terça-feira, 31 de dezembro de 2019

JOSÉ JORGE GOMES RODRIGUES



    

Jucey Santana

José Jorge Gomes Rodrigues nasceu em Itapecuru-Mirim, em 31 de dezembro de 1957. Filho de José Rodrigues Sobrinho e Raimunda Martins Gomes Rodrigues. 

Fez seus primeiros estudos na Escola Paroquial São Vicente de Paula, posteriormente Ginásio  Bandeirantes. Foi morar em Natal, Rio Grande do Norte onde concluiu o Ensino Médio. Graduou-se em História, e possui vários cursos técnicos na área de elaboração de Projetos, Direito Eleitoral, Legislativo e Parlamentar.


Foi professor de Língua Portuguesa nas Escolas Mariana Luz, Cônego Albino Campos, Leonel Amorim,  Miécio Jorge e  Maria Alice Amorim.

Oriundo de família de forte tradição política, desde cedo passou a desenvolver trabalhos de assessoramento a entidades de classes, como: Associações, Sindicatos, Partidos Políticos, tendo prestado assessoramento a várias prefeituras e Câmaras Municipais da região.

José Jorge escreveu  vários artigos, entre os quais podemos destacar: “Miquilina Fonte Natural e Cristalina” “Reflexão sobre Pãozinho” “Histórias de Nossas Ruas” “Uma Emissora de Rádio” “Açude do DER obra do Homem, Fonte da Miquilina, Obra de Deus  queforam publicados no Jornal de Itapecuru. Também escreve poesia com destaque para “Eu e o Tempo” “O Prazo” “Pensamento”, todas inéditas, porque não teve condições de publica-las. Ocupou vários cargos na administração municipal,  como: professor, Assessor da Secretaria de Educação, Assessor da Câmara Municipal, e Assessor da  Prefeitura Municipal de Miranda do Norte (MA). 

Foi um incansável lutador pela fundação da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA, juntamente com João Silveira e Benedito Buzar, tendo sido coroada sua luta em 07 de dezembro de 2011 onde ele passou a ocupar a cadeira número dezoito como membro efetivo fundador, que tem por patrono o jornalista e professor João da Silva Rodrigues, a quem José Jorge muito admirava.

Também muito se empenhou para a fundação da Academia Vargem-grandense de Letras, cidade onde passou sua infância e berço de seus familiares, como o pai e avô, líder politico da região, José Firmino Gomes. A Academia Vargem-grandense de Letras e Artes, o escolheu para patronear a cadeira número 33 daquela Casa de Nina Rodrigues.

Faleceu aos 8 dias do mês de maio de 2018.  Se vivo fosse,  hoje estaria completando 62  anos de idade.


Do livro Itapecuruenses Notáveis, 2ª edição (2018), pag. 357, de autoria de Jucey Santana.

domingo, 29 de dezembro de 2019

Padre Raimundo Amorim Carvalho


   
Conego Carvalho

Jucey Santana 

Filho de João Batista Carvalho e  Belísia de Amorim Carvalho, nasceu na cidade de Pedreiras (MA), em 2 de julho de 1910. Depois dos primeiros estudos na sua cidade  e demonstrando tendência para instrução religiosa seus pais o encaminharam em 1923 ao  Seminário Santos Antonio onde cursou Humanidades, equivalente ao atual,  fundamental, tendo concluído em 1928. Em 1929 iniciou o curso de Filosofia e  1932  cursou Teologia. 

Recebeu a primeira tonsura em 26 de outubro de 1933 pelas mãos de Dom Severino Vieira de Melo, bispo do Piaui e em 28 do mesmo mês, pelas mãos do mesmo bispo, recebeu as primeiras Ordens Menores de Ostiriato e Leitorato. As últimas  Ordens Menores,  recebeu em 24 de agosto de 1934 sendo o oficiante Dom Emiliano Locati, bispo de São José de Grajaú, o Subdiaconato  foi ministrado em 22 de setembro de 1935  por Dom Severino Vieira de Melo, do Piaui,  o Diaconato em 1º de novembro de 1935 e o sagrado Presbiterato em 3 de novembro do mesmo ano, ambos oficiado pelo mesmo bispo do Piaui. 

Em 6 de janeiro de 1936, aos 25 anos, oficiou a Missa Nova, na Igreja Matriz de São Benedito  da cidade de Pedreiras, com a presença de todos os seus familiares.

Em 6  agosto de 1936 foi nomeado por Dom Carlos Carmelo Vasconcelos Mota, vigário cooperador, da Paróquia de São Luis Gonzaga no município de Bacabal. Em 1º de agosto de  1937 por provisão do mesmo arcebispo,  foi nomeado pároco da paroquia de Santa Teresinha no mesmo município. Em fevereiro de 1944, foi transferido como pároco da cidade de Guimarães, na centenária paroquia de São José, onde permaneceu até dezembro de 1946. 

Padre Carvalho nas terras Iguaraenses

Em 1º de janeiro de 1947 foi nomeado vigário da paróquia de São Sebastião   de Vargem Grande e vigário encarregado da paroquia de São Benedito, de Curuzu (atual São Benedito do Rio Preto),  paróquia de Nossa Senhora da Conceição do distrito de Manga do Iguará e capela de Santa Luzia, no povoado do mesmo nome atual Presidente Vargas, em substituição ao padre Alteredo Soeiro Mesquita que estava sobrecarregado com a administração de duas freguesias,  Itapecuru Mirim e Vargem Grande.

O padre logo  conquistou a população iguaraense, que passou a  depositar  confiança  em seu novo sacerdote, em uma época de muita intranquilidade  politica, pobreza, incerteza com o futuro, já que o mundo todo ainda   mantinha viva memória  do caos  causado com a recente,   Guerra Mundial e opressões com a ditadura ferrenha imposta ao povo por Getúlio Vargas, com repressões, prisões arbitrarias e torturas (1930/1945). Esta era a situação que se encontrava a população quando o clérigo Raimundo Amorim Carvalho entrou em cena.

O jovem pastor de 37 anos,  passou logo  a impressão  de tranquilidade,  amor fraterno e muita determinação aos seus paroquianos.

Ao chegar fundou e otimizou uma escola paroquial, já que encontrou  o sistema educacional de Vargem Grande muito  deficitário para época,  e mesmo não praticando política partidária se aliou aos gestores municipais, para reivindicar recursos financeiros não só para a igreja, mas, para toda a região, já que tinha muito acesso ao Palácio dos Leões, tendo credibilidade em todos os setores políticos, eclesiásticos e educacionais.

Em Vargem Grande existia um pequeno aeroporto, iniciado ainda por ocasião da Segunda Guerra. Em agosto de 1949, o Padre Carvalho, fez um apelo ao Senador Vitorino Freire,  que prontamente doou dois mil cruzeiros para as obras. Tendo sido objeto de campanha o dinâmico prefeito Didi Barroso, a ampliação e conclusão do aeroporto,  em sua gestão (1950/1955).

                       Acordo no Carnaval de 1950

A população vargem-grandense e o Padre Carvalho selaram um acordo para não realizar a festa profana do Rei Momo em 1950, com o compromisso de que o Padre ficasse na cidade, porque geralmente  se recolhiam em retiro. 

Não só o Padre atendeu ao pedido como ainda levou o padre Odorico Mata, que chegou à cidade dia 14 de fevereiro,  enfrentando estradas cheias de atoleiros no lombo de um burro.  De 18 a 23 do mesmo mês,  pregaram a palavra, confessaram,  batizaram crianças,  realizaram casamentos coletivos dos casais que viviam juntos,  fizeram mini cursos rurais,  recreações,  e a igreja ficou sempre lotada.  A ação evangelizadora foi liderada   pelas Zeladoras do Apostolado da Oração e as Filhas de Maria.

Acontecimentos históricos na gestão do Pe. Carvalho

Grandes eventos que marcaram a gestão do Padre Carvalho na região do Iguará: 

1.  Transferência da Festa de São Raimundo para Vargem Grande, que desde o início do século vinte, vinha sendo cogitada, que fosse realizada na sede do município porque o povoado de Mulundus não oferecia mais  estrutura adequada para o festejo que se tornara grandioso. 

Os tradicionalistas resistiam, por achar que a festa deveria permanecer no local de origem. Foram anos de negociações, para em  1953, na gestão do arcebispo Dom José Medeiros Delgado,  houver a transferência da festa. Os conservadores, no entanto, inconformados continuaram celebrar São Raimundo Nonato em Mulundus, que em consenso a igreja fixou a data do evento no povoado para o mês de outubro e assim respeitando a religiosidade popular.

2. Com o regime militar instalado no país em 1964 e a igreja fazendo opção pelas classes oprimidas, para estabelecer contatos diretos com os fies,  foram criadas as  Comunidades Eclesiais de Base, Comissão de Justiça e Paz, Pastoral da Terra,  e outras ferramentas para intercambio com o homem do campo, os chamados “Sem Terra”, o Padre atuou com presteza nas pastorais com os agricultores e comunidades urbanas,   fóruns de debates sobre os problemas da região,  distribuía aos pobres, cestas básicas como leite, arroz e farinha, conseguido da Cáritas do Brasil, e mantinha livre acesso ao governo, apesar do regime militar, para aquisição de beneficio para sua região.

3.  Em 25 de dezembro de 1958 o padre Raimundo Carvalho, recebeu o título eclesiástico de Cônego Honorário das mãos do Arcebispo Dom José de Medeiros Delgado, comemorado com entusiasmo pelos paroquianos.

4.  Outro episódio importante na sua gestão, foi o Concílio Vaticano II,  foi a reforma religiosa que alterou  a estrutura da igreja,  mexendo nos dogmas da igreja, com mudanças radicais, omo, a missa em latim passou a ser celebrada na língua pátria,  nos rituais eucarísticos o celebrante passou a se apresentar de frente para os fiéis, e a  retirada dos ícones da igreja foram algumas das mudanças que deixaram os católicos intranquilos quanto ao  destino da igreja, Porém o padre conduziu as mudanças a partir de 7 de março de 1967, com tranquilidade e metodologia adequada.

5. A pedido do Cônego Carvalho, em 2 de fevereiro de 1967 o arcebispo Dom João José da Mota e Albuquerque levou pessoalmente as primeiras Irmãs Dorotéias  para se instalarem em uma das casa da paróquia, para auxiliarem na escola paroquial e na evangelização de toda a região.

Padre Carvalho e Padre Albino

Em dezembro de 1950, Padre José Albino Campos Filho, assumiu a paróquia de Nossa Senhora das Dores de Itapecuru Mirim. Em sua recepção estava o padre Carvalho para acolhê-lo, tendo  criado um grande laço afetivo entre os dois clérigos. 

Sendo o padre Carvalho, doze anos mais velho que o vizinho, e já conhecendo a região, se tornou um orientador  e companheiro  com ajuda mútua.  

Entre os dias 15 a 29 de março, realizaram um curso de líderes rurais entre Itapecuru e Vargem Grande, dirigidos por técnicos agrícolas de São Luis,  os agricultores de  Vargem Grande, foram  todos hospedados por padre Albino. 

Conseguiam vantagens governamentais sempre  para as duas cidades.  Nas viagens do Padre Carvalho o Padre Albino assumia a paróquia de Vargem Grande e vice-versa. 

Na longa enfermidade de padre Albino, o padre Carvalho deu toda assistência, a paróquia de Itapecuru Mirim, aquele  perdeu a luta para o câncer em 24 de janeiro de 1970, aos 48 anos de idade  o padre Carvalho oficiou a missa de corpo presente e a missa de sétimo dia foi concelebrada por três cônegos,  amigos: Gerson Nunes Freire, José Ribamar Carvalho e Raimundo  Carvalho

Morte do cônego Raimundo Carvalho


O Cônego  Carvalho teve morte por parada respiratória em 19 de abril de 1970.  Passou 23 anos em Vargem Grande,  estimado pelo povo, prudente,  humilde e muito trabalhador, preocupado com a educação e  a promoção dos paroquianos.
Estiveram presentes  no velório, o arcebispo Dom  Mota e Albuquerque, Conego Paulo Sampaio, Padre Benedito Chaves (padre de Itapecuru Mirim), Padre Clodomir Brandt, Padre Xavier, Conego Gerson Freire, Padre Lourenço, Padre Gabriel, Padre Manoel Prest e Padre José Antonio.  Recebeu autorização do Arcebispo para seu sepultamento na Igreja Matriz de São Sebastião.
A Academia Vargem-grandense de Letras e Artes, reconhecendo-lhe o mérito, o elegeu para patronear a cadeira número 21, tendo como membro fundador José  Sousa de Barros Filho.

Do livro inédito, Iguaraense Literário, organizado por Jucey Santana

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

A CIGARRA Mariana Luz

                              

Por que escrever  Mariana Luz para Crianças?

Jucey Santana
Depois de alguns anos de pesquisa publiquei em 2014 o livro Mariana Luz, vida e obra, da importante poeta, teatróloga e professora, Mariana Luz, segunda mulher a ter assento na Academia Maranhense de Letras em 1949.  Apesar de bem aceita por pesquisadores, estudantes e críticos literários, percebi que a  obra  não atingiu os alunos da educação infantil.
 
Participando de alguns eventos escolares e vendo os alunos representarem a imortal Mariana Luz sempre retratando-a na sua velhice, já que alguns dos episódios marcantes da sua vida ocorreram no outono da sua existência, como o primeiro emprego aos 70 anos e  o ingresso na Academia Maranhense de Letras aos 78 anos, entendi que a compreensão assimilada pelas crianças era tão somente a de uma professora idosa e muito exigente.
Mariana pintando quadros
A partir dessa constatação, compreendi que se fazia necessário mostrar aos pequenos outras facetas de Mariana, como sua avidez pelo conhecimento desde a infância, as crises com os pais na adolescência e  a sua paixão pelas artes associada ao seu desejo de colaborar na construção de um mundo melhor.

Os pequenos leitores, ao adentrarem um pouco mais na vida da artista, descobrirão uma mulher que buscou sua independência, que batalhou para ter seu talento reconhecido em um ambiente preconceituoso e patriarcal, sendo dessa forma também, alguém que esteve na vanguarda de importantes lutas e conquistas por respeito, espaço e aceitação dos marginalizados de nossa sociedade.

Mariana teve muitos apelidos como: Sianica, Poetisa das Rosas e Cigarra, porque gostava de contar e tocar vários instrumentos.


                               Lançamento da Cigarra Mariana Luz.

A obra infantojuvenil, que foi ilustrado pelo renomado artista plástico itapecuruense, Alex Muniz,  foi lançada na 13ª feira de livros de São Luis – FELIS e na II Festa Literária de Itapecuru Mirim – FLIM no mês de outubro e  está sendo usada em algumas escolas de Maranhão.
Através dessa obra, esperamos tornar Mariana Luz mais conhecida e assim contribuir para o seu justo reconhecimento.
Mariana musicista

Mariana com amigos





Confraternização da APAC e do Instituto Resgate


        

Jucey Santana

Dia 14 do corrente mês, sábado,  foi realizada na sede  da APAC  (Associação de  Proteção e Assistência ao Condenado), a confraternização das duas casas de recuperações:  APAC e o Instituto Missionário Resgate. 

A festa  fraterna  foi marcada de muita alegria, amizade, e o que eles mais gostam: de futebol.
Ao iniciar,  as 16 horas,  houve  disputado  jogo entre as duas  equipes, que  nem mesmo a chuva   desanimou  os  valorosos atletas,  dando a vitória  a Agremiação de Peladeiros Amigos em Cristo (APAC)  com o certame de 12 a 8 para a equipe   Resgate Futebol Clube (Instituto).

A partir das 17 horas, foi iniciada a solenidade  com  o hino de Itapecuru Mirim,  e o acolhimento aos  convidados,  padrinhos  e voluntários  que contribuíram para  o brilhantismo do evento.


Em seguida foi realizada uma gincana interna (de futebol), que premiou 10  pessoas  das duas casas, com o mérito de melhores atletas com a entrega  das merecidas medalhas, e   equipagens  de futebol para seus times.

Vale destacar e agradecer os colaboradores e  padrinhos, que  proporcionaram o  importante   momento fraterno,  abraçando  a causa  dos recuperandos  da APAC e do Instituto, a eles.   Gratidao! 


01. Benedito Bogea Buzar; (jornalista e escritor);
02. Mirella Cezar Freitas;  (Juiza,  da 2ª Vara de Itapecuru, fundadora da APAC);
03. Carla  Mendes Alencar (Promotora Pública,  fundadora da APAC);
04. Benedito Nascimento, Coroba (Promotor Público, aposentado);
05. Wendel Lages (deputado Estadual Itapecuruense);
06. Maurel Selares (Procurador- chefe   do Trabalho MTP-MA);
07. Francisco Inaldo Lisboa (Diretor do IFMA/ Itapecuru Mirim);
08.  Teresa Lauand Fonseca (Secretária de Ação Social do Município);
09. Antonio Carlos Cardoso (Padre da paróquia de São Mateus-MA);
10. José Pereira de Santana (Empresário de São Luis-MA);
11. Luciano Henrique Benigno (Promotor Público, da comarca de São Luis);
12. José Domingos B. Santos (Empresário de São Luis-MA);
13. Elistia Aragão Mendes (Secretaria da Ação Social do Município);
14. José Sousa (Secretario de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer de Itapecuru);
15. Teresa do Kid (Secretaria da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer do Município);
16. Teca Cruz (Empresária de Itapecuru Mirim).

                             A Apac de Itapecuru Mirim

 
A unidade da APAC de Itapecuru Mirim, foi fundada em 2 de junho de 2015, graças aos esforços da Doutora Mirella Freitas, juíza de execução penal de Itapecuru Mirim, a Promotora de Justiça, Doutora Carla Alencar  e  vários simpatizantes do projeto da sociedade Itapecuruense, conquistados pelo carisma e o dinamismo da Dra. Mirella, com a celebração de um convenio com o Estado do Maranhão, atravez da Secretaria de Estado de Administraçao Penitenciária - SEAP, para o suporte financeiro. 

 A APAC tem por  objetivo  promover a humanização das prisões, sem perder de vista a finalidade punitiva da pena. Seu propósito é evitar a reincidência no crime e oferecer alternativas para o condenado se recuperar, por meio  um método de valorização humana, vinculada à evangelização, com uma  perspectiva de  proteção da sociedade,  promoção da justiça e o socorro às vítimas. 
 
 Sua filosofia é ‘Matar o criminoso e Salvar o homem’, a partir de uma disciplina rígida, caracterizada por respeito, ordem, trabalho e o envolvimento da família do sentenciado. A valorização do ser humano e da sua capacidade de recuperação é também uma importante diferença no método APAC.

A principal  diferença entre o sistema carcerário comum  e a  APAC  é que na ultima os presos (chamados de recuperandos) são co-responsáveis pela recuperação deles mesmos, além de receberem assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica prestadas pela comunidade (voluntários). 

A segurança e a disciplina são feitas com a colaboração dos recuperandos, tendo como suporte funcionários, voluntários  e uma diretoria bienal, eleita por simpatizantes da sociedade civil, sem vinculo empregatício, que prestam serviços voluntariamente,  sem a presença de policiais ou agentes penitenciários.

Nas unidades, os recuperandos, frequentam cursos supletivos, mantidos pela prefeitura Municipal de Itapecuru Mirim e cursos  profissionalizantes ministrados por voluntarios e  atividades variadas, para evitar  ociosidade. 

Um outro destaque, refere-se à municipalização da execução penal. Os recuperandos são oriundos da própria comarca de Itapecuru  e termos próximos para facilitar a aproximação com os familiares. . 

Em todo o Estado do Maranhão, já contabilizamos sete unidades apaqueanas. A última, inaugurada este mês de dezembro, foi a unidade de  Bacabal, tendo a frente     o dinâmico frei José Ribamar, que auxiliou na fundação de todas as APAC do Maranhão.
Time do Instituto

O custo de cada preso para o Estado, no sistema comum,  corresponde a quatro salários mínimos enquanto na APAC  cada recuperando, custa um pouco mais do salário mínimo. 

O método apaqueano parte do pressuposto de que todo ser humano é recuperável se houver   um tratamento adequado, para tanto é necessário a participação da sociedade  através do trabalho de voluntariado para que seja trabalhado os  12 elementos fundamentais da recuperação.  Ao ressocializar o  preso, estamos protegendo a sociedade! 

Agradecemos todos os voluntários, que se fazem presentes ao menor chamado, aos guerreiros funcionários que não medem esforços no cumprimento dos seus deveres, e que estão   em constante crescimento pessoal  e  espiritual, sempre a serviço dos irmãos,  muitas vezes como voluntários.

Aproveitando ainda para  enaltecer  o abnegado trabalho do professor Tiago Oliveira que com    dedicação tem dado grande contributo de modo dignificante para a recuperação e ressocialização dos recuperandos da APAC através do  trabalho que vai  muito além  do compromisso  de professor daquela unidade prisional,  acompanhando individualmente,  cada um, no processo da remição e no crescimento intelectual, comemorando cada conquista.


O Instituto Missionário Resgate, fundado em 2014, pelo pastor Sebastião  Teixeira,   é uma casa de acolhimento e tratamento de dependentes químicos de Itapecuru, tendo como diretor. o missionário Jailson Vinagre.

  
Diretoria da APAC do biênio  2019/2021

A Unidade de Itapecuru Mirim, dispõe atualmente de 37 recuperandos  distribuídos no regime fechado e semi-aberto.  No dia  11 de junho  do ano em curso,  foi eleita a diretoria abaixo:
Presidente:  Jucey Santos de Santana;
Vice-Presidente: Teresinha Maria Muniz Cruz Lopes;
1ª Secretária:  Antonia Jovenina Falcão Correa;
2ª Secretária: Severa  Garrido Barros Oliveira;
1ª Tesoureira: Teresinha de Jesus Rodrigues Cruz;
2ª Tesoureira: Maria Lúcia Abreu Machado.
Diretor de Patrimonio: Evalto Almeida Diniz.


*Jucey Santos de Santana, presidente da APAC e voluntária do Instituto Missionário Resgate.