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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

UM TRIBUTO A GONÇALVES DIAS

      

*Fátima Travassos

O poeta maior é inspiração

À poesia lírica

Que emerge do coração

Do poeta romântico

 

Gonçalves Dias amou

Sofreu por amor e morreu

Sem realizar o amor

E naufragou na costa do Maranhão

 

Ana Amélia, sua amada

Sofreu por amor, inconformada,

Goncalves Dias não lutou

Não lutou pelo seu amor

 

O primeiro romancista brasileiro

Maranhense, de Caxias

Não lutou pelo seu amor

Deixou sua amada, sem esperança, casar-se sem amor

 

Mesmo disposta a romper obstáculos

Pra viver seu grande amor

Ana Amélia sentiu-se desencorajada

Por Goncalves Dias, abandonada

 

O romancista brasileiro

Protagonizou essa história de amor, com infelicidade,

Eternizada no lamento,

De seus poemas românticos

Enchendo a alma de saudade!

 

 

 

Para os namorados

Dia dos Namorados

Dia meu

Dia teu

Dia nosso de cada dia

 

Amor que transborda a alma

Alegria incontida

Olhar que encanta

A travessia do amor em chamas

 

Amor pleno

Palavras verberadas

Em versos de beijos e abraços

São, em nós,

Eternizados todos os dias.

 

 

É primavera

É primavera

Estação das flores coloridas

De abraços e carícias

Germinada no jardim do amor

 

É primavera

O perfume das rosas

Energizam o corpo eletrizado

Entre gemidos suaves

Num encontro de almas

 

Paixão palpitante

Encanto recíproco

Eterniza a primavera

Na gestação do amor

 

Frutos permanecem

Flores florescem

Cobrem de pétalas

As emoções indeléveis

 

Amantes da vida

Desejos incontáveis

Selam o amor de primavera

É primavera.

     

    Do Púcaro Literário IV "O poeta e a História" (2023), organizado por Jucey Santana e João Carlos Pimentel Cantanhede

 

 

 

           


*Maria de Fátima Rodrigues Travassos Cordeiro, escritora membro fundador da Academia Vianense de Letras – AVL e atual presidente,   ocupante da Cadeira n° 12, patroneada por Celso Magalhães; é membro correspondente da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA,  da Academia Vargem- Grandense de Artes e Letras – AVLA; é membro da Sociedade de Cultura Latina do Estado do Maranhão e da Academia Norte Americana de Literatura Moderna; é membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Viana – IHGV; é Procuradora de Justiça, Titular da 2ª Procuradoria de Justiça Criminal do Ministério Público do Estado do Maranhão, exerceu por dois mandatos o cargo de Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Maranhão nos períodos de 2008 a 2012; é especialista em Direito Processual Civil (latu sensu) e especialista em Docência na Educação Superior (latu sensu); publicou a obra jurídica Audiência Preliminar no Procedimento Comum Ordinário (1999); publicou o livro de poesia Introspecção (Editora Viegas, São Luís/MA, 2020) e poesias e artigos em revistas e jornais; prefaciou publicações e é conferencista e palestrante.

O POETA GONÇALVES DIAS

             *Rafaela Barbosa

Grande Gonçalves Dias, nosso poeta maior.

Das terras das palmeiras, Caxias, do Maranhão, que comemora

Teu bicentenário, que maravilha,

O mundo está em festa em tua homenagem

Fostes das letras, patrono de diversas academias

E com afinco exercestes, também,

A Advocacia, o Jornalismo,

Ah, sem esquecer que fostes Etnografista e Teatrólogo

Famoso por canção do exílio e pelas muitas outras obras deixadas no caminho

Ao escrever sobre Caxias, falava de sua terra com carinho

Nos deixou cedo, mas estás com os anjos

Caxias cultiva e cultivará sempre a sua história

Pois estás guardado na memória de todos

Passeando pela cidade podemos observar

Inúmeras homenagens para o Poeta MAIOR

Com seu nome nas Escolas, Praças e Ruas

Grande Gonçalves Dias, grande exemplo para nós.

Salve Gonçalves Dias.

                       Do Púcaro Literário IV "O poeta e a História" (2023), organizado por Jucey Santana e João Carlos Pimentel Cantanhede

 

 

 


*Rafaela da Silva Barbosa, nasceu em 02 de agosto de 2010, na cidade São Luis/MA. Tem suas raízes familiares na terra de Gonçalves Dias, para onde sempre viaja para apreciar o que lá tem de belo. Estudante da 7ª série do ensino fundamental, adora ler, escrever e viajar. Esteve, em Caxias/MA, nas comemorações do Bicentenário de Gonçalves Dias, a cidade está em festa e todo artista, poeta e escritor deve se fazer presente nessa festividade e esteve no Museu da Balaiada, na companhia de seus familiares. Gosta muito de apreciar o que a cidade tem para oferecer aos seus visitantes. Participou do Púcaro Literário IV "O poeta e a História", organizado por Jucey Santana e João Carlos Pimentel Cantanhede.

 

SÃO RAIMUNDO, DE MULUNDUNS

                                     Quem – ou o quê – festejar? 



 
*LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ 

 O Dia do Vaqueiro é 29 de agosto (Lei Federal 11.797/2008). No terceiro domingo de julho é comemorado o Dia Nacional do Vaqueiro Nordestino. O vaqueiro é responsável por realizar o tratamento de pastos e outras plantações para ração que alimentam o gado, também realiza ordenha e mantém todos os cuidados com o animal. Dia Nacional do Vaqueiro - 29 de Agosto - Calendário 2023 (calendario.online) 

Já no Maranhão, o festejo de São Raimundo Nonato dos Mulundus, o santo vaqueiro, protetor e padroeiro dos vaqueiros, é um novenário – de 22 a 31 de agosto, dia em que ele faleceu (ou foi encontrado morto?), na antiga fazenda, hoje povoado, Mulundus, a 30 km de Vargem Grande (MA). 

A ORIGEM DOS MULUNDUNS

 Para o austríaco Ludovico Schwennhagen, o Maranhão existia, como a república dos tupinambás, já antes da fundação de Tupaón. Os sete povos tupis, que tomaram posse do norte do Brasil, cerca de 1500 anos A.C., entram pela foz do rio Parnaíba, procurando as serras em ambos os lados desse rio. Do lado oriental ficam os tabajaras, do lado ocidental os tupinambás; os outros cinco povos estenderam-se para o sul e sudeste. Todos os sete povos formaram uma confederação e as Sete Cidades (no Piauí) eram a capital federal, isto é, o lugar, onde se reunia todos os anos o Congresso dos Sete Povos. (Schwennhagen, 1925). 

 

Mas a harmonia não ficou sempre intacta; por quaisquer motivo desligaram-se os tupinambás da confederação e constituíram seu próprio congresso, ao lado ocidental do Parnaíba, em Mulundús.  

Os tupinambás já eram grandes senhores, tinham ocupado a maior parte do interior do Maranhão, tinham fundado mais de cem colônias no Grão Para, Amazonas e Mato Grosso e precisavam dum centro nacional para conservar a unidade da nação dos tupinambás.  

Esse centro era Mulundús, onde se reuniam todo os anos os delegados de todas as regiões, ocupadas pelos tupinambás. Nas cartas e relatórios do padre Antonio Vieira encontram-se muitos indícios desses factos. Ele relata que alguns dos seus amigos tupinambás lhe contaram que no interior do Maranhão se reúnem os delegados de todas as aldeias que falam a mesma língua geral, e pediram ao padre mandasse para lá um sacerdote católico para celebrar missa, dentro da grande reunião do povo. Assim o antigo congresso de Mulundús ficou transformado numa festa cristã, dedicada à memória de São Raimundo, como ainda agora se faz. Sempre, porém, essa festa conservou o caráter dum congresso popular, para onde veem de longe, de Goiás, Mato Grosso e Pará amigos, parentes e comerciantes daquelas regiões que pertenciam antigamente ao grande domínio dos tupinambás. Ludovico Schwennhagen 

 

A região que compreendia Itapecuru Mirim, Vargem Grande, Chapadinha, Brejo, Anajatuba, Manga do Iguará (Nina Rodrigues), Araioses, Cantanhede e outras  existia grandes fazendas de gados o que justifica as   centenas de vaqueiros  devotos do Santo espanhol,  que segundo a lenda, enquanto fazia suas orações a Virgem Maria esta enviava um anjo para guardar os rebanhos sob os seus cuidados, daí a ter um “representante” conterrâneo melhor ainda. 

Muito propícia a criação de gado,   comercializados no Arraial da Feira, atual Itapecuru Mirim ou transportada para São Luís via rio Munim. As crianças desde muito cedo começavam a aprender o mister de vaqueiro, que era a função de maior status entre os escravos. A profissão de vaqueiro passava dos  pais para  os filhos. 

              O festejo de São Raimundo Nonato dos Mulundus 

Mas, qual ‘Raimundo Nonato’??? O Vaqueiro, morto, e reverenciado como santificado? O filho da fazendeira, curado por intercessão do Santo (vaqueiro)? Ou o santo espanhol? 

             RAIMUNDO NINA RODRIGUES, O FILHO DA PROMESSA 

O filho da promessa,  Raimundo Nina Rodrigues  o mais ilustre filho da terra, foi  médico legistapsiquiatraprofessor e antropólogo. Faleceu em 1906. 

O pequeno Raimundo nasceu no dia 4 de dezembro de 1862, porém foi uma criança com a saúde frágil e mais uma vez Dona Luiza recorreu ao Santo pedindo proteção e saúde ao filho e em troca prometeu fazer vir da Espanha  uma imagem autêntica confeccionada na oficina sacra da  terra natal de São Raimundo. Quando o filho atingiu a juventude a imagem foi encomendada. A trajetória da imagem foi difícil. Ela  foi enviada à  Portugal de lá foi feito o translado de navio para a capital, São Luís, depois foi levada de  barco a vapor até Itapecuru –Mirim quando as autoridades locais e eclesiásticas a transportaram até a igreja de São Sebastião e depois à  Mulundus. A chegada da imagem ocorreu no penúltimo quartel do século XIX. Blog da Jucey Santana: SÃO RAIMUNDO DOS MULUNDUS 

Por volta dos anos 30  do século XIX, o tenente-coronel Antonio Bernardino Ferreira Coelho  adquiriu o Engenho Primavera que outrora pertencera a madrinha do vaqueiro Raimundo Nonato. Na constância do cargo de Deputado Provincial Antonio Bernardino transferiu a Vila  de Olho d’Agua para Vargem Grande em 1845.  No final dos anos cinquenta o deputado vendeu o Engenho Primavera ao coronel Francisco Solano Rodrigues. Ao comprar as  terras adquiriu também a escravatura dos antigos proprietários com todos seus costumes e crendices. No local se estabeleceu com a família depois do casamento com a senhora Luíza Roza Nina Rodrigues, onde tiveram sete filhos: Djalma, Joaquim, Raimundo, Themístocles, Antônio, Saul, e Maria da Glória. Blog da Jucey Santana: SÃO RAIMUNDO DOS MULUNDUS 

Dona Luíza figurou como responsável pela festa durante muitos anos  sendo seguida por seu filho o capitão Saul Nina Rodrigues que mesmo residindo no Engenho São Roque em Anajatuba, gerindo os negócios da família mantinha negócios em Vargem Grande tendo continuado como Mordomo da festa. Dona Luiza faleceu  em 17.12.1911.   

O tenente- coronel Francisco Solano Rodrigues, foi juiz de direito, Comandante Superior da Guarda Nacional, da Vila de Vargem Grande,  deputado constituinte, Presidente da Câmara de Anajatuba e grande benfeitor de Vargem Grande, tendo cedido uma das suas casas para servir de cadeia pública  à Vila. 

Desde o início do Século XX, começaram as campanhas pela imprensa,  pelos moradores e principalmente pelos comerciantes para a transferência da festa para a sede de Vila de Vargem GrandeO povoado de Mulundus, era desprovido de estrutura adequada para a celebração da festa que havia se tornado muito grande. 

Porém os tradicionalistas resistiam, por achar que a festa deveria permanecer no local onde iniciou. Foram anos de negociações para solucionar o impasse. Somente em 1953, na gestão do arcebispo Dom José Medeiros Delgado,  houve a transferência da festa para Vargem Grande, passando a ter uma maior projeção. Os conservadores, no entanto, inconformados continuaram celebrar São Raimundo Nonato em Mulundus, que em consenso a igreja fixou a data do evento no povoado para o mês de outubro e assim respeitando a religiosidade popular. A festa reúne féis de todo o Maranhão  também de outros Estados, em pagamentos de promessas. 

                    O Santo Espanhol, São Raimundo Nonato  

Foi um doutor da igreja, um grande Bispo e mártir da fé católica. Roga por nós, São Raimundo! (em catalão: Ramon Nonat, em castelhano: Ramón Nonato) é um santo católico romano que viveu no século XIII e se rebelou contra a escravidão, que na época era tida como natural. Raimundo recebeu a alcunha de Nonato ("não nascido") porque foi extraído do ventre de sua mãe, já morta antes de dar-lhe à luz, ou seja, não nasceu de uma mãe viva, mas foi retirado de seu útero, algo raríssimo à época. São Raimundo Nonato - Diocese de São José do Rio Preto/SP (bispado.org.br) 

Por isso é festejado, no dia 31 de agosto, como o patrono das parteiras e obstetras. Em 1224 entrou na Ordem de Nossa Senhora das Mercês, que era dedicada a resgatar os cristãos capturados pelos muçulmanos levados para prisões na Argélia. Mas ele não queria apenas libertar os escravos, lutava também para manter viva a fé cristã dentro deles. Capturado e preso na Argélia, converteu presos e guardas, mas teve a boca perfurada e fechada por um cadeado para não pregar mais. Após sua libertação, foi nomeado em 1239 cardeal pelo papa Gregório IX, todavia no início de seu caminho a Roma padeceu violentas febres pela qual morreu. Servilio Conti. O santo do dia.- 10. ed revisada e atual - Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. Raimundo Nonato – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) 

Em “A história de São Raimundo Nonato dos Mulundus”, a professora Dolores Mesquita diz que Mulundus era uma fazenda de “umas brancas da família Faca Curta”, ricas e donas de muitos escravos. O racismo é impedimento à santificação de negros no Brasil (geledes.org.br) 

O fato: Raimundo Nonato, com outros vaqueiros, caçava uma rês desgarrada e sumiu. Dois dias depois foi encontrado morto: o corpo conservado e exalando um perfume! O povo entendeu que virara um santo. Não houve enterro. O corpo sumiu! É um mistério! Segundo os escravos Raimundo, Secundio, Quirino, Martiniano, Macário, Zé Firino, Militão e José Cabral, os padres levaram o corpo para Roma. Mistérios e farsas sobre são Raimundo Nonato dos Mulundus | O TEMPO 

No local do acidente foi feita uma capela de palha (depois o santuário de são Raimundo dos Mulundus, hoje em ruínas), e, chefiados por Macário Ferreira da Silva, criaram um novenário, que se encerrava no dia de sua morte, 31 de agosto. “Isso pelos anos de 1858, mais ou menos” (Dolores Mesquita). 

 

Em 1858, já era rezada a novena, e havia uma capela de palha para o santo vaqueiro, a partir da qual foi erguido o Santuário de são Raimundo Nonato dos Mulundus, de rara beleza; e entre 1901 e 1908, o padre Custódio José da Silva Santos, de Vargem Grande, celebrava a festa em Mulundus “Apesar do abandono em que vive, o altar onde celebram as solenidades religiosas permanece firme, sendo resistente ao sol e à chuva; diz o povo que não cai porque são Raimundo protege aquele santo lugar”. O racismo é impedimento à santificação de negros no Brasil (geledes.org.br) 

 

Muito religiosa Dona Luiza, quando chegou já encontrou a capelinha em Mulundus que fazia parte da propriedade da família. Passou a fazer a  manutenção  e  incentivar o culto a São Raimundo Nonato. Em 1862, enquanto gestava um dos seus filhos se sentiu muito doente então fez promessa, que se tivesse um bom parto, o filho receberia o nome do Santo, porque além de protetor dos vaqueiros é invocado como patrono e protetor das parturientes e das parteiras, porque durante o seu nascimento a sua mãe faleceu e ele foi extraído vivo.   

Após a Proclamação da República (1889), Mulundus foi comprada pelo coronel Solano Rodrigues, cuja mulher, dona Luíza, em pagamento a uma promessa ao santo vaqueiro, mandou fazer em Portugal uma imagem dele que custou 1 conto e 700 réis, pela cura da pneumonia de seu filho Saul Nina Rodrigues, advogado, irmão do médico Nina Rodrigues. 

Até 1908, os padres celebravam missa no santuário de Mulundus. Em 1930, o arcebispo de São Luís proibiu o festejo, alegando ser profano! As perseguições do oficialato católico ao santo vaqueiro beiram a insanidade e a ganância. O povo manteve a devoção, sem padre e sem missa. 

Em 1954, o arcebispo dom José Delgado, acoitado pela polícia, “mudou”, como se fosse dono de uma obra popular, o Santuário de Mulundus para Vargem Grande, dando-lhe novo nome: Santuário de São Raimundo Nonato, bispo espanhol da ordem dos mercedários (1204-1240), santificado! Os romeiros não arredaram de Mulundus!

A arquidiocese decidiu disputar com Mulundus e dividir a fé do povo: “Comprou 180 hectares da fazenda        Paulica,   a 7 km de Vargem Grande, e fez uma capela para onde os romeiros em procissão conduzem    a imagem de São   Raimundo      Nonato (o bispo espanhol) no dia 22 e a trazem de  de volta  para igreja   no final do dia” (professora Dolores Mesquita). 

                                     O VAQUEIRO RAIMUNDO NONATO 

Para Marcus Ramusyo de Almeida Brasil, A história de São Raimundo Nonato dos Mulundus está envolta em narrativas de mistério, fé e devoção, no contexto das crenças populares e das práticas performáticas socio-culturais que as engendram. São Raimundo Nonato dos Mulundus, o santo vaqueiro: travessias da religiosidade em movimento | Domínios da Imagem (uel.br)

 

Raimundo Nonato Soares Cangaçu nasceu em 31 de outubro de 1700, no povoado de Vargem Grande. Veio a falecer no dia 31 de agosto de 1732. Revela a memória coletiva que o vaqueiro Raimundo Nonato estava cavalgando em velocidade pelas matas quando bateu com seu cavalo em uma árvore. Tanto ele quanto seu cavalo ficaram combalidos, ali pereceram e morreram. No entanto, ao entrar em estado de decomposição, em vez de feder e ser comido pelos vermes, o corpo de Raimundo Nonato se santificara, emanava, então, perfume de flores. Nasceu, ali, linda vegetação. O local de sua morte tornou-se lugar de peregrinação com o passar do tempo. Seu nome se manteve forte no imaginário popular do sertanejo da região, vindo a se tornar o santo protetor dos vaqueiros e daqueles que vivem nos rincões do Maranhão profundo, através de quase 300 anos de tradição. (MELO, 2016, Nágela Mila de. São Raimundo Nonato dos Mulundus em Vargem Grande – MA: uma experiência estética. Licenciatura em Artes Visuais – Departamento da Licenciatura em Artes Visuais do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Centro Histórico, 2016. Monografia em Artes Visuais.) 

 

 

 

 *Leopoldo Gil Dulcio Vaz, nasceu em Curitiba (Pr), especializado em Educação Física, mestre em Ciências da Informação, especialista em Metodologia de Ensino  e em Lazer e Recreação, professor,  escritor e pesquisadorfaz parte das seguintes instituições literárias:  Academia Poética Brasileira,  Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e Academia Ludovicense de Letras. Com vários prêmios em pesquisa histórica,  estaduais e nacionais. Editor  das seguinte revistas: Nova Atenas, de Educação Tecnológica (IFMA) eletrônica: Revista do In stituto Histórico e Geográfico do Maranhão - Edições 29 a 43: ALL em Revista - Eletronica da Academia Ludovicense de Letras: Revista do Léo, Maranha-y  e LUDOVICUS: Condutor da Tocha Olímpica - Olimpíada Rio 2016.