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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

JORNALISTAS E JORNAIS DE ITAPECURU-MIRIM



Por: Jucey Santana

Itapecuru Mirim se orgulha de ter dado ao Maranhão uma grande contribuição ao desenvolvimento da imprensa, com vários representantes ao longo da história. Relacionamos os principais jornalistas itapecuruenses:
             José Cândido de Moraes e Silva (1807-1831) fundou em São Luis o Farol Maranhense, (1827 a 1832). Depois do falecimento deste o seu cunhado João  Lisboa, assumiu a direção do Farol Maranhense, mantendo a característica de oposição ao governo;
            João Francisco Lisboa, (1812-1863), fundou em 1834  o seu próprio jornal o Echo do Norte, (1834 a 1836). Depois do ingresso na política, João Lisboa encerrou as atividades do Echo e passou a fazer parte das equipes redacionais  da Crônica Maranhense (1838 a 1840), e do Publicador Maranhense (1842). Em 1852 João Lisboa fundou o Timon Maranhense, (1852 a1858);
            Luís  Carlos Cardoso  Cajueiro (1807-1841), na  primeira metade do século XIX  se destacou na imprensa maranhense, fundando em 1835,   O Cacambo  (Vr. abaixo);
            Fábio Alexandrino de Carvalho Reis (1815-1890), fundou em São Luis (MA), no ano de 1847 o jornal O Progresso;
            Antônio Henriques Leal (1828-1885), além de médico, escritor, biógrafo e político foi muito  dedicado ao jornalismo. A partir de 1847 passou a colaborar no jornal O Progresso e A Conciliação.  Foi redator do Publicador Maranhense e figura como um dos fundadores do jornal A Imprensa. Entre os jornais literários, colaborou com O Arquivo, Jornal de Instrução e Recreio, Semanário Maranhense e Revista Universal Maranhense;
            Francisco Manoel Cardoso  no inicio do século vinte,  fundou o  jornal Anapurus na cidade de Brejo em 1901 e O Progresso, em Itapecuru Mirim no ano de 1915.
            Raimundo Nonato Coelho Nahuz, o Zuzu Nahuz, (1918-1965), pontificou na impressa maranhense  por três décadas. A partir de 1935, com apenas 17 anos, passou a publicar os seus textos nos seguintes jornais: A Tribuna, A Notícia, Diário do Norte, Pacotilha e o Globo. Em 1946 assumiu a gerencia do jornal Combate. Também foi redator do Jornal da Tarde. Em 1961 fundou o seu próprio jornal o Correio do Nordeste.
            O jornalista itapecuruense escreveu inúmeras crônicas sobre sua terra natal, que brevemente será transformado em livro pelos imortais itapecuruenses, Benedito Buzar e Josemar Lima. Mesmo tendo perdido a visão na infância, Zuzu Nahuz, ditava seus textos ao seu fiel secretário Alfredo Galvão, tendo se tornado uma lenda no cenário jornalístico maranhense;  
            João da Silva Rodrigues (1901-1973), fundou o jornal A Gazeta em final de 1935. Um ano depois parou suas atividades por perseguições políticas. Reabre A Gazeta em 1938, repaginado com novas seções. Em 1939 encerra definitivamente as atividades com o estabelecimento do Estado Novo, com novas regras de censura aos meios de comunicações. Em 1946, João Rodrigues fundou o Jornal Trabalhista, que circulou até 1952 quando João Rodrigues assumiu a Prefeitura Municipal de Itapecuru Mirim;
              Raimundo Nonato Coelho Neto, o Coelho Neto, (1953-2010),  iniciou a carreira como redator do jornal o Imparcial em 1970. Depois trabalhou na Rádio Ribamar e na Rádio e TV Mirante. Foi chefe da redação do jornal o Estado do Maranhão durante quatro anos. Em 1983 transferiu-se para a TV Difusora para a função de chefe de reportagens. Foi produtor e apresentador dos programas “Bom Dia Maranhão” e “Bom Dia Negócios”. Notabilizou-se na implantação e coordenação do Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão.  O evento atualmente  faz parte do calendário da comunicação maranhense. Merece também registro o esforço do saudoso jornalista Itapecuruense em instalar em São Luis uma seção da Associação Brasileira de Imprensa, com o objetivo de congregar os profissionais maranhenses pelos  ideais de uma imprensa livre, independente. São legados do jornalista itapecuruense Coelho Neto;
.           No lapso temporal de 1952 a 1990,  entre o jornal O Trabalhista e o Jornal de Itapecuru,  circularam na cidade  vários  jornaizinhos mimeografados, como, O Alerta, A Força, O Gigante e a Folha do Estudante, dirigidos pelos professores Nato Lopes, Natinho Ferraz,  João Silveira e Sebastião Correa Teixeira e outros.
            Gonçalo Amador Nonato (1949),  iniciou sua vida profissional como jornalista em 1976  na Empresa Pacotilha que editava o jornal O Imparcial. Em 23  de novembro de 1990 fundou o Jornal de Itapecuru. Mesmo com as dificuldades próprias do negócio, fez circular o jornal, sem interrupção durante 25 anos, se tornando o mais longevo da região. Gonçalo Amador faz um  jornalismo sério, com informações isentas de tendência partidária, religiosa ou filosófica, contribuindo para o desenvolvimento da  região; 
            Benedito Bogea Buzar (1938),  iniciou a carreira jornalística no Jornal do Dia, tendo sido colaborador de diversos jornais,  como: O Imparcial, O Jornal, O Debate, O Estado do Maranhão e Jornal de Itapecuru e das revista, Garota de São Luis, Projeção, Impacto e Legenda. Foi ainda produtor e apresentador do programa Maré Alta da TV Ribamar;

            Vale citar a nova geração de brilhantes  jornalistas que despontam no cenário itapecuruense como Brenno Bezerra, Alberto Pereira Martins Júnior, Raimundo Lobo  Castro Filho e Tiago Negreiros, que me perdoem se esqueci de alguns. 


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