sábado, 30 de setembro de 2017

LUIZ DE MELO: 30 anos de pesquisas históricas



                                                       

   

O escritor e pesquisador Luiz de Mello concede entrevista a Wilson Martins sobre as três décadas de pesquisas históricas no Maranhão.



Luiz Franco de Oliveira Melo é o premiado escritor e pesquisador maranhense Luiz de Mello, nascido em São Luís a 6 de maio de 1944. Muito cedo enveredou pelo campo da literatura, tornou-se funcionário público, passou por redações de dois jornais desta cidade e abraçou a pesquisa histórica como forma de sobrevivência financeira. Como ficcionista ele é um dos melhores do seu tempo. Como pesquisador ele é emérito. Aos 73 anos de idade, o persistente Luiz de Mello parece carregar um fardo pesado demais diante de sua saúde precária. Ainda assim, ele não tem repouso e movimenta-se por acervos de bibliotecas da Capital, pesquisando e mantendo, além da obstinação, uma luta constante para que os seus trabalhos sejam publicados.

           Quando se deu o início da sua trajetória no panorama literário maranhense?

Em 1961, aos 17 anos, comecei a escrever contos e romances. Eu era apenas um adolescente, tinha imaginação fértil e sem detença tratei de mostrar meus contos a duas escritoras, quase ao mesmo tempo: Arlete Nogueira da Cruz e Helena Barros, e de ambas recebi o necessário incentivo para continuar escrevendo.
Em 1963, um conto da minha autoria foi publicado no jornal Correio do Nordeste. E foi nesse jornal que eu conheci a poetisa Venúsia Neiva, os jornalistas Zuzú Nahuz e Alfredo Galvão, os poetas José Chagas, Bandeira Tribuzi, Nauro Machado, José Maria Nascimento e outros.
Em 1964, já estava bem ambientado nos meios literários de São Luís. Interessante é frisar que, havendo poucos contistas nesta capital (os mais conhecidos eram Ubiratan Teixeira, Bernardo Tajra, Fernando Moreira, Reginaldo Teles, Jorge Nascimento e Erasmo Dias), logo chamei a atenção de diversos escritores e poetas, os quais se admiraram da minha facilidade para escrever contos.
Entre 1962 e 1965, já havia escrito oito romances, duas peças teatrais e dezenas de contos. Mas eu ia guardando tudo, de modo que minha produção literária era do conhecimento de apenas sete ou oito escritores, destacando-se entre estes o padre João Mohana, Henrique Augusto Moreira Lima (médico e intelectual), Arlete Nogueira da Cruz, Bandeira Tribuzi e Domingos Vieira Filho. Este último queria publicar o meu primeiro livro de contos, quando dirigia o Departamento de Educação e Cultura do Estado, aí por volta de 1964. Infelizmente, em 1966, durante uma crise de alcoolismo, toquei fogo em quase tudo. Meus contos, romances e as duas peças teatrais viraram cinzas, o que muito lamento até hoje.
Em 1989 publiquei o Meridiano Oposto (contos) e a pesquisa Os Pintores Domingos e Horácio Tribuzi. Houve um grande vazio, entre o meu período de escritor iniciante, em 1961/62, e o de autor de livros publicados, em 1989, ou seja, perto de duas décadas de raras produções literárias. 
Para resumir o panorama literário de São Luís, no início dos anos 60, relembro a criação de suplementos literários nos jornais da Capital, como o Correio do Nordeste, Jornal do Dia e o semanário Jornal do Maranhão, que era da Igreja Católica, e neste último também figurei como colaborador. Muitos contos, poesias e crônicas de jovens autores eram publicados nos suplementos desses jornais, distinguindo-se o dirigido pelo poeta José Maria Nascimento, no Correio do Nordeste, e o de Carlos Cunha no Jornal do Dia. Era um tempo de renovação literária, embora estivéssemos muito distante dos grandes centros culturais, como o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre.

                          Como aconteceu a sua incursão na pesquisa? 

Minha primeira pesquisa data de 1965 e teve como tema a vida e obra do comediógrafo Américo Azevedo, irmão de Aluísio e Artur Azevedo. Levei o material pesquisado, inclusive seis comédias, para o Rio de Janeiro em 1967, e imediatamente entrei em contato com o diretor do Serviço Nacional de Teatro, o qual ficou ciente do assunto e decidiu que o encargo de organização da obra, análise e apresentação de textos, caberia ao escritor e diplomata Reis Perdigão (1900-1986), que eu conheci em São Luís, no ano de 1965. Por uma ironia do destino, inesperadamente regressei ao Maranhão em 1968, e as comédias do Américo Azevedo caíram no esquecimento, porque nada foi publicado pelo Serviço Nacional de Teatro, atual Fundação Nacional de Arte (Funarte). Uma pena!
Em 1985, desempregado havia cinco anos, principiei a pesquisar para sobreviver financeiramente. Convidado por Nascimento Morais Filho, fui contratado pela Secretaria da Fazenda do Estado, para sozinho realizar uma longa pesquisa abrangendo o período de 1835 a 1981. Era, em suma, a História do Tesouro Público Provincial, isto é, da Secretaria da Fazenda do Estado. Essa pesquisa durou dois anos e meio.
Posteriormente surgiram convites de mais duas Secretarias de Estado e de alguns escritores. E assim fui sobrevivendo, ganhando dinheiro e pesquisando sem parar. Foram tantas as pesquisas que fiz, mas tantas, que fica difícil relembrar de todas elas. E é bom esclarecer: era um trabalho extenuante, eu tinha ordenado variável, porém não tinha emprego, sempre fui um pesquisador autônomo, sem carteira assinada e sem direito a férias.

          Como é o seu processo de produção de pesquisa?

Minhas pesquisas são 70% de assuntos históricos e 30% de literários. Pesquisei sobre comércio, indústria, navegação fluvial, estabelecimentos bancários, cinemas, fábricas de tecidos, terrenos na Capital e seus primitivos proprietários, inúmeras sesmarias, ruas e outros logradouros públicos, e também fiz estudos acerca da vida e atividades de fotógrafos, pintores, escultores, desenhistas, e localizei obras como romances, contos, crônicas e poesias de vários autores, dos séculos XIX e XX, enfim, trata-se de uma extensa lista de textos pesquisados durante trinta anos.
Nas minhas pesquisas, jamais precisei de fazer entrevistas. Quando o assunto era muito complicado e antigo, eu recorria à releitura de algumas obras dos séculos XIX e XX, inclusive o muito útil Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão, de César Marques.
E, relativamente a usar da imaginação, isso foi muito fácil para mim. Em certas ocasiões, eu fazia três pesquisas ao mesmo tempo, para terceiros, mas nada contava aos que me contratavam, e assim eu tinha três ordenados garantidos.  

          Pesquisas mostram que jovens estão lendo menos. Houve tempo em que nossos escritores eram temas de vestibulares. Faltam políticas para incentivar e disponibilizar acervos, onde jovens possam buscar a leitura como devoção, ou esta realidade seria pelo fato de os educadores não saberem identificar vocações literárias dos alunos?  

A diminuição da leitura (estou me referindo à literatura de um modo geral), por parte dos jovens, pelo menos em São Luís, vem ocorrendo há décadas. Nos anos 70, por exemplo, diversos escritores comentavam, até mesmo nos jornais, o declínio da leitura, afirmando que os jovens daquele tempo liam bem menos que os dos anos 60 e 50. E agora, o videogame, a internet e filmes de terror e ficção científica é que prejudicam os mais jovens, afastando-os da leitura de livros sérios, da boa literatura. Uma lástima!
No que se refere aos vestibulares, afirmo que os nossos escritores estão esquecidos. As universidades maranhenses não os incluem como temas de análise literária. E a política cultural, salvo raros exemplos, pouco difunde a literatura entre a juventude, e os educadores não se mostram exemplarmente interessados pelo assunto Cultura, nem na poesia, nem na prosa. Devo assinalar que apenas estou fazendo alusão à nossa capital, tendo em vista a existência de movimentos de entidades culturais em certas cidades do interior maranhense, as quais têm Academias de Letras e Institutos Históricos e Geográficos. Ainda assim, os educadores precisam estimular os alunos, indicar a boa leitura, não só em São Luís, como igualmente no interior do estado. E creio que, para total êxito, será preciso um projeto literário e educacional, regularizado pela Sectur, Seduc, Semed e Secult, resultando na fusão da Educação e Cultura. 

                 Você acredita que a pesquisa, como arsenal da memória cultural é capaz de preencher lacunas de ordem política, cultural e social? 

Lógico. A pesquisa preserva o passado artístico-cultural, influindo também na política e na ordem social. A literatura faz parte da História de qualquer país. Já escrever sobre a literatura maranhense, é uma tarefa a que bem poucos se habilitaram, em São Luís.
Nas pesquisas você usa a arquitetura intelectual e o realismo testemunhal. Por que não na prosa?
Nas pesquisas, longas, que realizei, exatamente usei o esforço intelectual, em busca de referências básicas para destrinçar assuntos de difícil assimilação. Já na prosa, ou melhor, nos contos, muito utilizei a experiência de vida, o realismo testemunhal e, às vezes, o surrealismo.

               Em “Os Segredos de Guímel” você emprega uma característica universal, com personagens e tramas complexos. A iniciativa foi apresentar um mundo diferente para o leitor? 

Guímel é um livro diferente, as tramas bem delineadas, os personagens totalmente divergentes dos outros nos contos que eu anteriormente havia escrito. Evidentemente, esse livro causou impacto no leitor. Vendi cerca de 350 exemplares, entre 1996 e 1997, o que, em se tratando de São Luís, significa uma boa venda. Diria mesmo que foi um livro bem aceito por mais de trezentos leitores, embora saiba que essa cifra surpreenderá escritores de outros estados ou de cidades mais adiantadas que porventura lerem esta entrevista. Jamais tivemos editoras para a compra de direitos autorais, e, se elas houvessem existido, provavelmente teriam falido em pouco tempo. Com tal lacuna, e sem apoio do Governo, certos autores publicam livros por conta própria, como é o caso de Arlete Nogueira da Cruz. Mas a verdade é esta: poucos escritores vendem mais de quinhentos exemplares de obras publicadas em São Luís.

            Você acredita na relação de cumplicidade entre o leitor, o texto e o autor, ou que o escritor deve subverter até as normas gramaticais, escrevendo como a maioria?

Obviamente, em obras de ficção, sempre existiu a cumplicidade entre o leitor, o texto e o autor. Para ser sincero, todo bom escritor tem estilo próprio, embora certos críticos vislumbrem influências de determinados literatos mestres do passado. Este mundo é um rosário de bolas, conforme disse o escritor Guimarães Rosa. E as bolas são analógicas, as cores é que são diferentes. Um escritor não pode ser papel-carbono de outro, eis o problema.

          Na literatura maranhense, quais as autoras e autores você destaca?

Na literatura ludovicense (já declarei que não mais podemos nos referir ao Maranhão tendo como centro cultural a Capital) são estes os mais importantes: Nauro Machado, Bandeira Tribuzi, José Chagas, Mário Meireles, Jomar Moraes, Arlete Nogueira da Cruz, Ubiratan Teixeira, Bernardo Almeida, Fernando Braga, Francisco Tribuzi, Josué Montello, José Louzeiro, Carlos Cunha, José Maria Nascimento, Gullar, Lucas Baldez, Fernando Moreira, Ceres Costa Fernandes, Domingos Vieira Filho, Nascimento Moraes, Clóvis Ramos, José Fernandes, Lenita de Sá, Manoel Caetano Bandeira de Mello, Wilson Martins, Alberico Carneiro, Paulo Melo Sousa, Joaquim Haickel, José Sarney, Lucy Teixeira, Laura Amélia Damous, Carlos Gaspar, Alex Brasil, Ivan Sarney, Joaquim Itapary, Sebastião Jorge, Cunha Santos Filho, Lourival Serejo, Waldemiro Viana, Américo Azevedo Neto, Benedito Buzar, Álvaro (Vavá) Melo, Valdelino Cécio, Lino Moreira, Cursino Raposo, José Ribamar Caldeira, Wanda Cristina, João Mohana, Dagmar Destêrro, J. Ewerton Neto, Herbert de Jesus Santos, etc, etc.
Reconheço que há muitos escritores, do passado, que estão esquecidos, e somente menciono os seguintes: Jamil Jorge, Hermínio Bello, Cecílio Sá, Assis Garrido, José Brasíl, Cleber Ribeiro Fernandes, Lauro Serra (todos teatrólogos), Durval Cunha Santos (romancista) e Jorge Nascimento (contista e poeta), o único ainda vivo.  

           Como você analisa a produção literária maranhense hoje, em relação ao mercado e à política editorial no estado? 

A produção literária, em São Luís, está muito aquém do esperado. Excetuando os lançamentos de autores que dispõem de recursos próprios, a política editorial do estado está meio emperrada. E, pelo que me consta, apenas a Academia Maranhense de Letras vem editando livros, de uns tempos pra cá, devidamente amparada pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Por outro lado, pouco sabemos dos planos editoriais da Sectur, instituídos pelo Estado, e do Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís, da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
Só relembrando: a única Antologia de Contos Maranhenses, coordenada por Arlete Nogueira da Cruz, data de 1972, sendo exato que, até hoje, ninguém teve a ideia de editar uma nova Antologia de Contos, a qual seria mais abrangente, mais atual. Tudo isso é lamentável, entretanto, não sei quando São Luís sairá desse marasmo literário, no qual mergulhou há muito tempo.

            Em São Luís não é raro encontrar um autor que não seja poeta. Você fez alguma incursão na poesia? 

Na juventude, eu rabisquei alguns sonetos, depois me dediquei exclusivamente à ficção, isto é, aos contos e às pesquisas históricas. Hoje em dia há, na capital maranhense, muitos jovens escritores e escritoras de talento, contistas, romancistas e ensaístas. O tempo de “só poetas” já passou.

                        Luiz de Mello é autor dos seguintes livros:

Os Pintores Domingos e Horácio Tribuzi (pesquisa histórica) 1989; Meridiano Oposto (contos) 1990. A 2ª edição é de 2005, com recursos próprios do autor.
Os terroristas e os outros (conto). Prêmio do Concurso de Contos da UFMA (1993).
Os segredos de Guímel (contos) 1996; Primórdios da telefonia em São Luís e Belém (pesquisa) Edições AML/ALUMAR 1999, integrando a série Documentos Maranhenses; Pintores Maranhenses do Século XIX (pesquisa). Edições Func (2002). Livro publicado com recursos aprovados pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura; Cronologia das Artes Plásticas no Maranhão (1842–1930) pesquisa. Edições Secma, 2004.

                        Organização de textos: 

O Maranhão Histórico (ensaio), de José Ribeiro do Amaral. Ed. Instituto Geia, 2003. Coleção GEIA de Temas Maranhenses.Vol.1.
Informação sobre a Capitania do Maranhão dada em 1813, de Bernardo José da Gama (Visconde de Goiana) 2013. A 1ª edição desta obra data de 1872, publicada em Viena (Áustria), por iniciativa de Francisco Adolfo de Varnhagen (Barão de Porto Seguro). A 2ª edição de 2013, publicada com recursos próprios do organizador.
Dois Estudos Históricos de Jerônimo de Viveiros – Escorço da História do Açúcar no Maranhão/No tempo das eleições a cacetes. 2016 (Publicado com recursos próprios do organizador).
Quadros da Vida Maranhense, de Jerônimo de Viveiros (obra a ser publicada pela Academia Maranhense de Letras).
Páginas de Saudade, crônicas de Crysosthomo de Souza (inédito).
Coisas do Nosso Folclore, artigos de Nonnato Masson (inédito). 

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

EFEMÉRIDES ITAPECURUENSES DO MÊS DE SETEMBRO




     

Jucey Santana

DIA 01-09-1949 – é instalado umas das mais importantes lojas de tecidos na cidade de Itapecuru Mirim do empresário PAULO ABREU, a a “RIANIL”;

DIA 03-09-1954 – 0 Governador EUGÊNIO BARROS visita o prefeito JOÃO RODRIGUES e inspeciona as obras de construção da ponte sobre o rio Itapecuru;

DIA 05-09-1853 – O itapecuruense João Duarte Lisboa Serra  foi nomeado para o cobiçado cargo de primeiro presidente  Banco do Brasil. Onde exerceu este cargo até sua morte em 16 de Abril de 1855 aos 37 anos;

DIA 06-09-2010 – faleceu em São Luís, aos 74 anos, o músico e professor  RAIMUNDO NONATO ARAÚJO, criador da banda NONATO E SEU CONJUNTO;

DIA 06-09-1986 – Faleceu o professor,  poeta e ex-prefeito de Itapecuru Mirim, LUÍS BANDEIRA DE MELO;

DIA 07-09-1817 – O rei D. João VI enviou Provisão  Regia autorizando a Fundação da Vila de Itapecuru-Mirim;

DIA 07-09-1947 – Solenidade de inauguração da ponte sobre o igarapé da “Vaca Branca “, na estrada do povoado Santa Izabel;

DIA 07-09-1972 – O prefeito RAIMUNDO  NONATO CASSAS sanciona a lei aprovada pela Câmara Municipal que constituiu a doação de bolsas de estudo aos alunos do 1º e 2º grau da rede escolar do município;

DIA 08-09-1760 – O governador GONÇALO PEREIRA LOBATO ao Rei de Portugal informando o sucesso na criação do bicho-da-seda, na fazenda de LOURENÇO BELFORT em Kelru;

DIA 09-09-1842 – Oficio do presidente da província, VENÂNCIO JOSÉ LISBOA, ao Juiz Municipal e de Órfãos de Itapecuru-Mirim ordenando a execução da sentença de pena de morte de COSME BENTO DAS CHAGAS;

DIA 10-09-1927 – Nasceu em Itapecuru-mirim o advogado e político JOSÉ BENTO  NEVES. Filho do professor NEWTO  NEVES e  GUILHERMINA N. NEVES;

DIA 11-09-1946 – A imprensa  noticiou a suspensão das atividades, depois de dois anos de funcionamento, da Indústria de Babaçu Ltda, do povoado KELRU.

Dia 11.9-2015 - Os seus restos mortais do padre BENEDITO CHAVES  foram transladados de São Luís para  Itapecuru Mirim;

DIA 12-09-1958 – Nasceu no povoado Cigana o senhor BENEDITO NASCIMENTO COROBA filho de Antonio Nascimento e Maria Mendes Nascimento;

DIA 13-09-1956 – O padre JOSE ALBINO CAMPOS, requer à prefeitura doação de terreno para a construção da ESCOLA PAROQUIAL na Avenida Brasil;

DIA 13-09-1926 – Nasceu em Buriti (MA), o padre BENEDITO CHAVES, filho de GASPAR LIMA e de ANA CHAVES LIMA.

DIA 14-09-1960 – Falecimento da poetisa, professora, musicista e teatróloga e cronista MARIANA LUZ   tendo sido decretado luto oficial por sete dias;

DIA 15-09-2012 – Cerimonia de transladação das cinzas do Itapecuruense JOSÉ DE RIBAMAR SANTOS FONSECA de Brasília, o Rio Itapecuru;

DIA 15-09-1956 - Foi cantado pela primeira vez o hino de Nossa Senhora das Dores, com a letra de LUIZ GONZAGA MADUREIRA (vigário-geral Spiritualibus), o novo hino substitui o antigo da autoria da poetisa MARIANA LUZ;

DIA 17-09-2002 – Solene inauguração da Casa da Agricultura Familiar, com participação da Secretária da Agricultura, CONCEIÇÃO ANDRADE, do gerente regional BENEDITO BUZAR;

DIA 17-09-2005 – Lançamento do livro TUDO AZUL NO PLANETA ITAPECURU, da autoria de  INALDO LISBOA. O evento ocorreu no Itapecuru Social Clube;

18-09-2002 – Solenidade de instalação do Conselho de Desenvolvimento Regional de Itapecuru-Mirim, presidido pelo gerente BENEDITO BUZAR;

DIA 19-09-1948 – O governador SEBASTIÃO DA SILVA sanciona a lei votada pela Assembleia Legislativa que autoriza a doação à prefeitura de Itapecuru-mirim do prédio situado na Rua Rio Branco, contiguo à cadeia Pública, para  ser instalado a máquina geradora de energia elétrica;

DIA 21-09-1735 – Consulta do governador do maranhão, JOSÉ DA SERRA, ao rei D. JOÃO V, em resposta à provisão sobre o mau estado em que se achava a igreja da freguesia da ribeira do Itapecuru;

Dia 21-09-1807 – Nasce no sitio Juçara da Freguesia de Itapecuru Mirim o jornalista e professor  JOSÉ CANDIDO DE MORAIS, fundador do jornal Farol Maranhense; 

DIA 21-09-1953 – A Câmara Municipal autoriza a prefeitura a elaborar o plano de urbanização da cidade que foi executado pelo prefeito João Rodrigues;

DIA 21-09-2001 – Faleceu o jornalista, advogado e político JOSÉ BENTO NEVES;

 23-09-1961 – A Câmara Municipal autoriza a prefeitura a doar para o Ministério da Saúde terreno para construção de um posto médico a ser instalado pela fundação SESP;

DIA 24-09-1952 – Pela lei estadual nº 757 foi criado o município de Cantanhede e desmembrado de Itapecuru Mirim; 

DIA 25-09-1801 – Por Provisão Régia foi criada a FREGUESIA de Nossa Senhora das Dores, com a denominação de Itapecuru Mirim; 

DIA 25-09-1891- Nasceu em São Luís o professor MANFREDO VIANA;

DIA 27-09-2001 – Cerimônia religiosa de comemoração do bicentenário da criação da FREGUESIA de Nossa Senhora das Dores, que contou com a participação do bispo Dom Reinaldo Punder e do vigário Raimundo Baiano. Por iniciativa do escritor Benedito Buzar, uma placa de bronze foi colocada na entrada da igreja, alusiva ao evento histórico religioso;

DIA 28-09-2009 – Faleceu em São Luís o padre BENEDITO CHAVES, aos 82 anos; 

DIA 28-09-1954 – Nasceu no povoado Moreira JOSÉ PAULO LOPES, filho de SEBASTIÃO SOUSA e TEREZINHA LOPES SOUSA;

DIA 30-09-1642 – Insurreição dos lavradores da Ribeira do Itapecuru sob o comando de Antônio Muniz Barreiro. Os sublevados, em número de 50, atacaram e assaltaram os engenhos da foz do Itapecuru e o forte do Calvário, no Rosário, cuja guarnição era composta de 70 homens.














sábado, 23 de setembro de 2017

PEDRO NUNES LEAL



     

Jucey  Santana

O Professor Pedro Nunes Leal nasceu em Itapecuru Mirim, no dia 22 de agosto de 1823. Filho de Alexandre Henrique Leal e Ana Rosa Reis Leal, concluiu o curso de Humanidade  em 1838. Seguiu para Coímbra onde tendo colado grau em Ciências Jurídicas e Sociais em  1845.   

 Ele foi jornalista, professor, e lexicólogo.  Fundou e dirigiu por muito tempo a renomada instituição educacional, “Instituto de Humanidades”, em São Luis do Maranhão, um dos melhores colégios da época, onde ele  próprio foi  titular das seguintes cadeiras:  Gramática,  Filosofia, Literatura e Latinidade. Desse Instituto saíram: Teófilo Dias, Costa Rodrigues, Tarquinio Lopes, Viana Vaz, Othon Bulhões, Oscar Galvão e outros.

            Sendo mestre e apaixonado pela Língua Portuguesa, criou fama como lexicógrafo. Compilou e organizou várias obras. Mesmo com a idade avançada, continuava seu zelo exacerbado pela língua pátria, “escrevendo para novas gerações, filhos de seus antigos discípulos”, como gostava de dizer. Além de escrever o livro “Noções Gramaticais” em 1893,  para uso nas escolas  primárias,  extraída dos ensinamentos da língua portuguesa do professor Sotero dos Reis,  publicou nas oficinas do jornal Diário do Maranhão, várias obras e apostilas gramaticais. 

 Redigiu vários jornais  como,  o “Diário do Maranhão”,   O Progresso, Jornal da Lavoura e a Revista Universal. Os seus textos versavam sobre literatura, gramática e também sobre  agricultura  e  agronegócios como  a cultura   do cacau, cana de açúcar e principalmente  as vantagens  do plantio de algodão. 

Foi nomeado promotor público da Capital em  1847.

Apesar do seu envolvimento com a educação, nunca deixou de ser agricultor da região da Ribeira do Itapecuru, sendo proprietário de um Engenho na povoação Candiba (atualmente pertencente ao município de Cantanhede) e sócio da Companhia Progresso Agrícola do Maranhão. 

            Vale registar que uma de suas filhas seguiu os passos do pai na  inteligência,  tornando-se renomada musicista. Em 1875, aos vinte anos de idade  Zenobia Cezaltina de Carvalho Leal requereu prestar exames no Real Conservatório de Lisboa, perante grande número de examinadores obtendo  grau máximo em todas as cadeiras, recebendo distinção honrosa do Rei (Regente),  Dom Fernando II, que era grande incentivador das artes, ( Diário do Maranhão, 20.12.1875).
Obras Publicadas:

1 – Noções Gramaticais (extraídas da Gramática Portuguesa de Sotero dos Reis. 1868).
2 – Gramática Elementar Portuguesa - 1894      
3 – Opúsculos da Lexicografia: 
       I – Afixos da Língua Portuguesa - 1894
      II – Dicionário Manual Homofonológico. Significação e a Prosódia - 1896
      III – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa - 1897
Traduziu as seguintes obras:
1 – Paris na América –  de René Lafebre - 1867
2 – Tratado Elementar de Filosofia, de Paulo Janet.
3 – História da Filosofia  de autoria de F.A. Jaffre – 2º vol. 1 (inédito)
4 –Esboço de Agricultura, curso de Agronomia traduzido de Gasparin (inédito)
 Pedro Nunes Leal foi agraciado com título de patrono da cadeira 33 da  Academia Maranhense de Letras, pelo seu trabalho em prol da educação..
Faleceu no dia 7 de novembro de 1901.

Do livro Itapecuruenses Notáveis de Jucey Santana (2016) pag. 74.  O professor Pedro Nunes Leal é patrono da cadeira 18 de membros correspondentes da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes - AICLA