A natureza é maravilhosa em sabedoria
Dá-nos demonstração de diverso
Pássaros. Tantos são suas famílias,
Muitos são os seus tamanhos.
Quantidade tanta fecunda as matas,
Incontáveis são os seus cantares
Sábio, o sabiá que em madrugadas
Anuncia o amanhecer a seus pares.
O galo, que ao iniciar um novo dia
Avisa a todos nós que já é novo dia.
O rouxinol, mesmo pequenino tem voz forte.
E os pardais em revoada, alegres
Anunciando com algazarra o anoitecer.
O beija-flor, veloz, paira no ar.
O martim pescador que não é preguiçoso,
Trabalha na beira rio ganhando seu sustento.
O João de Barro, grande construtor
Ensina-nos que trabalhar é necessário,
Engrandece o pequeno e revigora a todos.
Noto no tucano, seu bico gigantesco,
Lindo, forte, encantador e colorido.
E não esqueço a araponga de cantar poderoso.
Os abutres que necessários são a limpar,
As carcaças, fazendo o equilíbrio ambiental.
A história se alonga e é bom parar...,
Mas devo falar do japi, o xexéo
Que sempre alegre, vive a imitar,
Os cantares dos pássaros, das matas.
Zangado ficou o gavião que não gostou,
Tirou satisfação com o japi e o deixou:
Arrepiado, medroso e zonzo.
Com isso, o gavião terminou sendo o “rei dos ares”.
Rio de Janeiro, 19/03/2021, às 1
*Romeu Sílvio Bandeira de Melo é itapecuruense, bacharel em Ciências Contábeis, expositor e palestrante espírita, dirigente de grupo de estudos e pesquisas espiritualistas, escritor e membro efetivo da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes (AICLA), representante da Cadeira Nº 15, patroneada por Juvenal Nascimento de Araújo. Filho do professor e poeta, Luis Gonzaga Bandeira de Melo e da itapecuruense Maria Jose Bezerra Bandeira de Melo. É poeta inspirado e sensível, publicou um livro de poemas, Estrela Luminosa em 2015.
Grande poeta e escritor.
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