quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

EFEMÉRIDES IGUARAENSE


   
Mês de Fevereiro
Jucey Santana

   02.02.1942. Nascimento de do médico ortopedista vargem-grandense, Antonio José Cassas de Lima, médico, torcedor, conselheiro e presidente (1968, 1974, 1977 e 1983), do Moto Club de futebol;

   08.02.1821. Confirmação da patente de tenente do Regimento de Infantaria de Milicias, recriado  na Ribeira  do Iguará  a Joaquim Mendes Costa;

   10.02.1888. Colou grau na Faculdade Federal de Medicina da Bahia o médico vargem-grandense Raimundo Nina Rodrigues, patrono principal da Academia Vargem-grandense de Letras e Artes - AVLA;

   12.02.1890. Nomeação do bacharel  Artur Napoleão Coelho, para juiz de órfãos  e  José Raimundo Pires para promotor público da Comarca de Iguará;

   13.02.1973. Nascimento do professor e pesquisador Jose Maria Carvalho Silva. Membro fundador da Academia Vargem-grandense de Letras e Artes,   cadeira n. 17;


   24.02.1962. Nomeado o primeiro prefeito de Nina Rodrigues, o cidadão, Rui Fernandes Costa;

   25.02.1905 – Nascimento do padre escritor, Joaquim de Jesus Dourado, na cidade de Beberibe (CE). Patrono da cadeira n. 12 da Academia Vargem-grandense de Letras e Artes;

O MARANHÃO DE JOÃOSINHO TRINTA


   
   

Benedito Buzar

Em 2008, Fábio Gomes, filho dos maranhenses Jesus e Ana Maria Gomes, escreveu e editou um belíssimo livro intitulado “O Brasil é um luxo”, em homenagem ao nosso conterrâneo, o talentoso carnavalesco Joãosinho Trinta.

No livro, em policromia, o autor narra de maneira brilhante a trajetória e a participação do maranhense no carnaval do Rio de Janeiro, ao longo de trinta anos, quando arrebatou títulos gloriosos para as Escolas de Samba Salgueiro, Beija-Flor, Viradouro e Salgueiro.

Relata Fábio Gomes, na introdução do livro, aliás, pouco conhecido em São Luís, que o carnaval carioca, nunca foi o mesmo depois que Joãosinho Trinta, como escultor da alegria, insurgiu-se contra a mesmice  que impregnava o desfile das escolas de samba, que no seu modo de ver e sentir, tinha de sofrer transformações como arte e espetáculo.

Estribado na concepção filosófica de que “quem gosta de miséria é intelectual” o carnavalesco maranhense, por conta de sua genial criatividade, mudou o carnaval do Rio de Janeiro, que passou a ser mais majestoso, deslumbrante e fantástico, a ponto de se tornar no mais belo espetáculo do mundo.

Como estamos em plena folia momesca, vale a pena, com base no livro de Fábio Gomes, mostrar o que Joãosinho Trinta, como maranhense, fez pelo carnaval carioca, cujo primeiro título conquistou pelo Salgueiro, quando projetou na Marquês de Sapucaí um enredo da terra onde nasceu, a que deu o nome de “O Rei de França na Ilha da Assombração”.

Com a palavra Fábio Gomes: “Foi em 1974 que seu talento pôde desabrochar em plenitude. A partir do enredo, uma vertigem delirante focada em seu Maranhão natal.

“Para contar a invasão dos franceses e a experiência fugaz da França Equinocial na Ilha de São Luís, ele lançou mão da fantasia irreverente e desenfreada que se transformou na sua marca. Buscou nas estórias míticas que povoam o imaginário popular de sua terra – o touro coroado que é Dom Sebastião, a carruagem assombrada de Ana Jansen,  a serpente que rodeia a Ilha – ouvidas na infância da ama negra Nhá Vita, o conteúdo do enredo.

“E contou essas estórias fantásticas através da imaginação do futuro Rei Luís XIII, ainda criança que interpretava os relatos dos navegadores lançados nessa aventura ultramarina pela sua mãe, a regente Maria de Médicis. Ou seja, fez do rei, ainda infante do inicio do século XVII, o narrador de mitos e lenas surgidas muito tempo depois.

Vinte e oito anos depois, ou seja, em 2002, Joãosinho Trinta, agora, carnavalesco da Escola de Samba Grande Rio, escolhe outro tema maranhense para enredo: Os papagaios amarelos nas terras encantadas do Maranhão.

 O próprio carnavalesco descreve assim o enredo da sua nova Escola de Samba, não bem recebida pelo público e classificada pelos jurados em sétimo lugar: “Nas terras encantadas do Maranhão, lendas e estórias de assombrações. O Touro Negro Coroado, nas areias da Praia dos Lençóis, em noite de lua, surge um touro que se transforma no Rei português, Dom Sebastião, desaparecido na batalha de Alcácer-Quibir, na África. Essa praia é habitada por invasores, alourados e emplumados, falavam uma linguagem que os índios, os Tupinambás, não entendiam e que foram chamados de Papagaios Amarelos. 

domingo, 23 de fevereiro de 2020


                FALECE JOSÉ DE ARIMATEA COSTA
                              Grande perda para Itapecuru Mirim


                                                                                     Jucey Santana
        De espírito público solidário, preocupado com o desenvolvimento da sua região,  como a cultura, educação, saúde e segurança este era José de Arimatea Costa Júnior, que foi bruscamente retirado da cena política de Itapecuru Mirim, vitimado por um acidente na BR 135, a altura do povoado Picos I, em 20 do corrente mês, tendo falecido as primeiras horas do dia 21, aos 57 anos de idade.
            O Irmão Costa do Entroncamento, como era conhecido, desde muito jovem foi morar em São Luis, ingressando   em 1980 no exército como recruta e  permanecendo durante dois anos no quartel de onde migrou para a polícia militar, quando passou a fazer a segurança do então governador, João Castelo e do vice-governador João Rodolfo.
            Através das inúmeras viagens com João Rodolfo Gonçalves a Itapecuru Mirim criou um vínculo muito grande com o município, principalmente com povoado de Entroncamento, onde fixou residência.
            Em 2003, pleiteou uma vaga na Câmara Municipal, tendo conquistado 715 votos, porém ficou na suplência. O prefeito eleito Júnior Marreca, criou uma subprefeitura no povoado Entroncamento e o nomeou como gestor regional, fazendo um bom trabalho se tornando liderança na região.
            Depois conseguiu se eleger em dois mandatos seguidos para Câmara, 2009 a 2016. No último mandato, foi eleito presidente da Casa Legislativa.
          Na última eleição de 2016, foi candidato a vice prefeito na chapa do atual Deputado Federal, Neto Marreca, que na época não alcançou a vitória. Estava se articulando para as próximas eleições, deste ano, por ter se tornado uma importante liderança política itapecuruense. Ele gostava de dizer que não tinha inimigos pessoais, tinha adversários políticos. Era amigo de todos.
Padrinho da APAC
Como presidente da APAC (Unidade de Itapecuru), não posso deixar de reconhecer e agradecer ao amigo Costa, que como presidente da Câmara,  imediatamente ter  abraçado a causa “APAC”, tão logo foi procurado pela Dra. Mirella Cesar, em 2015, com convicção de que todo homem  pode ser recuperado para voltar a sociedade. Esteve em todo o processo da fundação, como um dos mais importantes padrinhos e havia me prometido no velório do outro ex vereador, JR, (13.01.2020), fazer uma visita à APAC.
                         Irmão Costa e a Cultura
Também como presidente da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA, devo ainda testemunhar e agradecer o incondicional apoio que sempre recebi do vereador, desde a fundação da academia em 2011, quando ele já era vereador. Abriu as portas para que pesquisasse todos os documentos, Leis, Projetos de Leis, fotos e qualquer outro material que facilitasse o meu trabalho na Câmara, o que me auxiliou publicar o livro “Sinopse da História de Itapecuru Mirim”.
O vereador (Presidente), tinha um sonho de criar uma biblioteca ou um arquivo público na Câmara, para expor aos pesquisadores e estudantes os documentos da bicentenária   Itapecuru Mirim, bem como digitalizar todo acervo em atas e legislações, para evitar que se perca com o tempo.
Era um cidadão preocupado com a cultura da cidade.
      
        Costa e a Família
Irmão Costa era filho do Senhor, José de Arimatea Costa e da Senhora, Maria de Lourdes Brito Costa, nasceu em Sucupira do Norte (MA), nasceu em 23 de junho de 1963.  Era um dos 13 filhos do casal sucupirense, que o encaminhou desde muito jovem para os estudos na capital.
            Com a primeira esposa, Maria Celeste teve dois filhos, Marcelo e Maycon. Com a esposa atual a magalhense, Iza Diniz Costa teve mais dois filhos, Bruno e Breno.  Era feliz com seus quatro filhos que o presentearam com cinco queridos netos.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020