terça-feira, 18 de julho de 2023

COMENDA DE MÉRITO MUNICIPAL MARIANA LUZ

                                        Maior Honraria de Itapecuru Mirim

Jucey Santana

Em 2014 por ocasião do lançamento do livro “Mariana Luz, vida obra e coisas de Itapecuru Mirim”,  por Jucey Santana, depois de vários anos de pesquisa sobre a ilustre itapecuruense,  a autora solicitou ao então prefeito, Magno Siqueira Amorim, que criasse uma honraria que levasse o nome da ilustre professora e escritora, depois de comprovação da sua importância literária, com o resgate da sua biografia e bibliografia, já que estava completamente esquecida.

           O prefeito prontamente atendeu à solicitação e sancionou a Lei Municipal 1.319 em 05 de dezembro de 2014, criando a COMENDA MUNICIPAL DE MÉRITO MARIANA LUZ,  a maior honraria municipal.

Em 10 de dezembro de 2014, na celebração dos 143 anos de nascimento de Mariana Luz, foi lançado o livro de Mariana Luz e outorgadas as primeiras Comendas, a ilustres itapecuruenses,  que prestaram relevantes serviços a Itapecuru Mirim. Os primeiros beneficiados  com a comenda foram os seguintes: Adélia Matos Fonseca Lauand,    com um vasto legado de serviços sociais, culturais e educacionais prestados ao município, Benedito Buzar, escritor itapecuruense, eterno defensor das causas diversas de Itapecuru, Jucey Santos de Santana, membro fundador da Academia Itapecuruense de Letras e pesquisadora de Mariana Luz, Comandante Abner Mamede, responsável pela instalação (na época) da recém unidade  da corporação do Corpo de Bombeiro no município.

Em 2017 foram distinguido vários outros ilustres itapecuruenses com a Comenda, entre os quais, a Irmã Itelvina, a Dra Francisca Ramos, os empresários, Benedito Bezerra, Antonio Lages,  e Luis Gaúcho,  Dra Mirella Cezar, (juíza)  Dra Carla Mendes (Promotora de Justiça),  e outros.

Este ano de 2023, por ocasião das comemorações   de 153 anos de status de cidade, o prefeito Benedito Coroba,   teve a iniciativa de convidar 12  itapecuruenses com destaques  em diversos segmentos do municípios para receber a importante comenda entre as quais:  o jornalista, Gonçalo Amador, o professor Inaldo Lisboa, o empresário Jamil Mubarack, a pesquisadora de Mariana Luz, Gabriela Oliveira, e outros,  e pela Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, foi indicado o seu membro fundador, cronista e incentivador da perpetuação da memória de Mariana Luz, Benedito de Jesus Nascimento Neto.

 

segunda-feira, 17 de julho de 2023

JAMIL MUBARACK - CEM ANOS

                                Ilustre itapecuruense


Jucey Santana

Jamil Mubarack e a esposa, professora Maud

            Entre o final do século dezenove  e o início do século vinte, grande quantidade de libaneses  vieram para o Brasil fugindo das guerras e perseguições religiosas das suas regiões. Os que chegaram ao Maranhão, fixaram residência em São Luís, Caxias, Coroatá, Codó, Rosário e Itapecuru Mirim.

            Itapecuru Mirim  na  época atravessava uma situação de pobreza,   em pleno declínio dos grandes latifundiários que se ressentiam com a recente  abolição da escravatura. 

             Sob o auspícios do  governo, que via com bons olhos a imigração dos filhos do país do cedro, povo trabalhador com forte propensão ao comércio, na sua maioria se tornaram negociantes. Em pouco tempo passaram a monopolizar o comércio abrindo suas próprias lojas e arrendando áreas para lavoura. As  famílias sírios-libanesas de Itapecuru Mirim foram:  Assef, Buzar, Karam,  Nahuz, Lauande, Simão, Murad, Nazar, Ahid, Fiquene, Jorge e  Mubarack.

             O primeiro Mubarack que chegou ao município foi Aristides, a convite de Jorge Assef Jorge,  cunhado de  Manoel Germano dos Santos,  pai da autora. (Vr. Manoel dos Santos).

            Aristides se estabeleceu como comerciante, casou-se com a maranhense Angelina e convidou o irmão Jorge que havia ficado no Líbano. Em 1917 Jorge Mubarack chegou a Itapecuru Mirim, deixando no Líbano a esposa Julieta e um filho.  Em Itapecuru Mirim abriu comércio   em consórcio com o irmão e depois se tornou independente, tendo em pouco tempo se tornado figura de destaque na sociedade local.

            Longe da esposa por mais de três anos em 1921 casou-se com Rosa Fernandes Alves e foi morar no povoado Covas onde abriu uma  loja para atender os lavradores de passagem para a zona urbana  que chamavam ainda de Vila. Lá nasceram seus três filhos, Nazaré (1922),  Jamil (1923) e Helena (1925). 

            Já em plena prosperidade, para surpresa de todos, em 1926 chegou a Itapecuru Mirim a esposa do Líbano,   com o objetivo de  leva-lo de volta. Não suportando a pressão Jorge Mubarack  partiu de volta para o Líbano, deixando  família constituída e o próspero negócio em situação difícil.   A esposa Rosa ainda tentou administrar os negócios sem sucesso.  Passaram muitas  privações financeira. Rosa passou a fazer doces caseiros que eram vendidos nas ruas da cidade por Jamil.


 

Trajetória de Vida

            Jamil  Mubarack nasceu em 4 de dezembro de 1923.   Ele contava apenas três anos quando seu pai partiu de volta para o Líbano.  Foi batizado pelo Padre Newton de Carvalho Neves, que viria a ser seu professor em 1929. Estudou também com os professores João Rodrigues e Sinhá Tavares. Transferiu-se para o Grupo Gomes de Sousa para completar o primário, mas precisou interrompeu os estudos para trabalhar.

            Antes de partir,  o pai  entregou a  guarda das crianças a Aristides Mubarack. Em 1937, com morte do tio, Jamil passou a ter sob suas costas a responsabilidade com a família.

            Trabalhou com o padrinho Wady Fiquene durante três anos na função de balconista. Depois foi trabalhar  na padaria do português  Zuza Bezerra, ex-prefeito, no local onde  atualmente é  o edifício da Prefeitura Municipal, aprendendo o ofício de padeiro. Em final  1941 com a ajuda do padrinho Wady Fiquene e da irmã Nazaré que conseguira um contrato de professora,  montou um pequeno comércio na rua Cayana, atual Avenida Brasil  e com a habilidade  herdada do pai,   logo prosperou.

            A sua  casa comercial foi construída pelo então prefeito, Bernardo Tiago de Matos, em 1943, em seu plano de urbanização da cidade. E o local da residência foi adquirido em 1947 de Antônio Altair Raposo (cunhado de  Manoel  dos Santos, pai da autora).

            Jamil também trilhou no ramo imobiliário, comprando e revendendo casas, tendo aumentado o seu patrimônio, sempre com o  auxílio das  irmãs Nazaré e Helena.

            Em 11 de junho de 1958 casou-se com a professora caxiense Maud Chaves. O casal teve seis filhos: Jamilson, Eliane, José Ribamar, Rosa, Jorge e Arnaldo.

            A mãe de Jamil, Rosa Fernandes, faleceu em 1952.  Jamil Mubarack é um cidadão estimado em Itapecuru Mirim, sendo considerado um arquivo vivo da história da cidade,  do século vinte  ao início do século  vinte um.   

            Pela contribuição ao desenvolvimento, cultura e trabalho de Itapecuru Mirim, foi indicado para receber a COMENDA DE MÉRITO MARIANA LUZ, a maior honraria municipal. Um século de trabalho e honradez.

 

 

segunda-feira, 10 de julho de 2023

PODER JUDICIÁRIO

    Itapecuru Mirim – Maranhão*

 Por ocasião da fundação da Vila de Itapecuru em 1818 foram eleitos dois juízes ordinários e um juiz de órfão, se constituindo Termo Judiciário, subordinado à capital, perdurando nesta condição até 29 de abril de 1835, quando foi criada a Comarca de 1ª Entrância pela Lei Provincial nº 7, tendo sob sua jurisdição os seguintes termos: Rosário, Iguará (Vargem Grande e Nina Rodrigues), São Luís Gonzaga, Icatu, Miritiba (atual Humberto de Campos), Chapada das Mulatas (atual Chapadinha).

Pelo Decreto Provincial nº 673, de 23 de julho de 1850, a Comarca foi elevada a 2ª Entrância, em virtude do crescimento populacional e comercial da Vila de Itapecuru Mirim, antiga Itapucuru Mirim.

Pela situação de retrocesso que atravessou Itapecuru Mirim, no início do século vinte, com crise política, seca nordestina, epidemias de cólera, decadência na lavoura, desemprego e outros fatores, a Comarca foi extinta pela Lei nº 1.120, de 9 de maio de 1923. Ao perder a categoria de Comarca, passou a Termo Judiciário de Coroatá.

O restabelecimento da Comarca ocorreu dez anos depois, em 20 de junho de 1933, na categoria de 1ª Entrância.

    A Comarca foi elevada a 3ª Entrância pela Lei nº 186, de 1989, e em entrância intermediária em 2008 pela Lei Complementar nº 104.

O Fórum Desembargador Público Bandeira de Melo abriga atualmente três varas e um termo: Miranda do Norte.

O Tribunal Regional Eleitoral mantém uma unidade do Fórum Eleitoral, local, com duas zonas: 16ª zona, com abrangência em Itapecuru Mirim e Cantanhede, e a 109ª zona, de Anajatuba e Miranda do Norte, para administrar as eleições municipais.

São três as delegacias da comarca: Delegacia Regional, 10º Distrito Policial, Delegacia de Polícia em Miranda do Norte e Delegacia da Mulher.

O Quartel do 28º Batalhão da Polícia Militar atende todo o município.

Existem dois presídios: A Unidade Prisional de Ressocialização – UPR e Associação de Proteção e Assistência ao Condenado – APAC.

A Comarca dispõe de uma Defensoria Pública com três defensores.

O Ministério Público mantém três Promotorias para zelar pelos direitos dos cidadãos e a preservação dos bens públicos.  

 *Do livro, Sinopse da História de Itapecuru Mirim (2018), de autoria de Jucey Santana