Por: Jucey
Santana
No dia 19 de
maio as 15h30min no Auditório da
Regional da Saúde – IPEM, será lançado a
obra Itapecuruense Notáveis de
autoria de Jucey Santana.
Esta obra é o
resultado de um demorado estudo e pesquisas
em livros, jornais e inúmeros arquivos muitos dos quais corroídos pelo
tempo, com o objetivo de compor a história
do município de Itapecuru Mirim
através de suas
personalidades, com intuito de
favorecer a sociedade e a classe estudantil uma
construção de conhecimentos da memória histórica da nossa região.
Ainda que o
ritmo da sociedade contemporânea seja altamente tecnológico, os estudiosos
recorrem à história como mecanismo necessário de entendimento para a previsão
do futuro. A história local estabelece conexões entre conflitos diários em
forma de política, lutas de resistência, mudanças e apegos a tradições, com os
antepassados. Quando salvamos o
passado, resgatando a sua memória, estamos sendo útil ao presente e ao futuro. Segundo a citação da embaixatriz Beatriz de
Moura quando esteve em Itapecuru Mirim em 1996: – Só poderemos saber para onde
vamos se soubermos de onde viemos.
Meu interesse
teve início a partir do meu tronco familiar, daí em diante passei a
investigação mais abrangente como ponto de partida a pesquisa da poetisa Mariana Luz, professora
de meu pai.
A obra não é
conclusiva. Muitas personalidades que fizeram história no município não foram
favorecidas, diria que esta é uma primeira parte. A bicentenária Itapecuru
Mirim ainda guarda muitos mistérios a serem desvendados.
Estão entre as
114 personalidades catalogadas na obra:
fidalgos, senhores de engenhos, políticos, poetas, escritores,
musicistas, jornalistas, sindicalistas, latifundiários, professores,
comerciantes e outros que de algum modo
contribuíram para o engrandecimento da
cidade.
Famílias ilustres do Sec. XVII e XIX
Na obra são
destacadas as seguintes famílias: Belfort, Burgos, Vieira, Henriques, Lisboa,
Silva, Gomes, Nunes, Gonçalves, Sousa, Leal, Cardoso, Reis e Serra. A partir da segunda metade do Século XIX surgiram as famílias: Nogueira da Cruz,
Bandeira de Melo, Frazão, Luz e
outras. No final do Século, passaram
a ter atuação importante no cenário político os Sitaro e Bezerra.
Vale citar que
os Bandeira de Melo, Nogueira da Cruz, Bezerra e Sitaro, continuaram atuando na
política itapecuruense até os anos 40 do século
XX.
Primeira metade do século XX
Novos núcleos
familiares se formaram no inicio do século com a migração dos sírios-libaneses,
que se instalaram em Itapecuru Mirim e movimentaram economicamente a cidade com
várias modalidades comerciais. As principais famílias: Mubarack, Fiquene,
Buzar, Assef, Jorge, Lauande, Ahid e outros. Também os retirantes das secas
nordestinas se instalaram formando grandes comunidades familiares: Rodrigues
(três famílias distintas), Araújo, Sampaio, Conegundes, Abreu e outros.
Itapecuruenses nas Academias Literárias
Figuram na
obra, dois ilustres itapecuruenses que fizeram parte dos quadros Academia
Brasileira de Letras: João Lisboa (patrono) e Viriato Corrêa (membro efetivo).
Entre os filhos ilustres da terra, dez tiveram seus nomes gravados nos anais da Academia Maranhense de Letras, sendo cinco
dos quais, patronos: Joaquim Gomes de Sousa, escritor e matemático; Antônio
Henriques Leal, biógrafo, escritor e jornalista; João Francisco Lisboa, jornalista e
escritor; José Cândido de Morais e
Silva, jornalista e professor e Pedro
Nunes Leal, lexicógrafo, escritor e tradutor. Quatro membros efetivos: Salomão
Fiquene, cientista, professor e escritor; Viriato Correa, romancista,
teatrólogo e jornalista, Mariana Luz, poetisa, teatróloga e professora e
Benedito Buzar, escritor, jornalista e
pesquisador. Tivemos também um membro
correspondente na pessoa do general Hastímphilo de Moura, escritor e general de
divisão do Exército Brasileiro.
É de bom
alvitre lembrar Joaquim de Jesus Dourado, romancista e cronista, outro imortal
da Academia Maranhense de Letras que
mesmo nascido no Ceará viveu quase 13
anos em Itapecuru Mirim na juventude,
época que seu tio e tutor foi vigário da Paróquia e depois de ter recebido o
sacramento da ordem, desenvolveu o um
trabalho religioso e empreendedor de
relevância na Paróquia de Nossa Senhora das Dores. Portanto, em minha opinião, foram onze
itapecuruenses que integraram os quadros
do Academia Maranhense de Letras.
No Instituto
Histórico e Geográfico Maranhense temos
Benedito Buzar e Raimundo Gomes Meireles este último também integrante
dos quadros da Academia Ludovicense de Letras. Não podemos esquecer João Duarte
Lisboa Serra que é patrono da cadeira 36 da Academia de Letras do Banco do
Brasil e foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, comprovando que a terra de Mariana Luz e
Gomes de Sousa é berço de cultura.
Muitos ilustres
que desfilam nas páginas do presente livro, não são itapecuruenses natos, mas,
se instalaram na região com trabalho e determinação, auxiliando no progresso
local.
Também registramos
notáveis filhos da terra que fizeram sucesso em outras plagas, levando longe,
com muito orgulho, o nome de Itapecuru Mirim.
ÓTIMO LIVRO TIVE O PRAZER DE LER. SENSAÇÃO MARAVILHOSA DE VER MATERIALUZADA TANTAS HISTÓRIAS E PESSOAS MATERIALIZADAS E IMORTALIZADAS NESTE BELO LIVRO.
ResponderExcluir* MATERIALIZADA E REGISTRADA PARA AS PRÓXIMAS GERAÇÕES, CIDADE DE POVO GUERREIRO E TRABALHADOR
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