quinta-feira, 6 de agosto de 2015

GENERAL HASTIMPHILO DE MOURA



Por: Jucey Santana
Há uns quatro anos, folheando antigos jornais de Itapecuru,  encontrei um texto que  me chamou a atenção, sobre da visita da embaixatriz Beatriz de Moura à Itapecuru Mirim, em 1996, visita esta agendada pela Embaixada Francesa.
O texto me informava que a embaixatriz vinha em busca de informações dos seus antepassados intapecuruenses, notadamente do seu bisavô o General Hastimphilo de Moura. Recebida no Plenário da Câmara Municipal, em sessão especial,  com todo aparato,  ela finalizou seu discurso   com as seguintes  palavras: “Vocês devem estar se questionando o que vim fazer aqui do outro lado do mundo, em Itapecuru-Mirim do Maranhão? Acho que ninguém pode dizer para onde vai se não sabe dizer de onde vem” Apesar de bem recepcionada pela Câmara Municipal a ilustre visitante voltou como veio: de mão vazias.
Depois pesquisando os livros da Paróquia lá me defronto pela segunda vez,   com aquele nome esquisito. Passei a tomar informações sobre ele.  Pouca coisa consegui... Depois entendi que nas minhas buscas não colocava o nome de maneira correta (a pronúncia é Rastínfilo).
O  amigo  Josemar de Sousa Lima, sabedor das minhas pesquisas  me enviou um interessante achado. Tratava-se de farto material sobre a Missão Cruls do final do século XIX.  Todo esse material  chegou em boa hora,   para o complemento da pesquisa.
A ORIGEM DA FAMÍLIA
Hastímphilo Frazão de Moura nasceu em Itapecuru-Mirim no lugar denominado Guanaré  em 22 de dezembro de 1865. Era filho do comendador português  João Ribeiro de Moura e de Leonília Maria Frazão de Moura. João Moura residiu em Itapecuru durante 33 anos, chegando ainda  na primeira infância  de Portugal.
Em Itapecuru Mirim se estabeleceu com um empório de importação e exportação, na Rua do Egito em sociedade com outro português, Leocádio Alexandrino Gonçalves. Em sua residência, funcionava uma escola de primeiras letras, subsidiada pelo próprio,  fazendo jus a  distinção honorífica de Comendador da “Ordem das Rosas”, outorgada pela Coroa Imperial  por relevantes serviços prestados a instrução pública da província.  Ele era proprietário de uma próspera fazenda nos arredores da Vila, na localidade Guanaré, com produção de cana de açúcar, algodão e outros cereais. Possuía outra grande fazenda no povoado Taba-Mirim na região do Mearim.
O Comendador mudou-se com a família para São Luis em quatro de junho de 1874, a bordo do vapor Pindaré, para encaminhar os filhos aos estudos e assumir a diretoria do Banco Commercial do Maranhão (descontos e depósitos). Segundo o Publicador Maranhense de 10 de junho de 1874, “A banda de música da cidade tocava saudosas peças, até a partida do vapor”. Em São Luís, instalou-se com a família em amplo sobrado no Largo do Quartel.
Em 1883 ele assumiu a direção da Caixa Econômica. Faleceu em 1919. Vale registrar, que o Comendador foi padrinho de batismo da poetisa Marianna Luz.
HASTIMPHILO O ITAPECURUENSE ILUSTRE
Fez seus  primeiros estudos em Itapecuru Mirim, na escola doméstica. Com nove anos foi para São Luis com a família concluindo o curso secundário no Liceu Maranhense em 1879.  Em 1880 seguiu para o  Rio de Janeiro    rumo à  Escola Militar do Exército e o seu irmão Silvinato de Moura ingressou na  Escola Naval onde fez carreira até o posto de Almirante (Armada Imperial).
Sempre foi um aluno de destaque, como prova os informes estudantis da época. Em 1885 já fazia parte da diretoria do Club Bibliotecário Acadêmico da Escola Militar.
Em 1888 presta exame vestibular para a faculdade de Engenharia na Escola Superior de Guerra sendo imediatamente  promovido a Alferes Aluno.
Em 1891 recebeu a patente de Capitão Interino de Artilharia no  1º Batalhão da Fortaleza do Porto de Santa Cruz no Rio de Janeiro. Ainda no ano de  1891  contrai núpcias com a jovem Clarinda de 18 anos oriunda da alta fidalguia carioca.
Colou grau em Engenharia Militar em 16 de janeiro de 1892. Pelo seu desempenho e caráter profissional como aluno, foi escolhido por seu professor, o astrônomo belga Luiz Ferdinand Cruls,  para integrar a comissão demarcadora do Planalto Central, para instalar a  futura capital do Brasil. Partiu em junho de 1892 retornando ao Rio de Janeiro somente no inicio do ano de 1896.
De volta ao Rio de Janeiro assume várias funções militares de destaques. Foi nomeado a Major de Estado Maior do Regimento do 3º Grupo da Artilharia. Depois Major chefe do Departamento Central do Ministério da Guerra.
Em 1998 foi nomeado comandante da Escola Prática do Exército, que formava os oficiais de guerra.  Depois ajudante da Fábrica de Cartuchos e Artifícios de Guerra, no bairro Realengo do Campo Grande, em seguida foi elevado a  fiscal e por fim Diretor Geral da Fábrica de Cartuchos.
 Ainda como  diretor Geral da Fábrica e Cartuchos passou a dirigir todos os fabricantes de  Arsenais de Guerra e Estabelecimentos Militares,  nomeado em 1904 e em 1906 passou a fazer parte da Comissão de compra, de armamentos e munições na Europa até 1909.
Como General de Brigada chefiou o Departamento de Material Bélico do Ministério da Guerra e depois o  Departamento do Pessoal de Guerra.
Em 1920 o General Hastimphilo assumiu  a chefia da Casa Militar da Presidência da República, no governo de Epitácio Pessoa, permanecendo no cargo ainda na presidência de Artur Bernardes. Por força da função, representava o Presidente da República nos eventos e solenidades oficiais quando do impedimento do Chefe da Nação.
Em 21 de julho de 1927 assumiu alta investidura de General de Divisão, Comandante Militar da 2ª  Região Militar de São Paulo em grande festa.
Seu nome chegou a ser cogitado para pleitear à presidência da República, (O Imparcial, 20.4.1929), e para o governo do Maranhão para substituir Magalhães de Almeida, com divulgação em toda imprensa nacional como solução para dias melhores, (O Combate, 24.6.1929). Maranhenses e principalmente os itapecuruenses ficaram ansiosos com a expectativa do conterrâneo no Palácio dos Leões.  Porém o general apesar das indicações, não tinha espírito político, preferia a caserna.

HASTIMPHILO E A REVOLUÇÃO DE 1930
Com a vitória da Revolução de 1930 iniciada em três de outubro,  que impediu a posse do governador  de São Paulo, Júlio Prestes, eleito para Presidência da República e deposto   o Presidente Washington Luís,  enquanto o pais era governado por uma junta militar, houve a necessidade de estabelecer com urgência um novo  equilíbrio do Estado de São Paulo, então o governador interino, Heitor Penteado, passa o governo ao General de Divisão Hastimphilo de Moura.

            No dia 24 de outubro o General  tomou posse.  Como governador além de toda responsabilidade do cargo e a melindrosa situação ele estava   preocupado com o amigo  Júlio Prestes, principalmente no tocante a sua integridade física. Para isso entrou em contato com o cônsul da Inglaterra em São Paulo, Arthur Abbott que o hospedou em sua residência na condição de asilado e providenciou a sua viagem para a Europa.
 Em 29 de outubro depois de  nomear um secretariado composto somente de civis, o General entrega o governo à Junta Provisória, sendo substituído por José Wintaker. Em três de novembro Getúlio Vargas, líder da Revolução assume o presidência da  República e  pressionado pelo movimento  tenentista, nomeou para São Paulo , o tenente João Alberto Lins de Barros.
Aposentou-se aos  70 anos em 1935. Em 1936 lançou o livro “Da Primeira e Segunda República”, com seu nome ligado  fatos capitais da vida republicana, onde se encontra minucioso estudo das causas determinantes do movimento que culminou na Revolução de 24 de outubro de 1930.
         HASTIMPHILO E A MISSÃO CRULS
 O Presidente da República Marechal Floriano Peixoto, logo que assumia a presidência, com uma visão futurista organizou uma Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil com o objetivo de elaborar um estudo e demarcar o quadrilátero do planalto  com vistas a mudança da capital federal. Esse documento ficou conhecido como, “Relatório Cruls”
Foi escolhido para chefiar  a comissão o engenheiro, geógrafo e astrônomo belga e diretor o Observatório Astronômico Brasileiro, Louis Ferdinand Cruls,  professor de Hastimphilo de Moura na Faculdade de Engenharia da  Escola Superior de Guerra que o incluiu na missão.   A equipe era composta de: dois astrônomos do Observatório – Henrique Carlos Morize  e Julião de Oliveira Lacaille,  o médico-higienista Antônio Martins de Azevedo Pimentel, o geólogo Eugênio Hussak, o botânico Ernesto Ule, os mecânicos do Observatório,  Eduardo Chartier e Francisco Souto,  os engenheiros Augusto Tasso Fragoso, Celestino Alves Bastos, Hastímphilo de Moura, Alípio Gama  e Antônio Cavalcante de Albuquerque, o médico Pedro Gouveia,  o farmacêutico Alfredo José Abrantes, o comandante Pedro Carolino de Almeida, dois alferes Joaquim Siqueira e Henrique Silva além de um contingente de 30 militares (praças)  e várias pessoas  da região recrutados para os serviços gerais e guias.
Em junho de 1892, a missão partiu do Rio de Janeiro. Durante mais três anos  os  integrantes   percorreram 14  mil quilômetros. A meta de Floriano Peixoto era mudar a capital “nem que fossem para debaixo de barracas” dizia ele.
O jovem engenheiro militar foi responsável pelo registro de um diário, que guarda a memória da expedição  que traçou o quadrilátero do Planalto Central. O registro fotográfico ficou a cargo do astrônomo Henrique Morize. 
Além  disso Hastimphilo de Moura foi o chefe encarregado de duas “Turmas”, com oito profissionais e os tropeiros contratados com cavalos e burros para o transporte. Durante  meses de viagem, Hastimphilo escreveu seis diários, com mapas cartográficos  e o relato das atividades de todo o itinerário da missão: Demarcações, fauna,   largura e profundidades de 18 rios,  distancias, vegetações, relevos, latitudes e os hábitos dos moradores do sertão brasileiro. Vencendo dificuldades, sujeitos as “febres más”, seca e fome. “Vale citar que somente Hastímphilo e dois oficias do grupo não contraíram as febres, que eram combatidas com o uso ‘Sulfato de Quinino”.
Apesar do sucesso da missão, demorou décadas até que a construção de Brasília fosse  concretizada. Somente no governo de Juscelino Kubitschek, houve determinação política e vontade suficiente para que a capital deixasse o Rio de Janeiro.
            Em uma reedição do relatório da Comissão Exploradora do Planalto Central, levada  a efeito pelo escritor,    Gastão Cruls em 1947, foi prefaciada por Hastimphilo de Moura, único sobrevivente da “Missão” que dizia  que a escolha de outro local para a construção de Brasília "fora dos limites traçados pela demarcação geodésica (...) imporá ao Brasil uma capital em inferioridade de condições".
            Em 1954 o velho militar falou aos jornalistas sobre a nova comissão designada para exploração do Planalto Central, que não deviam ignorar o trabalho anterior porque o Planalto não tinha mudado de lugar e as condições eram as mesmas e que o que estava havendo era uma, ”fantasia para convencer a opinião pública de que se  vai fazer uma coisa que não se fez porque não se quis” (jornal Última Hora, 17.7.1954. Pag.2).
O precioso material, que contém o germe da história de Brasília, é o mais antigo documento do Arquivo Público do Distrito Federal.  O chefe do arquivo, Luiz Fernando C. Silva, afirma: que é pouca a procura pelo material: "O público desconhece a existência da missão". Alguns especialistas estão refazendo a trajetória de Cruls pelo Planalto Central, com o objetivo de divulgar esse período da história em escolas e universidades, depois de 100 anos, o resultado de uma missão da maior relevância para o Brasil: "É uma oportunidade ímpar de conhecer melhor a história do Brasil que não está contada nos livros", ressalta.
O Arquivo Público  conta com diversos documentos sobre  construção de Brasília. Especialistas consideram o local inapropriado para guardar arquivos. Qualquer problema que aconteça ao material representará uma perda irreparável para a história, segundo Silva.
                      UM MILITAR APAIXONADO NA MISSÃO
            Ao partir em 1892 para missão o Hastimphilo estava recém-casado e a esposa gestava o sua primeira  filha.  Durante a viagem ele escreveu quase 70 cartas de amor à esposa  “Lilinda”,  que se encontram no Arquivo Público de Brasília.
Sofrendo de amor ele chegou a escrever que estava muito doente e que talvez morresse de saudade da esposa e da filha que não chegou a conhecê-la, e cogitou  abandonar a missão,  como confirma um trecho de uma carta: “Quanto mais afasto-me da minha Lilinda mais saudoso fico”. Fazia vários meses que o apaixonado não via a mulher de sua vida,   “Ultimamente muito tenho sofrido, porque quero ir para junto dela e não posso. É um verdadeiro desespero!” em outra carta o engenheiro registra: “Confesso que não sei bem qual a minha moléstia, que me conserva até hoje abatido e em uso do quinino”. Sinto-me doente e se o meu estado agravar-se, (...) que eu venha a morrer por aqui, longe da minha Lilinda e de todos os mais que me são caros.
O filho do casal apaixonado, em depoimento ao Arquivo Público do Distrito Federal, em 1995, que o pai quis abandonar a Missão Cruls e voltar ao Rio de Janeiro. “Não, eu vou pra aí”, ela decidiu. Clarinda estava com 18 anos e era mãe de uma menina, Altair, nascida na ausência do esposo Hastimphilo.
Clarinda viajou até a Uberaba, Minas Gerais. Hastimphilo esperou pela mulher e filha de apenas um ano,  na estação da estrada de ferro Mogiana. De lá, os três seguiram em lombo de burro até um dos acampamentos da Missão, entre Pirenópolis, Luziania e Formosa, cidade de Goiás.  Ela acompanhou a expedição de 1893 a 1896. Em 1955 foi homenageada pela Faculdade de Direito do Largo do São Francisco por ter sido a primeira mulher a pisar no solo da futura capital.
O relato de seu amor e de sua saudade é revelado em seis cadernetas que foram entregues ao Arquivo Público do Distrito Federal pela família.
A poeta Olívia da Rocha Lobo, filha de Otílio Segismundo Rocha, que,  foi guia da equipe de Luiz Cruls no trecho de Formosa sempre contava: “Cresci ouvindo meu pai dizer que uma mulher muito elegante e apaixonada elo cerrado, fazia parte da Missão Cruls. Ela era encantada com a quantidade de água que brotava do chão, adorava os pássaros, era muito educada e elegante, muito bem-vestida. E que parava na estrada para admirar as flores.
Essa incrível história de amor foi publicada em 2009 pela jornalista Conceição Freitas no jornal Correio Braziliense. Dois pesquisados de Brasília estão em busca de mais informações para transformar em livro a vida de Hastimphilo e Clarinda.  Desde que folheou as  cadernetas  do engenheiro militar  o arquivologista Euler Frank Barros, diretor do  Arquivo Público de Brasília se interessou pelo texto como quem lê um romance e  começou a transcrição paleográfica das seis cadernetas.
O historiador Wilson Vieira Júnior, da Universidade de Brasília, também se encantou com a história de amor, e o registro da presença da primeira mulher na Missão Cruls.
Na época que a construção de Brasília estava em andamento, Clarinda recebeu os  jornalistas e  narrou suas experiências e dificuldades até atingir o Planalto Central, sem estradas, guiados exclusivamente por bússola.  Parentes e amigos tentaram sem êxito demove-la da viagem. Ela contou que passou dois anos junto à missão e confirmou a beleza do lugar. Construíram uma avenida com casas e móveis de madeira confeccionados no local. Segundo ela o Doutor Cruls dizia que aquela avenida deveria chamar-se: Avenida Dona Clarinda. A sua atitude motivou outras mulheres dos militares a seguirem para Goiás. (jornais do Brasil e  A Noite, 28.2.1957).
Segundo o jornal Diário Carioca de 23 de agosto de 1959, em entrevista o presidente Juscelino Kubistchek, prometeu levar Clarinda para a inauguração de Brasília, infelizmente esta faleceu  dois meses antes do evento, no dia 11 de fevereiro de 1960. Ela esteve casada com o general quase 66 anos.
Dos sete filhos do  casal, somente  três sobreviveram até os anos 30 do século XX, foram eles: Hastimphilo de Moura Filho, oficial da Marinha, Aldmir de Moura,  advogado da Prefeitura de São Paulo e o diplomata Altamir de Moura. Ele foi ministro da Divisão das Fronteiras do Itamaraty, foi Embaixador em vários países e Cônsul-geral em Barcelona onde publicou dois livros: em 1960  “Saulo de Tarso” e em 1961, “Roda Solta”. Também colaborava em vários jornais do Brasil e de Barcelona.

Em 1942 o general Hastímphilo Moura esteve em Itapecuru Mirim, para rever parentes e conhecidos, ocasião fez doação para a paróquia Nossa Senhora das Dores das terras que receberam como herança, na Fazenda Guanaré ele e seu irmão Silvinato de Moura, Almirante da Marinha, ficando acertado que o  seu arrendatário Honório Pereira, continuaria administrado as terras e  repassaria para a igreja, o que lhes coubessem de lucro. Na sua estada em Itapecuru estreitou amizades com muitas pessoas como o pároco, Joaquim Dourado, professor Newton Neves e gestor municipal, Bernardo Thiago de Matos.
No seu planejamento urbanístico da cidade o prefeito homenageou o general colocando por Decreto-Lei a praça da matriz em seu nome. Sensibilizado o velho general em dois de outubro de 1944, escreveu uma longa carta de agradecimento, em que dizia: “Como lamento não me ser possível aí estar em pessoa para cerrá-lo no meu peito e a toda essa cativante gente descendente de gerações de conterrâneos de meus ancestrais” a carta foi publicada no jornal Trabalhista em 28 de dezembro de 1946.
General Hastimplilo, faleceu no Rio de Janeiro em 25 de 1956 aos 91, e está sepultado no jazigo da família Moura, no Cemitério de São João Batista. O Almirante Silvinato de Moura, faleceu  em 7 de junho de 1946.  








Um comentário:

  1. Jucey, no esplendor das tuas letras enaltecesses a história da tua terra e do teu povo. Parabéns prezada amiga, pelo belo conteúdo do teu texto. Abraços literários.

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