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sexta-feira, 2 de março de 2018

Ave, BUZAR!



                                                                  HOMENAGEM AOS 80 ANOS DE BUZAR

Josemar Lima

Lembro dele com os olhos de um menino de dez anos, mas interessado no burburinho do que nos discursos do comício.

Foi em um comício no Largo da Igreja Matriz, no início dos anos 60, num palanque improvisado sobre o que restara de um velho coreto, que conheci de longe o filho de seu Abdala Buzar, figura queridíssima na cidade de Itapecuru Mirim.

Depois, numa roda de colegas estudantes do Grupo Escolar Gomes de Sousa, que ficava em frente à residência de seus país, soube que haveria uma alvorada, com foguetes e repicar de sinos em homenagem a sua eleição para a Assembleia Legislativa do Maranhão.

Passado algum tempo fiquei sabendo que ele já não era mais deputado e que tinha sido afastado pela ditadura militar porque era comunista.

Voltei a ter contato com ele através de seus artigos de jornais, onde abordava temas da política maranhense e sempre achava uma brechinha para as coisas de nossa terra.

Quando buscava informações sobre fatos e eventos acontecidos em Itapecuru Mirim era sempre o seu nome que vinha primeiro a minha mente e corria à procura seus artigos, reportagens, blog, livros ...
Aproximamo-nos bastante quando ele exerceu a função de Gerente Regional de Itapecuru Mirim e eu era Secretário de Produção e Abastecimento do município de São Luís.

E mais ainda, quando a saudoso professor João da Cruz da Silveira iniciou as articulações para a criação da Academia de Ciências, Letras e Artes de Itapecuru Mirim e, numa visita que fiz a sua residência confessou-me: “Agora tenho certeza que nossa academia vai prá frente, pois tenho recebido todo apoio do nosso conterrâneo Buzar”.

Minha admiração e respeito pelo Buzar foram crescendo na mesma proporção em que descobria, nos seus mais singelos gestos, a demonstração de um amor profundo pela terra que nos viu nascer. É assim quando conversa, discursa, escreve, pesquisa. É assim também quando apoia as atividades vinculadas às ciências, às letras e às artes, institucional ou individualmente. 

Ele revive cem anos quando incorpora a entidade chamada Itapecuru Mirim!

Quando chegou a Academia Maranhense de Letras proporcionou a todos nós itapecuruenses um grande orgulho. Imagine quando chegou a presidi-la?

Neste momento que que ele completa oitenta anos, rogo a todos os deuses que continuem a usar eternamente o seu corpo e a sua alma para o bem de Itapecuru Mirim.

 



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