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sexta-feira, 7 de maio de 2021

CRÔNICAS DE ANAJATUBA

                                       Obra do escritor Mauro Rego

       


    Certo dia recebi a visita do escritor Inaldo Lisboa em minha residência em Anajatuba. Ele vinha de um trabalho, junto a alguns membros da comunidade, para edição do documentário “Mauro Rêgo, uma antena de Anajatuba” lançado em dezembro de 2020.

          Durante nossa conversa falei de meu trabalho atual, que era organizar algumas crônicas publicadas em vários jornais ou que apenas foram conservadas. Inaldo leu parte do material e pediu que concluísse o trabalho com brevidade, pois desejava incluí-lo no Plano Editorial da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (AICLA), onde figuraria como o primeiro livro do Projeto.

          Reuni então o que dispunha sem preocupação da ordem cronológica, mas apenas agrupando por assunto. Aqui está o resultado desse trabalho que constitui o livro “As Crônicas de Anajatuba” editado pela Viegas Editora e que constitui a primeira obra das Edições AICLA. Tratando-se de crônicas publicadas ou escritas em várias épocas, algumas estão fora do contexto atual, pois as conservei da forma que foram escritas. E como a História é dinâmica, muitos assuntos dessa época agora parecem fora do tempo. Muitas pessoas que foram citadas já partiram para outra dimensão, mas continuam enriquecendo essas lembranças.

     

     Dediquei algumas crônicas para lembrar o Padre Chiquinho (Mons. Francisco de Paula Dourado e Silva), considerado o nosso patriarca do Sé. XX. Algumas vezes voltei às experiências da época dos Fantasmas do Campo e outras referem-se a fatos nunca elucidados e que, neste livro, aparecem em forma de denúncia, como é o caso das questões dos limites. Dessa forma espero ter atendido as expectativas dos leitores que me procuraram para ter notícia desse novo trabalho.

                                                                                * Mauro Rêgo

 

 


*Mauro Bastos Pereira Rego, escritor, poeta e professor anajatubense.

 Desde criança, Mauro Rego sempre foi   muito afeito a leituras. Aos dez ou onze anos já havia lido obras de Alexandre Dumas, José de Alencar, Jorge Amado, Castro Alves e Gonçalves Dias. Aos doze anos ingressou no Seminário de Santo Antonio, em São Luís, onde participou  da Academia Lítero-Musical Dom Francisco e conviveu com Hélio Maranhão, Manuel Lopes, José Maria da Silva, João Mendonça Cordeiro  e vários outros que mais tarde se destacaram nas letras do Maranhão.

          Entusiasmado com Teatro, participou, em Anajatuba, da encenação de algumas peças teatrais escritas por Mariana Luz  como ator mirim e chegou a escrever peças teatrais, uma das quais foi encenada pelo Grêmio Estudantil Anajatubense.

          Em São Luís, trabalhou no Jornal do Povo, de Neiva Moreira onde entrou como revisor e depois como repórter. Escreveu crônicas que publicou em vários jornais, inclusive no Pacotilha – O Globo, que publicou o seu primeiro trabalho sob o pseudônimo de Bastos Júnior, no ano de 1955. Publicou crônicas no Jornal do Dia, Jornal Pequeno, O Estado do Maranhão, Jornal de Itapecuru e outros, em diversas épocas. Essas crônicas e outras não publicadas, fazem parte do seu último livro, As Crônicas de Anajatuba,  a primeira obra literária do Plano Editorial da Academia Itapecuruense de Letras, Ciências e Artes (AICLA), graças ao interesse do seu Presidente, Professor Francisco Inaldo Lisboa a quem Mauro Rega patenteia a sua gratidão. Esse livro já foi lançado em forma virtual durante a II FLIM (Feira Literária de Itapecuru-Mirim), em dezembro de 2020. O prof. Inaldo Lisboa editou recentemente um vídeo acerca da  sua obra,  que intitulou Mauro Rêgo, um ícone de Anajatuba, que mereceu muitas boas referências de toda a  região.

          Em Codó, para onde foi transferido em 1958, fundou o primeiro estabelecimento de ensino médio daquela cidade, o Colégio Magalhães de Almeida, hoje desativado. Ali, movido pelo interesse antigo, encenou a peça As Mãos de Eurídice, de Pedro Block.

          Embora desde sua  pré-adolescência, escrevesse alguns poemas, somente em 1982, lancei meu primeiro livro de poesias, Taça Vazia, seguindo de Ganzola, em 1986, este último com a orelha escrita pelo poeta Carlos Cunha. Em 1999 publicou o Santa Maria de Anajatuba (história e reminiscências), cuja 3ª edição, revista e atualizada, será lançada ainda neste ano de 2021. A primeira edição desse livro, revista pelo poeta Manuel Lopes e em cuja orelha consta a sua apreciação, teve sua primeira edição patrocinada pelo Dr. Elano de Paula, proprietário da Fazenda Tiracanga e, a segunda edição, lançada e patrocinada pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).

          Em 2004 o escritor lançou  Os Fantasmas do Campo I, com segunda edição em 2018. Os Fantasmas do Campo II foi editado em 2009. Esses dois volumes tratam das lendas e crendices dos  campos anajatubense, comuns em toda a Baixada Maranhense à qual o município de Anajatuba pertence, e que muito o orgulha.

          Recebeu os títulos de Cidadão Codoense e Cidadão Itapecuruense, outorgados pelas respectivas Câmaras Municipais. É membro fundador da Academia Anajatubense de Letras, da Academia Itapecuruense de Letras e da Academia Maçônica Maranhense de Letras. É Também membro correspondente da Academia Vargem-grandense de Letras.

         

         

6 comentários:

  1. Fiquei encantada. Não conhecia a história desse ilustre maranhense. Meus aplausos!

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  2. Bonita a trajetória do confrade Mauro Rego. Adquiri seu livro "Crônicas de Anajatuba". Chegou ao meu endereço do Rio. Logo que voltar lá quero lê-lo para conhecer suas lendas. Meu pai se tornou tropeiro após a venda do engenho. Ele levava várias mercadorias e comprava peixe em Anajatuba para levar para Itapecuru.

    Parabéns confrade, pela sua dedicação às letras!

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  3. Professor Mauro Rego, um ícone da literatura da nossa região. Nosso orgulho!

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  4. Obrigado, minhas confreiras!
    Vocês são muito bondosas.

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