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terça-feira, 9 de julho de 2024

MANFREDO VIANA

                                                    Um dos pioneiros da Educação de Itapecurun Mirim

                                                                                                                       Jucey Santana

   Manfredo Viana

        O professor Manfredo Viana nasceu em Luís (MA) em 25 de setembro de 1891. Era filho de imigrante português com  Raimunda Póvoas remanescente de escravos.  Estudou em escolas públicas e desde muito cedo demonstrou muito entusiasmo pelo saber, seus pais o internaram no seminário para seguir a carreira religiosa. No Seminário Manfredo Viana teve a oportunidade de aperfeiçoar os seus conhecimentos na língua portuguesa e outros idiomas como o francês, espanhol e latim.        Também aperfeiçoou a arte da oratória que dominava com maestria.  Não sendo dotado de vocação cursar o seminário maior,  pediu dispensa  por volta de 1910.

Como poeta e orador passou a transitar com muita desenvoltura nos meios intelectuais que fervilhava  no início do século, sendo cortejado pelas agremiações literárias de então.

Em 1913 prestou concurso para praticante de carteiro de 2ª classe e enquanto esperava o resultado começou a lecionar como professor temporário em  escolas particulares. 

Em 1914 passou a fazer parte da Escola Literária Gonçalves Dias, se tornando orador oficial da instituição literária estudantil (Pacotilha, 18.10.1914).

Em março de 1915 casou-se em São Luís com a professora itapecuruense Adalgiza Nogueira da Cruz e no mesmo ano ambos são contratados como professores para Escola Mista de Barreirinhas.  Em 1918 Manfredo Viana é remanejado para a cidade de Itapecuru Mirim para dirigir a Escola do sexo masculino, por portaria do governador Antônio Brício de Araújo ( O Jornal, 27.2.1918).

Passou a ser colaborador correspondente em Itapecuru Mirim, da renomada “Revista Maranhense” órgão literário estadual.  Sob a direção de Manfredo Viana, a agencia da Revista de Itapecuru ocupou o 3º lugar em distribuição, precedidas somente das agências do Anil e da cidade de Grajaú, (Pacotilha, 11.5.1920).

Em 1921 por determinação governamental retorna a Barreirinhas, porém por pouco tempo.

De volta a Itapecuru Mirim fica à disposição da Prefeitura Municipal, na escola local juntamente com a professora Zulmira Fonseca. Em 1926, Manfredo Viana     foi transferido para a cidade de Guimarães,  na localidade de Cedral   durante seis anos.

 Em agosto de 1933 Manfredo Viana  foi transferidos para a cidade de Itapecuru Mirim, (Diário Oficial, 3.8.1933).

Foi colaborador do jornal Correio do Nordeste de propriedade do amigo itapecuruense Zuzu Nahuz. Apesar de nunca ter almejado ser político, colaborou com muitos políticos escrevendo discursos e orientado  na gramática e na oratória.

Na cidade de Itapecuru Mirim, ensinou durante 31 anos.  Em sua casa fundou a Escola Santo Expedito que era dirigida pela esposa. Lecionou também em Outeiro dos Nogueiras, Areias (Santa Rita) e  Cantanhede tendo se tornado  muito querido e popular naquela região.

Manfredo e Adalgiza tiveram 6 filhos:  Conceição de Maria, Expedito, Maria Jose, Robispierre, Aurino e Donatila. Pela Lei nº 72 de 11.10.1950, foi aposentado pelo município de Itapecuru Mirim.

Manfredo Viana deu importante contribuição à educação maranhense, na primeira metade do século vinte. Era um homem reservado, respeitado e admirado pela sua inteligência.  É patrono da cadeira nº 13 da  Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes.

 Faleceu em 29 de março de 1969, aos 78 anos.

 

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