sábado, 31 de outubro de 2015

O RIO DA MINHA TERRA

AO AMIGO JOSEMAR LIMA

Por: Nato Lopes

O rio da minha terra
Sabe as minhas confidências...
 Era pequeno e sabia
Que naquela correnteza,
De incomparável beleza
Sinceridade existia.
Guardar consigo, o segredo
De um filho desprezado.
Ouvir a história do medo
Sentido, do amor frustrado.
Das injustiças do mundo
Eu lhe falava em tom sério
Ele não tinha mistério:
-“Você só é um Raimundo!”

Nadava em suas águas
Rolava-me no seu leito
E assim saíam às magoas
Que eu tinha dentro do peito.
Meu rio, quanta lembrança!
De amor, de felicidade!
Guardo de ti a saudade
Do meu tempo de criança.
            Ó rio de minha terra!
Guarde as minhas confidências!
                          Texto do livro inédito, Inspirações d e Poetas itapecuruenses”.

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