sábado, 31 de outubro de 2015

O RIO DA MINHA TERRA

AO AMIGO JOSEMAR LIMA

Por: Nato Lopes

O rio da minha terra
Sabe as minhas confidências...
 Era pequeno e sabia
Que naquela correnteza,
De incomparável beleza
Sinceridade existia.
Guardar consigo, o segredo
De um filho desprezado.
Ouvir a história do medo
Sentido, do amor frustrado.
Das injustiças do mundo
Eu lhe falava em tom sério
Ele não tinha mistério:
-“Você só é um Raimundo!”

Nadava em suas águas
Rolava-me no seu leito
E assim saíam às magoas
Que eu tinha dentro do peito.
Meu rio, quanta lembrança!
De amor, de felicidade!
Guardo de ti a saudade
Do meu tempo de criança.
            Ó rio de minha terra!
Guarde as minhas confidências!
                          Texto do livro inédito, Inspirações d e Poetas itapecuruenses”.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

LÁ VEM A PATATIVA CANTANDO




À MARIA SAMPAIO

Por: Moaciene Lima

O povo todo expiando
O canto que de lá vem
Sim é ela mesmo dançando
Ao mesmo tempo ensinando
A juventude dançar também

Amiga e linda humana
A Maria que esta terra ama
Amando vive a cantar
A Maria da cultura popular

Simples grande figura
Da Rua João Buzar
Maria mãe
Maria mulher
Maria companheira
Maria Poetisa, compositora,
Maria confreira.

Amiga da cultura popular
A esta mulher que tanto admiro
Mercês Sampaio
Da Rua João Buzar. 

                   Texto do livro inédito, Inspirações de Poetas itapecuruenses”.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O CAPELOBO EM ITAPECURU-MIRIM



João Carlos Pimentel Cantanhede
Eu estava voltando apressado do CEMA para chegar logo em casa, tirar a farda e ir brincar com os meninos. Eles já estavam quase todos reunidos no canto do Colégio Maria Goreth.
– É verdade! O capelobo tá vindo para Itapecuru! – falava Samuca.
Todos os garotos ouviam a história assustados e apreensivos. Eu parei para ouvir também. Samuca falava com muita convicção que o bicho havia sido visto lá perto do povoado Leite. Em pouco tempo ele chegaria a Itapecuru. Depois de ouvir isso, fui para casa tremendo de medo.
O capelobo, segundo contou o Samuca, é um bicho grande e peludo virado de índio muito velho. Dizem que antigamente quando os índios atingiam certa idade, eles eram mortos pela tribo para não virarem capelobo.
Mas quando algum índio, de uma forma ou outra, consegue escapar desse destino, vira capelobo, monstro peludo comedor de gente. Nada pode matar um capelobo, arma branca, arma de fogo, nada. Parece que a única maneira de vencer o capelobo é surrá-lo com cipó de mororó em noite de lua cheia para ele desvirar.
Nos dias seguintes, eu tive pesadelos com o capelobo. Não quis mais saber de ir jogar bola no campinho... e brincar à noite nas ruas escuras de Itapecuru, nem pensar!
Até que certo dia quando eu estava chegando em casa os meninos me chamaram e perguntaram: – João, por que tu não brinca mais com a gente?
– É com medo do capelobo aparecer! – respondi!
Ao ouvirem a minha resposta, todos caíram na risada.
– Deixa de ser bobo, capelobo não existe. Aquela história foi inventada pelo Samuca pra ti enganar. Ele adora contar lorota!
Lembra quando ele disse que no Japão as pessoas trabalham 25 horas por dia?! – comentou um dos meninos.
– E quando ele disse que o gaúcho, patrão da tia dele, ia comprar uma moto por 120 milhões! Pois é, nós pedimos pra ele inventar uma história pra te enganar, e fingimos que estávamos acreditando também. – falou outro dos meninos.
Eu estava aliviado por não existir capelobo de verdade, mas envergonhado por ter acreditado na lorota do Samuca e virado alvo de chacota de todos os meninos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

LANÇAMENTOS DE LIVROS



AUTORES ITAPECURUENSES

POEMAS ITAPECURUENSES & OUTROS POEMAS
No dia 30 de outubro o professor e escritor itapecuruense Theotonio Fonseca lançará o seu livro “Poemas Itapecuruenses &Outros Poemas”, por ocasião do II Café Universitário do Cesita, Campus da UEMA de Itapecuru Mirim.  O livro reúne poemas de várias épocas e estilo e será  um evento de grande importância do ponto de vista cultural para a sociedade local.
O local escolhido será o Auditório da Regional da Saú de, antigo IPEM as 19 horas sexta feira.



DEPOIS DO SONHO COR DE ROSA

No dia cinco de novembro, data comemorativa à Cultura Brasileira, teremos o lançamento do livro, “Depois do Sonho Cor de Rosa” da escritora itapecuruense Mary Landia. A autora que é natural de Itapecuru Mirim reside em São Luis, porém nunca se desligou de suas raízes e nos presenteia com a linda obra. O lançamento será levado à efeito no Clube das Mães, na rua Senador Benedito Leite, tendo início às 18 horas.
lançamento este ano de 2015 já contabilizamos vários livros na cidade, constituindo um grande avanço nas nossas letras. A sociedade agradece.