quinta-feira, 18 de julho de 2019

BIBLIOTECAS DE ITAPECURU MIRIM

          






                                                Primeiras Bibliotecas 

As primeiras notícias da organização dos acervos literários em Itapecuru Mirim deram-se a partir da fundação do Clube Familiar, no início dos anos 70 do século dezenove, figurando entre os fundadores o casal João Francisco da Luz e Fortunata Gonçalves da Luz, pais da poetisa Mariana Luz. Um dos requisitos estatutários do clube era a obrigatoriedade dos sócios doarem livros e assinaturas de jornais para uso dos frequentadores. O clube promovia saraus, soirées, tertúlias e outros eventos com fins lucrativos para manutenção do hospital [1] construído à custa do deputado itapecuruense Raimundo Nogueira da Cruz e Castro e inaugurado em 1876, na gestão de Boaventura Catão Bandeira de Melo. Com a extinção do clube no final do século dezenove, possivelmente os livros ficaram sob os cuidados de Mariana Luz, muitos dos quais, posteriormente, doados à Biblioteca Benedito Leite, segundo documentos encontrados em jornais no início do século vinte. 

Com a criação do Instituto Rio Branco em 2 de abril de 1926 pelo professor Newton de Carvalho Neves, foi recuperado e reorganizado o acervo literário que culminou com a instalação da primeira Biblioteca Pública de Itapecuru Mirim.

  Biblioteca Henriques Leal

Em 17 de agosto de 1944 foi aprovado um Decreto-Lei da Prefeitura Municipal pelo Conselho Administrativo do Estado do Maranhão para a criação de uma biblioteca municipal denominada Henriques Leal, na gestão do prefeito Bernardo Thiago de Matos. O prefeito organizou e adquiriu livros de várias categorias literárias, porém, com as constantes mudanças de gestores o acervo ficou reduzido. 

Ao ser empossado na Prefeitura Municipal em 16 de outubro de 1952, depois de uma penosa batalha judicial, o jornalista e professor João da Silva Rodrigues levou consigo o seu precioso acervo literário e otimizou a biblioteca em uma das salas do recém-inaugurado edifício da Prefeitura Municipal. Trinta e quatro dias depois da sua posse em 20 de novembro de 1952, sancionou a Lei Municipal nº 52, que recriou a Biblioteca Municipal Henriques Leal, tendo a sua esposa Lenice Serra Rodrigues assumindo a função de guardiã do espaço. Na ocasião alguns intelectuais itapecuruenses doaram livros,biblioteca.  

Em 1961  Abdala Buzar Neto assumiu a prefeitura, tendo por chefe de gabinete o professor e jornalista João Rodrigues, defensor da cultura, educação e preservação da Biblioteca Municipal. Ainda em 1962, o desembargador itapecuruense Raimundo Públio Bandeira de Melo, por motivo de aposentadoria e mudança para o Rio de Janeiro, doou toda sua biblioteca particular para o acervo de Itapecuru Mirim, intermediado pelo secretário João Rodrigues.

 Biblioteca Manoel Caetano Bandeira do Melo

Em 1969, na gestão de João da Silva Rodrigues, foi inaugurada a Escola Municipal Mariana Luz, agrupando quatro escolas em moderno edifício. Os turnos matutino e vespertino ficaram sob a supervisão da professora Teresinha Bandeira de Melo e à noite em cada ala funcionava uma escola de adultos: a antiga Escola Padre Cabral, da Escola Paroquial, passou a denominar-se Escola Gonçalves Dias, dirigida pelo professor Boaventura Bandeira de Melo, e a Escola Tiago Ribeiro era dirigida por Luís Bandeira de Melo. 

Ao final, em ampla sala, foi instalada uma moderna biblioteca, denominada Manoel Caetano Bandeira de Melo, cadastrada na Comissão do Livro Técnico e Didático – COLTED e na Fundação Nacional do Material Escolar – FENAME, vinculadas ao Ministério da Educação-MEC.  

Biblioteca Dr. Raimundo Públio Bandeira de Melo

Em 1972, o prefeito municipal Raimundo Nonato Coelho Cassas alterou a denominação da  para Biblioteca Municipal Dr. Raimundo Públio Bandeira de Melo, pela Lei nº 344, de 11 de setembro de 1972, em homenagem ao benfeitor da biblioteca municipal, o ilustre desembargador falecido em 1966. 

 Pela mesma Lei o prefeito autorizava o convênio com o Instituto Nacional do Livro, do Ministério da Educação e Cultura, para manutenção e assistência técnica, e incluía no orçamento uma dotação anual de dez salários mínimos  para aquisição de livros. São escassas as informações sobre a continuidade do projeto.

Biblioteca do Mobral

 Em 1971 foi instalado o Núcleo do Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização, em Itapecuru Mirim, iniciando no Clube das Mães. Depois mudou para uma  ampla casa na Avenida Benedito Leite, com vários setores como: triagem, matrículas, cadastros,  acompanhamento de professores e a biblioteca.

A biblioteca era dotada de grande acervo, de livros didáticos e outros gêneros literários utilizados pelos  usuários do projeto e  toda população que procurava os serviços da biblioteca, na forma de pesquisas ou empréstimos.

 Biblioteca Benedito Buzar

No segundo mandado do senhor José Ribamar Lauande foi construída a Biblioteca Municipal de Itapecuru Mirim, na Praça Padre José Albino, na lateral da paróquia Nossa Senhora das Dores, com a anuência do padre Benedito Chaves, que solicitou ao prefeito uma destinação à praça que, segundo ele, servia de encontros clandestinos de namorados e jovens desocupados.

 Apesar de bem instalada, com as subsequentes mudanças de administradores municipais foi relegada ao descaso, com a falta de renovação do acervo.

Em 1999 passou por uma importante reforma  e renovação do acervo  e pela Lei nº 799, de 21 de dezembro de 1999, passou a denominar-se Biblioteca Pública Benedito Buzar, na administração de Miguel Lauand Fonseca e a partir de então o jornalista Benedito Buzar passou a ser o maior provedor do acervo literário. 

Reformada e reinaugurada em 18 de julho de 2019, pelo prefeito Miguel Lauand, e dotada de novo acervo literário e mobiliário através de projeto financeiro cultural do deputado Júnior Marreca.

Biblioteca Farol do Saber

A Biblioteca Farol da Educação Maria do Rosário Barros Amorim, situada na Avenida Benedito  Bráulio Mendes, no bairro Caminho Grande, foi inaugurada em 2006. É uma das 118 unidades existentes em todo o Estado, disponibilizando um farto acervo literário aos leitores. Atualmente  sob a coordenação do Sistema Estadual das Bibliotecas Públicas, criado pela Lei nº 10.613 de 5 de julho de 2017, com o objetivo fomentar o acesso da população ao livro e à leitura. A Biblioteca Farol da Educação  reformada e reinaugurada no inicio do ano de 2019 com acervo literário renovado.

 O itapecuruense está bem servido de bibliotecas

A população de Itapecuru Mirim ainda conta com a Biblioteca Viriato Correa da UEMA, Campus Itapecuru Mirim, Biblioteca do SESC de Itapecuru, Biblioteca Mariana Luz no IFMA, Campus de Itapecuru Mirim e outras instaladas em colégios da rede municipal e estadual. Brevemente será inaugurada a Biblioteca Virtual ao lado da Prefeitura Municipal de Itapecuru Mirim.  
 
               Do livro Sinópse da História de Itapecuru Mirim, pag. 75 da autoria de Jucey Santana



segunda-feira, 15 de julho de 2019

ACADEMIA DE LETRAS DE VARGEM GRANDE



    

                       FUNDAÇÃO E POSSE DOS PRIMEIROS  MEMBROS
Jucey Santana

            No dia  14 do mês em curso, data comemorativa dos 174 anos de instalação da Vila em Vargem Grande,  no salão da casa de  evento Chapagro Hall  as 19 horas, na cidade de 





Vargem Grande, foi realizada a solenidade de fundação, instalação, posse dos membros fundadores e eleição da primeira diretoria da Academia da Academia Vargem-grandense  de Artes e Letras – AVLA.



             O evento surpreendeu até mesmo os seus organizadores pela  magnitude e organização. A histórica solenidade ficará gravada na mente dos presentes, entre os quais os neófitos acadêmicos, os familiares, representantes de outras academias do Estado, as autoridades e os convidados que se surpreenderam  com um acontecimento inédito na região do Vale do Iguará.


            A Academia  de Vargem Grande foi amadrinhada pela Federação das Academias de Letras do Maranhão e pela Academia Ludovicense de Letras através  de Jucey Santana e Antonio José Noberto ambos pertencentes as duas  instituições literárias.  O evento foi presidido pelo presidente da Federação das Academias de Letras do Maranhão, Senhor Joao Francisco Batalha que deu posse aos novos membros conduziu a aprovação do Estatuto e a eleição da presidente Jucey Santos de Santana, para conduzir a AVLA durante o primeiro biênio 2019/2021. Em seguida a presidente eleita empossou os demais membros  diretoria e do  conselho fiscal. 


            A Academia que nasce como um consorcio dos municípios do Vale do Iguará,  Vargem Grande, Nina Rodrigues, Presidente Vargas e Itapecuru Mirim, foi criada com 40 cadeiras e 32 membros fundadores das cidades consorciadas, as vagas restantes serão preenchidas por eleição.



  Em seu discurso de posse a presidente fez  uma retrospectiva, enumerando  fatos históricos marcantes que dignificam os  filhos da terra e mostra que a história dos quatro municípios se entrelaçam, razão da abrangência da academia a todo o Vale. 

 Em seguida falou sobre as dificuldades da fundação da Academia que vinha se arrastando desde 2013 e finalmente conclamou  a todos os confrades e confreira, uma convivência fraternal entre si, deixando de lado imaturidades, politicagens ou vaidades pessoais,  prevalecendo  a harmonia,  para que  cresça e tenha vida própria.

Lembrou que as academias literárias são as instituições mais respeitadas e conceituadas pelo povo brasileiro, porque são eternas,  estando  acima de seus membros, por mais importantes que estes sejam.  



                           MEMBROS FUNDADORES

01 - ANTONIO CARLOS C. DE MATOS
02 - CLÉCIO C.  NUNES
03 - MARIA JOSE QUARESMA V ALE
04 - JUCEY S. DE SANTANA
05 - GONÇALO AMADOR
06 - ANTONIO J. NOBERTO DA SILVA
07 - BENEDITO NASCIMENTO NETO
08 - CRISTIANE MESQUITA G. MARTINS
09 - MARIA BARBARA S. MELO SIQUEIRA
10 - MARIA JOSÉ SILVA COSTA
11 - ANDRE LUIS  SILVA DOS SANTOS
12 - ALICE DA LUZ SILVA PIRES
14 - RAIMUNDO N.  BARROSO DE OLIVEIRA
15 - SÉRGIO OLIVEIRA BARROS
16 - IARA QUARESMA DO V. RODRIGUES
17 - JOSÉ MARIA  CARVALHO DA SILVA
18 - CARLOS   AUGUSTO MELO E SILVA
19 - WESLEY  SOUSA SILVA COSTA
20 - DIANE  MOTA CARVALHO
21 - JOSE SOUSA DE BARROS FILHO
22 - HILTON CÉSAR NEVES DA SILVA
23 - LAUDIMIR  CONCEIÇÃO SOUSA
24 - ODARCI  MESQUITA DE SOUSA
25 - DARLIANE CRISTINA B. FIGUEIREDO
26 - FRANCISCO  CORDEIRO DE OLIVEIRA
27 - M. DO ROSÁRIO DE POMPEIA F DE OLIVEIRA
28 - MARIA F. TERESA  LAUAND FONSECA
29 - SAMUEL DE VITERBOS PINHEIRO  SANTOS
30 - RAPHAEL DO VALE RODRIGUES
31 - HEDWIGES MARIA DE SOUSA FRAZAO
32 - JOSE AMADEU PEREIRA BEZERRA
36 - IRANY BARROSO DE OLIVEIRA


              DIRETORIA ELEITA PARA O BIENIO 2019/2021

Presidente -   JUCEY  SANTANA
Vice-Presidente – CLÉCIO  NUNES
1ª Secretária – ALICE DA LUZ  PIRES
2ª Secretária – DIANE M. CARVALHO
1º Tesoureiro – FRANCISCO CORDEIRO
2º Tesoureiro – SÉRGIO  BARROS
Diretor Cultural/Relações Públicas – ANTONIO  NOBERTO DA SILVA
Diretor de Arte e Cultura – LAUDIMIR DA CONCEIÇAO SOUSA

                                               CONSELHO FISCAL

Efetivos:         
 ANTONIO CARLOS CARDOSO MATOS
 RAIMUNDO NONATO BARROSO
CRISTIANE MESQUITA  

Suplentes
 GONÇALO AMADOR NONATO
 HEDWIGES M. DE SOUSA FRAZAO
 RAPHAEL VALE RODRIGUES


domingo, 14 de julho de 2019

FUNDAÇAO DA ACADEMIA VARGEM-GRANDENSE DE LETRAS



 Por: Jucey Santana
A fundação da Academia Literária  de Vargem Grande, começou a ser gestada  em março de 2013,  através do saudoso José Jorge Gomes Rodrigues, que mesmo sendo Itapecuruense, tinha  laços familiares  em Vargem Grande com  muitas lembranças afetivas por ter vivido muitos anos nas terras de Raimundo Nonato dos Mulundus, que me pedia que ajudasse a fundar o sodalício do Iguará.   

Primeiros Passos


Depois de várias viagens, eu e Zé Jorge, com visitas a intelectuais, professores  e amigos não conseguimos motivá-los.    Frustradas as primeiras tentativas não desisti, procurei outros caminhos fazendo contatos com outras pessoas e me apaixonando por Vargem Grande, fiz até romaria de São Raimundo em 2016 para conhecer de perto os romeiros e as sua cultura. Sempre que visitava o amigo Zé Jorge, já doente, ele arregalava os olhos e perguntava: e a Academia de Vargem Grande? Eu respondia vai sair...


 Em 20 de maio de 2014, juntamente com o jornalista presvarguense, Gonçalo Amador e  o padre Raimundo Baiano, conseguimos reunir 14 intelectuais entre professores e poetas na escola  Escola Raulina de Sousa Silva.  Na ocasião foi formada uma comissão para os primeiros trabalhos do projeto da fundação. Apesar do entusiasmo  demonstrado por todos, não perseveraram e  mais uma vez o projeto foi abortado.

Fiz contato ainda com o ilustre escritor e musicista Dico Barroso, em 2015, que sempre esteve interessado na fundação, mas também não vingou. Talvez faltasse whatzap na época?
Adicionar legenda


Mas não desisti. Imaginava como fazer para motivar aquela gente! Em 02 de fevereiro de 2019, quando fomos para participar da fundação da Academia de Zé Doca, me bateu um saudosismo de Vargem Grande. Porque não dá certo  a academia de lá?  se Zé Doca é uma cidade nova com pouca história e já tem academia?  Por que não Vargem Grande com quase duzentos anos de historia? 

Então fiz um apelo ao confrade Antonio Noberto, presidente da Academia Ludovicense de Letras para reaver o projeto da fundação da Academia do Iguará, prontamente acatado por este, que na ocasião sugeriu alguns nomes.  Também foi montada  outra estratégia, a de descentralizar e criar núcleos em São Luís e nas cidades vizinhas  de  Nina Rodrigues e Presidente Vargas como forma de sustentação. Deu certo.  Entre  18 de fevereiro, a 13 de julho,    fizemos vários encontro, estabelecemos  comissões organizamos estatutos, eventos culturais e não se parou mais...

          174 anos de instalação da Vila em Vargem Grande

A Academia está sendo criada ao formato de um consórcio da antiga região  do Iguará, com grande entrelaço na história e cultura para alicerçar o sodalício. 

Formamos núcleos, para descentralizar, criando frentes de trabalho para uma culminância no dia 14 de julho, data comemorativa dos 174 anos de instalação da Vila em Vargem Grande, já que havia sido criada e emancipada politicamente e administrativamente em 19 de abril de 1833, em Manga do Iguará.

 
                   Patronos e Membros

A academia esta sendo criada com 40 cadeiras sendo patroneadas  por ilustres filhos da região do Iguará, in memorian, em caráter vitalício, que prestaram relevantes serviços, tendo deixado um legado cultural, artístico, educacional, literário ou tenha prestado relevantes serviços em prol do desenvolvimento da sua terra natal. 

Os membros efetivos representarão seus patronos, com levantamento de dados biográficos e bibliográficos para compor a memoria da região. 

A formação dos núcleos seguiu esta distribuição: Vargem Grande  10 membros,  residentes em  São Luis, 7  membros,  Nina Rodrigues, 6 membros, Presidente Vargas, 5 membros e Itapecuru Mirim 3 membros perfazendo um total de 31 ACADÊMICOS FUNDADORES DA  CASA DE NINA RODRIGUES. Teremos ainda 9 cadeiras vagas que serão abertas para votação posteriormente.