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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

MARIA JOSÉ LOPES




     

Centenário de uma guerreira.

Jucey Santana 
           
Maria José Lopes Martins, mais conhecida como  Maria José Preta”, nasceu em Itapecuru Mirim no dia 8 de novembro de 1917. Aprendeu as primeiras letras com a mãe Paula Lopes,  que estudara no Estado do Amazonas e em São Luís(MA).

Autodidata, dedicou-se ao magistério como uma missão, acolhendo em casa dezenas de crianças e adolescentes que os pais lhe entregavam, para que aprendessem as primeiras letras e prendas artesanais. Depois de 45 anos de idade e muitos anos exercendo a profissão de professora leiga completou o ensino médio via curso supletivo. 

Muito conceituada e respeitada pelos métodos severos que aplicava, (metodologia aceitável na época), ao longo de sua vida recebeu muitos louvores de seus ex alunos que se destacaram profissionalmente.

Era católica fervorosa,  consagrando-se a Nossa Senhora das Dores, com quem procurava identificar-se, inclusive, nas vestes em cores azul e branca. 

Afrodescendente, não só foi representante da mulher negra, mas também, pelo caráter que moldou, representou a mulher trabalhadora itapecuruense durante muitas décadas. Além da escola particular na sua residência, para reforço escolar e alfabetização, foi professora municipal com lotação na Escola João da Silva Rodrigues. 

Pelo seu mérito como professora e exemplo de mulher determinada na conquista de seus objetivos  foi escolhida para patronear a cadeira 23 da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA, tendo por representante o sobrinho,  professor e poeta Raimundo Nonato Lopes – Nato Lopes.

      Do livro Itapecuruenses  Notáveis (2016) pag. 220, autoria de Jucey Santana.

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