José Albino Campos, 100
anos de nascimento e 52 anos de sua morte
Neste dia 4 de fevereiro, os itapecuruenses comemoram o
centenário de nascimento de um dos mais queridos vigários que esteve na
administração da Paróquia de Nossa Senhora das Dores, ocasião que completa 52
anos da sua morte. Os paroquianos ainda se ressentem com sua falta, relembrando os 19 anos de muita
atuação, dinamismo e amor à cidade do amado sacerdote.
O cônego José Albino Campos Filho, conhecido na infância
como Zequinha, nasceu em 4 de fevereiro
de 1922, em São Vicente de Ferrer,
cidade da Baixada Ocidental Maranhense. Filho de José Albino Campos e Maria
Sodré Campos. Tinha três irmãos: Geraldo, Maria Emília e Dinorá.
Cursou até o 4º ano do
primário, na Escola Agrupada de São Vicente de Ferrer, e concluído no Grupo Escolar Mota Júnior em São Bento
(MA), dirigido por frades Capuchinhos.
Demonstrando inclinação religiosa, seus pais resolveram, em
1935, encaminhá-lo ao Seminário de Santo
Antônio em São Luís, com 13 anos de idade. Concluiu o curso de Humanidade em
1941, o de Filosofia em 1943 e Teologia
em 1944.
Recebeu a primeira
tonsura no dia 25 de abril de 1944, sendo oficiante Dom Carlos Carmelo
de Vasconcelos Mota, então Arcebispo do Maranhão. Em nove de dezembro de 1945
recebeu as ordens menores do Ostiriato e
Leitorato, das mãos do bispo de Caxias,
Dom Luís Gonzaga da Cunha Marelin; as
segundas ordens do Subdiaconato foram ministradas a 11 de setembro de 1947 por Dom Adalberto Acioli
Sobral; em 26 de outubro, de Diaconato e
em 11 de novembro do mesmo ano recebeu o
ministério de Presbiterato.
Ordenou-se no dia 8 de dezembro de 1947 na Catedral
Metropolitana, sendo o bispo ordenante Dom Adalberto Acioli Sobral. Foi seu
companheiro de seminário e ordenação José Ribamar Carvalho, (reitor da UFMA).
Celebrou sua Primeira Missa na Igreja de Santo Antônio, em 9 de dezembro de
1947 e celebrou a "Missa Nova" na Matriz de São Vicente de Ferrer,
sua terra natal, a 1º de janeiro de 1948 com a presença de todos os familiares
e amigos.
Em 1948, foi celebrada a 1º provisão de Vigário Coadjutor
da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no bairro Monte Castelo, em São
Luís, depois designaram-no Capelão do Hospital Geral, instituição hospitalar
dirigida por religiosas, permanecendo
por cinco meses.
Em seguida, foi transferido para a
Catedral Metropolitana como Vigário Cooperador onde trabalhou durante sete
meses, até ser removido para a Paróquia de São Vicente de Ferrer, em
substituição ao Monsenhor José Bráulio Nunes. De lá foi para
Itapecuru-Mirím, com 29 anos, em
substituição ao padre Alteredo Soeiro, que havia sido transferido.
No dia 12 de dezembro de 1950, chegou a Itapecuru-Mirím,
recebendo a provisão de Pároco das mãos do arcebispo Dom Bacelar Portela,
recepcionado pelo padre Alteredo Soeiro e grande número de paroquianos.
Imbuído de entusiasmo e
temperamento extrovertido, conquistou logo de início a cidade e o seu
povo. Em Itapecuru Mirim viveu 19 anos,
dirigindo como bom Pastor o seu rebanho, desenvolvendo atividades, não só no campo espiritual, como
também, no âmbito social e
educacional.
Movimentava-se bem em todas as classes
sociais. Foi apaixonado pela educação.
Deixou para Itapecuru Mirim um legado imorredouro de ações concretas e
necessárias.
1. 1. Hino da Padroeira e Queda da Torre
Logo que chegou a Itapecuru Mirim, Padre
Albino reorganizou o coro recrutando
mais pessoas para o grupo e introduzindo
novos cantos. Encomendou também um novo a Padroeira Nossa Senhora das Dores. Em
15 de setembro de 1956 foi cantado pela
primeira vez o hino, com a letra de Luiz
Gonzaga Madureira (vigário-geral Spiritualibus) e a música do Padre Videi
(superior da prelazia de Pinheiro). O novo hino substituiu o antigo “Hino de
Nossa Senhora das Dores” , de autoria da poetisa Mariana Luz.
Em 21 de janeiro de 1961 a cidade
foi abalada por um temporal que, fez
desabar a cúpula da torre da igreja e em consequência ruiu também o coro e
parte do teto, trazendo prejuízo e tristeza, escreveu Padre Albino. Com campanhas comunitárias, adesão de
voluntários e ordens religiosas, ele conseguiu além da reconstrução da torre e
do coro, fazer uma reforma total na
igreja que foi pintada a óleo e forrada, para
livrar das andorinhas e morcegos. Em
1º de janeiro de 1965, na festa de São Benedito, houve a bênção da nova torre
da Igreja na presença da população, padres das cidades vizinhas e autoridades
convidadas especialmente para o evento .
Os
grupos religiosos da época eram: Apostolado da Oração, Confraria de São
Vicente de Paulo, Irmandade de Nossa
Senhora das Dores, Zeladoras do Coração de Jesus, Zeladoras de São José e Associadas Filhas de
Maria.
O sino era um dos meios de comunicação
atuante, badalado pelo sineiro e sacristão Clóvis Cordeiro Mendes, amigo e
companheiro do Padre Albino, nas diversas desobrigas. O sino anunciava,
nascimento, morte, as chamadas das missas, e repicava por ocasião festivas
servindo de referência para os hábitos da comunidade.
2.
2. Construção da Escola
Paroquial
Padre Albino reabriu em 1952 a escola
iniciada por Padre Alteredo Soeiro de Mesquita
e o professor Natinho Ferraz, em 1º de março de 1947. A escola havia
funcionado pouco tempo. A direção foi
entregue a Teresinha Aragão filha da
professora Cotinha Lima. Em 1953 com o casamente de Teresinha com o empresário
Benedito Bráulio Mendes assumiu em seu lugar a normalista Maria Galileia
Rodrigues filha do prefeito João Rodrigues. O padre e a nova professora passaram a organizar várias
companhas comunitárias para aquisição de carteiras e material didáticos com vistas
ao crescimento da escola. Três anos depois a escola já havia se expandido para
todos os cômodos da Casa Paroquial.
Houve a necessidade de contratar novas professoras e fazer
campanhas maiores com alunos, pais
e grupos religiosos, para construção da
sede própria da escola. Recebiam doações,
faziam vendas em barracas, leilões, bailes beneficentes etc. No início de 1957
foi iniciado a construção do prédio na Avenida Brasil. A Escola Paroquial São
Vicente de Paulo foi inaugurada no final de 1958, com um programa de educação aprimorado.
Pouco tempo depois
parte da escola desabou. Fala-se que a estrutura lateral foi construída em cima
de um poço antigo, sem o aterramento apropriado, sendo logo reerguida não
sofrendo descontinuidade em seu programa.
A festa de entrega de diploma da 1ª turma do antigo primário aconteceu
em 15 de novembro de 1960, com nove concludentes.
No ano de 1960, Padre Albino, foi elevado, por merecimento,
à dignidade de Cônego na Catedral Metropolitana.
3.
. 3. As Irmãs Josefinas
O padre Albino
intermediou junto ao arcebispo
Metropolitano Dom José Medeiros
Delgado, a vinda das Irmãs Josefinas, para atuar na administração da Escola Paroquial e nas ações
de evangelizadoras de Itapecuru Mirim.
A fundação e instalação da Casa das Irmãs Josefinas
aconteceu em 28 de julho de 1963, com a presença do arcebispo Dom José Medeiros
Delgado, que mesmo já transferido para
Fortaleza, esteve no evento. Na solenidade estiveram presentes a Madre Superiora e fundadora da
instituição, Irmã Rosita Paiva; a mestra das noviças, Irmã Maria Luiza
Fontenele, padre Hélio Paiva, mais cinco irmãs da congregação, que vieram para
ficar em Itapecuru Mirim.
A casa foi adquirida do telegrafista
(guarda-fio) Euclides Zoca e doada pela Prefeitura, na gestão de Abdalla Buzar
Neto.
A bênção da casa foi acompanhada por grande multidão,
autoridades e convidados de outros municípios, com a banda musical executando o Hino da Padroeira Encerrou-se
com um almoço na casa paroquial, oferecido por padre Albino Campos.
4. 4. Instalação da Ginásio
Bandeirante em Itapecuru Mirim
Com a criação do projeto
“Ginásio Bandeirante,” em 1967, a
professora Ana Maria Patello Saldanha,
coordenadora do projeto informou que Itapecuru
Mirim tinha sido contemplado com uma unidade. Como a Prefeitura Municipal não recepcionou de
imediato o programa, (na época o
prefeito era o seu compadre, João Rodrigues), o Padre Albino cadastrou a Escola
Paroquial no convênio do Estado, em caráter de urgência e apresentou toda a documentação em tempo
hábil para não perder o benefício. Em 14
de março de 1968 sob intensa chuva, foi oficialmente instalado o Ginásio
Bandeirante com 41 alunos matriculados.
O Jornal Pequeno, publicou:
Importante iniciativa do
governo através da Secretaria da Educação
e Cultura em convenio com a Paróquia Nossa
Senhora das Dores (...). além da presença a professora Ana Maria e Padre Albino, estiveram presentes e Dr. Benedito Bogea Buzar, Doutor
Antenógenes médico da cidade, Dra Elite
Promotora da Comarca, o corpo docente e discente do estabelecimento,
benfeitores e amigos, que no final do evento foram recepcionados com um jantar na Casa Paroquial. (Jornal Pequeno, 3 de abril de 1968).
Ele contou com muitos colaboradores como, Teresinha Aragão
Mendes, que organizou o Ginásio, e teve
um corpo docente de primeira linha: Maria José Valquitã, Nonato Lopes,
Ozanan Coelho, Astor Serra, Maria das Dores, Alzir Carvalho, João Silveira e
outros. Embora já doente, o padre Albino foi o seu primeiro diretor até a sua
morte.
Também foram diretores: Padre Benedito, Dr. Fernando
Wellington, professor Raimundo Nonato Lopes. Em 1979, o Ginásio
Bandeirante foi transformado em CEMA,
outro programa do Governo. Também auxiliou na fundação da Escola de Regentes de
Educação por Leonel Amorim em 15 de fevereiro de 1955, e lecionou voluntariamente música e latim.
5. 5. Missões Populares e Estrada do Tingidor
Das quatro grandes missões, ao estilo
antigo em Itapecuru Mirim, duas delas se realizaram a pedido de padre Albino.
Em agosto de 1955 os padres da Congregação Redentoristas efetivaram uma grande cruzada de evangelização, quando
colocaram o cruzeiro em frente ao DER,
antigo Morro do Diogo, em 29 de agosto.
Como os missionários desejavam visitar o povoado Tingidor, e o acesso
era precário, Padre Albino estimulou os lavradores a abrirem uma estrada de
emergência para passar o caminhão das Missões Volantes, cedido por Geraldo Vasconcelos residente do DER local.
Os antigos moradores lembram-se da população rural de machado, foice e outros instrumentos
agrícolas, tendo à frente o padre comandando o trabalho. − A estrada do Tingidor, é uma providencia de grande alcance para a
economia do vale do Iguará e Munim, principalmente, para facilitar o escoamento
do arroz, com grande demanda na região,
dizia o padre. Aquela estrada foi
usada até no início dos anos 70, quando foi compactada pelo prefeito
Miguel Fiquene.
Outra Missão foi em 1962
pelos missionários Lazaristas.
6. 6. Agricultores e Associações de Classes
Padre Albino foi um dos fundadores da Cooperativa Industrial e
Agrícola, em 24 de maio de 1953 com a
finalidade de fazer funcionar a Usina de
Álcool de Mandioca e amparar os operários,
agricultores e pequenos
empreendedores com financiamentos. Tendo como presidente José Alexandre de Oliveira, fazia parte
também da sua diretoria: Padre Albino,
Abdala Buzar, João Rodrigues, Orlando Mota, Benedito Bráulio Mendes e
Sebastião Bandeira.
Em
28 de dezembro de 1957, foi inaugurado o Coreto da Matriz, doado pelo Dr. Rui
Mesquita, diretor do DER.
7. 7. Principais Festas
Religiosas de Itapecuru Mirim
As festas religiosas na época do
Padre Albino ainda eram de responsabilidade das famílias influentes. A de São
Benedito, realizada no final de dezembro tinha como responsável o Sr. Abdala
Buzar, que emprestava grande brilhantismo ao festejo.
A segunda festa em importância no calendário
litúrgico, a Festa da Santa Cruz, em meados de outubro, sob a responsabilidade
da família Nogueira, tendo na pessoa de Francisco Nogueira (Chico Nogueira), o seu maior ícone.
A terceira, a Festa do Divino Espírito Santo, era de responsabilidade de Raimundo Francisco Veras.
A quarta festa em
importância, era de Nossa Senhora das Dores, a Padroeira, ficava a cargo
de Eudâmidas e Cirene Sitaro e outras
famílias influentes e finalmente a Festa de São Vicente de Paulo de
responsabilidade dos Vicentinos.
Com o desaparecimento dos seus
mantenedores e do padre Albino estas festas entraram em declínio.
8. 8. Acontecimentos
importantes da época
Grandes eventos marcaram a administração de Padre Albino em
Itapecuru Mirim. O golpe militar de 1964 que instalou o regime ditatorial no
País e a reforma religiosa. Com a
ditadura militar e a igreja fazendo a opção pelas classes oprimidas surgem
novas práticas de evangelização, para estabelecer contatos diretos com os fiéis
como, as Comunidades Eclesiais de Base, Comissão de Justiça e Paz, Conselho
Indigenista Missionário, Comissão Pastoral da Terra e outras ferramentas para o
intercâmbio entre Igreja e o homem do campo,
os “ Sem Terra”.
Padre Albino implantou no município a nova orientação eclesiástica. Criou grupo
de pastoral da terra, organizou a Semana Ruralista em Agosto de 1957, com a
presença do governador, José Matos Carvalho, comandante do 24 BC, do arcebispo
dom José Delgado, Secretários de Estado
e médicos. Com fórum de debates sobre problemas da região como: saúde,
educação, transportes, assentamentos, cooperativismo etc. Ao final houve desfile dos lavradores pelas ruas,
ostentando as suas ferramentas de trabalho.
Organizou o curso de Líderes Rurais de 15 a 29 de
março de 1961. Para jovens de Itapecuru e Vargem Grande, dirigido por técnicos
agrícolas de São Luís e outros eventos ruralistas.
Outro acontecimento importante na época do padre Albino foi
a reforma religiosa, que alterou a
estrutura da igreja, o Concílio Vaticano II, que mexeu nos
dogmas da Igreja com mudanças radicais. Para citar algumas: a missa em latim
passou a ser celebrada na língua pátria,
a mudança da postura do celebrante, nos rituais eucarísticos, passou a ser de frente para os fiéis, também
houve mudanças na aplicação de alguns
sacramentos, retirada de ícones entre outras.
As modificações implantadas a partir de 7 de março de 1965,
trouxeram à comunidade católica expectativas e incertezas, quanto ao rumo da Igreja. O padre conduziu com
sabedoria metodológica, passando tranquilidade à população.
. 9. Agência do Banco do
Brasil
Antiga reivindicação da
Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Itapecuru Mirim, a instalação de
uma agencia do Banco do Brasil na cidade, teve na pessoa
do padre Albino um patrono importante no processo.
O Banco do Brasil planejava instalar uma agência em Chapadinha ficando a de Itapecuru Mirim em
segundo plano. O padre, sendo primo do
diretor Regional do Banco, Sr. Agenor Fernandes, intermediou trazendo a agencia
imediatamente para o município e
intercedendo para que os gerentes
fossem itapecuruenses. Pleito atendido
em 18 de maio de 1964, em acontecimento festivo foi inaugurada a
agência tendo Astor Cruz Serra e
Wallace Mota designados gerente e sub-gerente, ambos itapecuruenses.
8. Outras Informações
Padre
Albino fez parte do grupo de
itapecuruenses composto por Joaquim
Araújo, Feliciano Costa Luis Bandeira que resgatou em 1953 o hino de Itapecuru, de autoria do maestro
Sebastião Pinto. Como ficou descontente porque no texto não citava a palavra
Itapecuru, o padre criou o seu estribilho “Terra
de amor, Itapecuru”, sem prejuízo da música. (Vr. Sebastião Pinto).
Para atender a tantas comunidades, as desobrigas (visitas pastorais às comunidades rurais), em lombo de burro, que muitas vezes duravam semanas sem voltar à Casa
Paroquial. Sobre esses eventos contam-se muitas histórias pitorescas de
situações difíceis que ele vivenciou, como uma viagem, em
época de chuvas ao saltar o riacho
Ipiranga, caiu cavalo e cavaleiro na enxurrada, sendo salvo por intervenção de
lavradores, e outras situações, enfrentando atoleiros. Ele se sentia à
vontade com os caboclos, gostava das
roças.
O Padre Albino era
considerado quase como um membro de cada família. Deixou centenas de afilhados e compadres de
“alma”. Muitos pequenos itapecuruenses receberam na pia batismal o nome Albino,
em sua homenagem. Ele sempre dizia, “A casa paroquial deve ser a primeira a abrir
e a última a fechar, porque é a casa do povo”.
Trabalhou até os últimos dias de sua
vida. Já quase sem força era conduzido da Casa Paroquial para a Igreja e ao
Ginásio, onde dava suas últimas orientações, segundo seus amigos e vizinhos. Em
24 de Janeiro de 1970 perdeu a batalha
para um câncer, depois de atroz sofrimento
Quando do translado do seu corpo de São Luís para Itapecuru Mirim, foi
decretado feriado local. Houve comoção geral no acolhimento do corpo que foi sepultado na Igreja, com autorização de Dom Mota Albuquerque por intermédio de Dom Medeiros Delgado,
de Fortaleza (CE).
A missa do sétimo
dia foi concelebrada por três cônegos, amigos: cônego Gerson Nunes Freire, cônego
José Ribamar Carvalho (amigo de ordenação) e cônego Raimundo Carvalho.
(de Vargem Grande).
José Albino Campos é patrono da cadeira
17 da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes tendo como atual ocupante, Antonio Blecaute Costa
Barbosa.
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José Albino Campos (pai)
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Maria Sodre Campos (mãe)
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1949, com parentes e amos em São Vicente de Ferrer
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Com a família, pai mãe, e irmãos, na missa nova,
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Lembrança da ordenação
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Lembranças da ordenação
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