João
Carlos Pimentel Cantanhede
Recentemente, folheando
alguns documentos em minha biblioteca, encontrei um velho texto escrito à pena,
que me fora presenteado por meu irmão Antônio Cantanhede. Ele encontrou essa
preciosidade em um antigo baú que pertenceu ao meu bisavô Honorato Cantanhede.
À época, Antonio que é pedreiro havia sido contratado por meu tio-avô
Mundiquinho Cantanhede para construir uma casa em Guaribas para substituir o
antigo casarão que estava todo “distiorado”.
Mas afinal de que se
trata o tal manuscrito? Para matar a curiosidade de todos, vou transcrevê-lo
abaixo. Creio que ele narre uma lenda antiga a respeito da destruição da cidade
de Itapecuru-Mirim.
“Era
o ano de 1644, os maranhenses da Ribeira do Itapecuru conseguiram finalmente
vencer os holandeses que por quase quatro anos estiveram de posse daquelas
terras.
Antes da batalha, os
holandeses escolheram dez homens para enterrarem os seus tesouros, para quem
sabe, resgatá-los no futuro, ou deixá-los como objetos de cobiça capazes de
destruir aquela pequena localidade. Os maranhenses ainda conseguiram
capturá-los, mas já era tarde, o tesouro já estava enterrado. Tudo o que
conseguiram foi a confissão de uma maldição afirmando que no dia em que a
última parte do tesouro fosse encontrada, aquela localidade entraria em total
decadência.
Segundo os holandeses seus
fantasmas voltariam décadas ou até séculos depois para informar onde cada parte
do tesouro está enterrada.
O texto termina com uma advertência:
Aquele que encontrar o tesouro
ou parte dele, ficará muito rico, porém, terá
que destruir ou ser conivente com destruição de algo muito importante para
Itapecuru-Mirim.”
Junto com o texto, havia um pequeno mapa, que
possivelmente indicam onde estão ou estavam as dez partes do tesouro holandês.
Com ajuda de um mapa recente da cidade suponho que os locais, conforme
toponímia atual, sejam os seguintes: Praça
Gomes de Souza, Praça da Cruz, Fonte
da Miquilina, Morro do Diogo, Rampa do Porto, açude do DER, Igarapé Luís
Antonio, Colégio Gomes de Souza, prédio do CEMA e Praça Tancredo Neves.
Após apontar estes pontos como possíveis locais do
tesouro, resolvi contar essa história para alguns amigos itapecuruenses que
riram muito da minha inocência e me advertiram que se existisse o tal tesouro
holandês, ele não teria sido dividido em dez partes, e sim em centenas, pois
para todos os lados que se olha em Itapecuru, o que mais se ver é destruição e
abandono.
Boa noite!!!!! Olha eu aqui...; mais um excelente texto... um abraço.
ResponderExcluirobrigado, Eliene!
ResponderExcluirAguardando mais contos... rsrs
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