*Shayane Oliveira
Olhos castanhos como tronco
De uma e meia da tarde
As cinco do mesmo dia,
Queimada do sol ardente
Até ao sol poente
Seus olhos não se cansam?
seus olhos não se fadigam?
Com um nobre tom rosado
Eles me mantém em contato.
Amo teus olhos castanhos
Amo teu jeito estranho
Amo tudo em você
Amo na verdade... você.
Com toda intensidade
Te amarei toda tarde
De uma e meia da tarde
Às cinco e meia da tarde
Fase feliz
Na simplicidade da vida
Quando tudo nos trazia alegria
As flores dançavam
As borboletas cantavam.
Brincando de boneca
E até de ser médica
Tudo era faz de conta
Chegávamos em casa cheios de lama.
Nas copas das árvores os pássaros gorjeavam
era a mais linda das canções
que vinha do coração
Um graveto era uma espada
O lençol uma capa
Tudo era muito simples,
Mas bastava ser criança
Tempo que se vai
Tenho saudade
Saudade daquela tarde,
Daquele dia de chuva
Das brincadeiras, na rua
Saudade do se foi
E não voltará nunca mais.
Queria voltar no tempo
Desfrutar cada momento
Mas, para meu grande tormento,
Não existem máquinas do tempo
Se existissem seria uma maravilha!
Toda gente se agraciaria.
Mas, nos resta viver o agora,
Como se fosse a última hora
Chore, cante e sorria
Viva essa bela vida
Viva ela, intensamente.
Céu cor de cinza
Sejam dias ensolarados
Sejam dias nublados
Sejam noites estreladas
Sejam noites claras
Já avistou a aurora boreal?
Nesse céu tão anormal?
Que foge das expectativas
Com tamanhas maravilhas.
O que mais me enfatiza
É o céu cor de cinza
É como a calma da madrugada
É como a paz de ser amada.
Um dia acinzentado
Nem sempre é atordoado,
Como um dia ensolarado
Nem sempre é animado.
Estado de morte
Mente vazia
Sangue gelado
Pele fria
Batimento cessado.
No canto da sala, alguém chorando
Perto da mesa, alguém se lamentando,
Olhos vermelhos de tanto chorar
Semblante vazio, com mente a vagar.
Uma sufocante pressão de arrependimento
Uma sutil presença de culpa,
E uma pobre alma carregada de sofrimento.
No meio da casa
Não se ouve uma palavra,
O orvalho cai com pressa
Mas, nem tanto quanto o pranto
Enfim... chega o adeus...
*Shayane Mendes Oliveira, nasceu em Itapecuru Mirim (MA) em 20 de abril de 2009. Filha de Charles Cardoso Oliveira e Irismar Lima Mendes. Atualmente é estudante do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Militar 2 de julho – unidade XVI. Aos 13 anos no ano de 2022, conheceu o mundo da poesia e se apaixonou pela escrita poética. A partir de 2023, passou a organizar em arquivo, sua produção, pensando em uma futura publicação, porém sem nenhuma orientação. Depois que conheceu a professora Lucia Nascimento, e compartilhou o seu projeto literário, esta, prontamente começou incentivá-la e até a levou a presença da escritora Jucey Santana, que é conhecida por ajudar os escritores iniciantes em Itapecuru Mirim e no Maranhão, que se mostrou entusiasmada com o seu talento poético e prometeu encaminhamentos nas vertentes da literatura. Vale a pena conhecer, esta jovem e inspirada poeta, itapecuruense, do torrão natal de Mariana Luz.

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