quarta-feira, 26 de agosto de 2015

ILHA DA CIÊNCIA EM ITAPECURU MIRIM

PROJETO: “CONHECER PARA PRESERVAR”
Por: Jucey Santana
       Acontecimento inédito para a sociedade itapecuruense para a classe estudantil, a vinda Laboratório de Divulgação Científica “ILHA DA CIÊNCIA”, do Departamento de Física da Universidade Federal do Maranhão, com o apoio da Prefeitura Municipal de Itapecuru Mirim.
         O Laboratório foi instalado   nos dias 25 a 28 de agosto atender todas as escolas da rede pública e privada além de professores e a sociedade em geral.

Segundo o coordenador do projeto, o cientista e Vice-Reitor da UFMA, professor Antônio Oliveira, Itapecuru é um caso especial, por ter sido berço de um dos maiores gênios da humanidade, Gomes de Sousa, que muito contribuiu com a ciência universal.”.
Continuando, o professor enfatizou que os jovens precisam tomar gosto pela ciência, “a curiosidade despertada pelo céu noturno desafia a imaginação da Humanidade ao longo da sua história, e mesmo durante tantos anos de desenvolvimento científico e tecnológico, uma grande parcela da população nunca teve acesso à observação do céu através de telescópios, nem à representação do Sistema Solar feita por simulação em modernos planetários. O Laboratório é interativo de Ciência Cultura e Arte, porém trouxe só a parte da Astronomia, para  mostrar o sistema solar aos estudantes e explicar como a ciência explica o seu  funcionamento e assim contribuir para uma cultura científica efetiva que permita ao cidadão interpretar e compreender os fenômenos naturais, a origem do universo e a sua evolução, e assim popularizar a ciência.
O professor Oliveira veio acompanhado de monitores, constituídos de alunos de física da UFMA e a professora Ivone Lima que faz parte da equipe.

Durante os três dias será instalado na Praça Gomes de Sousa, Telescópio gigante para a observação do céu noturno, com a vantagem adicional de ser época de lua cheia, e no Itapecuru Social Clube, terá apresentação dos vídeos “Palco Celeste” e “Filhos do Sol” no Planetário Digital da UFMA para crianças adultos. E ainda  recolhimento de lixo eletrônico, pilhas, celulares  e baterias, pela Escola Jesus Maria José. A procura  pelos alunos tem sido intensa. Estima-se que mais de quatro mil pessoas visitarão a  ILHA.


terça-feira, 25 de agosto de 2015

VALORIZAÇÃO DA CULTURA ITAPECURUENSE

 PRODUÇÃO LITERÁRIA
Por Jucey Santana
Desde 2014 que a literatura Itapecuruense vem se enriquecendo  com várias obras lançadas pelos filhos da terra, despertando assim  da letargia de mais de meio século de silencio. Com a fundação da Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes, em 2011, houve um despertar para as artes literárias, mostrando que a instituição cultural vem cumprindo os seus objetivos estatutários.
No ano de 2014 foram lançados as obras, “O Dia a Dia da História de Itapecuru Mirim” do imortal da Academia Maranhense de Letras e da Academia Itapecuruense de Letras, Benedito Buzar. O obra é destinada a professores e alunos, como fonte de pesquisa. Ainda no mesmo ano foi lançado por ocasião do aniversário de 143 do nascimento da poetisa Mariana Luz, a obra, “Marianna Luz vida obra e coisas de Itapecuru Mirim”, de autoria de Jucey Santana, que retrata a vida e resgata a obra da maior poetisa itapecuruense de todos

os tempos. Na obra também encontramos recortes da história da cidade com fotos da arquitetura antiga e de personalidades de destaques. Para finalizar o ano, foi lançado o livro de poesia, “O Velho, o Tempo e o Mundo” do poeta Zezoca Fonseca.
 Em 2015 já contabilizamos seis livros lançados. A professora Assenção Pessoa publicou dois livros voltados para o público infantil e por ocasião do aniversário de 145 da cidade nos presenteou com a obra “Itapecuru Mirim, sua gente, sua história”. É um livro didático que terá grande importância nas escolas para estudo da história, geografia e da nossa cultura. O poeta conterrâneo, Romeu Bandeira de Melo, residente no Rio de Janeiro, esteve também no mês de julho por ocasião do aniversário da cidade, para apresentar o seu, “Estela Luminosa” que resgata a memória dos membros da tradicional família Bandeira de Melo de Itapecuru Mirim.
Foi lançado ainda o romance, Cafés Amargos, da jovem escritora Sabryna Mendes, o mais uma vez o poeta imortal José Raimundo Fonseca, “Zezoca” nos brinda com uma obra poética: “Itapecuru, filhos e agregados” que narra a vivencia do autor, na terra de Marianna Luz, destacando lembranças de ocorrências e personalidades da sua infância no formato de poesia.
Vale registrar outras obras, de autores itapecuruenses, lançadas anteriormente, que despertaram interesse dos leitores da terra, pela sua importância histórica: Tudo Azul no Planeta Itapecuru, de Inaldo Lisboa (2006), No Tempo de Abdala era Assim, de Benedito Bogea Buzar (2011), Os Fantasmas do Campo, de Mauro Rego (2009), Mistério da Casa da Cultura, de Samira Diorama Fonseca (2013) e CANTANHEDE Memórias Terceiras, de autoria de João Carlos Pimentel (2010). Todas as obras citadas são encontradas na Casa da Cultura Professor João Silveira.

Existe mais de dez livros inéditos, de autores itapecuruenses, nas categorias: romances, poemas, pesquisas e didáticos, prontos para serem publicados necessitando apenas de patrocínios. Destacamos alguns dos autores com obras prontas:  Brenno Bezerra, Maria Sampaio, Jucey Santana, Júnior Lopes, Benedita Azevedo, Assenção Pessoa, Mauro Rego, Geraldo Lopes, Alisson Rilkt, Nato Lopes, Moaciene Lima, Tiago Oliveira e João Carlos Pimentel Cantanhede. Esta é uma comprovação da tradicional referência cultural do torrão de Mariana Luz e Gomes de Sousa.



O HINO DE ITAPECURU MIRIM

Por: Jucey Santana
 Itapecuru Mirim sempre foi grande celeiro de músicos, alguns com projeção até no âmbito nacional, como Nonato Araújo, (Nonato e seu Conjunto), Nonato Buzar, Sebastião Pinto e outros.
O Capitão Sebastião Augusto Costa Pinto, oriundo de Monção, deu grande contribuição a nossa música. Chegou ao município em 1908, a convite de uma Sociedade de Amigos, (Sociedade Musical Beneficente de Amigos), composta por pessoas da elite social de Itapecuru como: Joaquim Raymundo Pires (juiz),  Joaquim Rangel (telegrafista) Raimundo Públio Bandeira de Melo, (acadêmico de Direito  Anísio Duarte (poeta e político), Eudâmidas Sitaro (cantor), Rosália Bandeira de Melo (poetisa), Dinoca Rangel ( poetisa e cantora) e muitos outros.
O objetivo da   da sociedade  era       organizar a banda municipal e a Escola de Música. Na época a escola juntou grande número de jovens como Joaquim Araújo, Feliciano Lopes, (o Barão), Patrício Araújo  e Carlos Bezerra. Em 17 de setembro de 1918, pela Lei nº 37,  foi contratado pelo município, como diretor e professor da Escola de Música Municipal, depois que a sociedade se desfez. Dotado de grande erudição, dominando a língua francesa e latina, segundo o Padre João Mohana, que o classifica um dos melhores músicos do Maranhão, entre Ignácio Cunha, Antônio Rayol, Elpídio Ferreira, Pedro Gromwel,  Bazílio Serra e outros mais,  no livro A Grande Música Maranhense, (1974).
É de sua autoria a primeira versão do Hino de Itapecuru, com citações sobre guerra e forte apelo ao patriotismo, em referência a I Guerra Mundial, em andamento, “Se a guerra retumba voraz / mostrarás que sabes lutar / teus filhos audazes verás...”.
Em 1923, depois de 15 anos, o maestro deixou Itapecuru, levando seu talento para Codó e o hino     relegado ao esquecimento.
O prefeito João Rodrigues, em 1953  tomando conhecimento da sua existência, solicitou o seu resgate. O músico Joaquim Araújo,  relembrou música e letra e em várias reuniões na Casa Paroquial, com o padre Albino Campos e o Professor Luís Bandeira, reorganizaram o hino. Mas, o padre ficou insatisfeito, porque não falava em Itapecuru, então resolveram incluir o estribilho, sem prejuízo da música, “Terra de amor, Itapecuru”.
O hino foi executado com louvor em 31 de janeiro de 1961, na posse do prefeito Abdalla Buzar Neto, passando a ser tocado nos eventos cívicos regionais.
No centenário da emancipação política da cidade, em 21 de julho de 1970, foi cantado por um coral de mais de cem pessoas, na Praça Gomes de Sousa, quando então foi oficializado pela Lei nº 340, de julho de 1970.  Ainda nos anos 70  foi acrescido de duas estrofes, de autoria do professor Luís  Bandeira de Melo, e pela Lei 389 de 21/08/1977, passou a compor-se de duas  novas quadras, complementando a letra original, e sua execução     obrigatória  nas Escolas Municipais.  Porém, com o passar dos anos mais uma vez o hino caiu no esquecimento.
Em 2011, um grupo de produtores culturais, liderados por José Paulo Lopes, o músico José Santana e o cantor Silas Gomes e apoio do escritor Benedito Buzar e do prefeito Antônio Filgueiras Júnior, regravaram o hino que foi tocado na Fundação da Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes, em 07 de dezembro de 2011, atualmente, está popularizado.

Do livro Marianna Luz vida obra e coisas de Itapecuru Mirim de autoria de Jucey Santana (2014)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

VISITAS PRESIDENCIAIS AO MARANHÃO


Por: Benedito Buzar
Ao longo da vida republicana foi marcante a presença de presidentes da República no Maranhão. Quase todos os que ocuparam o cargo mais alto do país foram aqui recebidos como visitantes ilustres e para inaugurar obras realizadas com recursos federais.
A maioria veio apenas uma vez; alguns mais de uma vez; outros, porém, passaram ao largo como se o Maranhão não fizesse parte do sistema federativo brasileiro.
No período da Velha República, que começa com a Proclamação e estende-se à Revolução de 1930, apenas um presidente nos visitou: Afonso Pena. Veio em função da amizade devotada ao senador Benedito Leite, que o convenceu a viajar de vapor, pelo Rio Itapicuru, e ver a necessidade da construção urgente da ferrovia São Luis-Teresina, tendo em vista que a navegação fluvial não mais atendia aos interesses do setor produtivo maranhense e das cidades que margeavam o rio. A viagem demorou quase uma semana, porque Afonso Pena escalou em Rosário, Itapicuru-Mirim, Coroatá, Codó, Caxias e Timon, cidades em que ele e a sua comitiva receberam homenagens das autoridades e do povo ribeirinho.
Na fase histórica que vai do movimento de 1930 à vigência do Estado Novo, sob o comando ditatorial de Getúlio Vargas, o Maranhão ficou 15 anos sem ver o chefe de governo, que usava o interventor Paulo Ramos para representá-lo em eventos e solenidades que exigiam a sua presença.
Depois que o Brasil se livrou da ditadura de Vargas e passou por um processo de constitucionalização, recebemos festivamente o presidente, general Eurico Gaspar Dutra, em março de 1948, que cumpriu uma vasta programação de três dias, sendo alvo de homenagens de entidades privadas e do governo Archer da Silva. A presença de Dutra em São Luis deveu-se a amizade dedicada ao senador Vitorino Freire, este, com cadeira cativa no Palácio do Catete.
Se na fase ditatorial, Getúlio Vargas não veio ao Maranhão, no regime democrático, como sucessor de Dutra, aqui, também, não deu as caras. Por viver a maior parte do seu governo às voltas com crises políticas, que o levaram ao suicídio, em agosto de 1954, não encontrou tempo para visitar os estados federativos.
A partir de Juscelino Kubitscheck, os presidentes passam a dispor de maiores condições para visitar os estados. O processo de desenvolvimento sócio-econômico deflagrado no país possibilita a melhoria dos setores de comunicação e transporte, que, por sua vez, proporcionam mais facilidades à realização de viagens por terra, mar e ar.
Quando estava no comando da nação, JK visitou o Maranhão em janeiro de 1958, para inaugurar o Hospital Presidente Dutra e proferir a aula inaugural na Faculdade de Medicina, que ainda fazia parte da Universidade Católica.
O sucessor de Juscelino, Jânio Quadros, fica pouco tempo no Palácio do Planalto. Antes de renunciar ao mandato, em agosto de 1961, esteve em São Luis, onde, nos dias 27 e 28 de julho, participa de reuniões produtivas com os governadores do Maranhão e do Piauí. Newton Bello, o governador, apresenta-lhe o primeiro Plano de Governo do Maranhão, com a previsão de obras e de recursos federais para executá-las.
De Jânio o poder foi para as mãos do vice, João Goulart, que assume o governo após o regime presidencialista virar parlamentarista. Tempos complicados e de crise não deram condições a Jango de governar plenamente o país e nem sair de Brasília.
O Maranhão, na vigência do regime militar, torna-se alvo de visitas dos presidentes que galgaram o poder por via indireta. Castelo Branco, no governo de José Sarney, veio duas vezes. Em março de 1966, recebe o titulo de Doutor Honoris Causa da Universidade do Maranhão. Meses depois, encontra-se novamente com Sarney, em Caxias, onde inaugura obras realizadas pelo prefeito, Aluízio Lobo.
Costa e Silva, antes de Sarney deixar o governo, inaugura em Timon uma ponte férrea ligando o Maranhão ao Piauí. Costa e Silva, que por motivo de grave enfermidade, não cumpre o mandato até fim, tem como substituto o general Garrastazu Médici, que, em abril de 1970, inaugura com Sarney, a Hidrelétrica de Boa Esperança. Convidado pelo governador Pedro Neiva, Garrastazu vem a São Luis e inaugura o Museu Histórico, oportunidade em que, para tristeza dos paraenses e alegria dos maranhenses, anuncia o Porto do Itaqui  para exportar os minérios da serra de Carajás. O general Ernesto Geisel foi o único a não visitar o Maranhão por causa das desavenças políticas entre Sarney e Vitorino.  João Figueiredo viria presidir a inauguração da Ponte Bandeira Tribuzi, mas o SNI cancela a viagem, por considerar a obra uma homenagem ao poeta e não a revolução de 1964.
Com o fim do regime militar, a Aliança Democrática elege, ainda por via indireta, Tancredo Neves, presidente, e José Sarney, vice. Este, face à trágica morte de Tancredo, assume definitivamente o poder e faz a transição da ditadura para a democracia. Sendo maranhense, Sarney, em diversas oportunidades, visita a terra natal, onde participa de solenidades e eventos oficiais, destacando-se o I Encontro de Chefes de Estado dos Países de Língua Portuguesa, realizado em São Luis, e a instalação do Centro de Lançamento de Foguetes, de Alcântara.
Após o mandato de Sarney, o Brasil volta a ser presidido por candidatos eleitos em pleitos diretos: Fernando Collor de Melo, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva e Dilma Roussef. Antes de perder o mandato, em dezembro de 1992, Fernando Collor, esteve na cidade de Açailândia, sendo recebido pelo presidente do Poder Legislativo, deputado Antônio Carlos Braid, pois o governador João Alberto ausentara do Estado para não recepcioná-lo. Itamar Franco, que substituiu Collor na presidência da República, não agendou visita ao Maranhão.
Fernando Henrique Cardoso, sucessor de Itamar Franco, a convite da governadora Roseana Sarney, em 1997. Na capital, inaugura as novas instalações do aeroporto do Tirirical; em Rosário, assiste ao funcionamento de um empreendimento industrial, com a participação técnica e financeira da China, que não produziu nada e fechou as portas.

Lula e Dilma, presidentes petistas, também, não deixaram de passar algumas horas no Maranhão. Lula, em 2009, de avião, olha os municípios que estavam debaixo d’água. Em 2010, participa na cidade de Bacabeira de um fantasioso evento comemorativo de início das obras da Refinaria Premium, projeto patrocinado pela Petrobrás.   No tocante à Dilma, no seu primeiro mandato, aqui apareceu ligeiramente e para inaugurar algo no Porto do Itaqui. No segundo mandato, veio inaugura um terminal de grãos, entregar unidades residenciais do programa “Minha Casa, Minha Vida”, e ouvir o governador Flávio Dino hipotecar solidariedade ao seu governo, que vive uma crise sem precedentes no país.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

COLÉGIO JESUS MARIA JOSÉ

VALORIZANDO A CULTURA ITAPECURUENSE
Por Jucey Santana


O Colégio Jesus Maria José, instituição educacional privada, dirigida pelas Irmãs, vem prestando relevantes serviços educacionais à comunidade itapecuruense há mais de 50 anos.

A retomada das atividades do segundo semestre foi marcada com a abertura em 17 de agosto, do IX PEAC – Projeto de Esporte, Integração, Arte e Cultura. Este ano o tema específico do projeto é “VALORIZANDO A CULTURA ITAPECURUENSE”. Foram convidadas para a abertura do evento o cantor erudito Silas Gomes que presenteou a assembléia com belas árias, e as escritoras escritoras, Jucey Santana e Assenção Pessoa que discorreram sobre a cultura do município, personalidades históricas, e da história da Escola CJMJ em Itapecuru Mirim.
Na ocasião foram apresentadas   obras de autores da terra com incentivo aos jovens talentos encerrando o primeiro dia com um momento de autógrafo e a exposição cultural da arquitetura antiga de Itapecuru Mirim, produzida pelos alunos da Casa de Cultura Professor João Silveira e Banners sobre a Ribeira do Rio Itapecuru.
O evento será levado a efeito, com muitas atividades externas, até o dia 25 com a visita ao Laboratório de Divulgação Científica da UFMA, “ILHA DA CIÊNCIA”.
O IX PEAIC é coordenado pelo incansável pesquisador, o professor Tiago Oliveira, a coordenadora pedagógica Maria de Nazaré, as coordenadoras Lucimar e Lucineide sob a Coordenação Geral da Irmã Diassis e Direção Geral da dinâmica Irmã Etelvina. A comunidade escolar da Escola, está de parabéns com mais este projeto de Cultura, Integração e Esporte, concorrendo como ferramenta para a vivencia em sociedade, melhoramento intelectual e exercício da cidadania.


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

LIVRO CAFÉS AMARGOS


                                          SABRYNA MENDES

Mais um jovem talento despontando no torrão de Marianna Luz. Trata-se  da jovem Sabryna Mendes, estudante de jornalismo que com apenas  19 anos nos brinda com o  romance “CAFES AMARGOS”.  A  novel  escritora  foi premiada no 35º Concurso Literário “CIDADE DE SÃO LUIS”  - Prêmio Aluísio Azevedo – 2013, na categoria, Romance.
Segundo a Comissão de Avaliação, a obra de Sabryna foi uma das mais bem pontuadas do certame, e a premiação aconteceu no mês de julho de 2014. Segundo a jovem escritora, ela tem como retaguarda o estímulo dos pais, desde muito cedo para a literatura associada  ao seu gosto natural pela escrita.
Todos nós conterrâneos nos orgulhamos de  ver surgir mais um talento da terra, ao tempo que parabenizamos a acadêmica e escritora Sabryna e seus pais.

O lançamento em Itapecuru Mirim, aconteceu em 14 de agosto as 19 horas no Auditório do IPEM para toda  a sociedade local.  

“CENTO E NOVENTA POEMAS PARA MARIA FIRMINA DOS REIS”





01 de Outubro de 2014 a 19 de agosto de 2015 (ou até quando completarem 190 Poemas)
APRESENTAÇÃO
A exemplo dos “Mil poemas para Gonçalves Dias”, esta proposta expressa o objetivo de divulgar a vida e a obra de grandes nomes nacionais, em especial maranhenses, para além das fronteiras continentais, ratificando a importância de, pela literatura e por trabalhos científicos engajados politicamente, contribuir para a disseminação e adoção de estratégias que resultem na mudança social, na direção de modelos de sociedades mais equânimes.
FINALIDADE
Prestar uma homenagem, em 2015, à Maria Firmina dos Reis (1825-1917), Patrona da Academia Ludovicense de Letras, ano em que completará cento e noventa anos de nascimento.
Por outro lado tal proposta reafirma que esta Academia deve primar pela consecução da sua finalidade, constante no seu Estatuto, qual seja: [...] o desenvolvimento e a difusão da cultura e da literatura ludovicense, a defesa das tradições literárias do Maranhão e, particularmente, de São Luís, a perpétua renovação e revitalização do legado da Atenas Brasileira, o culto às origens da cidade e à sua formação pelas letras, a valorização do vernáculo e o intercâmbio com os centros de atividades culturais do Maranhão, do Brasil e do exterior.
A proposta expressa o objetivo de:
- Divulgar a vida e a obra de grandes nomes nacionais, em especial maranhenses, para além das fronteiras continentais, ratificando a importância de, pela literatura e por trabalhos científicos engajados politicamente, contribuir para a disseminação e adoção de estratégias que resultem na mudança social, na direção de modelos de sociedades mais equânimes.
- Conhecer a vida e a obra de Maria Firmina dos Reis e reconhecer a importância das motivações que caracterizam a sua obra, tais como o romantismo, o nacionalismo e dentro destes a valorização dos povos que iniciaram a história do nosso país.
- Apreender a importância do conhecimento e divulgação da vida e obra dos grandes nomes nacionais, entre eles, o de Maria Firmina, que por algum tempo não teve o reconhecimento merecido da sua obra.
- Compreender a urgência de otimização do potencial criador da criança e do adolescente e o papel de mediação das Academias de Letras, num trabalho conjunto com a escola nessa perspectiva.

NORMAS DOS TRABALHOS
a) ANTOLOGIA “CENTO E NOVENTA POEMAS PARA MARIA FIRMINA DOS REIS”
 - Cada Poeta poderá apresentar até cinco (cinco) poemas em homenagem à Maria Firmina dos Reis. Formato A4, Times New Roman, tamanho 12, espaço 1, e enviar, adjunto, currículo literário resumido (no máximo seis linhas), em que conste data de nascimento, cidade e país de origem; e-mail, com foto atualizada,
- A aceitação dar-se-á na ordem de recebimento da (s) obra(s), até completar os 190 (cento e noventa) poemas.
b) ESTUDOS E PESQUISAS: “SOBRE MARIA FIRMINA DOS REIS”
- Cada autor ou coautor poderá enviar até dois (02) textos, com, no máximo, 10 (dez) páginas, formato A4, Times New Roman, tamanho 12, espaço 1, incluindo bibliografia e fotos.
- Ao enviar sua obra, esta deverá vir acompanhada de pequena bio-bliografia, com foto atualizada e e-mail, cidade e país de origem.
- A aceitação se dará na ordem de recebimento da (s) obra(s) até completar 300 páginas.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

LIVRO FILOSOFIA


DE JÂNIO ROCHA
Por Jucey Santana
Lançado neste mês de agosto o livro didático FILOSOFIA, do professor Jânio Rocha Ayres Teles, natural de Chapadinha Maranhão.
Segundo o professor Jânio, “é um livro sintético de Filosofia. Com textos compilados e organizados com finalidade pedagógica. Tem informações compatíveis com o ensino fundamental e médio”
Destinado a professores de Filosofia com ou sem formação na área, bem como a alunos, dada a sua linguagem textual e imagética diversificada. O professor Jânio, resolveu publicar a obra, sensibilizado com a dificuldade de muitos educadores, para ter acesso ao material didático para a área filosófica e assim contribuir para a melhoria do desempenho do docente e estimular o senso crítico dos nossos estudantes rumo a reflexões e procedimentos de vivencia e cidadania.
Jânio Rocha tem formação em Filosofia pela PUC MINAS (Pontifícia Universidade Católica   de Minas Gerais). Exerce a profissão de professor em Chapadinha. Ele também é coordenador do Projeto Balaiada que tem como objetivo de resgate literário-cultural e promoção turística da região do nordeste maranhense no circuito dos 12 municípios onde ocorreu a Guerra da Balaiada, estando Itapecuru Mirim inserido no contexto.
Parabéns Professor, O seu talento é indiscutível.
VENDAS E CONTATOS.
CASA DA CULTURA – ITAPECURU MIRIM – (98) 9 9994 3777
JANIO ROCHA – CHAPADINHA – (98)– 9 91271244

ITAPECURU MIRIM: SUA GENTE, SUA HISTÓRIA



ASSENÇÃO PESSOA.

Jucey Santana, entrevista a Professora Maria Assenção Pessoa sobre o lançamento do seu mais novo livro   em 18 de julho na Casa da Cultura Professor João Silveira.

 JUCEY: Qual o tempo precisou para escrever o livro?
ASSENÇÃO: Este livro é didático de pesquisa sendo construído com base em outros trabalhos realizado nesta mesma linha de raciocínio. Quanto ao tempo? Há mais ou menos quatro/cinco anos que venho pesquisando. Tem fatos que venho estudando já as uns dez anos para chegar às conclusões que cheguei. Mas escrever mesmo, apenas há um ano, um ano e meio, mais ou menos.

JUCEY: de que forma a autora descreve o livro?
ASSENÇÃO: O livro inicia com uma saudação a Mariana Luz, poetisa Itapecuruense Dedico todo o trabalho a meus pais e a meus sogros, Destacando na apresentação inúmeras referências de autores que foram utilizados nas áreas das Ciências da Natureza, da Geografia, da Sociologia, História, Filosofia, Esporte, Cultura e Arte, além da Língua Portuguesa.  É um presente às populações estudantis e profissionais da educação de seu município.  É uma fonte de pesquisa inacabada com a proposta de fomentar questionamentos e mudança de atitudes.

JUCEY:  Como foi produzir um livro de tanta importância para Itapecuru
ASSENÇÃO: Não posso dizer que não houve dificuldades, contratempos, porém era um projeto, procurei superar as barreiras. A maior dificuldade está sendo publicar, pois o itapecuruense ainda ver com desconfiança os escritores da própria terra. Por isso, o razão pela qual temos dificuldades de patrocínios.   Mas não desisto, vou produzindo meus livros, independente do apoio financeiro.

JUCEY: Como a professora se define escrevendo livros?
ASSENÇÃO: Não me defino escritora, sou ainda aprendiz. Para mim é algo prazeroso e saudável. Não faço isso para auferir vantagens, mas por satisfação pessoal. Se vou ter o reconhecimento na minha terra? Não sei. Sei que faço para suprir uma necessidade de deixar algum ensinamento além  da sala de aula. Sou uma professora querendo deixar um legado do  que vivi e aprendi por meio da literatura.

JUCEY: Como a professora resume o livro?
ASSENÇÃO: O livro "Itapecuru Mirim: sua gente, sua história", como didático,  trata da geografia, história, cultura, esporte e o meio ambiente da cidade de Itapecuru Mirim. Aborda algumas curiosidades sobre o povo  e registra fatos relevantes, para que não caia no esquecimento no futuro. Dividido em unidades e capítulos,  por área do conhecimento. No  Prefácio  descrevo  memórias de minha infância que se entrelaça  um pouco com a historia do nosso povo, além dos poemas de  exaltação a cidade. É  uma boa opção de estudo e pesquisa.

*Assenção Pessoa é professora de Biologia com especialização em Gestão, Planejamento e Supervisão Escolar. Membro da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA, participante de algumas Antologias, entre elas Mil Poemas para Gonçalves Dias (2013): Diário de uma Viagem (2014). Autora dos livros Recordações (2011), Itapecuru Mirim, sua gente, sua história (2015).

                                                VENDAS E CONTATOS.
CASA DA CULTURA – ITAPECURU MIRIM – ( 98)  9 9994 3777
LIVRARIA LEITURA – SHOPPING DA ILHA, SÃO LUIS
ASSENÇÃO PESSOA -        (98) 9 8813 3896 




quinta-feira, 6 de agosto de 2015

GENERAL HASTIMPHILO DE MOURA



Por: Jucey Santana
Há uns quatro anos, folheando antigos jornais de Itapecuru,  encontrei um texto que  me chamou a atenção, sobre da visita da embaixatriz Beatriz de Moura à Itapecuru Mirim, em 1996, visita esta agendada pela Embaixada Francesa.
O texto me informava que a embaixatriz vinha em busca de informações dos seus antepassados intapecuruenses, notadamente do seu bisavô o General Hastimphilo de Moura. Recebida no Plenário da Câmara Municipal, em sessão especial,  com todo aparato,  ela finalizou seu discurso   com as seguintes  palavras: “Vocês devem estar se questionando o que vim fazer aqui do outro lado do mundo, em Itapecuru-Mirim do Maranhão? Acho que ninguém pode dizer para onde vai se não sabe dizer de onde vem” Apesar de bem recepcionada pela Câmara Municipal a ilustre visitante voltou como veio: de mão vazias.
Depois pesquisando os livros da Paróquia lá me defronto pela segunda vez,   com aquele nome esquisito. Passei a tomar informações sobre ele.  Pouca coisa consegui... Depois entendi que nas minhas buscas não colocava o nome de maneira correta (a pronúncia é Rastínfilo).
O  amigo  Josemar de Sousa Lima, sabedor das minhas pesquisas  me enviou um interessante achado. Tratava-se de farto material sobre a Missão Cruls do final do século XIX.  Todo esse material  chegou em boa hora,   para o complemento da pesquisa.
A ORIGEM DA FAMÍLIA
Hastímphilo Frazão de Moura nasceu em Itapecuru-Mirim no lugar denominado Guanaré  em 22 de dezembro de 1865. Era filho do comendador português  João Ribeiro de Moura e de Leonília Maria Frazão de Moura. João Moura residiu em Itapecuru durante 33 anos, chegando ainda  na primeira infância  de Portugal.
Em Itapecuru Mirim se estabeleceu com um empório de importação e exportação, na Rua do Egito em sociedade com outro português, Leocádio Alexandrino Gonçalves. Em sua residência, funcionava uma escola de primeiras letras, subsidiada pelo próprio,  fazendo jus a  distinção honorífica de Comendador da “Ordem das Rosas”, outorgada pela Coroa Imperial  por relevantes serviços prestados a instrução pública da província.  Ele era proprietário de uma próspera fazenda nos arredores da Vila, na localidade Guanaré, com produção de cana de açúcar, algodão e outros cereais. Possuía outra grande fazenda no povoado Taba-Mirim na região do Mearim.
O Comendador mudou-se com a família para São Luis em quatro de junho de 1874, a bordo do vapor Pindaré, para encaminhar os filhos aos estudos e assumir a diretoria do Banco Commercial do Maranhão (descontos e depósitos). Segundo o Publicador Maranhense de 10 de junho de 1874, “A banda de música da cidade tocava saudosas peças, até a partida do vapor”. Em São Luís, instalou-se com a família em amplo sobrado no Largo do Quartel.
Em 1883 ele assumiu a direção da Caixa Econômica. Faleceu em 1919. Vale registrar, que o Comendador foi padrinho de batismo da poetisa Marianna Luz.
HASTIMPHILO O ITAPECURUENSE ILUSTRE
Fez seus  primeiros estudos em Itapecuru Mirim, na escola doméstica. Com nove anos foi para São Luis com a família concluindo o curso secundário no Liceu Maranhense em 1879.  Em 1880 seguiu para o  Rio de Janeiro    rumo à  Escola Militar do Exército e o seu irmão Silvinato de Moura ingressou na  Escola Naval onde fez carreira até o posto de Almirante (Armada Imperial).
Sempre foi um aluno de destaque, como prova os informes estudantis da época. Em 1885 já fazia parte da diretoria do Club Bibliotecário Acadêmico da Escola Militar.
Em 1888 presta exame vestibular para a faculdade de Engenharia na Escola Superior de Guerra sendo imediatamente  promovido a Alferes Aluno.
Em 1891 recebeu a patente de Capitão Interino de Artilharia no  1º Batalhão da Fortaleza do Porto de Santa Cruz no Rio de Janeiro. Ainda no ano de  1891  contrai núpcias com a jovem Clarinda de 18 anos oriunda da alta fidalguia carioca.
Colou grau em Engenharia Militar em 16 de janeiro de 1892. Pelo seu desempenho e caráter profissional como aluno, foi escolhido por seu professor, o astrônomo belga Luiz Ferdinand Cruls,  para integrar a comissão demarcadora do Planalto Central, para instalar a  futura capital do Brasil. Partiu em junho de 1892 retornando ao Rio de Janeiro somente no inicio do ano de 1896.
De volta ao Rio de Janeiro assume várias funções militares de destaques. Foi nomeado a Major de Estado Maior do Regimento do 3º Grupo da Artilharia. Depois Major chefe do Departamento Central do Ministério da Guerra.
Em 1998 foi nomeado comandante da Escola Prática do Exército, que formava os oficiais de guerra.  Depois ajudante da Fábrica de Cartuchos e Artifícios de Guerra, no bairro Realengo do Campo Grande, em seguida foi elevado a  fiscal e por fim Diretor Geral da Fábrica de Cartuchos.
 Ainda como  diretor Geral da Fábrica e Cartuchos passou a dirigir todos os fabricantes de  Arsenais de Guerra e Estabelecimentos Militares,  nomeado em 1904 e em 1906 passou a fazer parte da Comissão de compra, de armamentos e munições na Europa até 1909.
Como General de Brigada chefiou o Departamento de Material Bélico do Ministério da Guerra e depois o  Departamento do Pessoal de Guerra.
Em 1920 o General Hastimphilo assumiu  a chefia da Casa Militar da Presidência da República, no governo de Epitácio Pessoa, permanecendo no cargo ainda na presidência de Artur Bernardes. Por força da função, representava o Presidente da República nos eventos e solenidades oficiais quando do impedimento do Chefe da Nação.
Em 21 de julho de 1927 assumiu alta investidura de General de Divisão, Comandante Militar da 2ª  Região Militar de São Paulo em grande festa.
Seu nome chegou a ser cogitado para pleitear à presidência da República, (O Imparcial, 20.4.1929), e para o governo do Maranhão para substituir Magalhães de Almeida, com divulgação em toda imprensa nacional como solução para dias melhores, (O Combate, 24.6.1929). Maranhenses e principalmente os itapecuruenses ficaram ansiosos com a expectativa do conterrâneo no Palácio dos Leões.  Porém o general apesar das indicações, não tinha espírito político, preferia a caserna.

HASTIMPHILO E A REVOLUÇÃO DE 1930
Com a vitória da Revolução de 1930 iniciada em três de outubro,  que impediu a posse do governador  de São Paulo, Júlio Prestes, eleito para Presidência da República e deposto   o Presidente Washington Luís,  enquanto o pais era governado por uma junta militar, houve a necessidade de estabelecer com urgência um novo  equilíbrio do Estado de São Paulo, então o governador interino, Heitor Penteado, passa o governo ao General de Divisão Hastimphilo de Moura.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

ENTRE LIVROS E CONVERSAS

Almoço Literário



Por: Jucey Santana
         As mulheres do grupo “Entre Livros e Conversas” reuniram-se na  última sexta feira dia 31 de julho, para o seu já tradicional  Almoço Literário mensal.
            O evento ocorreu no Restaurante Casa da Juja, onde foi servido o maravilhoso Arroz de Frutos do Mar, acompanhado de papo entre amigas com sabor literário. As integrantes do grupo  que apesar das muitas atribuições do dia a dia, conseguem agendar uma vez por mês o encontro para discutir obras literárias previamente escolhidas. Em julho os livros escolhidos foram: Israel em Abril do escritor gaúcho Erico Veríssimo e Um copo de cólera de Raduan Nassar. Para o mês de agosto já está escolhido a obra “O Sol é para todos” da escritora norte americana, Harper Lee.
            O grupo conta com três integrantes de Itapecuru Mirim que são as juízas Mirella e Leoneide Amorim e Jucey Santana.
            São momentos especiais onde se contabiliza descontração, interação, alegria e enriquecimento literário.

            



UMA PONTE CHAMADA SAUDADE


E OUTRAS HISTÓRIAS...

                                                                                                                                         Série  de Crônicas – ano II/nº 20/2015
Por: Josemar Sousa Lima
Antes dela era o mergulho borbulhante das boiadas nas águas limpa do maior rio do Estado do Maranhão sob os gritos e aboios dos vaqueiros e o trabalho paciente dos mestres passadores, chamados para o transporte de pessoas e seus pertences  que desejavam chegar até à Estação do Trem ou de lá vinham com destino a Itapecuru Mirim ou outras cidades da região leste do Estado.
Um dos mais famosos e conhecidos era o mestre Joaquim Passador que, com sua canoa de um pau só, enfrentava a correnteza do rio em qualquer estação do ano, inclusive nos períodos das maiores enchentes. Joaquim Passador tinha como fiel escudeiro nessa tarefa o nosso amigo Zé Cuduca, conforme informações colhidas junto ao meu tio Minzinho que  tem  anos de rio antes de mim.
Depois, lá pelos idos de 1941, o prefeito Felício Cassas comunica ao interventor do Estado do Maranhão, Paulo Ramos, que a Balsa construída pelo Departamento de Estrada de Rodagem – DER, para servir de passagem sobre o Rio Itapecuru, tem apresentado ótimos resultados, possibilitando que caminhões, com cargas pesadas, geralmente babaçu, sejam conduzidas pela balsa até às margens opostas do rio. As boiadas continuavam atravessando a nado...
No dia 18 de agosto de 1943, o interventor PAULO RAMOS, em comemoração ao sétimo aniversário de sua administração, inaugura a rodovia ligando São Luís a Itapecuru Mirim, obra realizada pelo Departamento de Estradas de Rodagem – DER, sob a direção do engenheiro Emiliano Macieira. Bernardo Thiago de Matos era o então prefeito do município de Itapecuru Mirim. A Estrada chegava até a margem esquerda do rio e a travessia para a cidade continuava sendo realizada por balsa
 O município, agora, ligava-se a capital do estado pela Estrada de Ferro São Luis – Teresina, mediante o uso de composições de transporte de passageiros e cargas movidas por máquinas a vapor, conhecidas popularmente como “Maria Fumaça”; por barcos e lanchas, utilizando o Rio Itapecuru; e, ainda, por automóveis e caminhões, pela estrada de chão batido que, no período de inverno, tornava-se praticamente  intrafegável.
Passados cinco anos da inauguração da estrada de rodagem, no dia 9 de agosto de 1948, acontecia a solenidade de inauguração da ponte flutuante sobre o Rio Itapecuru, obra realizada pela Associação Comercial de Itapecuru Mirim, com a colaboração do Governo estadual. A cerimônia, presidida pelo governador Sebastião Archer da Silva, teve a participação do presidente da Associação Comercial, José Alexandre de Oliveira, do prefeito Miguel Fiquene e de empresários e autoridades estaduais e municipais.
A ponte flutuante era um primor da engenharia militar desenvolvida durante a segunda Guerra Mundial. Tinha como suporte grandes batelões lacrados e unidos uns aos outros formando um lastro por onde se estendia a estrutura de madeira ou estrado. Esse estrado formava um tablado por onde os veículos de deslocavam vagarosamente, mas com segurança. Não há registro de acidentes gravas durante o período de operação do sistema.
Tive a oportunidade de na companhia de meu pai assistir a passagem de caminhões carregados sobre a ponte e de vê-la serpentear como uma enorme cobra sucuri até soltar a sua presa do outro lado do rio. Um espetáculo que se completava com a descida e subida dos caminhões pela Rampa Velha. Pena que só funcionava no verão quando as águas do rio se estabilizavam.
A ponte compunha um complexo de obras que envolvia a Rampa Velha, a Ponte Flutuante, um Ramal Ferroviário que ligava a margem oposta à rampa até a Estação do Trem, operada por um Bondinho puxado a Burro destinado ao transporte de passageiros e cargas da estação até a margem do rio e vice versa.
Quando tinha cinco anos, em companhia de minha mãe, tive a oportunidade de fazer esse trajeto no bondinho puxado a burro e isso foi tão marcante que mantenho nítidas em minha memória aquelas imagens tão longínquas.
A ponte flutuante prestou relevante contribuição ao desenvolvimento econômico e social da região e operou por oito longos anos, até o dia 30 de junho de 1956, quando foi desativada em razão da nova ponte de concreto, inaugurada em  01 de julho de 1956.
A última notícia sobre a Ponte Flutuante é datada de 3 de outubro de 1956 e dá conta de que o prefeito Cinéas Santos pede autorização à Câmara Municipal para vender em hasta pública a antiga ponte flutuante do Rio Itapecuru, desativada em face da inauguração da nova ponte de concreto.
Não consegui informações sobre quem adquiriu e para onde foi a bela Ponte Flutuante, mas com certeza, foi serpentear em outras águas... E nós aqui reconhecendo os relevantes serviços prestados agradecemos também pela beleza plástica que ela emprestava a esse pedaço do Rio Itapecuru, conforme pode ser visto no registro fotográfico mesmo empalidecido pelo tempo.
Neste mês de agosto registro os aniversários de nascimento de personalidades  que participam da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA, na condição de Patronos, e que merecem todo o nosso respeito e consideração em razão dos serviços prestados ao desenvolvimento cultural do nosso município. Rendo, em nome da AICLA, homenagens e agradecimentos a todos os seus familiares:
RAIMUNDO NONATO BUZAR, nascido em Itapecuru Mirim em 26 de agosto de 1932, destacou-se como músico, compositor e produtor musical, sendo um dos fundadores do movimento musical conhecido como Pilantragem. Faleceu  no Rio de Janeiro em 2 de fevereiro de 2014;
BERTULINO CAMPOS, folclorista popular, nascido em 24 de agosto de 1915. Faleceu em 23 de abril de 2012.

JOAQUIM HENRIQUE DE ARAÚJO,  músico, arranjador e alferes de Cavalaria, nascido em agosto de 1894. Faleceu em 29 de março de 1994.