À minha mãe
Por: João Batista
Tu que lavas, velha guerreira,
Alegre, cantando, púrpura fina,
Subindo e descendo ias tu na
ladeira
Samaritana, cândida, és linda.
Cores!
Que cor era teu quinta,l
Artista, exposição, que beleza,
Enfeitas inesquecível varal
E como
deusa era tua leveza.
Tuas mãos meigas, suaves e perfeitas,
De
magia invejável, era sim,
Qual a
fonte, me diz, que rejeita
O
magistral perfume das roupas, jasmim.
Vivas, prêmio nobel, que lição,
Heroína
imortal, filha da emoção,
Quem
aquele que não se curva ao teu trono?
Tua
arte é uma fonte, que brancura,
Que
moldará teu descanso, flores puras
E não
te legou, ó lavadeira, te amo.
João Batista Pereira dos Santos, poeta e teatrólogo, é patrono da cadeira nº 10 da Academia Itapecuruense de Ciências, Letras e Artes. Faleceu em 2.10.1999 atingido por um raio.
Belo poema do saudoso João Batista. Ele era muito talentoso. Possuía uma voz imponente que ecoava, nas manhãs de domingo, na Matriz de Nossa Senhora das Dores.
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