domingo, 21 de dezembro de 2025

POEMAS DE SHAYANE

    *Shayane  Oliveira

Olhos castanhos como tronco

De uma e meia da tarde 

As cinco do mesmo dia,

Queimada do sol ardente 

Até ao sol poente

 

Seus olhos não se cansam?

seus olhos não se fadigam?

Com um nobre tom rosado 

Eles me mantém em contato.

 

Amo teus olhos castanhos

Amo teu jeito estranho

Amo tudo em você 

Amo na verdade... você.

 

Com toda intensidade

Te amarei toda tarde

De uma e meia da tarde 

Às cinco e meia da tarde

  

Fase feliz

Na simplicidade da vida

Quando tudo nos trazia alegria

As flores dançavam 

As borboletas cantavam.

 

Brincando de boneca

E até de ser médica

Tudo era faz de conta 

Chegávamos em casa cheios de lama.

 

Nas copas das árvores os pássaros gorjeavam

era a mais linda das canções 

que vinha do coração

 

Um graveto era uma espada

O lençol uma capa

Tudo era muito simples,

Mas bastava ser criança 

 

                                    Tempo que se vai

Tenho saudade

Saudade daquela tarde,

Daquele dia de chuva 

Das brincadeiras, na rua

Saudade do se foi

E não voltará nunca mais.

 

Queria voltar no tempo

Desfrutar cada momento

Mas, para meu grande tormento,

Não existem máquinas do tempo

Se existissem seria uma maravilha!

Toda gente se agraciaria.

 

Mas, nos resta viver o agora, 

Como se fosse a última hora

Chore, cante e sorria 

Viva essa bela vida 

Viva ela, intensamente.

  

Céu cor de cinza

Sejam dias ensolarados 

Sejam dias nublados 

Sejam noites estreladas

Sejam noites claras 

 

Já avistou a aurora boreal?

Nesse céu tão anormal?

Que foge das expectativas 

Com tamanhas maravilhas.

 

O que mais me enfatiza

É o céu cor de cinza

É como a calma da madrugada

É como a paz de ser amada.

 

Um dia acinzentado 

Nem sempre é atordoado,

Como um dia ensolarado 

Nem sempre é animado.

  

Estado de morte

Mente vazia

Sangue gelado

Pele fria

Batimento cessado.

 

No canto da sala, alguém chorando

Perto da mesa, alguém se lamentando,

Olhos vermelhos de tanto chorar 

Semblante vazio, com mente a vagar.

 

Uma sufocante pressão de arrependimento

Uma sutil presença de culpa,

E uma pobre alma carregada de sofrimento.

 

No meio da casa

Não se ouve uma palavra,

O orvalho cai com pressa 

Mas, nem tanto quanto o pranto

Enfim... chega o adeus...

  

    


      *Shayane  Mendes Oliveira,  nasceu em Itapecuru Mirim (MA) em 20 de abril de 2009. Filha de Charles Cardoso Oliveira e Irismar Lima Mendes. Atualmente é estudante do 1º ano do Ensino Médio do Colégio Militar 2 de julho – unidade XVI. Aos 13 anos no ano de 2022, conheceu o mundo da poesia e se apaixonou pela escrita poética. A partir de 2023, passou a organizar em arquivo, sua produção, pensando em uma futura publicação, porém sem nenhuma orientação. Depois que conheceu a professora Lucia Nascimento, e compartilhou o seu projeto literário, esta, prontamente começou incentivá-la e até a   levou a presença da escritora Jucey Santana, que é conhecida por ajudar os escritores iniciantes em Itapecuru Mirim e no Maranhão, que se mostrou entusiasmada com o seu talento poético e prometeu   encaminhamentos nas vertentes da literatura. Vale a pena conhecer, esta jovem e inspirada poeta,  itapecuruense, do torrão natal de Mariana Luz.

 

 

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