segunda-feira, 5 de novembro de 2018

JUCEY SANTANA LANÇA 4 LIVROS NA I FLIM



  

O jornalista Brenno Bezerra* conversa com Jucey Santana sobre sua produção literária de 2018


Jucey Santana.  Presidente da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes – AICLA,  uma das maiores incentivadoras das comemorações do bicentenário da fundação de  Itapecuru Mirim e com uma comissão formada por  acadêmicos do sodalício liderada pelo professor Inaldo Lisboa conseguiu organizar,  um dos maiores eventos literários do Estado, a I Festa Literária de Itapecuru Mirim – I FLIM, de 19 a 21 de outubro do corrente

Como se não bastasse, em meio aos atropelos, com os inúmeros compromissos, que durante sete meses manteve a equipe em intensa atividade, para montagem da mega festa, Jucey, nesta conversa, fala como encontrou tempo para a  I FLIM e ainda  concluir  4 livros que foram lançados na Festa.
 B.B.- Confreira Jucey, me fala qual o milagre para que publicasse e lançasse quatro livros por ocasião da festa comemorativa aos 200 anos de Itapecuru.

J.S –. Em primeiro lugar, precisa ter muita determinação, porque não é fácil. Nunca sobra tempo, as vezes gostaria que os dias fosses maiores. Principalmente no meu caso, com necessidades de buscas de acervos,  entrevistas,   minuciosas pesquisas, com vários deslocamentos, quer para outras cidades, quer para zona rural, sem esquecer os entraves financeiros que constitui a maior dificuldade, porém, com apoio de amigos e vontade própria,  consegui. 

B.B -  Jucey Santana fale um pouco da obra,  Sinopse da História de Itapecuru Mirim,  que muitos itapecuruenses tem falado. 

J.S - Esta obra, com  na capa do fundador da Vila de Itapecuru Mirim, José Gonçalves da Silva, é uma sinopse de acontecimentos constituintes da história dessa terra ao longo de 217 anos, desde a instalação da freguesia em 1801, até hoje, passando pela fundação da vila (1818), criação da comarca (1835) e da cidade (1870). A Sinopse não tem pretensões interpretativas teóricas sobre fatos históricos.  A intenção  é de concentrar sinteticamente em uma única fonte as informações mais importantes sobre a cidade, desde o longínquo 1801.

Com paciência e trabalho árduo para a localização de fontes de difícil acesso, superação de costumeiros entraves e má vontade burocráticos, entrevistas com decanos conterrâneos e  vencer resistências para  montagem deste volume com tópicos  que espero que sejam  úteis aos leitores. 

Entre os tópicos está incluso: a Balaiada, alcaides e prefeitos, Engenho Kelru, acontecimentos relacionados à adesão, em Itapecuru, do Maranhão à Independência, presença do duque de Caxias, prisão do negro  Cosme, elevação a cidade, a antiga cadeia, a Quinta Velha, poderes municipais, criação de bibliotecas e teatros, construção de estradas e pontes, profissões e profissionais, poetas, escritores, músicos, escolas. Consta,  também na obra importante resgate da história da igreja católica de Itapecuru Mirim, como a importância da igreja no desenvolvimento politico/administrativo da vila, festas religiosas, padres, cemitérios e o acervo de imagens sacras. 

O objetivo do livro é o contributo para o resgate e valorização histórica da minha querida Itapecuru Mirim.




B.B  Jucey, você  lançou a coletânea, Púcaro Literário II - Itapecuru Mirim, 200 anos, alusivo aos 200 anos da vila.   Poderias explicar o  porque do Púcaro Literário?

J.S. O Púcaro é um projeto meu e do escritor e pesquisador João Carlos Pimentel Cantanhede. A primeira versão, o Púcaro Literário I, lançado  em 2017  contou com 35 autores entre os quais 22 itapecuruenses com temática livre, preferencialmente sobre Itapecuru. O título, Púcaro, nos remete a antiga  denominação da vila, Itapucuru, com o significado de púcaro de pedras, 

Depois do lançamento do edital em 1º de março de 2018, pela AICLA, para convocação de autores para integrar o Púcaro II, em um trabalho hercúleo, conseguimos reunir em  menos de cinco meses 65 autores que escreveram textos com a temática  (maioria), sobre Itapecuru Mirim, ou seus ilustres filhos.  

Entre os autores, estão 33 itapecuruenses. Membros das diversas  academias de letras do Estado estão presentes na coletânea,  entre as quais: Academia Maranhense de Letras, (cinco membros),  Academia Ludovicense de Letras, (quatorze escritores), Academia Caxiense de Letras (dois), Academia Viannense de Letras (dois), Academia Sambentuense de Letras (um), Academia Arairense/Vitoriense de Letras (um), Academia Anajatubense de Letras (um), Assoiaçao dos Escritores do Maranhão - AMEI, (quatro), Associaçao da Cultura Latina (três), Professores d UFMA (três),  UEMA, professores e alunos (sete).

A obra foi feita a oito mãos, porque foi organizada por mim e Pimentel,  passou pela revisão de Brenno Bezerra e Assençao Pessoa. O objetivo principal da obra, além do incentivo à leitura e a exaltação a Itapecuru Mirim é dá oportunidade a escritores iniciantes de pulicarem os seus textos.
 
B.B – Além das duas obras citadas de muito valor para a nossa historiografia, Jucey Santana ainda ousou lançar a segunda edição de uma de suas obras mais procuradas, o Itapecuruenses Notáveis.   Como conseguiu esta façanha, já que é um livro muito volumoso, e deve sair muito caro?

J.S. – Realmente não foi fácil. Nunca poderia fazer esta segunda edição sem apoio dos amigos. A obra estava esgotada desde o inicio de 2017 e sendo procurada por muitas pessoas.
A segunda edição foi  revista e ampliada com mais oito notáveis, completando agora 121 biografados. O livro  é considerado o queridinho dos leitores, já que sempre é encontrado um parente, amigo ou conhecido em suas páginas. 

Graças a Deus, meus livros são bem aceitos  pelos leitores, apesar da facilidade que o estudante encontra na internet e a  das redes sociais. Depois do resgate de Mariana Luz (2014),  atualmente vejo com satisfação a poetisa ser estudada até fora do Estado.
B.B – Jucey, este ano,  você também deu os primeiros passos em direção ao mundo da  literatura infantil. Como se saiu?


J.S – Foi um trabalho sem pretensão de continuidade. Fiz a história do gatinho do meu neto Davi, que foi lançado por ocasião do seu aniversário, no mês de julho. O livro foi ilustrado pelo jovem Flavio Abreu, instrutor de desenho da escolinha de desenho da Casa da Cultura João Silveira. 

O livro do Gato Syd, fez tanto sucesso entre os coleguinhas de Davi e nas escolas, que já ganhou uma segunda edição. 

B.B – Depois desta jornada intensiva de publicação pretende descansar por um tempo ou tem outros objetivos?

J.S – Para mim sempre é difícil descansar. Tenho outros projetos que deixei de lado em função da necessidade das comemorações do bicentenário de Itapecuru Mirim e os livros alusivos à data. 

Estou com um projeto de publicação de uma pesquisa juntamente com o imortal Itapecuruense, o padre Raimundo Gomes Meireles, que pretendo desengavetar agora e outro que está também em andamento com o pesquisador piauiense Nino Dourado. 

Espero que até o segundo semestre de 2019, tenha concluído e lançado os dois livros.

Obrigada, estimado confrade Brenno Bezerra!








*Brenno Bezerra Pedrosa, é jornalista, escritor e membro da Academia Itapecuruense de Ciências Letras e Artes AICLA




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