terça-feira, 22 de junho de 2021

OS DEGREDADOS DO EDEN

                           Novelas de Inaldo Lisboa


 OS NOVOS DEGREDADOS DO EDÉN, obra de Inaldo Lisboa, se divide em duas partes com as novelas,  “A Construção” e “Ventos de Verão”. A primeira história recebeu o prêmio Graça Aranha, na categoria novelas e romances, obtendo o segundo lugar, no 31º Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís, em 2007, mas só agora foi publicada.

Segundo o escritor, pesquisador e membro da Academia Maranhense de Letras José Neres, que fez o prefácio,

“Escritor experiente, o teatrólogo, cronista, prosador, roteirista e poeta Inaldo Lisboa consegue, nas duas novelas que estão enfeixadas neste livro, conduzir seus leitores por caminhos que já foram percorridos por outros autores, mas que agora são revisitados com outros olhares, com um estilo fluido e com a sensação de caminhar ao lado dos protagonistas de cada uma das histórias. Os novos degredados do Éden são pessoas de papel que podem ser encontradas em cada rua, em cada esquina, que sofrem e que fazem sofrer, pois representam a materialidade de algo que nem sempre queríamos ver materializado de forma crua. Dessa forma, a arte torna-se um excelente meio de fazer com que as dores e as angústias dos outros, que nem sempre nos tocam no mundo real, acabem incomodando nossa aparente paz e nos fazendo refletir sobre situações tão corriqueiras quem nem mesmo são mais percebidas por quem está mais preocupado em sobreviver por mais um dia, sem preocupar-se com as dores, as angústias ou com os sofrimentos alheios.

Ao longo das páginas, passamos a conviver com as disputas amorosas entre duas irmãs que encontram a promessa de felicidade e ao mesmo tempo a inimizade nos braços de um homem sedutor que pode pôr fim tanto à solidão quanto à paz que reina naquele povoado adormecido pela falta de novidades. O leitor também se depara com o lirismo de uma conflituosa relação homoerótica entre dois amigos cuja relação vai muito além das questões carnais e ganha outras dimensões.

O talento de Inaldo Lisboa faz com que os dois textos sejam lidos sem que a pecha dos preconceitos faça morada em suas linhas. A leveza é uma das marcas mais importantes deste livro. As personagens amam e sofrem, sofrem e amam. Têm todos os defeitos e as qualidades humanas que fazem o leitor se identificar com os seres de papel que saltam do livro e começam a nos acompanhar e dividir seus segredos conosco em cada uma das páginas...”

 

 


INALDO LISBOA é maranhense, nascido em Itapecuru-Mirim, em 1964, onde principiou sua trajetória profissional com momentos marcantes como ator, diretor e autor teatral. Mas foi no antigo grupo CARICARETA, dirigido pelo saudoso ator Jaime Furtado que sua carreira no teatro começou a se consolidar. Graduou-se em Educação Artística, com habilitação artes cênicas, pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA e em Letras pelo Uniceuma. É especialista em Língua Portuguesa pela Universidade Salgado de Oliveira e Mestre em Ciências, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ. É doutorando pela Universidade Nacional de Rosário -UNR Argentina. Desde 2015 é diretor Geral pro tempore do IFMA Campus Itapecuru Mirim.

Em 1995 passou a ser professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA São Luís Campus Maracanã, ex-Escola Agrotécnica Federal de São Luís) onde, além de suas atividades docentes já exerceu cargo de gestor (Chefe da Diretoria de Desenvolvimento Educacional, Diretor Substituto e Diretor Geral Pro-Tempore).

Foi vencedor do Prêmio Água Fonte de Vida e Desenvolvimento de 2007, na categoria texto teatral, com a peça Canto d´Água, promovido pela Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão – CAEMA.

 Entre suas inúmeras obras, destacam-se as peças teatrais: As malvadas (2019); O Farol Maranhense (2018); Nossa Velha Canção (1996); Babaçu is Business (1999); Moderniscravizando (2006); Os órfãos de Ayrton Sena (2004); Trangênicos or not Transgênicos (2005); Um grito vindo do Rio Itapecuru (1997), É fogo (2009) entre outras. São também de sua autoria as peças Que Espetáculo é Esse? (1987) e O Filme de Ontem (1988), ambas encenadas pelo grupo CARICARETA e apresentadas no Teatro Artur Azevedo. Escreveu ainda Caminhos de Pedra Miúda, feita a partir de uma pesquisa sobre a história da cidade de Itapecuru-Mirim, texto encenado várias vezes pelo TEIt (Teatro Experimental Itapecuruense), grupo fundado por ele em 1982.

Publicou o livro de crônicas e contos Tudo Azul no Planeta Itapecuru, lançado em 2005 e o livro Nicéas Drumont: o gavião Vadio, prêmio Artur Azevedo, primeiro lugar teatro, no 31º Concurso Literário e Artístico Cidade de São Luís, em 2007.

Participou da coletânea Púlcaro Literário, 1ª edição (2017) e organizou, juntamente com Jucey Santana, o livro João Batista: Um homem itapecuruense e sua múltipla história, 2016.  

É membro fundador da Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes, (AICLA), sócio da Associação Maranhense dos Escritores Independentes (AMEI) e é associado à Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (SBAT)

Roteirizou e produziu o filme longa metragem Caminho de Pedras Miúda (2015), roteirizou, dirigiu e produziu os filmes No Palco com Aldo Leite (documentário em longa metragem) 2018, João Batista (documentário em curta metragem) 2016, No tempo de Abdala era Assim (documentário em curta metragem, livre adaptação do livro homônimo de Benedito Buzar) 2018,  Uma Sexta-feira em 1940 (ficção baseada em fato real curta metragem) 2018.

Contatos Inaldo Lisboa: 9 9992-1741 email: franciscoinaldo@uol.com.br