhuma, mas no final quem sente toda a dor é o próprio.
O homem de lata não percebia que quando ele tinha algum sentimento ou tinha que lidar com sua sensibilidade ele acabava enferrujando, ou seja, coisas geradas pelo coração que ele não tinha já o fazia mal. Tendo um coração então...bom não chegou a essa parte para sabermos.
Romantizamos as coisas erradas e achamos lindo, até que uma hora quebramos a cara.
As vezes seria bom ser um homem de lata e por um milésimo de tempo, automaticamente, não ter coração.


*Paulo José Santana de Oliveira, estudante, cronista e poeta, em 11 de março de 1999. Filho de Fábio Nogueira Oliveira e Gabriela Santos de Santana, estudou no Colégio Santa Teresa, é graduando do curso de Ciências Contábeis da UNDB. Em seus textos carregados de sensibilidade onde extravasa seus sentimentos,  são publicados regularmente no www.wattpad.com-user-Peraltajs,  com o pseudônimo  de Peraltajs. Também tem poemas publicados no Jornal de Itapecuru e no blog literário de Jucey Santana.

13 comentários:

  1. Lindo e carregado de sensibilidade, parabéns!

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  2. Nessa longa estrada de tijolos amarelos da vida, às vezes é bom ser homem de lata, e não ter coração! Gostei! Parabéns ao autor!

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  3. Fantastico.
    Está de parabéns.
    Lindo texto

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  4. Realmente, há momentos em que o coração não ajuda 😀. Gostei muito da sua reflexão, Paulo José. Parabéns 👏👏👏👏

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  5. Muito interessante o texto, principalmente por que nós seres humanos atribuímos esses sentimentos diretamente ao coração, mesmo sabendo que é apenas figurativo. ta de parabéns, gostei bastante, que continue assim produzindo vários outros textos.

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  6. Parabéns Paulo José, ótimo texto,tem muito homem de lata por aí que nem se preocupa em ter coração!!!

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  7. Ser um homem de lata, jamais! O coração garante a vida, mas a vida por se só não faz sentido. O coração dá emoção aos sentimentos é o guardião do amor que embeleza e dá esplendor à existência. O coração tem a função divina que é manter os sonhos e a felicidade. Paulo José gostei do poema. Parabéns!

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