*Gonçalo Amador
Tudo começou quando eu recebi a visita do jornalista Cordeiro Filho em minha residência em Itapecuru Mirim, no início do mês de outubro de 1990. Havia acabado de sair do Jornal Imparcial, onde trabalhei durante muitos anos e adquiri muita experiência. Anos atrás havia trabalhado com o Cordeiro Filho, nas edições do livro “Perfil do Maranhão” e desde então cultivamos uma sólida amizade que muito me orgulho, razão pela qual ouvia com atenção suas ponderações e conselhos. Na citada visita, ao observar o desenvolvimento da cidade, meu amigo me estimulou a investir em um periódico na região. lembro-me ainda as suas palavras:- Gonçalo, porque você não faz um jornal em Itapecuru? Veja como a cidade cresceu, está com ares de cidade grande, com muito movimento e o comercio em expansão. Você tem conhecimentos para isso e com certeza, conseguirá muitos patrocínios.
Aquelas palavras me despertaram e fiquei idealizando como faria para pôr em prática a sugestão do dileto amigo.
Surgiram dois nomes importantes naquele momento, Benedito Buzar que era o secretário de Estado da Cultura, ao qual dirigi-me e contei sobre o projeto; prontamente, ele disse que era louvável a minha ideia de fazer um jornal, chegou até a me prometer uma ajuda na medida do possível, e, assim, ele cumpriu a promessa, sempre redigindo textos de grande importância cultural para colaborar com as edições do jornal de Itapecuru; dificilmente saía uma edição sem que houvesse um artigo de Benedito Buzar, tinha, inclusive, leitores que faziam questão de comprar um exemplar do JI se estivesse falando de Buzar, alguns falavam que o jornal só sairia com o apoio de Buzar, concordava e sou grato a ele, que sempre me apoiou.
Lutei para realização do projeto da fundação do Jornal em tempo record sob a orientação dos dois amigos os jornalistas Cordeiro Filho e Benedito Buzar em todo o mês de outubro de 1990 e do dia 23 de dezembro do mesmo ano, fizemos o lançamento da 1ª edição do JI no Itapecuru Social Clube.
O Senhor Benedito Nascimento Coroba, recém formado em direito, foi um dos primeiros entrevistados pelo Jornal. Ele sempre demonstrou um grande respeito pelo nosso trabalho. Sempre que o entrevistava ele estava costumava estar acompanhado do saudoso José Jorge, de Tarcísio Chaves, o popular T Chaves, de José Henrique e de Abizais, seus grandes amigos, dentre outros nomes.
Ao longo destes 30 anos de existência o Jornal já contou com inúmeros colaboradores entre os quais, Diógenes e Maurício, que escreviam a coluna “Itapecuru Night”, que falava da vida noturna na cidade. O saudoso jornalista Coracy Gomes escreveu a “Coluna Presença”, que falava de política e empresários. Em dezembro de 2020 o JI completará 30 anos de circulação, isto sem nenhum registro trabalhista ou até mesmo pedido de resposta, passamos por altos e baixos, mas continuamos na mesma estrada e jamais fugiremos dos nossos objetivos, de levar informações à população, com ética, honestidade, sem tendências de qualquer natureza, cultivando amizades ao longo destes 30 anos.
Registramos muitos momentos importantes como a festa de aniversário de um ano do Jornal, ocasião que recebemos o apoio do governo do estado, publicando as ações do governo.
O evento ocorreu na praça Gomes de Sousa, no centro de Itapecuru Mirim, com várias atrações culturais, da região e da capital. Como, dança do coco, tambor de crioula tambor de mina, show musical entre outras atrações. Ao completar 5 anos, em 1995, foi realizada outra grande festa, com homenagens aos parceiros ocasião que foi instituído o certificado de “Amigo do JI”, em que várias personalidades foram contempladas.
Outras datas que comemorativas festejadas em alto estilo foram os 25 anos do JI que contou com a participação dos membros da Academia de Ciências Letras e Artes - AICLA, principalmente da escritora Jucey Santana e Brenno Bezerra que estiveram à frente de todo o evento. Na ocasião foi criada a “Comendo 25 anos do Jornal de Itapecuru”, para homenagear os colaboradores e autoridades. Pela passagem dos 30 anos do Jornal de Itapecuru, o Jornal de Itapecuru foi um dos homenageados da III Festa Literária de Itapecuru Mirim – III FLIM, projeto da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes, - AICLA, que tenho a honra de ser um membro efetivo. A homenagem aos 30 anos do Jornal pela Academia, me deixou bastante honrado pelo reconhecimento.
*Gonçalo Amador Nonato, jornalista, natural da cidade de Presidente Vargas (MA), é um notável defensor da cultura maranhense. Iniciou sua trajetória jornalística na Empresa Pacotilha, proprietária do Jornal Imparcial, onde trabalhou durante 15 anos. Em 23 de novembro de 1990, fundou o Jornal de Itapecuru, na cidade de Itapecuru Mirim.
Organizou uma obra, inédita, Livro Reportagem - o qual registra fatos relevantes que foram noticia, nas páginas do Jornal de Itapecuru, durante os trinta anos, que pretende publicar brevemente. É Membro efetivo da Academia Itapecuruense Ciências, Letras e Artes (AICLA), ocupante da cadeira número 37 patroneada por Nonato Buzar, membro fundador da Academia Vargem-grandense de Letras e Artes, ocupante da cadeira 05 patroneada por Pedro José Frazão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário