quinta-feira, 29 de março de 2018

CASA PARA OS JUÍZES

        


  

     Benedito Buzar

   Nestes dias, de tantos fatos inusitados e acontecimentos surrealistas, um assunto domina os meios jurídicos e políticos: o protesto contra o fim do auxílio-moradia, que mais de 17 mil juízes, desembargadores e membros dos tribunais superiores recebem mensalmente, mesmo que atuem nas próprias cidades em que moram e tenham imóveis próprios.

  O auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os magistrados, e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos desde 2015 e que, pela lei, deviam ser anualmente reajustados.

  Lendo esta notícia, recuo no tempo e no espaço e fixo o meu pensamento na minha inolvidável cidade de Itapecuru-Mirim, a dos anos 1950 e 1960, em que os juízes Caetano Martins Jorge, Pitágoras Gonçalves de Moraes, Kleber Moreira de Sousa, Juvenil Ewerton e Antônio Guerreiro exerciam suas atividades judicantes numa comarca de segunda entrância, que tinha como termos as cidades de Anajatuba, Cantanhede e Vargem Grande.

  Eram tempos em que os magistrados faziam questão de residir na cidade onde exerciam a judicatura, o que vale dizer não faziam parte dos chamados “Juízes TQQ”, epíteto conquistado pelos que trabalham apena nas terças, quartas e quintas-feiras.

  Esses bravos magistrados, quando designados para a prestação de serviços jurisdicionais no interior do Estado, enfrentavam um grave problema: a inexistência de imóveis para abrigá-los, eles que se faziam acompanhar dos familiares, onde permaneciam até o dia da transferência ou da promoção para comarcas de entrância mais adiantadas.

  Como naquela época as cidades não eram dotadas de hotéis, os magistrados valiam-se geralmente das casas de pensões, lamentavelmente, precárias e destituídas de conforto para alojá-los com a família.

   Em Itapecuru, onde esse problema também infernizava a vida dos juízes, um magistrado encontrou uma solução para contorná-lo, que, nesse sentido, idealizou uma proposta e a encaminhou ao então prefeito do município, o meu pai, Abdala Buzar.

   Pela proposta do juiz Emésio Dario de Araújo, lançada em 1963, a prefeitura, com recursos próprios, avocava  o direito de adquirir ou construir um prédio para servir de residência aos juízes de Direito da comarca.

Sensível ao problema e também empenhado em resolvê-lo, o prefeito Abdala Buzar de imediato abraçou a proposta do magistrado e a encaminhou à consideração da Câmara Municipal  que aprovou o projeto por unanimidade, que se transformou na  Lei nº 246, imediatamente sancionada pelo chefe do Executivo, em 18 de junho de 1963.

  Como a lei autorizava a prefeitura a abrir um crédito de trezentos mil cruzeiros para fazer face às despesas para construção ou aquisição de um imóvel, o prefeito Abdala Buzar sem pestanejar comprou uma ampla e confortável casa,  localizado na parte mais valorizada da cidade, na Praça Gomes de Sousa, e que pertencia aos herdeiros do honrado tabelião, Alfredo Vidas da Cunha, onde os magistrados passaram a residir quando estavam no exercício de suas atividades judicantes.

  Este fato mostra como, naqueles idos de 1960, o prefeito Abdala Buzar teve o discernimento e a coragem de resolver um problema que se arrastava ao longo do tempo e causava dissabores aos juízes de Direito que assumiam a comarca de Itapecuru-Mirim.

  Se naquela época existisse o Prêmio Inovvare, certamente o meu pai seria aquinhoado com este troféu.



     




quarta-feira, 21 de março de 2018

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA AICLA



           


ACADEMIA ITAPECURUENSE DE CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES - AICLA
Fundada em 07 de dezembro de 2011
CNPJ 15.679.788/0001-81


EDITAL DE CONVOCAÇÃO nº 2/2018 de 21 de março de 2018


       ASSUNTO: ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA Nº 44
                                   DA COMISSÃO DA I FLIM


 A presidente da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, Juey     Santos de Santana, no uso das suas atribuições estatutárias,  convoca os Senhores  (as) Acadêmicos (as) para participarem da   Assembleia Geral Ordinária    nº 44,  no dia 23 (23)  de março de 2018 (sábado), as 10 (dez) horas, na Casa da Cultura Professor João Silveira, em Itapecuru Mirim (MA), por solicitação da Comissão da Primeira Feira de  Livros de Itapecuru Mirim  I FLIM :

ORDEM DO DIA:
 
1 – Avaliação, discussão e aprovação do projeto da I FLIM  que será apresentado pela Comissão da elaboração do projeto, tendo por Presidente o Senhor Francisco Inaldo Lima  Lisboa.
2– Propostas para limpeza e organização da nova sede para efetivação de evento no mês de abril, próximo.



     TEREZINHA MARIA MUNIZ  CRUZ LOPES
               Primeira Secretária da AICLA