domingo, 25 de outubro de 2020

MEU PEDIDO

    *Elistia Mendes

 Não tome o meu amor como peso

Pois ele é chama, permanecerá aceso

Enquanto eu respirar.

Não tome meu amor como cobrança,

Pois ele representa esperança

De tudo que podemos compartilhar.

Não tome meu amor como algemas,

Pois ele só e vigilante e quer cuidar,

Oportunizar espaços para que possas voar...

Não tomes meu como ultrapassado

Pois ele rompeu barreiras e o tempo,

fortificado na certeza e no alento

De que a maturidade, sopra o vento

Da tolerância, do respeito e acolhimento.

Onde a história escrita no passado

Foi alicerce, e hoje estruturado,

Garantirá o amor fortalecido ...

E o seguir firme no caminho escolhido!!!

Se a escolha for rumos distintos,

Eu seguirei sem nenhum lamento,

Pois com certeza limpei todos os espinhos,

Que poderiam te ferir os pés

E perfumei com meu melhor unguento,

Plantei flores e falei aos passarinhos

Pra te encantar com o melhor dos seus cantos.

E então vens? Estou a te esperar!

           Outubro/2020

 

        *Elistia Maria Aragão Mendes, Pedagoga de formação a itapecuruense de nascimento e coração,  foi aluna da Escola Normal Regional Gomes de Sousa,  hoje  Colégio Leonel Amorim,  conclui o terceiro grau na UFMA e cursou com êxito três pós- graduações que a habilitaram a atuar nas diversas frentes da área de Recursos Humanos (desde administração de pessoal, recrutamento e seleção, desenvolvimento  de pessoas e administração de benefícios), a maior parte vivenciada na Empresa Vale. Atualmente desenvolve trabalhos na administração pública, na área de Assistência Social. Mãe de quatro filhos e vó de três netos, Não esconde o orgulho de ser filha do também itapecuruense Benedito Bráulio Mendes e de Teresa de Jesus Aragão Mendes, casal que prestou relevantes serviços a seus conterrâneos,   movido pelo sentimento de se sentir útil. Nas horas vagas e quando algo a inspira, se arrisca a escrever, sem, contudo, se intitular poeta.

 

 

 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

SOLIDARIEDADE

        Condenados em cumprimento de pena doam 12 mil máscaras contra Covid a instituições sociais

Será realizada nesta quarta-feira, 14, às 14h, a doação de 12 mil máscaras de proteção à Covid-19, confeccionadas pelos apenados em recuperação nas associações de proteção aos condenados de Itapecuru-Mirim e de Bacabal e internos do Complexo Penitenciário São Luís, da capital. A doação será feita durante solenidade virtual, às 14h, com a presença de autoridades dos sistemas de Justiça e Segurança Pública.

As doações das máscaras produzidas pelos recuperandos serão feitas para a “Casa Abrigo”, que acolhe mulheres vítimas da violência doméstica; “Casa da Criança Menino Jesus”, creche mantida para filhos de servidores do Poder Judiciário e outras entidades assistidas pelo Núcleo Socioambiental do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).

Essas instituições receberão 10 mil máscaras da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP); mil máscaras da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Itapecuru- Mirim, e mais mil máscaras da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Bacabal.

A solenidade será realizada pelo sistema de videoconferência da SEAP, com a participação das juízas Mirella Cezar Freitas (2ª Vara de Itapecuru-Mirim) e Gláucia Maia de Almeida (1ª Vara de Bacabal); dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão, Lourival Serejo, presidente, e Jorge Rachid, presidente da Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável - representando as entidades beneficiadas com as doações; do secretário da SEAP, Murilo Andrade; dos presidentes das APAC de Itapecuru-Mirim, Jucey Santana e da APAC de Bacabal, padre José Ribamar Lima; do diretor-geral do TJMA, Mário Lobão; do secretário de administração penitenciária do Maranhão, Murilo Andrade; do recuperando Ronilson Mendes, representando os internos do regime fechado da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Itapecuru Mirim e Bacabal e Jacy Silva, servidora do Núcleo Socioambiental do TJMA.

HUMANIZAÇÃO DA PENA

As máscaras doadas pelos internos das APAC´s de Itapecuru-Mirim e Bacabal foram produzidas por meio do Projeto “Humanização da Pena”, implantado em 16 de junho, em parceria entre a Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI - BRASIL), a Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC) e o Poder Judiciário de Itapecuru-Mirim e Bacabal, com apoio do TJMA, da Corregedoria-Geral da Justiça e SEAP. Os recursos obtidos da União Europeia foram investidos na aquisição de equipamentos e instrumentos, e instalação de duas unidades produtivas de malharias profissionais nas APACs dos dois municípios, onde foram confeccionadas as peças pelos internos que cumprem pena em regime fechado.

CAMPANHA DE DOAÇÃO

O Tribunal de Justiça do Maranhão, por meio do Núcleo de Gestão Socioambiental, promove campanha de doação de máscaras reutilizáveis para a Casa da Criança e a Casa Abrigo, no período de 5 a 20 de outubro. A ação “Um cuidando do outro” pretende contemplar as crianças e mulheres abrigadas de ambas as instituições, com o uso de máscaras de tecido, em substituição às descartáveis.

As máscaras reutilizáveis – nos tamanhos adulto e infantil – poderão ser entregues em pontos de coleta localizados na sede do TJMA (Núcleo de Gestão Socioambiental) e nas recepções da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ-MA) e Centro Administrativo (Rua do Egito), das 8h às 14h.


 

 

tjma.jus.br

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

O IGUARAENSE 175 anos de Vargem Grande

               *Odarci Mesquita


Todas as grandes construções são iniciadas com partículas de várias matérias que promovem a base e o equilíbrio do futuro grandioso prédio que além de útil, embeleza a paisagem. Assim estou comparando a este, primeiro projeto literário da Academia de Letras de Vargem Grande.

A reunião de textos de 42 coautores, formando uma cadeia de pensamentos e temas expressados nas diversas formas literárias, como, poesias, contos, narrativas, pesquisas, crônicas e outras formas de declaração de amor pela terra que nasceu, ou seja descendente, ou tenha fortes vínculos de amor com o nosso rincão iguaraense, quer seja na área profissional, cultural ou no espiritual a exemplo dos milhares de  devotos  a São Raimundo dos Mulundus, o nosso santo vaqueiro, que nos une cada vez mais.

Com a fundação da Academia Vargem-grandense de Letras e Artes, em 2019, o que se é o desabrochar da cultura literária que estava guardada em muitos dos seus membros e agora começa a mostrar seus talentos neste que é o primeiro projeto coletivo da instituição. O Iguaraense, é sem dúvida uma partícula base para muitos outros trabalhos que surgirão de resgate a nossa memória histórica, estimulando o exercício de escrever, ler, estudar e divulgar nossas realidades de ontem e hoje da região que formava antiga Freguesia de Nossa Senhora das Dores do Iguará, hoje desmembrada em vários municípios.

Temos certeza que cada leitor do livro, se identificará com algum coautor, com pensamentos, descobertas, resgates e curiosidades sobre de nossa região de riquíssima memória histó- rica. Será também divulgador desse projeto literário para outras regiões ou além fronteiras.

Entre os 43 coautores poderemos encontrar 21 escritores da região iguaraense, 12 da vizinha Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes e os demais coautores de outras cidades ou instituições literárias que aproveitaram o espaço para fazer homenagens as suas origens. Afinal, cada um de nós tem histórias para contar e algumas precisam ser contadas ao mundo, então é oportuno lembrar que somos convidados a manter vivo essa chama cultural que a AVLA trouxe para a região do Iguará, para a continuação de O Iguaraense, o alicerce está construído.

À Escritora Jucey Santana, presidente da AVLA – Academia  Vargem-grandense de Letras e Artes, idealizadora e coordenadora desse Projeto, o nosso reconhecimento e especial agradecimento para essa realização.

“Se queres ser universal, cultiva a tua ideia”. Tolstoi – Filosofo Russo.


 

*Odarci Mesquita,sempre atuou na área de comunicação, escritora e Membro fundador da Academia Iguaraense de Letras (AVLA).

PANTANAL

                     *Israella Cruz

Tão maravilhoso aquele nosso Pantanal

 

Cheio de vida

 

Com os olhares vistosos, cores e margaridas

 

Rio tão grande e com toque especial

 

Tão lindo, tão pacífico, de beleza sem igual

 

Um horizonte distantes e suave que os impõe

 

Um lugar de amar

 

E uma felicidade que nos compõe

 

Hoje grita sem ar

 

Árvores secando, animais correndo de medo e em extinção

 

Sem esperança, sem vida,  com tamanha poluição

 

Uns feridos com perfurações

 

Uns socorridos e outros esquecidos

 

Seus choros cheio de lamentações

 

Aquele belo Pantanal não é mais igual

 

Tão sem vida, tão triste como um grande funeral

 

Como jamais viste

 

Uma nuvem escura, um ar quente sem sabor e sem cura

 

Por uma ação humana, uma intolerância lamentável e insana.

 

                                               Belo Pantanal

 

Um lugar que eras tão esplêndido

 

Um colosso de épocas passado

 

Hoje só pedi para ser socorrido

 

 



          *Israela Alves da Cruz Mendes, nasceu no Cigana, zona rural  de Itapecuru Mirim (MA),  em 08 de maio de 1999, estudou na Escola Newton Neves, é cronista e poeta.

domingo, 4 de outubro de 2020

VENEZIANA

   *César Borralho

 

Minha alma não era pouca,

de quase nada carecia.

 

Quando estava só

em quase tudo existia.

 

Ela apareceu vestida de mulher,

maquiada de coisas belas,

para esconder que era vazia.

 

Uma janela aberta ao infinito

um  vento frio em meu peito

o coração acelerado, com defeito

o prenúncio do fim do mundo.

 

A música parou em execução

e levou a beleza que havia.

 

A alegria é prima da ilusão

felicidade, parteira da tristeza,

ama-de-leite da agonia.

 

É preciso fechar os olhos e ir embora

sem verter nenhuma lágrima,

a casa está vazia.

 

Melhor a fazer é deixar de ser poeta,

adotar uma palavra,

pra não morrer, de poesia.

 

  


 

*César Borralho, natural de Codó (MA), 1979,  vive em São Luís do Maranhão desde 1979. É professor, mestre em Cultura e Sociedade, especialista em Filosofia da Arte e graduado em Filosofia. Escrever poesia é dar ritmo às imagens que ele cria na eterna luta para que o papel não fique obscuro e nem tão vazio. Poesia é o vento que leva o barco quando barco não há. Nunca aspirou publicar um livro para me tornar poeta, mas se um dia se tornar um poeta, publicará um livro.

 

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

DATAS HISTÓRICAS DE ITAPECURU MIRIM

    Mês de Outubro

Dia 3 (1953) – O diretor do Departamento de Estradas e Rodagem, Ruy Mesquita, autoriza os trabalhos de alargamento e piçarramento do ramal que liga o povoado Entroncamento à cidade de Itapecuru Mirim;

 

Dia 3 (1992) – Eleições que deram a vitória a Risalva Rodrigues, tendo por concorrentes Jadiel Melo, Benedito Lima Mendes, Benedito Coroba e Raimundo João Andrade Filho;

 

Dia 4 (1974) – Inauguração da Estação de Tratamento do sistema de abastecimento d’água da cidade pela CAEMA, tendo como governador Pedro Neiva de Santana e prefeito de Itapecuru Mirim, Miguel Fiquene;

 

Dia 5 (1945) – Aprovação da construção da usina de álcool em Itapecuru Mirim, tendo por governador o Dr. Paulo Ramos;

 

Dia 6 (1853) – Visita pastoral do bispo D. Manoel Joaquim da Silveira,  recebido pelo padre Camilo de Lelis Pacova. O bispo  conheceu o local onde o Duque de Caxias assentara a pedra para a construção da nova igreja, mas só encontrou a cruz;

 

Dia 7 (1944) – Nasceu o poeta José Raimundo Santos Fonseca (Zezoca). Foi membro efetivo da Cadeira 3 da AICLA, falecido em 9 de agosto de 2016;

 

Dia 8 (1986) – O prefeito municipal José Lauande criou a Banda Municipal Joaquim Araújo. José Santana foi contratado para dirigir a mesma;

 

Dia 8 (1928) – O prefeito José Lúcio Bandeira de Melo sanciona a lei que autoriza a prefeitura a contratar o cidadão Roque Fiquene  para  os serviços de instalação de luz elétrica na cidade;

 

Dia 8 (1948) – Festivamente inaugurada a ponte flutuante sobre o rio Itapecuru, iniciativa da Associação Comercial de Itapecuru Mirim, presidida por José Alexandre de Oliveira. A solenidade contou com a presença do governador Sebastião Archer da Silva e do prefeito Miguel Fiquene;

 

Dia 9 (1964) – O governador Newton Bello sanciona a lei votada pela Assembleia Legislativa, que abre crédito especial de Cr$ 300.00,00 para o prosseguimento das obras de reconstrução da torre da matriz de Nossa Senhora das Dores, e de Cr$ 200.00,00 para a manutenção das Irmãs Josefinas;

 

Dia 11 (1950) – Pela Lei Municipal nº 72 foi aposentado o ilustre professor Manfredo Viana;

 

Dia 12 (1925) – Realizou-se o casamento civil do professor  (padre).  Newton de Carvalho Neves e Guilhermina Nogueira da Cruz;

 

Dia 13 (1832) – O itapecuruense José Joaquim da Silva assumiu a presidência da Província do Maranhão, ficando no cargo até 1834;

 

Dia 14 (1852) – O presidente da Província do Maranhão, Eduardo Olímpio Machado, sancionou a Lei nº 331, votada pela Assembleia legislativa Provincial, que aprovou o compromisso da Irmandade da Bem Aventurada Virgem e Mártir Santa Filomena, de erigir a igreja matriz de Itapecuru Mirim;

 

Dia 14 (1848) – Joaquim Gomes de Sousa, notável matemático Itapecuruense, aos 19 anos, colou grau de Doutor em Ciências Matemáticas. Foi  o primeiro aluno da Escola Militar do Rio de Janeiro a obter o êxito;

 

Dia 15 (1818) – Lavrada a Escritura Pública da futura Vila de Itapecuru Mirim pelo tabelião Germano Lourenço Figueiras. A vila foi fundada 5 dias depois, em 20 de outubro;

 

Dia 15 (1831) – Casamento de José Cândido Morais e Silva com Mariana Emília da Cunha. O jornalista fundou em 1838 o Jornal Farol. Maranhense.    líder e mártir da Setembrada. Faleceu em 8 de novembro de 1832 aos 25 anos de idade;

Dia 18-10-1918 – O intendente Francisco Apolinário sanciona a Lei nº 37, que autoriza a contratação do maestro Sebastião Costa Pinto, autor  do Hino de Itapecuru Mirim,  para professor e diretor da Escola de Música da cidade por um período de quatro anos;

 

Dia 17 (1938) – Casamento do jornalista itapecuruense Zuzu Nahuz com Maria Merice Nogueira Torres;

 

Dia 18 (1945) – O governador Clodomir Cardoso concede auxílio financeiro à prefeitura municipal de CR$ 15,000, remoção dos despojos do antigo cemitério e construção de um novo cemitério municipal, ainda em funcionamento;

 

Dia 20 (1818) – Fundação solene da Vila de Itapecuru Mirim pelo alcaide-mor José Gonçalves da Silva. Presentes ao evento festivo autoridades, o clero, a nobreza e o povo que foram convocados. Leu-se em voz alta e inteligível a Provisão Régia de 27 de novembro de 1817;

 

Dia 20 (2018) – Inicio da I Festa Literária de Itapecuru Mirim – I FLIM, em comemoração aos 200 anos de emancipação politica de Itapecuru Mirim,  com a Fundação da Vila;

 

Dia 21 (1813) – O futuro barão de Itapecuru (José Félix Pereira de Burgos) foi elevado ao posto de tenente da 4ª Companhia do Regimento da Infantaria do Maranhão;

 

Dia 22 (1840) – O coronel Luís Alves de Lima e Silva, presidente e comandantes das Armas da Província do Maranhão, de volta à Vila de Itapecuru Mirim, para tratar do indulto imperial e acertar com o vigário e membros da comissão por ele nomeada para cuidar na edificação da nova matriz. Marcou o lugar em frente da melhor praça da vila, e lançou a primeira pedra da igreja;

 

Dia 24 (1955) – Nascimento do desembargador federal Leomar  Amorim;

 

Dia 25 (2004) – Depois de 14 anos em Itapecuru o Banco do Estado do Maranhão transfere suas operações financeiras para o Bradesco;

 

Dia 27 (1927) – Nascimento da professora Teresinha de Jesus Bandeira de Melo Marques, primeira secretária de Educação do Município de Itapecuru Mirim;

 

Dia 29 (2011) – Lançamento do livro de poesia Recordações, da autora Assenção Pessoa, na Biblioteca Municipal Benedito Buzar;

 

Dia 30 (1944) – Nascimento do poeta Romeu Bandeira de Melo, membro da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA;

 

Do livro, Sinopse da História de Itapecuru Mirim (2018), pag.147, de autoria de Jucey Santana.