terça-feira, 24 de março de 2015

LANÇAMENTO DO LIVRO “MARIANA LUZ” EM SÃO LUIS


Por Jucey Santana

Um grupo de amigas de São Luís, lideradas por Iralda Viana, resolveram organizar um encontro com motivação do “Dia da Mulher”, com o objetivo de apresentar o livro Mariana Luz: Vida e Obra, e Coisas de Itapecuru-Mirim, de autoria de Jucey Santana na capital maranhense. 

O título do evento foi “ENTRE AMIGAS”.  O local escolhido, o salão do Pão Nosso,  à Avenida São Luís Rei de França no Turu. O  resultado superou as expectativas das organizadoras.  O teve uma apresentação perfeita pela escritora Arlete Nogueira da Cruz Machado.  Também fez uso da palavra, o escritor Itapecuruense Benedito Buzar,  relembrando os tempos de aluno da mestra Mariana Luz.

A decoração do espaço foi assinada por Célia Rosset e a animação musical ficou por conta do cantor erudito Silas Gomes.  Os anfitriões,   o casal Iralda e Alfredo Viana com a  filha Mafisa foram insuperáveis.

Para fechar com chave de ouro foi declamado trechos do livro, e poemas da poeta pela premiadíssima atriz Leda Nascimento.  Finalmente “Mariana Luz”, teve seu mérito reconhecido, sendo aclamada e homenageada no dia da mulher, ela que tanto lutou pela conquista do espaço feminino. 

segunda-feira, 23 de março de 2015

ITAPECURUENSES NOTÁVEIS

 A ESCRITORA BENEDITA  AZEVEDO EM ITAPECURU

Benedita Azevedo
Benedita Azevedo-Em passagem pela nossa cidade,  a itapecuruense  Benedita da Silva Azevedo,   residente no Rio de Janeiro,  para rever amigos e principalmente se inteirar  das ocorrências e  dar sua colaboração à  Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes,  que faz parte como  Acadêmica Fundadora.

Em sua passagem por nossa cidade  foi bastante solicitada pelos   Acadêmicos aqui residentes, para dar sua opinião   e correções de trabalhos literários, uma de suas especialidade já que é pós graduada em lingüística, o seu foco principal. Aproveitou ainda  para participar da Sessão Ordinária da Academia,  do dia 19,  direcionada à defesa  da biografia do Patrono da cadeira nº 12 o maestro Carlos José Bezerra  muito bem  apresentada  pelo Membro Fundador da cadeira  o jornalista Brenno Pedrosa Bezerra,  elogiado por todos. Também visitou a Secretaria da Cultura e a Casa da Cultura, trazendo importantes sugestões de âmbito cultural.

Quem é Benedita Azevedo?

Benedita Silva de Azevedo, natural de  Itapecuru Mirim,   filha de Euzébio Alberto da Silva e Rosenda Matos da Silva. Nasceu a 10 de maio de 1944. Radicada no Rio de Janeiro desde janeiro 1987. Educadora, poeta, escritora, haicaísta e ativista cultural. Formada em Letras, especialista em Educação e pós-graduada em Lingüística.

 Membro Efetivo:


Presidente da Academia Pan-Americana de Letras e Artes; Presidente-Fundadora da ACLAM; Academia de Ciências, Letras e Artes de Magé; Diretora Cultural do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, ImBrasCI; Efetivo da Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias; da Academia Mageense de Letras; da União Brasileira de Trovadores, ( RJ)  do Grêmio Haicai Ipê-SP e da ABRALI. Membro fundador da Academia de Letras e Artes Lusófonas-ACLAL; Patronesse da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores; Membro Correspondente da Academia da Real Academia de Letras de Porto Alegre, RS; Pertence ao movimento Poetas Del Mundo - Cônsul de Magé – RJ. Membro Honorário da Academia de Letras e Artes de Castro/Acre. E por último Membro  Fundador da nº 34 da  Academia Itapecuruense de Letras  - AICLA

Delegada: do Portal CEN  (escritores luso-brasileiros - Portugal); da Associação Profissional de Poetas do Rio de Janeiro (APPERJ) e  Clube de Escritores de Piracicaba.

 Algumas Premiações:

Recebeu vários prêmios de  Haicai:  o 1º lugar no 17º Encontro Brasileiro de haicai, Grêmio Haicai Ipê, São Paulo, (2005)  e o 1º lugar no V Concurso Nacional de Haicai “Caminho das Águas”, Santos – SP; Menção Honrosa no 27º Concurso Literário Yoshio Takemoto de haicai, São Paulo/2009.

Premiação: Como haicaista recebeu vários prêmios nacionais, como: o 1º lugar no 17º Encontro Brasileiro de haicai, Grêmio Haicai Ipê, São Paulo, (2005) e o 1º lugar no V Concurso Nacional de Haicai “Caminho das Águas”, Santos – SP; Menção Honrosa no 27º Concurso Literário Yoshio Takemoto de haicai, São Paulo/2009. Diploma e a Medalha Nº 215 “Henrique Valadares”  (2007). Diploma e a Medalha Recompensa à Mulher na Maçonaria Fluminense - 15/04/2008-RJ. Prêmio Personalidade de Destaque na Literatura, no 8º Fórum Cultural da Baixada Fluminense, 2009. Recebeu o “X Prêmio Cultura Nacional”- Talento Literário 2010, Real Academia de Letras – Ordem da Confraria dos Poetas, Porto Alegre – RS.

Recebeu a Medalha de Mérito Cultura “Austregésilo de Athayde, outorgada pela Academia de Letras e Artes de Paranapuã – ALAP (2011). Publicou 13 livros individuais e 01 em parceria com Demétrio Sena, organizou 12 antologias. Autora do PROJETO HAICAI NA ESCOLA, levando a poesia às escolas, desde /2004. Tem participação em revistas, jornais, sites e em 42 antologias.  Seu livro de haicai, “Rumor das ondas” recebeu da Câmara do livro  a classificação de “Livro medalha de ouro 2010”  pela Academia Brasileira de Estudos e Pesquisas Literárias – RJ.

Em conversa com a ilustre conterrânea, esta se colocou a disposição para colaborar com os Membros da AICLA  e outros   que necessitarem de sua orientação, nos caminhos literários. Que a procurem na  Academia ou no endereço virtual abaixo.

“Mesmo pertencendo a inúmeras Instituições literárias, no Brasil e exterior; sendo dirigente e fundadora de algumas, nada se compara à alegria de pertencer à Academia de Letras de minha querida terra Natal e prometo, tudo farei pela sua consolidação como instituição literária, artística e científica, buscando o engrandecimento de nossa cultura, para que se torne  guardiã  da  memória cultural do nosso município”

Pagina Pessoal: www.beneditaazevedo.com

Jucey Santana  8811 7455
A autora é  Membro da AICLA Cadeira nº 17
Informações  8811 7455 ou 9145 7926
Postado por Alvorada é Noticias às 15:53


Livro Marianna Luz: Vida e Obra e Coisas de Itapecuru-Mirim retrata a poeta

Escritora Jucey Santana
A imortal, membro da Academia Maranhense de Letras, Mariana Luz (10/12/1870 a 14/09/1960), cidadã itapecuruense, tem sua obra reconhecida por meio de outra, o livro Marianna Luz: Vida e Obra e Coisas de Itapecuru-Mirim, de autoria de Jucey Santos de Santana, bacharel em Direito, pesquisadora e membro da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, e principalmente, admiradora da obra da educadora, poeta, teatróloga, oradora e escritora Mariana Luz.

O livro de 450 páginas ficou pronto depois de quase cinco anos de pesquisa e foi lançado em dezembro do ano passado na Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes.

Dividido em três partes, a autora aborda inicialmente a biografia da poeta, na segunda parte a obra de Mariana, além de crônicas escritas para ela ou sobre ela. A terceira parte é constituída de dezoito recortes da história de Itapecuru-Mirim como locais, festas, fatos e moradores. Poesias, recortes, fotos, e outros recursos são utilizados no livro, que tem prefácio de Inaldo Lisboa, escritor itapecuruense.

A obra foi toda baseada em pesquisas em jornais e outros documentos sobre a poeta, que teve grande projeção nas artes plásticas, cênicas e também na literatura em âmbito estadual e nacional, mas segundo a autora morreu pobre.
“A Mariana foi professora do meu pai, também do presidente da Academia Maranhense de Letras, Benedito Buzar, só para citar alguns, foi a segunda mulher a ingressar na AML nos idos de 1948 e me inquietava muito que as pessoas não a conhecessem Daí resolvi escrever sobre a importância dela e apresentá-la para as pessoas que não a conheceram”, conta Jucey Santana.

Jucey quis resgatar o quanto de humana e generosa existia na figura da poetisa, mesmo não a conhecendo. Em suas pesquisas debruçava-se sobre a história daquela mulher e descobriu uma Mariana diferente. “A pesquisa me revelou uma Mariana alegre, extrovertida, dinâmica, versátil, empreendedora, ousada, que transmitia a sua paixão pelas letras e pelas artes mesmo nas horas da maior adversidade”, revela Jucey.

A autora destaca que o diferencial de Mariana Luz para outros grandes expoentes do Maranhão, é o fato da poetisa sempre ter vivido em Itapecuru, auxiliando na educação de várias gerações de conterrâneos, tendo produzido toda sua obra literária na sua cidade natal, muitas vezes falando do cotidiano das pessoas amigas, vizinhos, alunos, autoridades, figuras ilustres.

A obra de Mariana Luz, ficou muito tempo na obscuridade, por falta de condições financeiras da autora, para sua publicação. Na década de 1940, com o apoio do Centro Acadêmico Clodomir Cardoso da Faculdade de Direito do Maranhão em conjunto com Orbis Clube de São Luis, foi publicado o seu livro “Murmúrios” com pequena tiragem e responsável pela sua indicação à AML. “Nessa época a Academia Brasileira de Letras não tinha nenhuma mulher, então ela foi precursora, era uma mulher à frente do seu tempo. Dentre os mais de 400 membros da Academia Maranhense de Letras havia só oito mulheres e ela foi uma delas”, lembra Jucey completando que Mariana era mulher de luta e que apenas aos 70 anos teve o primeiro emprego.

“Murmúrios é bem uma coletânea de versos de vários períodos da minha existência. Nele está bem clara a história da minha vida literária, se é que eu a tive realmente. E este prêmio, que os altos valores da intelectualidade maranhense me concederam eu agradeço de todo coração”. “Muito me sensibilizou a minha eleição para o mais ilustre sodalício ateniense”. Trecho retirado de uma entrevista concedia a O Imparcial em 10 de maio de 1949 e que está no livro.

“Faleceu sem ter sua obra publicada, apesar de ter sido uma mulher muito importante. Na área literária era uma unanimidade no final do século XIX e início do século XX, era correspondente de vários jornais, então o objetivo é oferecer uma contribuição para o estudo de Mariana Luz e da literatura maranhense”, diz Jucey Santana.

Sofrimento, solidão e tristeza

São os temas muito explorados pela autora. “Uma tristeza vaga, indefinida”, “Esta vida falaz e amargurada”. “A angústia, o mal a que ninguém se exime”. Em entrevista a poetisa confirma: “Prefiro Escola Antiga, porque me parece agradar mais ao coração. Está mais condizente com a minha alma sofredora”.

A sua poesia era geralmente cheia de mágoa, mas também escreveu contos, dramas e comédias. Em sua casa montou um Grupo Teatral. Ela atuava como autora e também encenava, participando do elenco. As peças eram bastante procuradas, em uma época que não tinha cinema, constituíam o maior entretenimento na cidade.


Por Patrícia Cunha 

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Ficha Técnica
Livro: Marianna Luz: Vida e Obra
Autor: Jucey Santana
Pág: 456