Pioneiras na política anajatubense
*Mauro Rego
Até o fim da ditadura de Getúlio Vargas, conhecida como Estado Novo, a presença da mulher anajatubense no cenário político era inexpressiva. Somente a partir da primeira metade do Séc. XX elas começaram a participar.
A primeira mulher a participar do poder executivo, em Anajatuba, foi Ana Maria de Sousa Dutra, eleita vice-prefeita de Saul Bogéa Rodrigues para o mandato de 1956/1960. Devido a um acordo político, Saul afastou-se do cargo e Ana Maria assumiu no período de 01.09.60 a 31.01.1961.
No presente mandato (2017/2020), a Vice, do Prefeito Sydnei Costa Pereira é Maria Lucilândia dos Santos Mendes, que ainda não teve oportunidade de assumir a direção do município.
A primeira mulher a ter assento na Câmara Municipal de Anajatuba, já na Segunda República, foi Doracy Duarte Oliveira, esposa de José Veríssimo Oliveira, do Distrito de Porto das Gabarras, eleita para a legislatura 1951/1953. Logo em setembro de1952, renunciou ao mandato por razões que não conseguimos apurar.
Na legislatura seguinte (1954/1956), foi eleita Maria do Espírito Santo Ewerton Guia, que foi reeleita na legislatura seguinte (1961/1964).
Para a legislatura de 1965/1968, teve assento na Câmara Municipal a Senhorita Judite Dutra Machado. A partir daí, passaram-se 37 anos para uma mulher surgir no cenário político de Anajatuba.
Assim, em 2005, Maria Celeste Lopes dos Santos Santana inaugurou um período em que a presença da mulher, na Câmara Municipal, foi constante até os dias atuais. Esse seu mandato expirou em 2008, mas ela retornou nas legislaturas seguintes (2009/20012 e 2013/2016. Não se candidatou para outro mandato porque preferiu tentar o cargo de Prefeita, mas não conseguiu eleger-se.
No período 2009/2012, Maria Celeste teve como companheiras no legislativo municipal, Álida Maria Mendes Santos Sousa e Maria José Neves Rodrigues que continuaram na legislatura 2013/2016, agora, também, com as companheiras Ana Cristina Moreira Costa e Kátia de Jesus Correa de Paiva, do povoado Teso Grande.
Para a legislatura atual, 2017/2020, foi eleita a Vereadora Maria do Rosário Aragão Rodrigues, que foi a primeira mulher a assumir a Presidência da Câmara. Para esse período, outra mulher surgiu no cenário político, Maria do Carmo Martins Ferreira, do povoado afoga, que ficou sempre na Suplência.
*Mauro Bastos Pereira Rego nasceu em Anajatuba (MA) no dia 15 de fevereiro de 1937, filho de Anastácio Pereira Rego e Maria Bastos Rego. Licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal do Mara- nhão (UFMA), em Letras, pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e com especialização em Língua Portuguesa pela Universida- de Salgado Oliveira (SC). Professor, poeta e pesquisador. Fundou em Codó (MA), em 1966, o Instituto Magalhães de Almeida, mantenedor do Colégio Magalhães de Almeida, primeiro estabelecimento de nível médio daquela cidade, hoje desativado, do qual foi Diretor durante vários anos. Cidadão Codoense e Cidadão Itapecuruense. Membro da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil (Rio de Ja- neiro), da Academia Anajatubense de Letras, Ciências e Artes (ALCA), da Academia Maçônica Maranhense de Letras (São Luís - MA) e da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (AICLA). Patro- no do Colégio Prof. Mauro Rêgo, em Governador Archer (MA), hoje desativado. Publicou as seguintes obras: Taça Vazia (1982) e Ganzola (1987) -poesias; Santa Maria de Anajatuba (1999); Os Fantasmas do Campo – Vol. I (2004); Os Fantasmas do Campo - Vol. II (2009). Pre- tende publicar brevemente As Crônicas de Anajatuba e Melodia dos Meus Sonhos (poesias).
Nenhum comentário:
Postar um comentário