quinta-feira, 13 de novembro de 2025

CAIPORA

                                                                                                          Edmyla

 Quando pequena ouvia 

Muitas histórias e 

Travessuras da CAIPORA

Tradicional no norte e nordeste do Brasil,

Minha mãe relatou,

 quando morava no interior. 

 

A CAIPORA, uma menina

Protetora da floresta 

Não gostava de aparecer

Nem de muita conversa

 

Quando maltrata a flora 

Não tem festa 

Com essa senhora 

Pois é desta 

 

Só desculpa a gente 

Quando a presenteamos,

Com um copo

De mingau quente.

 

     


  Edimyla, poeta itapecuruense, com  12 anos de idade. estuda no Colégio Militar 2 de julho, Unidade XVI (CMCB) de Itapecuru mirim/MA,  6. ano A

      Uns dos seus sonhos é ser uma grande pedagoga, médica pediatra, pesquisadora, veterinária, e me formar em biomedicina. Gosto muito de fazer muitas pesquisas e descobrir cada vez mais!

 

BONECAS DE ÉPOCA

                                                                                                               Ana Manoella

               A geração atual

     Hoje não vejo mais crianças a brincar, 

     Mas antes via a diversidade. 

     Agora só sabem brigar, 

     Tendo-se só a rivalidade. 

     Hoje elas só sabem se privar

     Queria que voltasse aquela realidade, 

  

      Minha mãe me dizia

      Que brincava com bonecas

      Feitas com o que tinha. 

      No fogão brincava com panelas

      Feitas com latinha, 

      Sempre com as coisas mais belas. 

                      Bonecas da época

    Sempre quis aquela Boneca, 

   Mas era muito difícil conseguir. 

   Até lá ficava com a sua careca, 

   Mas jamais chegou a desistir. 

   Com luta tirou uma linda soneca

   E assim conseguiu progredir. 

  

                      Bonecas atuais

      Hoje temos bonecas realistas, 

     É mais fácil de adquirir. 

     Elas são todas rodadinhas, 

     Chegam até a sorrir. 

     Hoje é mais fácil suas conquistas, 

     Mas logo começam a se despedir.

  

         

          Ana Manoela, poeta e contista, itapecuruense, com  12 anos de idade. Começou escrever poemas desde muito pequena, exercitando um imaginário fértil e criativo.  Atualmente escrevo com rapidez, graças ao apoio que recebe dos professores e familiares.  
          É aluna dedicada do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros (CMCB), onde exercita o seu dom da escrita. Considera, Itapecuru Mirim, terra inspiradora berço de  grandes escritores como Mariana Luz, Gomes de Sousa, Viriato Correa e muitos outros. 

 

AMIZADES VERDADEIRAS

                                                                                                                     Esther Aranha

   Atenção minha gente,

  que uma coisa eu vou contar.

  Amizade é que nem estrela cadente,

  que mesmo de longe,

  ela continua a brilhar,

  fazendo assim a vida melhorar.

 

   Amizade é aquela pessoa 

   que sempre podemos contar, 

   mas devemos ter cuidado,

   para não nos decepcionar.

   Aí que vem atenção redobrada, 

   para não escolhermos amizades erradas.

 

   Olhe bem aquele que anda ao seu lado, 

   Pois má companhia,

   é problema redobrado.

   Escolha bem quem te ajuda a caminhar, 

   pois quem é seu amigo,

   jamais te fará tropeçar.

 

   Minha gente tenha sempre atenção, 

   porque senão boas amizades vocês nunca terão.

   Falsas amizades sempre existirá,

   portanto, escolha pessoas inteligentes, 

   que assim você também ficará,

   fazendo com que você jamais se decepcionará.

  

 


Esther Aranha Santiago de Sousa, nasceu em Itapecuru Mirim (MA), em  3 de Maio de 2013. Aluna do Colégio Militar, 2 de Julho - Unidade XVI. Muito estudiosa, pretende seguir carreira na magistratura. Poeta por inspiração, tendo preferência pelo cordel.  Também escreve contos, crônica e textos históricos.   Já tem produção literária suficiente para publicação de um livro  que espera com ansiedade a realização do seu sonho, de poder folhear  o seu livro.

 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

ITAPECURUENSES NOTAVEIS

                  

  


                             Terceira Edição

 Jucey Santana

No mês de novembro do corrente ano, por ocasião da FLIM (Festa Literária de Itapecuru Mirim), será lançada a terceira edição da obra “Itapecuruenses Notáveis”, em virtude da segunda edição se encontrar completamente esgotada.

Trata-se de um compendio, resultado de um demorado estudo e pesquisas em livros, jornais e inúmeros arquivos muitos dos quais corroídos pelo tempo, com o objetivo de compor a história do município de Itapecuru Mirim através de suas personalidades, com intuito de favorecer a sociedade e a classe estudantil, em uma construção de conhecimentos da memória histórica da nossa região.

Ainda que o ritmo da sociedade contemporânea seja altamente tecnológico, os estudiosos recorrem à história como mecanismo necessário de entendimento para a previsão do futuro. A história local estabelece conexões entre conflitos diários em forma de política, lutas de resistência, mudanças e apegos a tradições, com os antepassados.           Quando salvamos o passado, resgatando a sua memória, estamos sendo útil ao presente e ao futuro.  Segundo a citação da embaixatriz Beatriz de Moura, neta do General itapecuruense, Hastímphilo de Moura, quando esteve em Itapecuru Mirim em 1996, em busca de informação dos seus antepassados itapecuruenses. Infelizmente a ilustre visitante, solenemente acolhida na Câmara Municipal, voltou como veio, sem nenhum informe. Ao se despedir, ela fez a seguinte citação: Só   poderemos saber para onde vamos se soubermos de onde viemos. Atualmente, o general itapecuruense, que chegou a ser governador de São Paulo tem um lugar especial em Itapecuruenses Notáveis.

Meu interesse teve início a partir do meu tronco familiar, daí em diante passei a investigação mais abrangente, como ponto de partida a pesquisa da poetisa, Mariana Luz, professora de meu pai.

A obra não é conclusiva. Muitas personalidades que fizeram história no município não foram favorecidas. A bicentenária Itapecuru Mirim ainda guarda muitos mistérios a serem desvendados.

A primeira edição  de 2016, contemplou  114 personalidades catalogadas, a segunda edição lançada em 2018 e  foi ampliada com 123  itapecuruenses  e a terceira edição a ser lançada em novembro próximo, será ampliada com mais 9 personalidades, entre os quais:  fidalgos, senhores de engenhos, políticos, poetas, escritores, musicistas, jornalistas, sindicalistas, latifundiários, professores, comerciantes,  agentes culturais e outros  que de algum modo contribuíram para o engrandecimento  da cidade.

Famílias ilustres do Sec. XVII e XIX

Na obra são destacadas as seguintes famílias: Belfort, Burgos, Vieira, Henriques, Lisboa, Silva, Gomes, Nunes, Gonçalves, Sousa, Leal, Cardoso, Reis e Serra.  A partir da segunda metade do Século XIX  surgiram as famílias: Nogueira da Cruz, Santos,  Bandeira de Melo,  Raposo,  Frazão, Luz e outras.     No final do Século, passaram a ter atuação importante no cenário político os Sitaro e Bezerra.

Vale citar que os Bandeira de Melo, Nogueira da Cruz, Bezerra e Sitaro, continuaram atuando na política itapecuruense até os anos 40 do século  XX.

Primeira metade do século  XX

Novos núcleos familiares se formaram no início do século com a migração dos sírios-libaneses, que se instalaram em Itapecuru Mirim e movimentaram economicamente a cidade com várias modalidades comerciais. As principais famílias: Mubarack, Fiquene, Buzar,  Simão, Assef, Jorge, Lauand, Ahid e outros. Também os retirantes das secas nordestinas se instalaram formando grandes comunidades familiares: Rodrigues (três famílias distintas), Araújo, Sampaio, Conegundes, Moura, Abreu e outros.

Itapecuruenses nas Academias Literárias

Figuram na obra, dois ilustres itapecuruenses que fizeram parte dos quadros Academia Brasileira de Letras: João Lisboa (patrono) e Viriato Corrêa (membro efetivo).

Entre os  filhos ilustres da terra, dez  tiveram seus nomes gravados nos anais  da Academia Maranhense de Letras, sendo cinco dos quais, patronos: Joaquim Gomes de Sousa, escritor e matemático;   Antônio  Henriques Leal, biógrafo, escritor e jornalista;  João Francisco Lisboa, jornalista e escritor;  José Cândido de Morais e Silva,  jornalista e professor e Pedro Nunes Leal, lexicógrafo, escritor e tradutor. Quatro membros efetivos: Salomão Fiquene, cientista, professor e escritor; Viriato Correa, romancista, teatrólogo e jornalista, Mariana Luz, poetisa, teatróloga e professora e Benedito Buzar,   escritor, jornalista e pesquisador.  Tivemos também um membro correspondente na pessoa do general Hastímphilo de Moura, escritor e general de divisão do Exército Brasileiro.

É de bom alvitre lembrar Joaquim de Jesus Dourado, romancista e cronista, outro imortal da Academia Maranhense de Letras  que mesmo nascido no Estado do Ceará viveu 13 anos em Itapecuru Mirim, na juventude, época que seu tio e tutor foi vigário da Paróquia e depois de ter recebido o sacramento da ordem, desenvolveu o um trabalho religioso e empreendedor de relevância na Paróquia de Nossa Senhora das Dores.  Portanto, em minha opinião, foram onze itapecuruenses que integraram os quadros do Academia Maranhense de Letras.

No Instituto Histórico e Geográfico Maranhense temos Benedito Buzar e o padre  Raimundo Gomes Meireles, este último também integrante dos quadros da Academia Ludovicense de Letras. Não podemos esquecer João Duarte Lisboa Serra que é patrono da cadeira 36 da Academia de Letras do Banco do Brasil e foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, comprovando que a terra de Mariana Luz e Gomes de Sousa é berço de cultura.

Muitos ilustres que desfilam nas páginas do citado compendio, não são itapecuruenses natos, mas, se instalaram na região com trabalho e determinação, auxiliando no progresso local.

          Também registramos notáveis filhos da terra que fizeram sucesso em outras plagas, levando longe, com muito orgulho, o nome de Itapecuru Mirim.