quinta-feira, 5 de maio de 2016

LAVADEIRA


À minha mãe

   Por: João Batista

    Tu que lavas, velha guerreira,
    Alegre, cantando, púrpura fina,
    Subindo e descendo ias tu na ladeira
    Samaritana, cândida, és linda.

   Cores! Que cor era teu quinta,l
   Artista, exposição, que beleza,
  Enfeitas inesquecível varal
  E como deusa era tua leveza.

  Tuas mãos meigas, suaves e perfeitas,
  De magia invejável, era sim,
  Qual a fonte, me diz, que rejeita
  O magistral perfume das roupas, jasmim.

  Vivas, prêmio nobel, que lição,
  Heroína imortal, filha da emoção,
  Quem aquele que não se curva ao teu trono?

  Tua arte é uma fonte, que brancura,
  Que moldará teu descanso, flores puras
  E não te legou, ó lavadeira, te amo.




   João Batista Pereira dos Santos, poeta e teatrólogo,  é patrono da cadeira nº 10 da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes. Faleceu em 2.10.1999 atingido por  um raio.


Um comentário:

  1. Belo poema do saudoso João Batista. Ele era muito talentoso. Possuía uma voz imponente que ecoava, nas manhãs de domingo, na Matriz de Nossa Senhora das Dores.

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