Jucey Santana
É com satisfação que os membros
da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes receberam a notícia da indicação do nome do ilustre itapecuruense
Viriato Correa, patrono da cadeira 26 da
instituição, representada por Raimundo da Cruz Soares (Raí), para o patronato
da Biblioteca da UEMA, campus de Itapecuru Mirim. Além de Viriato foram indicados mais dois nomes para o pleito,
Antonio Henriques Leal (escritor e biógrafo) José Cândido de Morais e Silva
(jornalista e mártir da setembrada), todos patronos da AICLA e merecedores.
Nada mais justos do que resgatar um dos
maiores nomes da literatura maranhense que se encontrava esquecido. Eleição
merecida.
Patrono da Academia Ludovicense
de Letras
Está entre os principais
objetivos das instituições literárias consta o resgate da nossa história e da
nossa literatura. Diante deste critério a ALL, escolheu para patronear a
cadeira número 24 o escritor Viriato Correa. O primeiro membro a ter assento na
cadeira, eleito em dezembro passado, será o intelectual Felipe Costa Camarão,
com posse marcada para o dia 28 do corrente no auditório da Fundação da Memória
Republicana ocasião que fará o elogio ao seu patrono.
Regozijamo-nos com esse importante resgate. A
biblioteca da AICLA detém livros raros do autor como: Chica da Silva e outras
histórias editado em 1955 – São Paulo e
Baú Velho, roupas antigas da História Brasileira – 1941 Rio de Janeiro. À
disposição de estudantes, professores e
pesquisadores.
VIRIATO CORREA
Manuel Viriato Correia Baima Filho, nasceu em Pirapemas, distrito de
Itapecuru Mirim em 23 de janeiro
de 1884. Filho de Manuel Viriato Correia Baima
e de Raimunda Silva Baima.
Foi jornalista, contista, romancista, teatrólogo e autor
de crônicas históricas e livros infanto-juvenis. Começou a
escrever aos 16 anos os seus primeiros contos e poesias. Iniciou o curso de Direito no Recife, depois se mudou
para o Rio de Janeiro com o objetivo de concluir o curso. Na capital da República juntou-se
à geração boêmia de intelectuais do inicio do século
XX. Em 1903 lançou no Maranhão o seu primeiro livro de contos, Minaretes, uma coleção de poemas
sertanejos.
Iniciou
sua carreira jornalista, como redator na Gazeta
de Notícias, a qual se estendeu por muitos
anos e em outros jornais como: Correio da
Manhã, Jornal do Brasil e Folha do
Dia, além de ter sido fundador do Fafazinho e de A Rua. Colaborou também em O Careta,
Ilustração Brasileira, Cosmos, A Noite Ilustrada, Para Todos, O Malho
e o Tico-Tico.
Muitos dos seus contos e crônicas foram divulgados pela primeira vez em
periódicos do Rio de Janeiro.
Produção Literária e Teatral
Além de poeta, com narrativa histórica, obteve muito
sucesso, escrevendo historietas e crônicas, com
abrangência a todas as faixas etárias.
Escreveu mais de uma dezena de títulos, como: Histórias da nossa história (1921), Brasil dos meus avós (1927) e Alcovas
da História (1934). Ao público infantil, recorreu à figura do bondoso
ancião com a garotada em sua chácara para
ensinamentos escolares. As sugestivas "lições do vovô" encontram-se em livros como História do Brasil para crianças (1934)
e As belas histórias da História do Brasil (1948). Deixou
obras de ficção infantil, entre elas o romance Cazuza, (1938), em que descreve cenas de sua meninice utilizando
uma linguagem ágil e adequada à compreensão infantil, com suas experiências escolares e os costumes; é
considerado um dos maiores clássicos da literatura infantil.
O meio teatral, onde foi crítico de
jornal e mais tarde, professor de
história do teatro, propiciou a Viriato Correia amplo domínio das técnicas
dramáticas, transformando-o num dos mais festejados e fecundos autores teatrais
em sua época. Escreveu quase 30 peças, entre dramas e comédias, que focalizam
ambientes sertanejos e urbanos.
Foi
eleito deputado estadual no Maranhão, em 1911, e deputado federal em 1927.
Esteve preso durante a Revolução de 1930 e quando liberto afastou-se da
política, e dedicou-se integralmente à
literatura e ao teatro.
Outras
obras: Chica da Silva e Outras Histórias
(1920); Novelas Doidas (1921); Os Meus Bichinhos (1931); Gaveta
de Sapateiro (1932); O Gato Comeu (1943); Baú Velho, Roupas Antigas da História Brasileira (19941); A
Bandeira das Esmeraldas (1945); O
Grande Amor de Gonçalves Dias (1959); Varinha de Condão; Brasil dos
Meus Avós; Terra da Santa Cruz; Era uma
Vez; Minaretes (contos); Zuzú (comédia); .Nossa Gente (comédia); Contos do Sertão; Contos da História do
Brasil; Histórias Ásperas; A Arca de Noé; Bichos que Falam; Apólogos Cruéis e A
Coluna Prestes Através do Brasil.
Matéria mais linda! Que resgate maravilhoso, ganhamos todos!
ResponderExcluirEstou pesquisando poema para meu aluno,montar livro em cima da obra de arte.. adorei vim parar aqui
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