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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

JOÃO CARLOS PIMENTEL CANTANHEDE

 

                    Escritor itapecuruense

Jucey Santana

Conheci João Carlos Pimentel Cantanhede, em 2013, quando ele esteve em Itapecuru Mirim, em uma das suas muitas exposições,  “Iconografia Urbana de São Luis,” que ocorreu na Unidade do SESC de Itapecuru Mirim. Na ocasião ele me visitou, na Casa de Cultura, me ofertando a sua obra “Cantanhede memórias terceiras”. Li o livro com avidez e aproveitei para usar algumas informações contidas nele para a obra que estava ultimando: “Mariana Luz, vida e obra”.

Conheci João Carlos Pimentel Cantanhede, em 2013, quando ele esteve em Itapecuru Mirim, na exposição “Iconografia Urbana de São Luis,” na Unidade do SESC de Itapecuru Mirim. Na ocasião ele me visitou, na Casa de Cultura, me ofertando a sua obra “Cantanhede memórias terceira”. Li o livro com avidez e aproveitei para usar algumas informações contidas neles no livro que estava ultimando, “Mariana Luz, vida e obra”.

Daí em diante não nos separamos, ou devo dizer, - ele não se livrou mais de  mim...

Me lembro de uma mensagem que ele me passou logo depois que leu o livro sobre a poeta, em referência ao mais importante itapecuruense que se conhecia, até aquela ocasião, que era Gomes de Sousa: - “Realmente Gomes de Sousa é o mais ilustre filho de Itapecuru Mirim, porém, Mariana Luz é a mais importante”. 

Carlos Pimentel, nasceu na divisa territorial de Itapecuru e Cantanhende, e até 1952, este fazia parte de Itapecuru, então daí este entrelaço da  nossa história. O livro sobre Cantanhede, lançado em 2010,  narra a pesquisa sobre sua terra natal, através  de memória de outros, seus familiares, amigos e outras pesquisas primárias, já que ele nem conhecia o local da sua naturalidade contida em seus documentos, já a cidade que conhecia como sua era Itapecuru, de lá para São Luis onde iniciou sua trajetória de trabalho muito jovem.

Em ´novembro de 2016, ao receber o título de cidadão itapecuruense, em seu discursos de agradecimentos ele falou, de acordo com sua modéstia; E finalizando esta pequena amostragem dos Cantanhedes itapecuruenses ou seria itapecuruenses de Cantanhede?! … menciono aqui, o meu pai Raimundo Arcênio Cantanhede, que conforme memória oral de seus contemporâneos, foi um dos melhores vaqueiros da região; destaco também a minha tia-avó Maria Cantanhede, que criou uma escola de primeiras letras na Fazenda Guaribas, na década de 1950; listo ainda a minha tia e madrinha Raimunda Cantanhede, dedicada professora em Itapecuru Mirim. E finalmente, os saudosos José de Ribamar Cantanhede (meu tio) e Cleomar Cantanhede (meu primo), ex-servidores dos Correios em Itapecuru Mirim.  Dessa forma, encerro agradecendo a Jucey Santana pela iniciativa e empenho, e ao Legislativo municipal por agraciar-me com este título, que, como coloquei no início, é um reconhecimento não somente a mim, mas a toda uma família que nasceu nesta região e ao longo dos séculos tem dado a sua valiosa contribuição para com a história desta cidade nos seus mais diversos aspectos.

 Ao me falar da pretensão de publicar uma segunda edição de “Cantanhede memórias terceiras”, revisada e talvez até um pouco mais reduzida, tirando o que ele considera “uns excessos”, falei que gostava de tudo no livro, do jeito que estava, que culminava com um dicionário de sinônimo regional, de muita importância, porém a decisão é sua.

          Carlos Pimentel é de uma nobreza sem limite, muito reservado, sempre disponível ao chamado dos amigos, acho que até abuso da sua generosidade. 

Há muito insistia para que pleiteasse uma vaga na Academia Itapecuruense de Letras, porém a sua modéstia sempre falou mais alto, achando que  poderia ajudar sem fazer parte dos quadros efetivos da Academia, para que desse oportunidade a outros talentos da terra.

Em 2017 o convidei para o projeto da AICLA, Púcaro Literário, um livro coletivo para despertar e incentivar a produção literária dos itpecuruenses, com abrangência a todo o Estado. Fui prontamente atendida, e já estamos no terceiro volume, tendo grande aceitação em todo o seguimento literário maranhense, com foco à abrir espaço ao escritor maranhense.

Carlos Pimentel, me lembra ao Plutarco de Cantanhede, seu no antecessor cantanhedense, dos idos do Século XIX. Antonio Henriques Leal, que abandonou a medicina e a política para se dedicar a literatura, biografando ilustres filhos de sua terra natal, Itapecuru Mirim,  extensivo aos principais  nomes a  toda a Provincia maranhense,  em sua obra Pantheon Maranhense, outros trabalhos como jornalista e escritor que ficaram marcados em nossa memória histórica.

 Carlos Pimentel é incansável, revivescendo grandes nomes da sua terra, e por tortuosas Veredas, transpõe os limites geográficos da suas terras, Cantanhede/Itapecuru Mirim, para descobrir e catalogar muitos talentos Estéticos   maranhenses, trazendo a lume  artistas brilhantes, muitos dos quais, anônimos,   como um incomparável Plutarco contemporâneo.

Dono de um excelente currículo que conta muitas honrarias, premiações, e mais de duas dezenas de exposições individuais e coletivas, finalmente o nosso amigo  aceitou candidatar-se  a uma vaga, na Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, sendo eleito por unanimidade. Com certeza um excelente trabalho entre os seus pares do Silogeu itapecuruense.

Mestre em Artes Visuais pela  UFMA; especialista em História do Maranhão – UEMA (2005); e licenciado em Educação Artística – UFMA (2001). É autor dos livros: REVIVESCÊNCIA (2014), CIDADE E A MEMÓRIA (2013). Em parceria com a professora da Universidade Estadual do Maranhão, Raimunda Fortes; CANTANHEDE  memórias terceiras(2010); VEREDAS ESTÉTICAS (2008); e um dos organizadores juntamente com Jucey Santana do projeto das antologias PÚCARO LITERÁRIO, da Academia Itapecuruense de Letras e Artes (2017, 2018 e 2021).

 EXPOSIÇÕES ARTÍSTICAS INDIVIDUAIS:

·       “Olhares sobre o cotidiano” - TCE/MA, 2019;

·       “Sem perspectiva” - SESC/MA, 2012

·       “Palmae” - SESC/MA, 2007;

·       “Itapecuru – imagens recorrentes” - SESC/Ler Itapecuru-Mirim, 2006;

·       “Ritos do Corpo” - SESC/MA, 2005;

·       “Hibridações” - SESC/MA, 2004;

 EXPOSIÇÕES ARTÍSTICAS COLETIVAS:

  • “Relevos Sensoriais- SESC/MA, 2016;
  • 5º Salão de artes São Luís, SECULT, 2014
  • Salão de artes São Luís, SECULT, 2013
  • Salão de artes São Luís, SECULT, 2012
  • Salão de artes São Luís, SECULT, 2011
  • “Iconografia Urbana de São Luís” IV- SESC/MA, 2013;
  • “Iconografia Urbana de São Luís” III- SESC/MA, 2008;
  • “Iconografia Urbana de São Luís” II- Galeria Nagy Lajos/Museu de Artes Visuais, 2007;
  • “Arte e Meio Ambiente” - SESC/MA, 2005;
  • “Iconografia Urbana de São Luís” - SESC/MA, 2003;
  • 1ª Mostra SESC de Humor – SESC/MA – 2000;
  • XXIV, XXV, XXVI, XXVII e XXIX Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, FUNC, 1998 a 2002 e 2005;

 I, II, III Mostra Maranhense de Humor – DAC/PREXAE-UFMA, 1998, 1999 e 2000;

  • 1º Concurso de História em Quadrinhos do Maranhão – SESC/MA, 1998;
  • 1º e 2º Salão Nacional de Humor Sobre o Controle dos Gastos Públicos - União Nacional dos Analistas e Técnicos de Financias e Controle – UNACON, 1997/98;

 PRÊMIOS:

1º Lugar em Pintura no XXVI Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, 2001;

  • Melhor Cartum Maranhense na 2ª e 3ª Mostra Maranhense de Humor, 1999 e 2000;
  • Menção Honrosa em Pintura no XXVII Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, 2002.

 

 

2 comentários:

  1. Meus parabéns ao mais novo membro da honrada Academia Itapecuruense de Letras e Artes e meus aplausos a você nobre Confreira Jucey Santana, por mais essa contribuição Literária da AICLA.

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