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segunda-feira, 28 de março de 2016

BRINCADEIRAS DE ÉPOCA EM AREIAS


Por: Tiago de Oliveira
Particularmente eu nunca fui bom em nenhum esporte, ou melhor, nunca tive habilidade especial na pratica de nenhum. Contundo, na época de minha infância em Areias anos 90 do século XX, como até mesmo televisores eram poucos, a saída então, era se diverti com as brincadeiras de época.

Pois, institivamente todos começávamos a brincar de Pião de Coco-babaçu, por um determinado tempo, mas principalmente durante a Semana Santa, que coincidia com o período chuvoso, momento que os quintais todos sombreados ficavam perfeitos para jogarmos chuchus na areia, petecas na borroca ou no turitis e lavoura. Ao amanhecer e entardecer a pescaria de anzol de piaba no Igarapé da Ponte ou Marajá reunia uma boa meninada.

Quando os cajus apareciam, às castanhas viravam à atenção de todos, que depois de juntas íamos jogá-las no triângulo e depois se sentir o máximo ao afirmar, que possuía mais dúzias de castanhas, do que o colega. Após as castanhas sumirem, o tempo secava, os ventos apareciam e com ele muitos garotos a correr pelas ruas empinando seus papagaios ou pipas. À noite a molecada se reunia para brincar de chutar-lata, de roubar-bandeira, ganzola e até mesmo de capturar vagalume no campo de futebol.

As passarinhadas eram um capítulo a parte, pois passávamos horas e horas andando pelos matos, atrás dos pobres passarinhos e para cada passarinho morto pela baladeira ou capturado em arapucas, fazíamos um pequeno corte no cabo da mesma, para indicar cada ave morta. Não tínhamos consciência da crueldade que praticávamos com o meio ambiente, naquela época éramos considerados  heróis entre os amigos.

O jogo de bola acontecia durante o ano todo ou campo de futebol antes dos  adultos ou nos vários quintais da época; os mais procurados eram os de Zé Manduca, Dona Elza, Sebastiana e Mundaco. Quando as bolas de leite furavam recorríamos ao mais habilidoso de todos os “remendadores” de bola, Chico de Manduca.

As pequenas brigas entre os meninos ocorriam quase que sempre, porém logo se transformavam, em “brigas de jogo”. Dessa época consigo citar os seguintes personagens: Manguá, Marcelo de Sebastiana, Cabeça de Motor, Junior de Antônio de Filomeno, Evandro e Roberto de Delci, Lobato, Bijoca, Zé Raimundo de Nega, Miro e Dissom de Dico Moraes, Marquinhos de Santana, Alberto e Henrique de Fátima, Marcos de Maria, Junior de Ribão, Adelço..., que juntos passamos nossa infância naquele tempo em Areias. 

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