domingo, 25 de abril de 2021

MARIANA LUZ, Murmúrios e Outros Poemas

                                                        Obra de Gabriela Santana

        


      Neste ano de 2021, ano que comemoramos os 150 de nascimento da imortal poeta Mariana Luz,  a pesquisadora Gabriela Santana,  nos brinda com uma  bela edição do conjunto da obra poética de ilustre poeta itapecuruense "Mariana Luz, Murmúrios e outros poemas".

             Trata-se de  estudo introdutório acompanhado de vários de  poemas  que com certeza  enriquecerá o nosso conhecimento acerca da biografia e da produção da grande escritora de Murmúrios que ficou no esquecimento por longas décadas.       

             O presente e livro é um convite à leitura, à reflexão e ao debate, e pode ser encontrado na Livraria AMEI (Associação Maranhenses dos Escritores Independentes), com endereço no Shopping Center São Luis, no bairro Jaracati, São Luis Maranhão.

 

 


*Gabriela de Santana Oliveira nasceu em São Luís (MA), filha de Jucey Santos de Santana e José Pereira de Santana, pesquisadora, cronista, graduada em Administração de Empresas, pela Universidade CEUMA (1994), mestra em Estudos teóricos e críticos em Literatura pelo programa Pós-Graduação em Letras – PG, Letras pela Universidade Federal do Maranhão. Pesquisadora vinculada ao Grupo de  Estudo e Pesquisa em Lírica Contemporânea de Língua Portuguesa – UFMA. Graduada em Administração de Empresas e  em Letras- Inglês pela  UFMA.

 


 

sexta-feira, 23 de abril de 2021

ESCOLA PAROQUIAL E GINÁSIO BANDEIRANTE

                                                       Nossas Memórias


         José Paulo Lopes

     Uma história pra não ser esquecida, duas instituições  de ensino, Escola Paroquial e Ginásio Bandeirantes,  que deixaram  um legado imorredouro para todos nós,   orgulha aos itapecuruenses  que estiveram nos anos 70 nesse palanque de ouro das nossas vidas,  gravado para sempre em nossa memória.

        Puxando pela memória e conversando com muitos amigos da época enumeramos abaixo alguns nomes, apelidos e sobrenomes de personagens que conviveram conosco nos bancos das escolas citadas, naquela época dos Beatles, Hipies, Governos Militares,  Padre Albino, Clovis Sineiro, Orlando Mota, Boate Iguaraci, Bailes de Primeira,  de Segunda e até de terceira categoria social, Ideal Social Clube, os Inferninhos, Clube Social e suas restrições,  Nonato e Seu Conjunto,  Valdik Soriano, Roberto Carlos, Nelson Gonçalves,  Mundico Cardoso e sua banda, Instalação da televisão preto e branco na Praça, Morte dos Judas, Encontro dos jovens na Praça Gomes de Sousa, Laurentino Boneca, Voz Paroquial São Benedito, Cinema preto e branco do seu Joaquim,  Boite Andorinha e o PTA, Os Bandeirantes conjunto eletrônico, Jovem Guarda, rixas da Escola Paroquial com o Gomes de Sousa e o Bandeirante com a Escola Normal,  as oficinas que nossos pais nos obrigavam a frequentar para aprendermos um oficio,  como  do Bruno Marceneiro, Antenor, Benedito Aleixo, O Barão ou Joaquim Araújo para aprender a tocar instrumentos musicais, as alfaiatarias, funilarias  e outros que teimam em permanecer em nossas memórias:

   

           Arturzinho, Ariel Chaves, Amanda, Aurideia Cavalcante, Aurinete Cavalcante, Antônio Pereira, Arlete Matias, Ana Rafaela, Adma, Antônia Magalhães, Augusto Rodrigues, Adozinha, Aparecida, Benedita, Beth, Benjamim, Benedito Cardoso, Benedito Coroba, Célida Lauande, Celeste Nogueira, Chico Moura, Cotinha Nogueira, Delcimar Matias, Diana Araújo, Diva Amorim, Doca, Doquinha Rodrigues, Elane Castro, Eliane Rodrigues, Elda, Eurly Matos, Elístia Mendes, Flor de Lis Amorim, Leo, Franciane Azevedo, Hildenê Lauande, Itaan Santos, Itelvina, Izinha, Joana, Jorge Araújo, João Telestoro, Jacqueline Oliveira, José Henrique, José Jorge, José Paulo, José Augusto, Leila Rodrigues, Lísia Amorim, Luzia Mendes, Luzia Pinto, Maria Cardoso, Maria de Jesus, Maricélia, Marise, Warluze, Margarida, Naná, Nazita, Nilda, Nilma, Neta Magalhães, Nona, Nominanda, Nonatinha, Niquinho, Osório, Oscar Moura, Odinéia Ribeiro, Pretinha, Patrício, Rayssa Marinho, Ribamar, Rita Sardinha, Sílvia, Socorro Chaves, Socorro Felix, Suely, Socorro Matos, Tarcísio Mota, Tarcísio Chaves, Teca Cruz, Tereza Pinto, Tereza Rodrigues, Tereza Abreu, Tereza Cristina, Valter Marinho, Valdelice, Zequinha Marinho, Odilon, Valber Montelo, Fatima Moura, Urubatan Mendes, Urubatan Oliveira, Almir Brito, Pintinho Rodrigues, Alberto Pinho, Jaiminho, Neguinho de Jaime, Luiz Aquino, índio do Brasil, Sebastião Bógea, Félicia, Betinho Félix, Tonton, Zeca Cruz, Alteredo, Jayron, Tote de Ducarmo, Jane, Zé Jorge, Rita Araújo, Nilson, Neuvaldo, Cabeça de Bagre, Velho Barba, Irmã Judit, Alfredo Selares, Seu Velho, Pixuí, Ciridó, Tia Dorinha

    Dos companheiros aqui citados, a maioria migrou da Escola  Paroquial para o Ginásio Bandeirante de Itapecuru Mirim e a camaradagem perdurou por longos anos, muitos dos quais continuam  mantendo fraterna amizade.

    Não podemos esquecer os ilustres diretores e professores que nos guiaram e orientaram, naquele período de ouro das nossas vidas, nossa eterna gratidão:  Dr. Fernando Welington, Dona Rose, Padre Benedito e os professores: Aciran Paulo, Maria José Valquitans, Maria das Dores Cardoso, Teresa Aragão Mendes. Nossa homenagem póstuma ao saudoso Padre Albino,  um pioneiro,  que construiu a Escola Paroquial e implantou o Ginásio Bandeirantes em Itapecuru Mirim.

       Aos amigos que perdemos ao longo da nossa jornada, fica a saudade eterna: Zé Jorge Rodrigues, José Henrique, Ribamar Fofão, Conceição Belfort, Padre Benedito, Conceição Matos, Teresa Aragão e tantos outros que fogem da nossa memória ...

      Colaboradores da pesquisa:  Rita Sardinha, Jucey Santana e Tubaê Bandeira

 

sábado, 17 de abril de 2021

EU SOU

           *Gracilene Pinto 

 Quem eu sou queres saber...

Mas, que posso responder

a tão difícil questão?!

Viajei por tantas eras,

vi outonos, primaveras,

colhi flores no verão,

Fui rainha, fui princesa,

cativa de cama e mesa,

poeta de distinção.

Fui mão que brandiu espadas,

fui pés que correram estradas,

rico rei e pobretão.

Viajei n´asas do vento,

estrelas do firmamento

foram meu teto e meu chão.

Eu sou a força do Eu sou

e a energia do Amor

é meu maior galardão.

(Texto de Gracilene Pinto)

     


  *Gracilene do Rosário Pinto Pereira nasceu em São Vicente Férrer, porém registrada em São João Batista (MA). Estudou Direito e História na UFMA; é compositora, escritora, roteirista e poeta, com onze livros escritos (pesquisa, poesia, romances e crônicas); 01 roteiro para cinema “Vidas Profanas” (parceria literária com o escritor José Eulálio Figueiredo de Almeida); sete peças teatrais: “Promessas de Campanha”, “Tilde e a Trilha do Milagre”, “Alzeimer, doença ou consequência?” (montada pelo Centro de Artes Cênicas do Ceuma), “Casamento é muito bão” “Filhos das Estrelas no Jardim de Allah” (musical), “O Quarto Marido” (Troféu Reynaldo Faray no Festival Maranhão de Teatro-out/2004, com a Companhia Popular Teatral direção de Afonso Barros e Gracilene Pinto, (2006) com temporadas nos teatros João do Vale e Alcione Nazaré, e finalmente, Vidas Profanas, roteiro tragicômico em parceria com José Eulálio Figueiredo de Almeida.

 

A PRAÇA DOS POETAS E MARIANA LUZ

 Por Benedito  Buzar

Recentemente, o Governo do Estado teve a feliz inciativa, recebida com muita alegria pelo povo maranhense, da construção na Avenida Pedro II, de um vistoso espaço público, em homenagem aos intelectuais de nossa terra.

 Trata-se da Praça dos Poetas, na qual foram colocados bustos de dez destacados escritores maranhenses: Ferreira Gullar, Catulo da Paixão Cearense, Nauro Machado, Sousândrade, Bandeira Tribuzzi, José Chagas, Gonçalves Dias, Maria Firmina, Dagmar Desterro e Lucy Teixeira, poetas brilhantes e reverenciados, pela contribuição que deram à Atenas Brasileira.

NOVAS PRAÇAS, OUTROS BUSTOS

Como o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís estão construindo outras praças na cidade, seria de bom alvitre, até porque a população gosta e aplaude projetos de natureza cultural, que nesses espaços urbanísticos fossem também homenageadas figuras maranhenses, que se encontram esquecidas e deixaram os nomes marcados, pelas valorosas obras em prosa e verso que legaram à sociedade.

Para as praças com bustos de intelectuais, nomes não faltarão para ornamentá-las, pois o Maranhão pode ser pobre quanto aos índices econômicos e sociais, mas em matéria de cultura, temos poetas e prosadores em demasia, que certamente merecem ser homenageados e evocados.

E são nomes de realce do cenário cultural maranhense. Com base em livros que tratam da Literatura Maranhense, de autores do quilate intelectual de Mário Meireles e Jomar Moraes, encontramos miríades de escritores que se projetaram no plano nacional.

NOMES EM PROFUSÃO

Escritores da qualidade literária de Estevam Rafael de Carvalho, José Candido de Moraes e Silva, Joaquim Franco de Sá, Cândido Mendes de Almeida,  Pedro Nunes Leal, Antônio Marques Rodrigues, Mariana Luz, César Augusto Marques, Luiz Antônio Vieira da Silva, Trajano Galvão, Gentil Braga, Paula Duarte, Ribeiro do Amaral, Teófilo Dias, Teixeira Mendes, Adelino Fontoura, Barbosa de Godois, Correa de Araújo, Antônio e Raimundo Lopes, Silvestre Fernandes, Clarindo Santiago, Oliveira Roma, Rubem Almeida, Manuel Sobrinho, Francisco Viveiros de Castro, Justo Jansen, Dunshee de Abranches, Tasso Fragoso, Inácio Xavier de Carvalho, Aquiles Lisboa, Astolfo Marques, Luso Torres, Maranhão Sobrinho, Alfredo de Assis, Alarico Cunha, Jerônimo de Viveiros, Vespasiano Ramos, Franklin de Oliveira, Lago Burnett, Odilo Costa Filho, João Mohana, Oswaldino Marques e tantos outros, podem ser perpetuados, pelo que fizeram em favor do  engrandecimento do Maranhão, no campo das letras e das artes.

A ESQUECIDA MARIANA LUZ

A louvada iniciativa do saudoso escritor José Nascimento de Moraes Filho, nos meados do século passado, revelou ao Brasil a romancista e poeta, Maria Firmina dos Reis, nascida em Guimarães e afro – descendente, de indiscutível valor intelectual, até então desconhecida da crítica literária nacional.  

Se outro escritor da estirpe de Nascimento de Moraes Filho, tivesse, também, levantado a bandeira para o Brasil saber que uma mulher nascida em Itapecuru, também professora e afro – descendente, batizada com o nome de Mariana Luz, escrevia poemas e sonetos da melhor qualidade intelectual, certamente que a minha conterrânea, que me ensinou as primeiras letras, estaria, como Maria Firmina, fazendo parte da galeria dos monstros sagrados da cultura brasileira.

AUSÊNCIA NA PRAÇA DOS POETAS

Eu e meus conterrâneos itapecuruenses, ficamos sobremodo decepcionados, quando vimos que o busto de Mariana Luz não marcava presença na Praça dos Poetas, ela, que deixou uma produção literária de grande monta e de renomado valor intelectual.

Em 1990, quando eu estava à frente da Secretaria da Cultura, mandei reeditar um pequeno livro de sua autoria intitulado Murmúrios, lançado na década de 1960, sob os auspícios do Centro Acadêmico Clodomir Cardoso, da Faculdade de Direito e do Orbis Clube de São Luís.

Recentemente, em função da fundação da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, que tem Mariana Luz como patrona, a acadêmica, Jucey Santana, encabeçou um movimento para o reconhecimento cultural da nossa conterrânea, por meio do livro “Vida e Obra de Mariana Luz”, em que a autora resgata passagens biográficas da poeta e de sua rica produção literária.

MEMBRO DA AML

Nos anos finais da vida, Mariana Luz teve algumas alegrias e o reconhecimento de alguns setores da sociedade nativa, quando um grupo da Academia Maranhense de Letras a elegeu em 24 de julho de 1948, para ocupar a cadeira 32, tomando posse a 10 de maio de 1949, solenidade que contou com a presença do governador Sebastião Archer da Silva. Saudada pelo acadêmico Mário Meireles, por causa de sua carente visão, teve o seu discurso de posse lido pelo professor Mata Roma. 

Ao tomar conhecimento de que Mariana Luz era uma mulher pobre e de vida sofrida, o governador Archer da Silva fez a Assembleia Legislativa aprovar um projeto de lei, que lhe dava direito a uma remuneração mensal. Com esse mesmo desiderato, o ex-prefeito Bernardo Matos, em 1943, com a ajuda da municipalidade e de outras personalidades da cidade, construíram uma casa para a poeta, que morava desconfortavelmente num casebre de taipa.

 

Do Blog do Buzar, sábado, 24 de outubro de 2020

          


  •Benedito Buzar nasceu em Itapecuru Mirim. Jornalista, advogado, escritor, professor universitário (aposentado). Ex-deputado estadual. Ocupou cargos no setor público, dentre os quais, chefe de gabinete e secretário municipal de Educação e Ação Comunitária, presidente da Maratur, presidente do Sioge, secretário da Cultura do Maranhão, presidente do Conselho Estadual de Cultura, membro do Conselho Universitário da Universidade Federal do Maranhão, gerente da Gerência de Desenvolvimento Regional de Itapecuru Mirim. Membro da Academia Maranhense de Letras. Publicou vários livros.

 


quarta-feira, 7 de abril de 2021

REVIVESCÊNCIA

                 


                   Obra do escritor João Carlos Pimentel Cantanhede

          Apresenta o casal de artistas Amina e José de Paula Barros e as suas significativas contribuições para o desenvolvimento das artes visuais no Maranhão na primeira metade do século XX. Paula Barros fundou em 1915 uma escola de desenho e pintura que funcionava no prédio que atualmente é sede da Academia Maranhense de Letras; depois, em 1922, participou da fundação da Escola de Belas Artes do Maranhão, onde coordenava e ensinava desenho e pintura. Ele foi responsável pela formação de vários artistas no século XX. Foram seus alunos: Arthur Marinho, Evandro Rocha, Rubens Damasceno, Hilton Aranha, Telésforo de Moraes Rêgo Filho, Amena Varella (Amina Paula Barros), Beatriz Varella e vários outros. Além do ensino, Paula Barros produziu dezenas de obras e abriu duas lojas de materiais artísticos: Moldura Elegante e Casa Paula Barros.

Quanto à Amina, esta também foi professora, artista e comerciante; criou uma técnica de pintura intitulada LOUZIMANA; fundou a Escola Paula Barros; realizou exposições em diversas partes do país; e foi a primeira mulher a ter destaque no panorama artístico maranhense.

É um livro de referência para o entendimento das artes visuais no Maranhão no período abordado, e também uma justa homenagem ao casal Paula Barros por toda a sua contribuição para a cultura artística maranhense.

 

JOÃO CARLOS PIMENTEL CANTANHEDE

          Mestre em Artes Visuais (UFMA) e Especialista em História do Maranhão (UEMA). Autor dos livros: Revivescência (2014), Cidade e a Memória (2013), em parceria com, Raimunda Fortes; Cantanhede (2010); Veredas Estéticas (2008); e um dos organizadores das antologias PÚCARO LITERÁRIO I e II (2017 e 2018). Realizou exposições individuais e coletivas: “Olhares sobre o cotidiano” -TCE/MA,(2019); “Sem perspectiva” - SESC/MA, (2012);  Palmae” - SESC/MA, 2007; “Itapecuru – imagens recorrentes” - SESC/Ler (2006); “Ritos do Corpo” - SESC/MA, 2005; Hibridações” - SESC/MA, 2004; “Relevos Sensoriais- SESC/MA, 2016; 5º Salão de artes São Luís, SECULT, 2014; 4º Salão de artes São Luís, SECULT, 2013; 3º Salão de artes São Luís, SECULT, 2012; 2º Salão de artes São Luís, SECULT, 2011; “Iconografia Urbana de São Luís” IV- SESC/MA, 2013; “Iconografia Urbana de São Luís” III- SESC/MA, 2008; “Iconografia Urbana de São Luís” II- Galeria Nagy Lajos/Museu de Artes Visuais, 2007; “Arte e Meio Ambiente” - SESC/MA, 2005; “Iconografia Urbana de São Luís” - SESC/MA, 2003; 1ª Mostra SESC de Humor – SESC/MA – 2000; XXIV, XXV, XXVI, XXVII e XXIX Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, FUNC, 1998 a 2002 e 2005;  I, II, III Mostra Maranhense de Humor – DAC/PREXAE-UFMA, 1998, 1999 e 2000; 1º Concurso de História em Quadrinhos do Maranhão – SESC/MA, 1998; 1º e 2º Salão Nacional de Humor Sobre o Controle dos Gastos Públicos - União Nacional dos Analistas e Técnicos de Financias e Controle – UNACON, 1997/98.  Premiado em 1º Lugar em Pintura no XXVI Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, 2001; Melhor Cartum Maranhense na 2ª e 3ª Mostra Maranhense de Humor, 1999 e 2000; e Menção Honrosa em Pintura no XXVII Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís”, 2002. 



O TEMPO

                               *Raimundo Quilombo

 Tempo bom, tempo ruim

Como não falar dele,

Como não esperar dele, né?

Ele cura, encobre e descobre,

Se torna segredo,

Cria coragem, é lento,

É passageiro,

Pedir tempo é ser corajoso (a)

Dar tempo se torna um medo,

Pra muitos ele nem existe,

Pra outros é um motivo

Se torna um vício nele esperar

Pra ver um sonho real ou a realidade mudar

Esperar nele pode ser perda de tempo

Ou criar grandes asas,

Do tempo temos lembranças

No tempo temos confiança

De tudo que a vida nos oferta

A certeza absoluta, ele sempre passará.

 


 


 

*Raimundo José da Silva Leite (Raimundo Quilombo),  poeta, e comunicador popular, filho de Arlindo Fernandes Leite e Raimunda Nonata da Silva Leite, natural do Quilombo da Rampa, município de Vargem Grande (MA). Graduando em Geografia e líder da juventude na sua comunidade