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sábado, 29 de agosto de 2020

JORNADA PARA VARGEM GRANDE

João Carlos Pimentel Cantanhede*

 

Dico estava arrumando a sua roupa na maleta quando ouviu alguém gritar lá fora:

– Vambora pra Vargem, Tinoca! – era Neusa Pimentel e mais alguns outros romeiros indo a pé da localidade Boca do Campo, Cantanhede até Vargem Grande para participarem do Festejo de São Raimundo Nonato dos Mulundus. Numa jornada de aproximadamente 9 léguas.

– Vão indo que eu alcanço vocês lá adiante! –  Respondeu Tinoca.

­– Tá certo! – respondeu Neusa e tocou pro rumo da Vargem com o seu grupo. Tinoca já havia fritado o frango no azeite; misturou com farinha de puba e colocou na lata. Enquanto isso, Dico pegou os sapatos e botou num saco. As roupas já estavam todas engomadas no ferro de brasa. As melhores brasas eram as de casca de sapucaia, pois quase não tinham cinza.

­– Já tá tudo pronto, meu filho? – indagou Tinoca.

– Sim, mamãe! – respondeu Dico.

– Então, sebo nas canelas, porque eu não quero ficar para trás!

Já passava das 16h, Dico e Tinoca pegaram suas coisas e saíram da Boca do Campo no rastro de Neusa. Andaram, andaram e nada. Não viram nem o vulto dela. E se não alcançaram logo, não alcançariam mais, pois tinham que encostar na Fazenda Guaribas para encontrar Louzinha e Dedé, primas de Dico pelo lado paterno, que iam com eles para Vargem.

Quando chegaram em Guaribas já ia dar seisorinhas da tarde, as cigarras já começavam a cantar. Como a casa de Dedé ficava fora do rumo da viagem, ela foi esperar na casa de Louzinha. Ao avistarem Dico e Tinoca, elas logo se avexaram.

– Vamos simbora! – disse Tinoca.

– Bença, tia! – falaram as meninas, prontamente com as trouxas na cabeça. E todos seguiram viagem.

Quando a noite chegou, eles já iam passando na casa do Alzemir Pereira, na localidade Buriti, aproximadamente uma légua depois de Guaribas. A viagem toda era feita por meio de veredas pelo mato ou campo. Não era pelas estradas de rodagem ou ramal.

 Caminharam léguas e léguas durante a noite, correndo o risco de aparecer alguma onça, cobra, um desertor ou serem assombrados por alguma visagem. Por via das dúvidas, como o caminho era estreito, viajavam em fila, Tinoca era a primeira e Dico o último. Desse modo, as meninas iam protegidas no meio.

Pisaram chão, pisaram chão e nada de alcançarem dona Neusa. Já estavam fadigados.

– Vamos comer o frito. Eu já não aguento mais! Já tô com fome! – disse Tinoca quando avistou uma casa na beira do caminho.

Pararam na frente da casa; arriaram a bagagem; pegaram o frito e comeram.

– Eita, comemos o frito e agora não temos nem uma gota d’água para beber! Como é que nós vamos aguentar o resto da viagem?! – falou Dedé.

Ao ouvir sua prima se reclamar, Louzinha olhou para um lado e para outro, não viu nem sinal de água, resolveu apelar para o dono da casa. Mas só por ilusão, pois nesse momento, ele deveria estar em sono profundo, visto que era tarde da noite. – Moço, me dê um pouquinho de água! – falou ela olhando para a casa. De repente, ouviram um barulho na porta.

– Olha, parece que mexeram na porta! – exclamou Louzinha. Pois não é que o homem abriu a porta já com a vasilha com água na mão!

– Tá aqui a água para vocês beberem! – disse o homem. Era uma pessoa de coração bom, que se compadeceu daquele pequeno grupo de romeiros. Todos beberam água, agradeceram ao dono da casa, se despediram e seguiram viagem.

Foram dormir já perto da meia-noite, num lugar quase campo, mas com boas árvores para armar redes. Acordaram com a cantiga dos galos ao longe. Se espreguiçaram, colocaram as redes nos sacos e ainda de madrugada tiraram pra Vargem Grande, antes das 9h chegaram lá.

Chegando na cidade, se dirigiram à casa de dona Raimunda (Dica), uma senhora negra, alta, muito gentil e acolhedora. Na sua residência ficavam abancados dezenas de romeiros espalhados pelos cômodos e também no enorme quintal cheio de árvores nas quais muitos armavam suas redes. Dona Dica era casada, o seu esposo era um senhor calmo, igualmente gentil e atencioso com todos. Eles tinham uma filha também chamada Dica.

– Bom dia, dona Dica. Podemos ficar aqui na sua casa? – falou Tinoca.

– Podem ir entrando, a casa é de vocês. Vão se abancando! – respondeu dona Dica.

A senhora viu dona Neusa Pimentel? – perguntou Tinoca.

– Não. Aqui ela ainda não chegou! – disse dona Dica.

Tinoca ficou muito feliz por ter chegado antes de dona Neusa, que provavelmente parou mais vezes durante a viagem e talvez tenha dormido em alguma casa no caminho.

O certo é que quando dona Neusa chegou lá, já passava das 11h. Ela então olhou meio envergonhada para Tinoca, por ter saído antes e ter chegado depois.

Como a casa já estava cheia, tanto o grupo de Tinoca quanto o de dona Neusa se abrigaram no quintal.

Três dias depois, com o encerramento do festejo, era a hora da despedida. Voltavam para suas casas cheios de saudades. Assim também ficavam dona Dica e sua família. Mas sempre com esperança e expectativa que o ano passasse rapidamente e logo chegasse agosto do ano seguinte para estarem todos juntos ali, no Festejo de São Raimundo Nonato dos Mulundus, pelo tempo que Deus permitisse.

                * Adaptação livre de uma narrativa oral de meu pai Raimundo Arcêncio Cantanhede (Dico de Cipriano).

 


 

ITAPECURU MIRIM, TERRA DA GENTE.

       *João Boaventura

Terra da gente

Quero sempre exaltar

Em festa frequente

És a terra da gente

Feliz a nossa vida embalar

 

Vivendo sempre sorrindo

Também a trabalhar

Se há alguém suspirando

Outros, alegres cantando

E, muitos na vida a sonhar

 

Quando alguém de ti sai

Quer um dia voltar

Se outro de longe vem

É que encanto tu tens

Pois, vêm para contigo ficar.

 


 

 

*João Boaventura Bandeira de Melo, itapecuruense, professor, escritor e  membro efetivo da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes -  AICLA, representante da cadeira  n°:20, patroneada por João Lisboa.

 

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

MARIANA LUZ

 A poetisa itapecuruense


       


    A poetisa Mariana Gonçalves da Luz, foi uma das figuras mais expressivas na literatura maranhense, do final do século XIX e da primeira metade do século XX, com uma produção literária de primeira grandeza.  Era filha de João Francisco da Luz, e de Fortunata Gonçalves da Luz.  Nasceu  em Itapecuru Mirim (MA) em 10 de dezembro de 1871, e faleceu em 14 de setembro de 1960. Foi professora, poetisa, teatróloga, musicista, oradora e escritora.

 Ela  viveu na vanguarda  do seu tempo. Na época, já vislumbrava uma prefiguração da mulher dos tempos atuais,  não temendo quebrar as regras de uma sociedade preconceituosa para impor o seu   trabalho e talento, a exemplo de dedicar-se ao magistério por quase 80 anos; ajudar na educação de gerações e gerações de maranhenses; ser pioneira em trabalhos artísticos e artesanais; fundar escolas;  fundar teatro; participar de grêmios literários; fazer parte dos principais acontecimentos históricos, culturais e sociais do Maranhão   e se projetar como renomada poetisa, angariando   respeito em toda uma classe literária, ao lado de gigantes da intelectualidade que criaram o fenômeno da Atenas Brasileira  no cenário literário maranhense do século dezenove.

 

Mariana Luz  começou escrever poesia ainda pequenina. Aos 10 anos de idade foi descoberta  pelo pai que a proibiu de escrever por achar que não era uma atitude apropriada à mulher, então, continuou a produzir a sua arte literária com o pseudônimo de homem, “Hector Moret”.  Aos 11 anos já tinha uma escolinha de primeiras letras na casa de seus pais, começando ensinar os filhos de vizinhos e os parentes.

 

Em 1884, aos treze anos, já era uma artista plástica requisitada na sociedade, pelos seus trabalhos artísticos e artesanais, comprovado por  vários  jornais da época. 

           A obra de Mariana Luz, ficou muito tempo na obscuridade, por falta de condições financeiras da autora, para sua publicação. Recorreu aos conterrâneos, a governadores do Maranhão, (Godofredo Viana e Antônio Dino), e até a  Adhemar de Barros, então governador  São Paulo, em 1951, sem êxito. No final da década de 40, organizou artesanalmente um livro com o título de “Murmúrios” e se candidatou à Academia Maranhense de Letras sendo eleita no dia 24 de julho de 1948, como a segunda mulher a ter assento naquela secular instituição literária, como fundadora da cadeira 32, tendo por patrono o poeta caxiense Vespasiano Ramos.

           Em 10 de maio de 1949 tomou posse em meio a grande festa e repercussão nacional. Foi convidada para ser hóspede oficial do então governador do Estado Sebastião Archer. Infelizmente faleceu sem ter realizado o sonho de ter seus versos publicados em livro.  

 

 A Poetisa

           Sofrimento, solidão e tristeza − são os temas muito explorados pela autora. Uma tristeza vaga, indefinida / Esta vida falaz e amargurada. / Angústia, o mal a que ninguém se exime. Em entrevista a poetisa confirma: Prefiro a Escola Antiga, porque me parece agradar mais ao coração. Está mais condizente com a minha alma sofredora.

    Amor impossível – As doces ilusões, que tanto amei /... Morrer!... E vou morrer sem ter vivido / Tu não podes viver sem meu amparo. Eu não posso viver sem teu carinho.

   − Beleza, natureza retratada através das paisagens, jardins, crepúsculo, flores, por do sol, tarde, pássaros, folhas, sorrisos...

    Dor e Morte – temas bastante explorados em seus escritos, com mensagens cheias de reflexões sobre vida, morte, cadáveres e dor, como exemplo: Suprema Dor / Morte de Almira /  Morta, Entre o Berço e o Túmulo / Gracinha Junto ao Féretro da Mãe, Este caixão teu derradeiro leito/ Eu sinto qual cadáver regelado.

    Escravidão – um texto escrito em comemoração ao Jubileu de Prata da libertação dos escravos em 1927, com o título “Salve, 13 de Maio”.. irradiam novos horizontes na sacrossanta asa da liberdade.

   − Homenagens – Escreveu homenagens, como: A Gomes de Sousa, Gonçalves Dias, Coelho Neto, Padre Possidônio, João Rodrigues, Américo César,  Getúlio Vargas,  Francisco Félix de Sousa, Hermes Rangel e muitos outros. Infelizmente grande parte do seu acervo literário foi perdido, por falta de acondicionamento ou corroído por cupins.


A Teatróloga

Mariana Luz tinha um grupo teatral que se apresentava em sua residência. Em 30 de julho de 1933, fundou a sua casa de espetáculos, o Teatro Santo Antônio, na Rua Cayana atual Avenida Brasil de Itapecuru Mirim. Encenava peças que traduziam costumes, humor e formação moral de gente campesina, satirizava a condição  da mulher na sociedade,   mau desempenho dos políticos e outras.

 

Suas peças fizeram muito sucesso na época, sendo requisitadas  como:  A Casa do Tio Pedro, Quem Tudo quer Tudo Perde, A Herança de Benvinda,  Casada Desabusada,  Por Causa do Ouro, Eu também sou Eleitora e Miss Semana entre outras. Ela participava de todas as etapas da encenação: produzia, dirigia, atuava, cantava,  dançava e produzia o figurino.

 

Mariana Luz passou por muitas privações financeiras na velhice. Somente em 1941, na administração do prefeito  Felício Cassas, já com mais de 70 anos de idade, a educadora Mariana Luz conseguiu seu primeiro emprego de  professora municipal, lotada  na Escola Getúlio Vargas.

Ela participou de muitas associações literárias. Foi correspondente da Revista feminina Lyrio de Recife (PE), de 1902 a 1904, colaboradora dos jornais, A Pacotilha, O Combate, O Jornal e Diário do Maranhão, Revista Elegante, sócia da Sociedade Literária Nova Athenas e Associação de Imprensa do Maranhão,  sócia colaboradora da Revista Maranhense, sócia honorária da Oficina dos Novos e sócia correspondente do Congresso Maranhense da Letras. Publicou seus textos em diversos jornais e revistas do País.

 

Em 2014 foi lançado o livro, Mariana Luz:  vida,  obra e coisas de Itapecuru Mirim de autoria de Jucey Santana.  A primeira parte versa sobre a vida da poetisa, com  o resgate de grande parte da sua obra  apresentada a   em 5 livros:

 

I Livro -   suas crônicas, crônicas dos amigos sobre ela e discursos;

− II Livro - Folhas Soltas, poemas de diversas épocas e estilos;

− III Livro – Murmúrios, poemas de características simbolistas;

− IV Livro – Orações para diversas ocasiões;

− V  Livro -  Cantos Litúrgicos.

 

Depois de muitos anos completamente esquecida, atualmente a importante poetisa está tendo o reconhecimento merecido. É patrona da cadeira nº 01 da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes,  da cadeira nº 08 da Academia Vargem-grandense de Letras e Artes, da cadeira nº 28 da Academia Luminense de Letras e vários pesquisadores e estudantes buscam os seus escritos.

 

 

Texto de Jucey Santana, inserido no livro, Mulheres Extraordinárias  (2019), pag. 364, comemorativo aos 50 anos da fundação da  AJEB (Associação das Jornalistas e Escritoras Brasileiras)

domingo, 23 de agosto de 2020

PRESIDENTES DA CÂMARA MUNICIPAL DE ITAPECURU MIRIM

                                 Poder Legislativo Municipal

O poder executivo de uma vila era exercido pelos presidentes das câmaras de vereadores, geralmente escolhidos entre os mais votados   nos pleitos eleitorais ou nomeados pelo Presidente da Província.

Abdala Buzar, Raimundo N. da Cruz, Manoel N. da Cruz, Biné Mendes, Chico Sitaro

Itapecuru Mirim, foi elevado a vila em 20 de outubro de 1818. Na ocasião foi indicado um gestor para a vila, pelo representante do Presidente da Província, o ouvidor e corregedor da comarca de São Luis e futuro presidente do Supremo Tribunal de Justiça do Brasil, Francisco de Paula Pereira Duarte. Infelizmente não se conseguiu identifica-lo,    somente os subsequentes, através intensivas pesquisas nos diversos acervos  públicos disponíveis, como bibliotecas e correspondências dos presidentes da Câmara no APEM.

Leonel Amorim, M.Matias Matos, Orlando Mota, Paulo Bogea, Francisco Veras

A Constituição Brasileira de 1891, implantou o regime republicano e pela Lei nº 2, de 15.09.1892, a Província do Maranhão foi transformada em Estado Federal e as Câmaras Municipais restabelecidas com poderes de deliberação e mandatos de quatro anos por eleições diretas.

José Henrique, Miguel do Carmo, Rdo Barbosa, Antonio A.Barbosa, Rdo Nonato Lauand

Vale registrar que na história do Maranhão as Câmaras de Vereadores deixaram de existir por três vezes. De 1889 a 1892, com a Proclamação da República, e duas vezes na era Getúlio Vargas, em 1930 e 1937, quando foi restabelecida, com duração de apenas 10 meses, por força da nova Constituição que criou a ditadura do “Estado Novo”. Somente em 1948 as Câmaras foram recriadas.

José Lauand, Bispo Rodrigues, Zé Paulo, Índio B. de Melo, Hercílio Lago

Presidentes da Câmara Municipal de Itapecuru Mirim:

 1824 -  Antônio José Bruno Pereira1

1824 – 1826 – Manuel Veríssimo de Berredo

1826 – Joaquim Santos Assunção

1826 – Pedro José da Costa Barros 

1826 – Antônio José Nogueira

1827 – Joaquim José Sabino

1827 – 1828 – João Antônio Marques Henriques

1828 – 1839 – José Marcelino Nunes Belfort

1829 – 1830 – José Alexandre Ferreira Bayma

1830 – 1831 – José Antônio Marques Henriques

1831 – Antônio Feliciano Marques

1832 – 1833 – João Antônio Marques Rodrigues

1834 – 1836 – José Alexandre de Ferreira Bayma

1837 – 1838 – Joaquim José Gonçalves

1838 – Altino Lelis de Moraes Rego (Balaiada)

1838 – 1839 – Joaquim José Gonçalves (Balaiada)

1839 – 1840 – Raimundo José Launé (Balaiada)

1841 – 1843 – Joaquim José Gonçalves

1843 – 1844 – Altino Lellis de Moraes Rego

1844 – 1845 – João Francisco de Oliveira

1845 – 1846 – José Joaquim Guimarães

1847 – 1849 – José Henriques Viana

1850 – 1853 – Wenceslau Bernardino Freire

18854 – 1855 – Raimundo Jansen Serra Lima

1856 – 1857 – Ignácio Francisco Lima

1857 – 1858 – Wenceslau Bernardino Freire

1858 –1860 – Raimundo Jansen Serra Lima

1861 – 1862 – Vicente da Silva Pereira

1862 – 1863 – Raimundo Nogueira da Cruz e Castro

1864 – Vicente da Silva Pereira

1865 – 1866 – Carlos Augusto Nunes Paes

1867 – João Henriques Ribeiro

1868 – Carlos Augusto Nunes Paes

1869 – 1872 – Ildefonso Henoch de Berredo2

1872 – 1873 – Miguel Arcanjo Nunes

1873 – 1875 – Francisco de Sales Araújo

1875 – 1876 – João Batista de Moraes Rego

1876 – 1882 – Boaventura Catão Bandeira de Melo

1882 – Leocádio Alexandrino Gonçalves

1883 – Raimundo Nogueira da Cruz e Castro 3

1883 – 1884 Luís Gonzaga Gonçalves

1884 – 1885 – Boaventura Catão Bandeira de Melo

1886 1887 – Antônio Francisco de Sousa Gonçalves

1888 – 1889 – Antônio Públio César Coelho3

Sebastiana Cardoso, Zé Luis Barcia, Arimatéa Costa, Carlos Júnior.

Presidentes do Conselho da Intendência

 

1890 – Boaventura Catão Bandeira de Melo (janeiro/fevereiro)

1890 - Catão Clímaco Bandeira de Melo

1891 – Honorato Antônio Rodrigues

1891 1892 – Thiago da Silva Ribeiro

1892 – Constantino José Frazão

 

    Restauração da Câmara

1892 – 1893 – Henrique José Frazão

1893 – 1895 – Antônio Francisco de Sousa Gonçalves

1896 – 1897 – José Alexandre Bezerra

1897 – 1898 – Constantino José Frazão

1898 – 1912 – Antônio Públio César Coelho

1916 – 1917 –  Antônio Públio César Coelho

1918 – 1922 – Tenente-Coronel Francisco Sitaro Júnior

1922 – Salustiano Castelo Branco (até maio)

1922 – 1924 – Coronel Bento Nogueira da Cruz

1925 – Pedro Raymundo Mendes

1926 – 1927 – Tenente-Coronel Francisco Sitaro Júnior.

1927 – 1930 – José Paulo Pinheiro Bogéa

 

Extinção da Câmara na Revolução de 1930

 

1937 – Catão Clímaco Bandeira de Melo

 

  Restabelecimento da Câmara Municipal

 1948 – 1950 – Raimundo Francisco Veras

1951 – Orlando Lago Mota 5

1951 – Manoel Nogueira da Cruz

1952 – Orlando Lago Mota.

1952 – 1954 Benedito Bráulio Mendes.4

1955 – 1958 – Raimundo Silvestre Moreira

1959 – José Romão Pires

1960 – Abdala Buzar Neto

1961 – 1962 – José Matias Matos

1963 – Leonel Amorim de Sousa

1964 – 1966 – Antônio Rodrigues Sobrinho

1967 – 1969 – Leonel Amorim de Sousa

1970 – Hercílio do Lago Filho

1971 – 1972 – José Ribamar Lauande Fonseca

1973 – 1974 – Antônio Carneiro Monteiro

1975 – 1976 – José Matias Matos

1977 – 1978 – Antônio Alves Barbosa

1979 – 1980 – José Paulo Lopes

1981 – 1982 – José Matias de Matos

1983 – 1984 – Antônio Rodrigues Sobrinho

1985 – 1986 – Raimundo Barbosa Filho

1987 – 1988 – José Paulo Lopes Sousa

1989 – 1990 – Raimundo Índio do Brasil Bandeira de Melo

1991 – 1992 – Raimundo Nonato Lauande Costa

1993 – 1994 – José Miguel do Carmo B. Machado

1995 – 1996 – José Henrique Magalhães Rodrigues

2997 – 2004 – Sebastiana Costa Cardoso

2004 – 2008 – José Luís Garcia Oliveira

2009 – 2012 – Sebastiana Costa Cardoso

2016 – José de Arimatéa Costa Júnior

2017 – José Carlos de Araújo Vieira Júnior

 


1.  A Câmara Municipal de Itapecuru Mirim foi criada em 20 de outubro de 1818, com a fundação da vila, pelo alcaide-mor José Gonçalves da Silva, marcando a emancipação política e administrativa de Itapecuru Mirim.

 2 .      Ildefonso Henoch de Berredo era o presidente da Câmara por ocasião da elevação de Itapecuru  ao status de cidade, 21 de julho de 1870.

3.      Na gestão de Boaventura Catão Bandeira de Melo no início de 1880, o então deputado Raimundo Nogueira da Cruz construiu as suas custas,  um hospital, Lazareto, fora da zona urbana, para socorrer  as vítimas da epidemia de  varíola  que assolava a cidade.  O Lazareto funcionou até a primeira década do século XX, quando houve um outro grande surto de varíola.  

 4 .      Depois da Proclamação da República, pelo Decreto Federal nº 50A de 07.12.1889, foram dissolvidas as Câmaras Municipais do Estado e criados os Conselhos de Intendência, compostos por cinco membros sob a presidência de um deles, todos nomeados pelo governador.

5.     Orlando Mota foi eleito presidente da Câmara em 5 de janeiro de 1951, porém, por força da legislação municipal, se afastou do Legislativos por três vezes para assumir a prefeitura de 1951 a 1951. Durante o seu impedimento assumiu o cargo o vice-presidente Benedito Bráulio Mendes.

 

                -  Do livro Sinopse da História de Itapecuru Mirim, (2018), pag. 64, de autoria de Jucey   Santana.